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HEMOGRAMA

ANÁLISE E INTERPRETAÇÃO DE EXAMES


LABORATORIAIS VOLTADOS PARA A ESTÉTICA
INTRODUÇÃO AO
HEMOGRAMApág 3

HEMOGRAMA: ENTENDENDO A
SÉRIE VERMELHApág 13
Hemácias pág 14
Hemoglobinapág 17
Hematócrito pág 24
Índices Hematimétricos pág 27

HEMOGRAMA: ENTENDENDO A
SÉRIE BRANCApág 32
Introdução a série branca pág 33
Leucograma pág 36
hemograma
Introdução ao
Introdução ao
hemograma
O hemograma é considerado o exame
ponto de partida, pois é através dele que
podemos iniciar a avaliação de como está a
saúde de cada paciente. Esse exame contém
muitas informações e cabe a nós sabermos
como interpretar e entender cada uma das
entrelinhas contidas nele.

A partir do momento que temos uma


compreensão e visão de como fazer
uma avaliação do hemograma, maior
destaque temos entre os demais
profissionais.

De maneira geral, os exames de hemograma mostram como


está o paciente, por exemplo, se está hidratado ou
desidratado, se está com algum tipo de inflamação ou não, se
há indícios de anemia, se o paciente tem uma tendência de
ter uma vida mais curta ou longa, e diversas outras
informações importantes. Então, o hemograma é
fundamental para nós que trabalhamos na área da estética.
Entendendo o
hemograma
Inicialmente, para entender e interpretar o hemograma,
precisamos diferenciar algumas coisas, começando pela definição
do que são os valores de referência, os valores ideais, os valores
anormais e os valores patológicos. Entenda melhor cada um
deles agora.

Os valores de referência: São os valores baseados em


estatísticas. Ou seja, nesse caso, é feita uma análise em um
determinado grupo de pessoas, onde é pré estabelecida uma
média. Por ser uma estatística, essa média precisa de dois
desvios padrões, tanto para baixo, quanto para cima.

O valor de referência é correspondente ao que foi apresentado


por 95% da população, então os valores de referência
englobam tanto uma população saudável, quanto uma
população doente. Porém, não significa que 5% das pessoas
restantes sejam doentes ou não. Esses 5% apenas não
entraram nas estatísticas. Então, todos os exames laboratoriais
apresentam o valor de referência, e geralmente estes estão
constados tabelados.

Além disso, cada exame pode ter uma variação de laboratório


para laboratório, o que é absolutamente normal, já que para a
realização dos exames, são comprados os kits específicos para
dosar aquele anato, e cada um desses kits possui um valor de
referência. Quando o lote é mudado, pode ocorrer de constar
uma pequena variação desses valores. Então todos os valores
de referência que serão descritos no decorrer desse conteúdo,
é apenas para exemplificação.
Os valores ideais: Os valores ideias são os valores que são
considerados os adequados para cada paciente. São valores
determinados pela literatura científica. Ou seja, são aqueles
valores que destacam saúde, qualidade de vida e bem estar.
Então, para que seja alcançada a "perfeição" de saúde, é
necessário que os números sejam o mais próximo possível dos
valores ideais. Ao atender os pacientes, busque sempre
juntamente com ele alinhar ou alcançar esses valores, pois isso
irá proporcionar a excelência.

Os valores anormais: Os valores anormais são aqueles não


condizentes, que não complementam os outros. Podem ser
resultantes devido a possíveis erros de jejum, por exemplo ou
de calibração de aparelho.

Os valores patológicos: Os valores patológicos são os valores


mais agressivos, de origem mais acentuada e que
demonstram que aquele paciente está com alguma
patologia. Geralmente, pacientes que buscam por mudanças
estéticas estão em busca da autoestima, da beleza, da
mudança, do ego.
Então, na grande maioria das vezes nós
vamos trabalhar dentro dos valores de
referência, mas buscando os valores ideais
no paciente.
Logo, esses exames com dados patológicos não serão tão
comuns dentro dessa rotina de clínicas de estética, mas é
importante que entendamos desses valores, pois em alguns
momentos pode ocorrer dos pacientes buscarem os
profissionais de estética apenas para mudanças, mas com um
curso de interpretação dos exames laboratoriais você terá a
liberdade de solicitar mais exames em busca de uma avaliação
de como o paciente está por dentro também.

Se perceber algum dos valores alterados e


que possam indicar alguma patologia, o
fundamental é uma orientação direta do
paciente a algum profissional específico para
o tratamento, já que não é cabível a área de
estética esse tratamento.
Na estética, como dito anteriormente, nós
vamos trabalhar apenas com duas margens,
as dos valores de referências e
dos valores ideias. Quando pensamos
em valores ideais voltados para a estética,
estamos falando de um funcionamento
perfeito do organismo, ou seja,
todas as células funcionando perfeitamente,
afinal nós somos como um engrenagem,
uma coisa depende de outra, que depende
de outra e assim Sucessivamente, tudo
isso para que tudo possa funcionar.

Se um paciente busca realizar um procedimento


para produção de colágeno e elastina,
por exemplo, e ao realizar os exames apresentar
algum quadro anêmico ou de deficiência de
ferro ou Vitamina C, isso indica que não há
produção natural de colágeno e elastina em
seu organismo, o que significa que mesmo
com o procedimento sendo realizado de
maneira correta pelo profissional, não haverá
uma resposta satisfatória por parte do
organismo, ou seja, o procedimento não
terá o resultado esperado.

