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PROPEDÊUTICA CLÍNICA

ODONTOLÓGICA II -

RADIOLOGIA
Unidade de Ensino 1
Seção 1
Conceito e
histórico da
Biossegurança
Conceito

A biossegurança é uma área de conhecimento definida


pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa)
como: “condição de segurança alcançada por um
conjunto de ações destinadas a prevenir, controlar,
reduzir ou eliminar riscos inerentes às atividades que
possam comprometer a saúde humana, animal e o meio
ambiente”.

FioCruz: https://portal.fiocruz.br
Histórico da Biossegurança

Biossegurança na Odontologia, é o conjunto de ações realizadas no consultório, com o objetivo de


conferir proteção e segurança ao paciente, profissional e sua equipe ( Lima e Ito, 1992)

Os agentes causais de doenças ocupacionais na Odontologia se dividem em QUÍMICOS, FÍSICOS e


BIOLÓGICOS.

➢Fator importante, devido existência de pacientes portadores das mais variadas doenças infecto-
contagiosas.
➢ Necessidade de uma prática efetiva no controle dos riscos para evitar todo e qualquer tipo de
contaminação.
➢ Paciente, Profissional e equipe estão sujeitos aos riscos.
Infecção: Conceito

De acordo com o Ministério da Saúde,


“penetração e desenvolvimento ou multiplicação de um agente infeccioso no
organismo do homem ou de outro animal.” A infecção pode desencadear algumas
manifestações clínicas, sendo, nesse caso, denominada de doença infecciosa.

https://brasilescola.uol.com.br/o-que-e/biologia/o-que-e-infeccao.htm
Medidas de Biossegurança

Conjunto de medidas de controle infeccioso adotado


universalmente como forma eficaz de redução do risco
ocupacional e de transmissão de microorganismos nos serviços
de saúde. (Martins, 2001)
“Prática de Controle de Infecções para Dentistas” 1986 atual. 2003
http://anvisa.gov.br/servicosaude/manuais/manual_odonto.pdf

➢ Lavagem das mãos;


➢ Uso correto de Equipamentos de Proteção Individual;
Procedimentos após exposição a materiais biológicos; agentes químicos e físicos utilizados em Odontologia;
Biossegurança em Radiologia Odontológica;
➢ Descarte de material biológico e/ou pérfuro-cortante;
LAVAGEM DE MÃOS
https://www.gov.br/anvisa/pt-br/centraisdeconteudo/publicacoes/servicosdesaude/publicacoes/manual_integra_lavagem_das_maos_anvisa.pdf

A ANVISA estabelece 11 passos para a lavagem de mãos em serviços de saúde:


EPIs na Odontologia

➢ touca ou gorro;
➢ máscara;
➢ óculos de proteção;
➢ avental;
➢ luvas de procedimento, cirúrgicas ou de proteção térmica;
➢ sapatos.

https://www.bspot.pt/epi-equipamentos-de-protecao-individual
Procedimentos após exposição a materiais biológicos

A exposição ocupacional a material biológico deve ser avaliada quanto ao potencial de


transmissão de HIV, HBV e HCV com base nos seguintes critérios: • Tipo de exposição.
•Tipo e quantidade de fluido e tecido. • Status sorológico da fonte. • Susceptibilidade
do profissional exposto.

1-Cuidados com a área exposta


• Lavagem do local exposto com água e sabão nos casos de exposição percutânea ou
cutânea. • Nas exposições de mucosas, deve-se lavar exaustivamente com água ou solução
salina fisiológica. • Não há evidência de que o uso de antissépticos ou a expressão do local
do ferimento reduzam o risco de transmissão, entretanto, o uso de antisséptico não é
contra-indicado. • Não devem ser realizados procedimentos que aumentem a área exposta,
tais como cortes e injeções locais. A utilização de soluções irritantes (éter, glutaraldeído,
hipoclorito de sódio) também está contra-indicada.
2- Avaliação do acidente
• Estabelecer o material biológico envolvido: Sangue, fluidos orgânicos.
•Tipo de acidente: perfurocortante, contato com mucosa, contato com pele com solução
de continuidade.
Conhecimento da fonte: fonte comprovadamente infectada ou exposta à situação de risco
ou fonte com origem fora do ambiente de trabalho.

3-Orientações e aconselhamento ao acidentado


•Com relação ao risco do acidente. • Possível uso de quimioprofilaxia. • Consentimento para
realização de exames sorológicos. • Comprometer o acidentado com seu acompanhamento
durante seis meses. • Prevenção da transmissão secundária. • Suporte emocional devido
estresse pós-acidente.
4- Notificação do acidente (CAT/Sinan)
Registro do acidente em CAT (Comunicação de Acidente de Trabalho). • Preenchimento da
ficha de notificação do Sinan (Portaria n.º 777) (BRASIL, 2004a).
Agentes químicos e físicos utilizados em Odontologia;

RISCOS QUÍMICOS
Exposição dos profissionais a agentes químicos (poeiras, névoas, vapores, gases, mercúrio,
produtos químicos em geral e outros). Os principais causadores desse risco são: amalgamadores,
desinfetantes químicos (álcool, glutaraldeído, hipoclorito de sódio, ácido peracético, clorexidina,
entre outros) e os gases medicinais (óxido nitroso e outros).

RISCOS FÍSICOS
Exposição aos agentes físicos (ruído, vibração, radiação ionizante e não-ionizante, temperaturas
extremas, iluminação deficiente ou excessiva, umidade e outros). São causadores desses riscos:
caneta de alta rotação, compressor de ar, equipamento de RX, equipamento de laser,
fotopolimerizador, autoclave, condicionador de ar etc... .
Biossegurança em Radiologia Odontológica

ATENÇÃO!!!

Negligência por parte de alguns acadêmicos e até mesmo


cirurgiões-dentistas nas radiografias pelo fato de não haver
envolvimento de sangue nem de instrumentais perfuro-cortantes
nesse procedimento.
Deve-se aplicar a todos pacientes as normas de biossegurança,
aplicando a desinfecção, assepsia, esterilização e proteção do
profissional e equipe, para prevenir doenças de risco
profissional e outras infecções cruzadas (GRANILLO et al.,1998 )
Descarte de material biológico e/ou pérfuro-cortante

O descarte de material biológico tem tanta importância quanto o correto manuseio dos
agentes, como o uso de EPI adequado e como o conhecimento de práticas seguras.

✓Todo e qualquer material biológicamente contaminado: luvas, gaze, algodão e outros, devem
ser recolhidos em lixeiras com tampa e pedal, contendo saco de lixo específico para material
infectante.

✓O descarte de materiais perfurocortantes (agulhas, seringas, tubos quebrados, tubos contendo


material biológico) deve ser realizado em recipientes de paredes rígidas com tampa) e sinalizado
como “INFECTANTE”, ou em caixas coletoras próprias para o material infectante

Lembre-se sempre que destinando corretamente o lixo e praticando as normas de


segurança, a vida de outros trabalhadores também será preservada!
OBRIGADA

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