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UNIVERSIDADE SÃO FRANCISCO

GIOVANA QUEIROZ DO AMORIM


ISABELLA BERNE GURGUEIRA
LARISSA BEKES DO NASCIMENTO

A IMPORTÂNCIA DOS PRIMEIROS ANOS DE VIDA DO BEBÊ


UM CADERNO DE ORIENTAÇÕES PARA OS CUIDADORES

e-book, apresentado á disciplina


de Nutrição nos ciclos da vida I, 5°
semestre do curso de graduação
em nutrição, da Universidade São
Francisco – Campus Campinas,
Cambuí

CAMPINAS
2021
SUMÁRIO

INTRODUÇÃO..............................................................................................................1
A IMPORTÂNCIA DOS PRIMEIROS MIL DIAS DE VIDA.........................................................1
IMPORTÂNCIA DE SE PREPARAR PARA A GESTAÇÃO...................................................2
ORIENTAÇÕES NUTRICIONAIS PARA GESTANTES..............................................................2
FATORES DE RISCO ASSOCIADOS Á GESTAÇÃO................................................................3
GESTAÇÃO NA ADOLESCÊNCIA..................................................................................................4
GESTANTE COM MAIS DE 35 ANOS............................................................................................5
ANEMIA...................................................................................................................................................5
BAIXO PESO..........................................................................................................................................5
SOBREPESO OU OBESIDADE........................................................................................................6
GESTAÇÕES MÚLTIPLAS.................................................................................................................6
TABAGISMO, ALCOOL E OUTRAS DROGAS............................................................................6
GESTAÇÃO ....................................................................................................................................7
ESCOLHA CORRETA DE ALIMENTOS.........................................................................................8
NUTRIENTES QUE MERECEM ATENÇÃO...................................................................................9
DICAS, COMBATENDO O MAL ESTAR......................................................................................11
DICAS DE ALIMENTAÇÃO EM SITUAÇÕES RECORRENTES NA GRAVIDEZ
AMAMENTAÇÃO .........................................................................................................................12
IMPORTÂNCIA PARA A SAÚDE DO BEBÊ...............................................................................12
CUIDADOS A SEREM TOMADOS.......................................,........................................................15
COMO REALIZAR A AMAMENTAÇÃO CORRETA.................................................................16
COMO RETIRAR E GUARDAR O LEITE......................................................................................17
BANCOS DE LEITE.............................................................................................................................18
INTRODUÇÃO ALIMENTAR.......................................................................................................19
GRUPOS DOS LEGUMES E VERDURAS....................................................................................20
GRUPO DAS FRUTAS.......................................................................................................................20
GRUPO DE AMENDOIM, CASTANHAS E NOZES...................................................................21
GRUPO DOS LEITES E QUEIJOS....................................................................................................22
GRUPO DE CARNES E OVOS.........................................................................................................22
INTRODUÇÃO

A IMPORTÂNCIA DOS PRIMEIROS MIL DIAS DE VIDA

O suporte nutricional desempenha um papel fundamental na modulação da via


metabólica do feto e bebês com potencial à longo prazo aparecem na saúde
posterior.
Em fases importantes da vida, especialmente nos primeiros mil dias de vida,
caracterizados por uma taxa de crescimento rápido para o organismo, as mudanças
epigenéticas induzidas pelo ambiente influenciam hereditariamente a expressão dos
genes.

Há fortes evidências na literatura do papel do aleitamento materno contra a


obesidade, dislipidemias, hipertensão arterial e doenças cardiovasculares, além de
seus diversos componentes atuando na defesa do organismo do lactente em
processos inflamatórios, isso pode permanentemente afetar o desenvolvimento
biológico e metabólico individual e levar a alterações fisiopatológicas adaptativas
mais tarde na infância e na idade adulta, como o desenvolvimento de doenças
crônicas.