Por isso que ao saber interpretar esses dados


em exames, você terá a facilidade de
entender o porquê o paciente não respondeu
ao tratamento seja por falta de alguma vitamina,
micronutriente, ou quaisquer outro problema.
Então, será mais fácil auxiliá-lo, repondo o que está
em falta em seu organismo, orientando o que está
precisa ser orientado, para que então tudo fique
alinhado e você consiga novamente
realizar esse e outros procedimentos
com excelência para que seja
apresentado resultados.
É importante ressaltar que não se deve
avaliar o exame laboratorial de forma
isolada. É indispensável que se avalie a
história do paciente.
O paciente tem muito a nos contar, detalhes ricos que são
esclarecedores. No dia em que você conseguir dedicar um bom
tempo para realizar uma anamnese de qualidade e conversar
com o paciente em uma média de tempo de 1hora/1h30min,
perceberá que haverá muitas informações que você pode colher,
informações essas de vários tipos como por exemplo: quais são os
seus hábitos alimentares, histórico familiar, se o paciente ingere
álcool, como é a qualidade de seu sono, cor e textura das fezes, etc.
Todas essas informações também interferem diretamente na
forma com que o metabolismo responde, o que
consequentemente, irá definir como serão os resultados dos
procedimentos estéticos que serão realizados.

Então, compreenda as fisiologias do corpo, para que no momento


da avaliação, na hora de orientar seu paciente, haja um
embasamento científico para que ele se sinta seguro ao realizar os
procedimentos desejados com você.
Dentro do hemograma também devemos compreender o tempo
de vida das células, suas origens e as suas funções.

A origem das células

A hematopoiese é o nome dado ao processo de origem de todas


as células sanguíneas. O hemograma é o estudo de todas essas
células. A porção das células do sangue são compostas de
eritrócitos, leucócitos e plaquetas. Essas 3 linhagens celulares, são
diferentes, mas oriundas de uma única célula-mãe, chamada de
célula pluripotente. A pluripotente é uma célula tronco. As
células tronco são as células que possuem a capacidade de se
multiplicar e diferenciar-se em variadas linhagens diferentes de
células. A partir da pluripotente temos uma sequência de diversas
outras linhagens, sendo as principais a progenitora linfóide e a
progenitora mielóide. Abaixo uma imagem ilustrativa as linhagens
completas:

Hematopoiese

Imagem ilustrativa. (Fonte: https://www.sanarmed.com/dica-de-hematologia-hematopoiese)


Então, quando vamos interpretar o hemograma precisamos
entender quais são essas células, quais seus formatos, seu tempo
de vida, suas funções, verificar o que significa qualquer alteração
que constar no exame e entender que essas células estão na
medula óssea.

O tempo de vida das células


O tempo de vida dessas células também é diferente. Se um
paciente realizar um exame em dois períodos do dia (um de
manhã e outro a tarde, por exemplo), os exames serão diferentes,
isso porque justamente as células possuem durabilidades e vida
útil que variam. Em um paciente plenamente saudável, por
exemplo, o ideal é que os dois exames sejam semelhantes, mas
não completamente iguais, devido a essa variação. Por isso que
muitos pacientes hospitalizados realizam vários exames no
decorrer do dia, para verificar como estão as células na medula
óssea, e se ele está respondendo de forma positiva ou não.

AS CÉLULAS ENCONTRADAS NO
HEMOGRAMA E SEUS CICLOS DE VIDA

Hemácias - 100 a 120 dias;


Granulócitos - 8 a 10h;
Monócitos - 8h;
Linfócitos - semanas/meses/anos;
Plaquetas - 5 a 10 dias.

A divisão do hemograma
O hemograma pode ser dividido em duas partes: elementos
figurados e elementos líquidos.

O sangue é dividido em duas partes: plasma (parte líquida) e


células sanguíneas (elementos figurados). Os glóbulos sanguíneos
são os eritrócitos ou hemácias, ou outros tipos de leucócitos ou
glóbulos brancos. Além disso, há também a água. A água interfere
na hidratação do paciente. Por exemplo, um paciente que está
hemoconcentrado ou hemodiluído, terá as enzimas em seu
organismo com dificuldades para realizar suas funções, ou seja, o
ideal é que o sangue não seja muito ralo e nem muito grosso.
O hemograma é como uma capa de um livro. É um exame barato
e que consegue destacar muitas informações importantes, que faz
com que consigamos ter uma noção de como prosseguir com o
paciente em busca do tratamento. Então, sempre inicie
solicitando o hemograma.

O exame de hemograma completo possui uma divisão de 3


partes:

SÉRIE VERMELHA: Nessa divisão nós temos o número de


hemácias, a hemoglobina, hematócrito, o VCM, HCM, o CHCM, e
o RDW. A série vermelha tem a função de levar o oxigênio para
todo o corpo.

SÉRIE BRANCA: Nessa divisão temos os leucócitos total, ou seja,


consta todos os tipos de leucócitos (neutrófilos segmentados,
eosinófilos, basófilos, linfócitos, monócitos). A série branca é
responsável pela defesa do nosso corpo. Então, durante uma
ameaça contra nosso organismo, essas células captam
informações importantes e auxiliam para defender o corpo.

SÉRIE AMARELA (PLAQUETAS) - As plaquetas têm como função


a hemostática, isto é, a interrupção de fluxo sanguíneo por um
vaso, que é a sua função principal e mais conhecida. Isso quer dizer
que as plaquetas auxiliam na reparação de lesões vasculares
impedindo a ocorrência de hemorragias.

