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Tecido Fundamental:

parênquima, colênquima e esclerênquima

●Prof. Fábio Renato Borges


Tecidos Fundamentais:
parênquima, colênquima e esclerênquima

Prof. Fábio Renato Borges


Parênquima
• Desenvolvido a partir:
→ meristema fundamental;
→ procâmbio ou do câmbio;
→ felogênio.
• Características distintivas: células vivas, com potencial
meristemático (importante na cicatrização);
isodiametricas; com paredes celulares finas
apresentando campos de pontoação primários.

Aspecto geral do tecido parenquimático.


Fonte:https://www.docsity.com/pt/histologia-vegetal-
Escapo floral de Hemerocalis sp.
mostrando espaços celulares de
origem esquizógena.(Fonte:
APEZZATO-DA-GLÓRIA, B. &
CARMELLO-GUERREIRO, S. M.
(Eds). 2003. Anatomia vegetal.
Editora da UFV. Viçosa, 1a ed)

• Podem existir espaços


intercelulares:
→ esquizógenos.
→ lisógenos. Corte transversão da raiz de Genipa americana submetida a alagamento.
Observa-se a presença de grandes espaços interceculares de origem
lisógena. Fonte: https://www.scielo.br/scielo.php?
script=sci_arttext&pid=S0100-84042007000100013
• O parênquima se distribui por todo o corpo da planta.
• Função relacionada com características das células.
• Células idioblásticas: são células isoladas, contendo
diversas substâncias, diferindo, quanto ao conteúdo ou
a forma, das demais células de parênquima.
Corte transversal do caule de
Myriophyllum aquaticum, com
aerênquima contendo células
armazenadoras e amido e
também idioblastos portando
drusas.

Fonte: APEZZATO-DA-GLÓRIA,
B. & CARMELLO-GUERREIRO, S.
M. (Eds). 2003. Anatomia
vegetal. Editora da UFV. Viçosa,
1a ed.
● Parênquima de preenchimento
• Células mais comuns.

Contraste entre diferentes


Corte transversal da raiz detecidos. Espécie
Zea mays não citada.
(milho).
Fonte:
Fonte: https://brasilescola.uol.com.br/biologia/xilema-
http://www.anatomiavegetal.ib.ufu.br/exercicios-
floema.htm
html/Parenquima.htm
● Parênquima clorofiliano
• Fotossíntese.
• Células com maior superfície de
contato entre si.
• Vacúolo grande, empurrando os
cloroplastos para a periferia das
células.
• Ocorrem em folhas e caules jovens.
• Tipos:
Parênquima Paliçádico

Parênquima Esponjoso
Parênquima Regular

Corte transversal de uma folha


de uma espécie da família
Velloziaceae.

Fonte: APEZZATO-DA-GLÓRIA,
B. & CARMELLO-GUERREIRO, S.
M. (Eds). 2003. Anatomia
vegetal. Editora da UFV. Viçosa,
1a ed.
Parênquima
plicado
Corte transversal de uma folha
de Pinus sp..

Fonte: APEZZATO-DA-GLÓRIA,
B. & CARMELLO-GUERREIRO, S.
M. (Eds). 2003. Anatomia
vegetal. Editora da UFV. Viçosa,
1a ed.
Parênquima Braciforme

braço

Células parenquimáticas braciformes do diafragma dos pecíolos de Echinodorus


paniculatus.

Fonte: APEZZATO-DA-GLÓRIA, B. & CARMELLO-GUERREIRO, S. M. (Eds). 2003.


Anatomia vegetal. Editora da UFV. Viçosa, 1a ed.
● Parênquima de Reserva
• Armazenam substâncias do
metabolismo primário.
• Armazenamento no vacúolo,
citoplasma ou organelas.
• Distribuídos pelos vários órgãos das
plantas.
• Tipos de parênquima de reserva:
Parênquima Amilifero • Como saber se é cloroplasto ou é amido?

amilífero

Parênquima de reserva do caule de Solanum


tuberosum (batata inglesa).

