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Propedêutica Clínica

Odontológica II-RADIOLOGIA

U.E.1 SEÇÃO4
Diagnóstico
Prognóstico
Plano de tratamento

Diagnóstico, prognóstico e
plano de tratamento em
Odontologia;
Interpretação de exames
complementares.
Semiologia/Estomatologia

Semiologia é a área de estudo da Odontologia voltada à avaliação dos primeiros


sinais ou os sintomas da patologia em si.

A Estomatologia é uma especialidade da Odontologia que tem como finalidade


prevenir, diagnosticar e tratar as doenças que se manifestam na cavidade da boca e
no complexo maxilo-mandibular.
O aparelho estomatognático é constituído pelos lábios, dentes, mucosa oral,
glândulas salivares, tonsilas palatinas e faringeas e demais estruturas
da orofaringe.

Também é atribuição do estomatologista estar atento para o diagnóstico, e o


devido encaminhamento ao médico, de doenças sistêmicas que possam
apresentar manifestação na boca ou que possam exercer alguma influência ou
interação negativa com o tratamento odontológico.
O que compreende a Semiologia Odontológica?
Veja o que o odontólogo precisa dominar para fazer um diagnóstico seguro:
•exames complementares laboratoriais;
•exames complementares por imagem;
•anemias e doenças hematológicas;
•doenças renais e hipertensão;
•diagnósticos e prognósticos;
•manobras semiotécnicas;
•atendimento a gestantes;
•endocardite bacteriana;
•exames clínico e físico;
•hipertensão e diabetes;
•ergonomia;
•biossegurança;
•anamnese.
Exames complementares em Odontologia

Quando fazemos nossa consulta odontológica de rotina, o dentista realiza


uma análise minuciosa da boca. Se há qualquer anormalidade, é
necessário encontrar a origem e fechar um diagnóstico.

O profissional pode fará exames para diagnosticar alterações, como os clínicos.


Além disso, ele pode pedir por outras especificidades da medicina diagnóstica,
como exames laboratoriais (Hemograma, Urina etc), exames radiográficos,fazer
uma tomografia computadorizada ou pedir uma ressonância para descobrir o que
está causando os sintomas do paciente.
Exames complementares Laboratoriais

O chamado hemograma
completo é constituído pelo
eritrograma (série vermelha),
leucograma (série branca) e
pelas plaquetas (série
plaquetária)
Eritrograma série vermelha

Avalia os eritrócitos (hemácias), glóbulos vermelhos anucleados, os quais


tem como principal função, transportar oxigênio e nutrientes para os
tecidos.

Eritrócitos (E): contagem de eritrócitos por mm3 de sangue total


•Eritrocitose: acima do normal (pode indicar falha na medula óssea –
policitemia)
•Eritropenia: abaixo do normal (sugere quadro de anemia)
Hemoglobina (Hgb): dosagem de Hgb encontrada em 100ml de sangue.

A dosagem de hemoglobina é o melhor resultado do hemograma para concluir se um


paciente está anêmico.
Hematócrito (Hct): percentual do sangue que é ocupado pelos eritrócitos.
O Hct representa a proporção entre a parte sólida e a parte líquida do sangue.
Esses três primeiros dados, contagem de eritrócitos (E), dosagem de hemoglobina
(Hgb) e hematócrito (Hct) são analisados em conjunto e indicam a presença de
anemia ou policitemia no paciente.
VCM – Volume Corpuscular Médio: volume médio de cada eritrócito.

Um VCM elevado indica hemácias macrocíticas (grandes) e um VCM reduzido


indica hemácias microcíticas (pequenas). Esse dado é importante para
diferenciar os tipos de anemia. Por exemplo, anemias por carência de ácido
fólico e vitamina B12 apresentam hemácias macrocíticas, enquanto
anemias por deficiência de ferro apresentam hemácias microcíticas.
HCM – Hemoglobina Corpuscular Média:

Corresponde ao peso da hemoglobina dentro dos eritrócitos.

CHCM – Concentração de Hemoglobina Corpuscular Média:

Avalia a concentração de hemoglobina em cada eritrócito.

Esses dois valores indicam basicamente a mesma coisa: a quantidade de


hemoglobina nas hemácias. Quando as hemácias têm pouca hemoglobina, elas são
ditas ‘hipocrômicas’ e quando têm muita hemoglobina, são ‘hipercrômicas’. Sendo
assim, esses dados também são relevantes para identificação do tipo de anemia.
Leucograma série branca

Avalia quantitativamente e qualitativamente os leucócitos, conhecidos


como glóbulos brancos, os quais são considerados as células de defesa do
nosso organismo.