Então, recapitulando, na interpretação do hemograma, devemos


levar em conta: o número das células, o tamanho dessas células,
a morfologia dessas células, a quantidade e o histórico do
paciente e, por fim, correlacionar essas informações com a
anamnese do paciente.

Nunca avalie o exame de forma individual!


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Hemograma
Hemácias
Hemácias
As hemácias fazem parte da série vermelha do hemograma e são
produzidas e amadurecidas na medula óssea. Após o processo de
produção e amadurecimento, a própria medula óssea joga todas
as hemácias na corrente sanguínea. A produção das hemácias
(conhecida como eritropoiese), é estimulada através de um
hormônio, chamado eritropoetina.

Abaixo uma imagem ilustrativa do processo de produção das


hemácias (eritropoiese), e suas diferentes linhagens:

Imagem ilustrativa. Fonte: (https://www.sanarmed.com/resumo-fisiologia-das-hemacias-colunistas)

Então, na imagem acima podemos observar como as células


amadurecem até se tornarem hemácias em sua última linhagem.

Na célula reticulócito, uma linhagem anterior a das hemácias, há


algo importante a ressaltar: Dependendo da doença do paciente
ou do trabalho que a sua medula óssea está exercendo no
organismo, pode haver uma liberação na corrente sanguínea de
células mais jovens, chamadas de reticulócitos. Essas células não
estão "prontas", o que significa que não se tornaram de fato
hemácias ainda.

Entender isso é importante para que nós possamos detectar


algum tipo de anemia nos pacientes. Então, se as hemácias mais
maduras não estão dando conta de exercer sua função principal
de levar oxigênio para todo o organismo, a medula óssea, na
intenção de auxiliar nesse processo, começará a liberar na
corrente sanguínea as células mais jovens (reticulócitos).
Hemácias e anemias
As hemácias, como já mencionamos
anteriormente, são produzidas na medula
óssea, e depois são dirigidas para a corrente
sanguínea, onde permanecem entre 100 e
120 dias. Após esse ciclo de vida, elas ficam
velhas e são encaminhadas pelo organismo
até o baço. Então, quando nós temos a medu-
la produzindo as hemácias normalmente juntamente com a
destruição delas no baço, ou seja, ambas as funções ocorrendo na
mesma proporção, consideramos que as hemácias estão normais,
isto é, saudáveis.

Porém, se nós tivermos uma produção diminuída das hemácias


na medula, mas o baço continuar exercendo sua função
destruindo normalmente o número de hemácias, há um
desequilíbrio, o que causará um quadro de anemia.

Por fim, se há uma produção aumentada de hemácias na medula


e ao mesmo tempo também há uma destruição acelerada no
baço, teremos um caso de hemólise compensada, conhecida
também como anemias hemolíticas. A medula nesse caso, até
produz normalmente as células hemácias e exerce sua função,
mas por algum motivo, o organismo as destrói de maneira
precoce, o que ocasiona esse tipo de anemia.

Para descobrirmos se a produção de hemácias está acelerada,


devemos observar no exame de hemograma se há reticulócitos
na corrente sanguínea ou não.

OS VALORES DE OS VALORES IDEAIS


REFERÊNCIAS DE HEMÁCIAS DE HEMÁCIAS

Nos homens: 4,3 a 6,0 Para homens: 4,3 a 5,1


Nas mulheres: 3,9 a 5,6 Para mulheres: 3,9 a 4,6

Lembrando que pode haver uma oscilação nesses valores, de


acordo com cada laboratório.
Hemoglobina
Hemoglobina
A hemoglobina são moléculas muito importantes que têm como
função levar o oxigênio a todo corpo. Um corpo nutrido de
hemoglobina é fundamental para nós que trabalhamos na
estética em busca da produção de colágeno. Então, para que haja
essa produção, precisamos de oxigênio, ferro e vitamina C. Logo, se
o paciente apresenta deficiência de hemoglobina, há a falta de
oxigênio em seu organismo, o que leva a uma produção de
colágeno menor, e que consequentemente fará com que
procedimentos estéticos não venham a produzir tanto resultado.

Estrutura da hemoglobina:

A hemoglobina é uma proteína globular, presente nas hemácias e


que possui uma estrutura quaternária, isto é, ela é formada por 4
subunidades. Cada uma dessas subunidades é formada por uma
porção proteica que é chamada globina e um grupo proteico que
é chamado de heme. Ou seja, a estrutura da hemoglobina é
definida como globina + heme.

Existem vários tipos de globinas, sendo a hemoglobina formada


por 2 globinas alfa e 2 globinas não alfa. Já o grupo heme,
apresenta um átomo de ferro, que está normalmente na forma
ferrosa.
A hemoglobina tem cerca de 64,500 Da (daltons), ou seja, é uma
proteína grande e ao chegar aos rins, é realizada a filtração. Os rins
retêm a hemoglobina no organismo, o que significa que não há
eliminação delas. Porém, se porventura haver moléculas de
hemoglobinas contidas nas amostras de urina, isso significa que
os rins não estão trabalhando de forma adequada, afinal, eles estão
expelindo proteínas de um tamanho maior, o que não é o ideal de
acontecer.