Fonte:
http://www.anatomiavegetal.ib.ufu.br/exercicios-
html/Parenquima.htm
Parênquima
aerífero (ou Aerenquima)
aerênquima)

Corte transversal da raiz de uma planta aquática.

Fonte:http://portal.virtual.ufpb.br/biologia/novo_site/Bibli
oteca/Livro_4/7-Anatomia_Vegetal.pdf
Parênquima aqüífero
Corte transversal a folha de
Phormium tenax..
Fonte:
http://www.anatomiavegetal.i
b.ufu.br/folha_texto.htm
Colênquima
• Células vivas; com parede primária grossa,
irregularmente depositada, flexível;
cloroplastos em pequena quantidade.
• Função: sustentação do corpo primário e
partes “movimentadas”.
Diagrama drepresentando células
de colênquima em corte
transversal e em corte
longitudinal.
Fonte:
https://brainly.in/question/33623
68
• Regiões onde é encontrado:
→ regiões de distensão;
→ caules de herbáceas;
→ pecíolo de folhas.
• Apresenta potencial meristemático.
• Normalmente distribuído
superficialmente e formando
cordões ou cilindros.
Corte transversal de duas folhas, enfatizando o
colênquima formando cordões próximos à epiderme.
Fonte: RAVEN, P. H.; EVERT, R.F. & EICHHORN, S.E.
1996
• O formato das células de colênquima
pode mudar a medida que envelhece.
• Colênquima pode transformar-se em
esclerênquima.
• Tipos de colênquima:
Desenhos esquemáticos dos tipos mais comuns de colênquima. (A)
Colênquima angular. (B) Colênquima lamelar. (C) Colênquima anelar.
(D) Colênquima lacunar. Este tipo ocorre frequentemente como um
estágio intermediário do angular e do lamelar, no qual o tamanho dos
espaços intercelulares pode variar de muito pequenos (1) até grandes
cavidades circundados por paredes colenquimáticas (2).
Fonte:
https://www.researchgate.net/publication/230763219_Collenchyma_A_
versatile_mechanical_tissue_with_dynamic_cell_walls
Colênquima angular

Colênquima lamelar,
tangencial ou em placas
Fonte: APEZZATO-DA-GLÓRIA, B. & CARMELLO-GUERREIRO, S. M. (Eds). 2003. Anatomia vegetal. Editora
da UFV. Viçosa, 1a ed.
Colênquima lacunar

Fonte:
https://mmegias.webs.uvigo.es/02
-english/1-vegetal/v-imagenes-
grandes/colenquima_lagunar.php

Colênquima Anelar

Fonte: APEZZATO-DA-GLÓRIA, B. &


CARMELLO-GUERREIRO, S. M.
(Eds). 2003. Anatomia vegetal.
Editora da UFV. Viçosa, 1a ed.
Esclerênquima
• Características: células normalmente
mortas; com parede secundária
espessa, lignificada ou não (raro). O
espessamento é regular e homogêneo.
• Função: sustentação.
• Normalmente posicionado nas partes
mais internas dos órgão do corpo
primário ou secundário.
Fonte:
http://www.liceuasabin.br/medio/file
s/arquivos/area_professor/1338205
5790.pdf
Fonte:
RAVEN, P. H.;
EVERT, R.F. &
EICHHORN, S.E.
1996
• Modificação no formato devido ao
crescimento secundário.
• Lignina:
→ constituinte da parede 2ária;
→ substância amorfa;
→ polímero de álcoois;
→ inerte;
→ dificulta passagem de água.
• Fibras de
esclerênquima podem
ser encontradas
facilmente formando Fonte:

faixas ou calotas ao
https://www.ibilce.unesp.br/#!/departament
os/zoologia-e-
botanica/laboratorios/anatomia-
redor do tecido vegetal/disciplinas/morfologia-vegetal/aulas-
praticas/
vascular. Esclereídes
são mais espalhadas.
• 2 tipos de células de esclerênquima:
fibras e esclereídes.
● Fibras
• Células longas, parede secundária
grossa e lignificada, extremidades
afiladas e lume reduzido.
• Podem ser vivas
• Localizadas em feixes, conforme
descrito anteriormente.
• Fibras floemáticas ou xilemáticas:
originadas do procâmbio ou do
câmbio.
• Fibras de esclerênquima: ao redor
dos feixes vasculares. Formada pelo
meristema fundamental ou periciclo.
Epiderme adaxial (ventral),
hipoderme, parênquima
clorofiliano, parênquima
fundamental, canais aeríferos,
esclerênquima (associado à
hipoderme e ao feixe
vascular), epiderme abaxial
(dorsal), estômatos.Fonte:
https://www.ibilce.unes
p.br/#!/departamentos/
zoologia-e-
botanica/laboratorios/an
atomia-
vegetal/disciplinas/morf
ologia-vegetal/aulas-
praticas/
Corte longitudinal do caule de Psilotum ao longo do
sistema vascular, mostrando traqueídes e fibras. Fonte:
http://schulte.faculty.unlv.edu//Anatomy/Ste
ms/Stems.html
• Tipos de fibras xilemáticas:
→ fibras libriformes: maiores que traqueídes (em
comprimento), parede espessa e pontuações simples.
→ fibrotraqueídes: comprimento intermediário,
parede mais fina e pontuações areoladas;
→ Fibroesclereíde: intermediário entre fibra e
esclereíde. Raras pontuações e parede muito espessa.
A. Traqueide (não é fibra!) com
pontoações areoladas .
B-C. Fibrotraqueides, pontoações
areoladas reduzidas.
D. Fibra libriforme, pontoações
simples.
Fonte:
http://www.biologia.edu.ar/botanica/tem
a12/12-3fibras.htm
• Fibras septadas: são vivas, com acúmulo de
substâncias (amido, óleo e resina). Os septos
consistem em uma lâmina média com uma parede
primária de cada lado e com numerosos
plasmodesmos.
• Fibras gelatinosas ou muscilaginosas: alfa-
celulose no lugar da lignina (camada G).
Corte longitudinal do xilema de Mollinedia
glabra mostrando fibrotraqueídes septados
(setas brancas). Barra = 100µm
Fonte: https://doi.org/10.1590/S0001-
37652010000400014
Cortes transversais vistos ao
microscópio de luz (a, e–f)e eletrônico
(b–d)da raiz de Acacia nilotica. a
Agrupamentos tangenciais de fibras
geltinosas entre as fibras normais. b
Fibras gelatinosas. c Uma visão
ampliada de b mostrando a linha
gelatinosa (GL) substituindo parte da
camada S2 e a S3 da parede
secundária. A seta indica a parte fina
da camada S2. d Células de
parênquima axial e radial mostrando
o armazenamento de amigo. e
Parênquima radial e axial. f Detalhe de
algumas fibras gelatinosas.
Fonte:
https://www.semanticscholar.org/pape
r/Distribution-of-tension-wood-like-
gelatinous-fibres-Pramod-
Patel/e710ef8fd88413b637782e3b107
f001e4a2eaf21/figure/4
• As fibras podem ter valor comercial.
Ex: cânhamo, linho e rame.

A B
A- Plantação de cânhamo (Canabis ruderalis).
Fonte: https://hempmedsbr.com/qual-a-diferenca-entre-o-canhamo-e-a-
maconha/
B- Caule do cânhamo, evidenciando as fibras que são usadas para produção
de papel, tecidos, corda; ou mesmo na alimentação.
Fonte: https://pt.wikipedia.org/wiki/C%C3%A2nhamo
● Esclereídes
• Células com parede secundária espessa, muito
lignificadas, com numerosas pontoações simples.
• Tipos de esclereídes:
→ Esclereídes fibriformes;
→ Esclereídes colunares;
→ Osteoesclereídes;
→ Astroesclereídes;
→ Tricoesclereídes;
→ Macroesclereídes;
→ Braquiesclereídes.

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