Leucócitos: quantidade total de glóbulos brancos

•Leucocitose: acima do normal (geralmente indica infecção)


•Leucopenia: abaixo do normal (sugere depressão da medula óssea)
Neutrófilos:

São o tipo de leucócito em maior número na corrente sanguínea,


representando 45% a 75% dos leucócitos circulantes. São os responsáveis
pelo combate aos processos infecciosos de origem bacteriana.

•Neutrofilia: acima do normal (pode indicar infecção bacteriana)


•Neutropenia: abaixo do normal (sugere paciente debilitado com maior
risco de infecção pós-operatória)
Eosinófilos:

são os leucócitos responsáveis pelo combate de parasitas, reações alérgicas e


hipersensibilidades.

•Eosinofilia: acima do normal (pode indicar parasitoes e alergias)


•Eosinopenia: abaixo do normal (sugere uso de corticoides, processos inflamatórios,
estresse)

Basófilos:

São o tipo menos comum de leucócitos no sangue. Sua elevação normalmente ocorre
em processo alérgicos e inflamatórios crônicos.
Linfócitos:

São o segundo tipo mais comum de glóbulos brancos. Os quais são responsáveis pelo
combate às infecções virais, surgimento de tumores e produção de anticorpos.
•Linfocitose: acima do normal (pode indicar infecção viral aguda)
•Linfopenia: abaixo do normal (sugere paciente debilitado – HIV +)

Monócitos:

São ativados tanto em processos virais quanto bacterianos. Além disso, encontram-se
aumentados após quimioterapia.
Plaquetas série plaquetária

Avalia quantitativamente as plaquetas, as quais modulam a coagulação.

Plaquetas: número de plaquetas presentes.


•Trombocitose: acima do normal
•Trombocitopenia: abaixo do normal

Assim, tanto o aumento quanto o número reduzido de plaquetas podem ser


causados por situações diversas. Vale ressaltar que diante de um quadro de
trombocitopenia (↓ de 90.000), aumentam as chances de processos
hemorrágicos até mesmo em procedimentos cirúrgicos simples.
Agora que temos todos os recursos em mãos e sabemos como
utilizá-los...
Diagnóstico
Sua origem vem dos termos gregos dia, que quer dizer “através” e gignósko,
que significa “conhecer, saber”.

ATRAVÉS DO CONHECIMENTO

O significado de Diagnóstico é muito abordado na área médico-odontológica,


pois envolve a qualificação de um profissional em determinar e reconhecer
uma doença ou condição física (ou mental) através de sintomas, sinais,
relatos e realização de exames distintos e específicos.
Prognóstico

Em suma, o prognóstico é todo o resultado que é tido como uma hipótese ou


probabilidade, ou seja, algo que pode acontecer devido as circunstâncias observadas
no presente.

o prognóstico é obtido a partir da análise do


diagnóstico feito no paciente, indicando quais as
possíveis doenças que podem ser responsáveis pelos
sintomas diagnosticados.
Aliás, a principal diferença entre diagnóstico e prognóstico está
no fato do primeiro estar relacionado unicamente com o
conhecimento e condição do presente, ou seja, ao que é
observado no momento. Por outro lado, o prognóstico é o
conhecimento prévio sobre algo que provavelmente pode
acontecer no futuro, resultado este obtido a partir de
interpretações feitas com base no diagnóstico.
Plano de Tratamento

Ordenar uma série de procedimentos com a intenção de solucionar


a questão de saúde bucal do seu paciente da forma mais eficiente e
adequada para as particularidades dele.

Montar um plano de tratamento pode parecer algo óbvio em casos mais


simples de saúde bucal, por isso muitos dentistas podem nem mesmo se
preocupar em elaborar um planejamento bem definido.
Para cada caso, situação, especificidade, haverá um plano de
tratamento diferente.

Não há protocolo de tratamento certo ou errado pois o principal


fator para se elaborar um plano de tratamento é a visão,
experiencia e conhecimento do profissional em questão.

E ainda contamos com outras varáveis que precisam ser observadas

•Evidências científicas;
•Experiência profissional;
•Especificidades clínicas do paciente;
•Realidade financeira do paciente.
Nesse sentido, o plano de tratamento é uma excelente
oportunidade para botar em prática suas habilidades,
conquistando a confiança do seu paciente explicando as
complicações que a situação atual dele pode resultar e
como a será a realidade dele após o tratamento.qui
https://www.dviradiologia.com.br/2020/12/07/semiologia-odontologica
https://daliodontologia.com.br/blog/o-que-e-estomatologia
https://blog.dentalspeed.com/como-entender-exames
https://www.significados.com.br/prognostico/
OBRIGADO

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