Abaixo uma imagem ilustrativa da estrutura da hemoglobina:

Globina Grupo
Heme

Molécula de
Ferro oxigênio

Imagem ilustrativa (Fonte: https://brasilescola.uol.com.br/biologia/hemoglobina.htm)


Imagem ilustrativa. (Fonte: https://www.biomedicinapadrao.com.br/2011/12/hemoglobina-e-grupo-heme.html)

O grupo heme da hemoglobina tem sua formação como


representada na imagem acima, contendo 4 anéis pirrólicos
ligados entre si por um átomo de ferro. Esse átomo de ferro é
também ligado a 4 nitrogênios no centro do anel protoporfirínico
(isto é, os 4 anéis pirrólicos sem o ferro).

Dentro de cada hemácia nós temos um conjunto de milhões de


hemoglobinas que tem como função principal a distribuição de
oxigênio de maneira favorável para todo o corpo.
Hemoglobina e os tipos de anemias
Como observamos, a estrutura da hemoglobina depende do ferro
para ser formada, ou seja, quando há uma carência desse mineral,
há a baixa produção de hemoglobina no sangue, o que pode
ocasionar doenças como a anemia. Há vários tipos de anemia e
agora vamos entender quais são cada um deles e quais as
diferenças:

Anemia ferropriva:

As anemias mais comuns são as anemias


ferroprivas, que ocorrem devido a carência de ferro
no organismo. Essa carência de ferro pode ocorrer
devido à falta de ingestão ou de absorção. uma
melhor oxigenação.

Mas atenção! Há casos em que o indivíduo até tenha uma


ingestão de alimentos satisfatória, mas devido a um problema
de intestino inflamado, por exemplo, o organismo pode não
absorver os nutrientes e minerais de forma adequada, o que
ocasionará a falta deles no corpo, e é isso que pode ocorrer
nesse caso da falta de ferro. Quando isso acontece, então
teremos um quadro de anemia ferropriva. Por isso a
importância de um intestino saudável, que possa absorver
todos os nutrientes dos alimentos que estão sendo ingeridos
pelo indivíduo.
As anemias ferroprivas são as mais comuns. É
importante ressaltar essa informação pois nós,
profissionais estetas, podemos identificá-las no
paciente, entendendo qual a sua causa, e por fim
tratá-las via suplementação, com os recursos
disponíveis, resolvendo o problema do paciente de
forma íntegra. Uma vez que resolvemos o problema
do paciente com a doença, os resultados dos
procedimentos estéticos serão muito melhores, com
um corpo que no fim terá uma melhor oxigenação.
Anemia Megaloblástica:
É caracterizada pelo aumento do tamanho
das hemácias, também conhecida como
anemia macrocítica. As causas mais comuns
são a deficiência ou utilização defeituosa de
vitamina B12, e/ou folato.

Anemia falciforme:
A anemia falciforme é um tipo de anemia herdada, em que as
hemácias, diante de certas situações mudam sua forma,
tornando-se semelhantes com uma foice, por isso o nome
falciforme. As hemácias normalmente têm seu formato como de
um disco bicôncavo, sendo muito flexíveis e passando com
facilidade pelos pequenos vasos sanguíneos, por isso são
perfeitamente adaptadas para realizar sua função principal que é
a entrega do oxigênio para os vasos menores e áreas mais remotas
do corpo. No caso desse tipo de anemia, o aminoácido ácido
glutâmico é substituído por outro, chamado de valina e essa
substituição é que causa esse afoiçamento.

Hemácia normal Hemácia em forma


de foice
Anemia talassemia:
A anemia talassemia, também conhecida como anemia do
mediterrâneo, é causada por uma anomalia de hemoglobina.
Existem dois tipos de talassemia: alpha e betha, que podem ter
sua manifestação de duas formas: minor, intermediária e major.

A forma minor é um grau leve de anemia, que geralmente não


manifesta sintomas e pode passar despercebida.

Na forma intermediária, a deficiência da síntese de hemoglobina


é considerada moderada, e as consequências geralmente são
menos graves.

Já na forma major, a talassemia é a forma mais grave da doença,


chamada de anemia de Cooley, que é causada pela transmissão de
dois genes defeituosos, herdados do pai e da mãe. O que provoca uma
anemia profunda e diversas outras alterações orgânicas graves
(aumento do baço, atraso no crescimento e problemas nos ossos).

Anemias sideroblásticas:

Esse grupo de anemias são caracterizadas pelo alto nível de ferro,


ferritina e saturação de transferrina, como também os
sideroblastos em anel. Ou seja, isso significa que não há a formação
do grupo heme das hemoglobinas por algum fator. Sem a
formação do grupo heme, não há a formação de hemoglobinas.

Esses 3 últimos tipos de anemias são considerados os mais


agressivos, ou seja, causam mais danos ao paciente. Logo, não é
cabível aos profissionais estetas tratarem essas doenças. O
fundamental é que o paciente seja encaminhado a profissionais
especializados que possam tratá-lo de maneira adequada, com o
uso de medicamentos adequados, e com a instrução para a
realização de exames mais profundos.
Mas é importante que conheçamos esses tipos de anemia, pois se
nos depararmos com casos assim, nós venhamos a ter uma ideia de
como prosseguir para auxiliar esse paciente.

As anemias mais comuns e que nós estetas podemos ajudar


suplementando o paciente, são a anemia ferropriva e a anemia
macrocítica.

Hemoglobina e fenômeno de cooperação


Na hemoglobina, a ligação do oxigênio é chamada de
cooperativa. Isto significa que a coordenação do O2 a um heme
facilita a outra coordenação de outra molécula (O2) com outro
heme. Ou seja, há uma reciprocidade aqui. A saída da molécula de
O2 de um certo grupo heme vai facilitar a saída das moléculas de
O2 dos demais hemes.

Valores referenciais de hemoglobina estabelecidos pela OMS


(Organização Mundial da Saúde) de acordo com a faixa etária:

Para crianças
0,5 a 4,9 anos = 11 de hemoglobina
5 a 11,9 anos = 11,5 de hemoglobina
12 a 14,9 = 12 de hemoglobina

Para mulheres:
15 anos pra cima = 12 de
hemoglobina
Gestante = 11 de hemoglobina

Para homens:
15 anos pra cima = 13 de
hemoglobina

Valores ideais de hemoglobina:


13,5 a 15,5 14,2 a 17,8
Hematócrito
Hematócrito

O hematócrito (HT), é um parâmetro laboratorial usado para


medir o percentual que as hemácias ou eritrócitos ocupam no
volume de sangue total. Abaixo uma imagem ilustrativa para
melhor entendimento e visualização:

Imagem ilustrativa. (Fonte: https://blog.varsomics.com/hematologia/)

Em um caso em que os hematócritos estiverem baixos


(hemodiluição), isso pode ocorrer devido a alguns fatores, como:
poucas hemácias, hemácias pequenas, ou poucas hemácias e
hemácias grandes (caracterizando então um quadro de anemia),
desnutrição, leucemia, sangramentos
Em um caso em que os hematócritos estiverem baixos
(hemodiluição), isso pode ocorrer devido a alguns fatores, como:
poucas hemácias, hemácias pequenas, ou poucas hemácias e
hemácias grandes (caracterizando então um quadro de anemia),
desnutrição, leucemia, sangramentos

Já em um caso onde os hematócritos estiverem altos


(hemoconcentração), isso pode ocorrer devido a fatores como a
desidratação. Então, com a ingestão indevida de água o sangue
pode não fluir de maneira adequada. Para que o sangue flua de
maneira adequada, a água deve estar em equilíbrio constante
com as células, e quando há esse equilíbrio as células fluem mais
facilmente, entregando o oxigênio de maneira correta às áreas do
corpo. Se o sangue estiver em um estado muito concentrado e
denso, as células encontrarão maior dificuldade para exercer suas
funções de entrega de oxigênio.
Então, quem define a quantidade de água que devemos ingerir
são as células (hemácias) que estejam em números saudáveis.

Exemplo: Uma pessoa possui cerca de 4,3 milhões de hemácias,


então ela deve ingerir por dia cerca de 4,3 litros de água.

OS VALORES DE OS VALORES IDEAIS


REFERÊNCIAS DE DE HEMATÓCRITOS
HEMATÓCRITOS
41 a 54 41 a 47,5
36 a 48 36 a 42
Índices
Hematimétricos
Índices Hematimétricos

Ao analisarmos o hemograma, temos o eritrograma, a parte do


exame que avalia quantitativamente e qualitativamente os
eritrócitos.

Para que isso ocorra, é necessário a contagem do número total


dessas células, junto com a medição da concentração de
hemoglobinas e o cálculo de hematócritos. No eritrograma
temos também os índices hematimétricos. (VCM, HCM, CHCM,
RDW).

É fundamental destacar aqui que apenas a contagem de


eritrócitos não é por si só suficiente para diagnosticar desordens
de origem hematológicas e por isso julga-se necessário utilizar os
valores fornecidos por intermédio dos índices hematimétricos.

Por isso, agora vamos entender mais sobre cada um desses


índices.

VCM (volume corpuscular médio)

O VCM é o índice que representa a média do tamanho das


hemácias. Através dessas medidas, podemos diferenciar quais os
tipos de hemácias e quais os tipos sugestivos de anemias. Por isso,
saber qual o VCM vai auxiliar na hipótese de um quadro de anemia
e auxiliar no acompanhamento do paciente após iniciar a
suplementação.

Nós temos hemácias grandes, hemácias normais e hemácias


pequenas. As hemácias grandes são maiores que 98. Então,
conforme o
índice, todas as vezes que tivermos hemácias maiores que 98, ela
é considerada grande e passa a ser chamada de macrocitose.

Quando as hemácias estão normais, elas são chamadas de


normocíticas.
Já quando as hemácias estão pequenas, geralmente menores
que 80, são chamadas de microcíticas.
Entendendo esses dados, ao observarmos o hemograma,
podemos perceber pelo tipo de hemácia qual é o quadro
sugestivo de anemia que o paciente pode estar sofrendo.

Para entendermos melhor esse quadro de anemia no paciente,


nós devemos observar a medula óssea e os reticulócitos. Os
reticulócitos que irão nos ajudar a perceber se a medula do
paciente está hipoativa ou hiperativa.

Se a medula, por exemplo, estiver hipoativa, não haverá a


liberação de reticulócitos na corrente sanguínea.

Porém, se ocorrer o contrário, ou seja, se a medula estiver


hiperativa, haverá a liberação de reticulócitos na corrente
sanguínea.

É importante que observamos também o VCM dessas células,


qual seu tamanho? Pequeno, normal ou grande?

Por exemplo, se o VCM estiver pequeno, pode haver um quadro


de ausência de ferro, e para que haja a confirmação dessa
deficiência, é fundamental a realização de outros exames, como a
ferritina. A ferritina é uma molécula que armazena todo o
estoque de ferro em nosso organismo. Então, por isso temos que
avaliar a ferritina, isto é, o estoque de ferro no paciente e não
apenas a quantidade de ferro que está em circulação.

Se o exame da ferritina apontar um baixo armazenamento de


ferro, o diagnóstico nesse caso seria a ausência de ferro (anemia
ferropriva), que como já mencionado em capítulos anteriores,
pode ser resolvida através da reposição via suplementação.

Caso o VCM esteja aumentado, é indicativo de carência e/ou


deficiência de vitaminas do complexo B, dentre elas B12 e B9.

Então sempre avalie o VCM junto do restante do


hemograma, para um diagnóstico completo e
preciso.
Valores ideais de VCM
De 88 a 92, ou seja, vamos sempre trabalhar para que o paciente
esteja com as hemácias dentro dessa margem de tamanho, caso
elas estejam menores ou maiores podemos tratá-las através da
suplementação para que elas atinjam os valores ideais.

HCM (hemoglobina corpuscular média)

O HCM é também um dos parâmetros do hemograma que irão


medir a quantidade média de hemoglobina dentro das
hemácias. Semelhante ao VCM, são importantes para a
identificação do tipo de anemia no paciente, podendo ser
hipercrômica, normocrômica ou hipocrômica.

As alterações nos níveis de HCM podem ocorrer como indicativo


de fatores como consumo de álcool, alterações na tireoide e
também, anemia.

Quando os valores de HCM forem maiores que 34 picogramas em


adultos, há o indicativo de uma hipercromia, de modo que a
hemácia apresentará um aspecto mais escuro que o normal
devido à grande quantidade de hemoglobina por hemácia,
devido ao consumo de álcool por exemplo, uso de alguns
medicamentos ou alterações na tireoide.

Geralmente também são observados hemácias maiores que o


comum, o que pode ser devido a um quadro de anemia
megaloblástica, em decorrência da deficiência de vitamina B12 e
ácido fólico.

Já quando os valores estão abaixo de 26 picogramas, isso é indica


uma hipocromia. Ou seja, a hemácia apresentará um aspecto
mais claro que o comum devido à uma maior concentração de
hemoglobina por hemácia, devido a fatores como a falta de ferro
e anemia talassemia.
Pode ocorrer também que as hemácias sejam mais menores que
o normal, sendo conhecidas como hemácias microcíticas, logo, é
importante que seja avaliado outros parâmetros do hemograma
para que possa haver uma melhor identificação para a causa da
hipocromia e microcitose.

Valores de referência do HCM


Para homens e mulheres: 27 a 37

Valores ideias do HCM:


Para homens e mulheres: 28 a 32

CHCM (Concentração da Hemoglobina


Corpuscular Média)

O CHCM é um dos parâmetros para verificar a quantidade e o peso


da hemoglobina presente nas hemácias.

Quando temos CHCM baixos, pode ser um indicativo de quadros


de anemia, insuficiência cardíaca, hipotireodismo, ou uso de
medicamentos.

Quando temos CHCM em valores altos, isso pode ser indicativo de


um consumo elevado de álcool ou problemas na tireoide.

Valores de referência do CHCM:


Para homens e mulheres: 32 a 36

Valores ideais do CHCM:


Para homens e mulheres: 33 a 35
RDW (Red Cell Distribution Width - Amplitude de
Distribuição dos Glóbulos Vermelhos)

O RDW é um parâmetro que avalia a variação de tamanhos entre


as hemácias, e essa variação é denominada anisocitose.

Quando o valor do RDW está elevado no hemograma, significa


que as hemácias tem um tamanho superior ou inferior ao normal,
podendo ser observado no esfregaço sanguíneo.

Quanto maior for o valor de RDW, maior é o estresse oxidativo do


paciente.

Valores de referência do RDW


Para homens e mulheres: 12 a 16.
O ideal é que sempre esses valores sejam
próximos ao inferior.

Valores ideias do RDW


Para homens e mulheres: 12 a 14
Hemograma
Introdução a
série branca
Introdução a série branca
A segunda parte que compõe o hemograma é a série
branca, conhecida também como leucograma.
O leucograma avalia o número total de leucócitos
no sangue. Os leucócitos, como já mencionado,
são responsáveis pela defesa do nosso organismo,
isto significa que eles lutam contra possíveis
invasores e por isso são tão fundamentais.

Para entendermos a série branca, devemos relembrar


o processo de hematopoese, isto é, o processo de
renovação celular do nosso sangue, que divide,
diferencia e torna as células maduras, com várias
linhagens de células sanguíneas diferentes.

Abaixo uma imagem para relembrar todo o processo:

Imagem ilustrativa (Fonte: https://www.sanarmed.com/leucemias)

Dentro de todo esse processo de


hematopoiese, nós temos a série branca.
Os leucócitos possuem uma função muito importante, que é a
capacidade de sair do vaso e ir para o tecido, se for necessário.
Além disso, possuem a capacidade de fazer um processo
chamado fagocitose.

A fagocitose é um processo em que a célula captura uma


molécula grande e sólida (agressor), por meio de prolongamentos
citoplasmáticos, chamados de pseudópodes. A partir disso, a
molécula é englobada e passa a fazer parte do citoplasma da
célula e é nessa etapa que o material que foi ingerido fica envolto
totalmente pela membrana, o que forma o que chamamos de
fagossomo.

No interior do fagossomo são lançadas as enzimas que começam


a degradar a molécula ingerida, que pode ser um micro-
organismo ou restos celulares. As enzimas são liberadas por
organelas que chamamos de lisossomos e que ao se unirem ao
fagossomo formam um vacúolo digestivo. O restante da molécula
que não é digerida, recebe o nome de corpos residuais que depois
de um certo tempo poderão ser excretadas pela própria célula.
Esse processo é um processo de defesa e que auxilia na produção
de anticorpos.

A seguir uma
imagem
ilustrativa de como
funciona esse
processo:

Imagem ilustrativa. (Fonte: https://escolakids.uol.com.br/ciencias/sangue.htm)


Leucograma
Leucograma
Como já dito inicialmente, na série branca (leucograma), nós
vamos trabalhar com o número total de leucócitos. Essa
contagem total de leucócitos engloba todos os leucócitos
(neutrófilo, eosinófilo, basófilo, linfócito e monócito).

O valor de referência é bastante amplo, indo de 4.500 a 11.000. A


literatura científica diz que quando nós temos leucócitos acima
de 6.500, há um quadro de inflamação crônica do organismo.

Por isso, vale se atentar a esses detalhes, pois mesmo sendo


bastante amplo, percebemos que se estes estiverem acima de
6.500, há um sinal de alerta para possíveis inflamações agudas ou
crônicas. Mas é importante associar essas informações juntamente
com outras informações de outros exames laboratoriais para
investigar de maneira adequada qual é o tipo dessa inflamação.

Outra informação importante a se atentar também é


que os fumantes apresentarão um aumento de 30%
no número de leucócitos. Ou seja, se o paciente é
fumante, é aceitável que os seus leucócitos estejam
acima de 6.500. Quanto mais o paciente fuma, mais
leucócitos haverá na corrente sanguínea.

Para uma regularização desse quadro, apenas parar de fumar não


seria suficiente para que o paciente normalize os números de
leucócitos, isso porque depende do período de tempo em que ele
fumou. Em média, para regularizar o número de leucócitos no
organismo de um fumante, seria um processo de cerca de 20
anos.

Pacientes que ingerem diariamente mais de 500ml


de café também apresentam um aumento de 3 a
4% de leucócitos. Para esse quadro, o ideal é ir
diminuindo as doses de café para uma melhor
percepção do quadro do paciente.
Para que possamos acompanhar melhor o leucograma do
paciente, o ideal é usar o próprio histórico do paciente, para
analisar como é a resposta imunológica dele. E para isso seja, o
ideal é que nós venhamos a arquivar os resultados dos exames que
serão realizados no decorrer do tratamento, para uma
comparação da série branca do exame mais atual com o mais
antigo.

Sempre busque comparar os parâmetros


de exames do mesmo paciente. O ideal é
não usar parâmetros de pacientes
diferentes.

Leucocitose e Leucopenia
A leucocitose é quando o número total de leucócitos está acima
de 11.000. Indicativo de infecções virais, bacterianas, inflamações,
etc.

A leucopenia é quando o número total de leucócitos está menor


que 4.000. Onde há imuno secreção, ou seja, o paciente não está
conseguindo produzir, por algum motivo, as células de defesa. Em
casos de anemias graves, há a leucopenia, alguns medicamentos
também podem influenciar.

A literatura científica diz que pacientes que possuem um número


de leucócitos superior a 6500 são mais propensos a sofrerem de
problemas como acidentes vasculares (AVC) e problemas
cardíacos. Ou seja, a chance de mortalidade desse paciente é
maior.
Neutrófilo

Os neutrófilos são as células que são encontradas em maior


quantidade no organismo. Abaixo uma imagem ilustrativa do
amadurecimento do neutrófilo.

Imagem ilustrativa. (Fonte: https://www.tiraojaleco.com.br/2017/02/os-neutrofilos.html)

Os segmentados são os neutrófilos em sua forma final, ou seja, os


mais maduros. Os neutrófilos são encontrados em maior número
no organismo em caso de infecção, por isso, para auxiliar o corpo, a
medula óssea pode liberar qualquer uma das células abaixo,
mesmo não sendo totalmente "madura" (segmentada).

Ou seja, se nós exames constatarem que há células mais jovens,


isso quer dizer que a medula do paciente está mais hiperativa, isto
é, a produção de células está mais acelerada com intenção de
defesa do organismo, e isso não é considerado um bom sinal.

Os valores de referência do neutrófilo:


Para homens e mulheres: 40 a 60% do
total de contagem de leucócitos.

Os valores ideias do neutrófilo:


Para homens e mulheres: de 45% a 55%.

Acima desse valor, há um indicativo de que algo no organismo do


paciente não está indo bem.
Eosinófilo

Os eosinófilos são células presentes também na contagem dos


leucócitos. Essas células têm como principal função o aviso de
alguma infecção viral ou parasitária.

Ao contrário das demais células, as células mais jovens de


eosinófilos são dificilmente encontradas no organismo, isso
porque, os eosinófilos em si são encontrados em pouca
quantidade na corrente sanguínea, sendo em torno de apena
s 3%.

Então, para uma liberação desse tipo de célula mais jovem, apenas
em algum quadro mais raro em que o paciente esteja sofrendo de
alguma alergia muito severa ou uma parasitose muito aguda e/ou
outras doenças.

Os grãos do eosinófilos são mais avermelhados, ou seja, ele é uma


célula de fácil reconhecimento no hemograma.

Pode ocorrer um aumento dessas células devido a pouca


quantidade de água que o paciente está ingerindo, o que pode
sugerir o acúmulo de toxicidades no organismo.

Se o paciente estiver ingerindo pouca água e também comendo


de maneira inadequada, o sangue ficará "sujo" de resíduos, já que
os rins não conseguirão realizar sua função de filtragem, afinal, a
água é que deixará o sangue limpo. Então, por fim, isso acaba
gerando um aumento de eosinófilos no organismo.

Os valores de referência do eosinófilos:


Para homens e mulheres: 1 a 4

Os valores ideias do eosinófilos:


Para homens e mulheres: menor que 3.
Basófilo

Os basófilos são também células importantes para o sistema


imune do nosso organismo. Geralmente, há um aumento dessas
células em casos de alguma alergia ou instalação mais prolongada
(asma, rinite, etc).

São células que não saem da corrente sanguínea e que também


são encontradas em menor quantidade, ocupando cerca de 1%.

Os valores de referência para o basófilo


Para homens e mulheres: 0 a 200

Os valores ideias para o basófilo


Para homens e mulheres: menor ou
igual a 0.5.

Linfócito

Os linfócitos são também um tipo de célula que exerce funções


de defesa do organismo. São conhecidos também como glóbulos
brancos. Sua produção é em maior quantidade durante quadros
de infecções, anemia do tipo perniciosa, que é mais severa e longa
(que ocorre devido a deficiência de ácido fólico e vitamina B12),
obesidade, alergia, etc. Ou seja, observar o número de linfócitos é
um bom indicador quanto ao estado de saúde de um paciente.

Existem dois tipos de linfócitos: o das células B e o das células T e


ambos exercem funções diferentes no sistema imune do
organismo.

Pacientes que possuem linfócitos aumentados, são pacientes que


possuem uma tendência maior a terem herpes e/ou candidíase
por repetição.
Os valores de referência de linfócitos
Para homens e mulheres: 20 a 40%
Os valores de referência de linfócitos
Para homens e mulheres: 25 a 35%

Quando há um aumento perto dos 40% de linfócitos devemos


avaliar com atenção o paciente. É homem? É mulher? Uma
mulher, por exemplo, com linfócitos aumentados pode ou já teve
algum quadro de candidíase, herpes, vaginite? Todas essas
variáveis são importantes para avaliação, pois podem causar um
aumento dos linfócitos.

Monócito
Os monócitos também são células que auxiliam no nosso sistema
imune. Estão presentes em patologias mais crônicas, como
quadros de tuberculose, uma artrite, etc. Como são células
encontradas em pequeno volume na corrente sanguínea,
devemos nos atentar caso esteja indicando no hemograma um
aumento acentuado.

Os valores de referência do monócito:


Para homens e mulheres: 2 a 10%
Os valores ideais do monócito: de 3 a 8

Há a necessidade de complementação para diagnóstico mais


preciso, ou seja, devemos observar os valores das células
eosinófilos e basófilos também.
Plaquetas

As plaquetas são fragmentos citoplasmáticos originados de


megacariócitos que são produzidos na medula óssea. Justamente
por serem fragmentos, as plaquetas não possuem núcleo, ou seja,
são anucleadas. Uma das principais funções das plaquetas é a
coagulação sanguínea, além disso, em casos de lesões em um
vaso sanguíneo, por exemplo, elas se aglutinam, formando uma
espécie de tampão e começam a liberação de substâncias que
irão garantir que mais plaquetas se dirijam para aquele local.

Imagem ilustrativa. (Fonte:https://kasvi.com.br/analise-da-hemostasia/)


A coagulação sanguínea acontece da seguinte maneira:

Há uma sequência de eventos de origem química e plaquetária


para que ocorra a formação de um coágulo de fibrina que faz a
hemostasia (isto é, a cessação do sangramento), e auxiliam a parar
o sangramento e reparar o tecido que está comprometido.

Para que ocorra a coagulação, é necessário que haja os


componentes necessários, começando pelas plaquetas, os vasos
sanguíneos, e as proteínas de coagulação do sangue, juntamente
com outras coisas.

A coagulação ocorre pela ativação desses fatores, e há duas vias


para que ela ocorra: uma intrínseca, isto é, a que ocorre no interior
dos vasos sanguíneos, quando o sangue entra em contato com as
regiões da parede do vaso lesionado, e a outra extrínseca, que é
quando o sangue extravasa dos vasos sanguíneos para os tecidos
conjuntivo, o que é popularmente conhecido como "cascata de
coagulação". O que ocorre, é que ambas as vias se juntam na
formação do coágulo de fibrina. O ponto comum entre essas duas
vias também é a conversão da protrombina em trombina.

A trombina tem várias funções, sendo a principal a conversão de


fibrinogênio em fibrina. A vitamina K e o cálcio são cofatores da
coagulação, isso significa que são agentes facilitadores no
processo da coagulação, sem eles, não há como todo esse
processo de conversão ocorrer.
Para que todo esse processo ocorra
adequadamente, o intestino deve
estar saudável, isto é, sem nenhuma
inflamação, pois é ele quem vai
absorver a Vitamina K.
Semelhantemente também o
fígado deve funcionar
corretamente, pois ele também é
um grande responsável por todo
esse processo de conversão para
que no fim, o coágulo seja formado.

80% da integridade do nosso


corpo depende de como está o
nosso intestino. Por isso é
importante ressaltar a
importância de mantê-lo
saudável e com sua manutenção
em dia, pois tudo flui através
dele, inclusive, como vimos
anteriormente, até mesmo a
agregação plaquetária.

O valor de referência de plaquetas:


Para homens e mulheres: 190.000 a
400.000
O valor ideal de plaquetas:
Para homens e mulheres: próximo a
280.000
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