Além disso, pesquisas futuras e o conhecimento clínico mostram que a forma com que
a alimentação complementar é iniciada pode influenciar significativamente nos
habitos alimentares que perdurarão ao longo da vida. Assim, deve ser focado
principalmente na área nutricional intervenções em período crítico no
desenvolvimento humano inicial e esforços de saúde pública para ações preventivas
eficazes serão necessários

1.
A IMPORTÂNCIA DE SE PREPARAR PARA A GESTAÇÃO

A gravidez pode revelar problemas de saúde já existentes, como por exemplo nível de
glicemia alto, hipertensão, entre outros, por isso o acompanhamento com nutricionista
e ginecologista antes da gravidez é essencial. As alterações no organismo da mãe já
se iniciam na concepção do feto, e para que ocorra uma fecundação saudável é
necessário que a mãe e o pai tenham saúde, boa alimentação e um estilo de vida
saudável.
A alimentação adequada e o estilo de vida são essenciais para manter os hormônios
em níveis adequados. o HCG, por exemplo, é um hormônio fundamental
principalmente no início da gravidez, pois é ele que vai fornecer grandes quantidade
de progesterona e estrogênio para o desenvolvimento do embrião enquanto a
placenta ainda não é capaz de produzir progesterona e estrogênio suficientes para o
desenvolvimento do embrião.
Sendo assim, para que a gestação inicie de forma adequada, uma alimentação
balanceada, rica em frutas, legumes, verduras, proteína, grãos e gordura boa e um
estilo de vida saudável são primordiais. e para que essa alimentação seja
devidamente balanceada é necessário um acompanhamento com nutricionista

ORIENTAÇÕES NUTRICIONAIS PARA AS GESTANTES

Durante a gravidez o acompanhamento com um nutricionista é fundamental para que


a mãe consiga suprir todas as necessidades nutricionais que o bebê precisa para se
desenvolver, conforme a gestação vai avançando, essas necessidades vão
aumentando.
A saúde do bebê depende totalmente do estado nutricional da mãe, sendo assim,
precisamos dar atenção para os níveis de ferro, ácido fólico, vitamina B12, selênio,
cobre, zinco, entre outros nutrientes. Os hábitos dessa mãe também são importantes,
considerando se a mãe é ou não fumante, se consome bebida alcoólica, se a mãe faz
ou algum tipo de exercício físico. Sendo assim, o pré-natal deve ser iniciado o quanto
antes para que a gestação ocorra bem e para que o feto se desenvolva com saúde.
Durante o primeiro trimestre é normal que a mãe tenha sintomas como enjoos e
vômito, porém há alimentos que ajudam a diminuir esses sintomas iniciais da
gestação. A causa desses sintomas nada mais é que ação do estrógeno, um dos
hormônios que estão presentes durante a gestação. Também é necessária a
suplementação de algumas vitaminas e minerais principalmente neste início.
A partir do segundo e terceiro trimestres é normal que a mãe comece a ganhar mais
peso, pois a ingestão energética e de vitaminas e minerais devem aumentar, porém
em níveis adequados para manter a saúde do feto. Nesse momento, as emoções e o
estilo de vida da mãe têm grande importância.

2.
FATORES DE RISCO ASSOCIADOS À GESTAÇÃO
Cerca de 10% de todas as gestações são consideradas de “alto risco”, que podem
indicar uma complicação materna pré-existente ou uma situação que pode colocar o
feto em risco. A forma de evitar essas complicações é dar uma atenção especial ao
pré-natal e puerperal de qualidade para a saúde materna e neonatal.
De acordo com o Ministério da Saúde (2012), os marcadores e fatores de risco
gestacionais presentes antes da gestação se dividem em:
1. Características individuais e condições socioeconômicas, relacionadas à uma
população de certa região desfavoráveis:
o Idade maior que 35 anos;
o Idade menor que 15 anos ou primeira menstruação há menos de 2 anos;
o Baixo peso ou sobrepeso
o Anormalidades nos órgãos reprodutivos;
o Conflitos familiares;
o Condições ambientais desfavoráveis;
o Dependência de drogas lícitas ou ilícitas;
o Hábitos de vida - fumo e álcool;
o Exposição a riscos ocupacionais: esforço físico, carga horária, rotatividade de
horário, exposição a agentes físicos, químicos e biológicos nocivos, estresse.
2. Gestações anteriores:
o Abortamento;
o Morte do feto ou recém-nascido;
o História de recém-nascido com crescimento restrito ou malformado;
o Parto prematuro anterior;
o Esterilidade/infertilidade;
o Intervalo entre partos menor que dois anos ou maior que cinco anos;
o mulher que não pariu e grande número de gestações;
o Hipertensão
o Diabetes gestacional;
o Cirurgia uterina anterior (incluindo duas ou mais cesáreas anteriores).
Enfermidades presentes antes da gestação :
o Hipertensão arterial;
o Doenças coronarianas;
o Distúrbios renais ;
o Endocrinopatias, principalmente diabetes e disfunções da tireoide;
o Doenças autoimunes;
o Ginecopatias;
o Tumores e cânceres.

3.
Os outros grupos de fatores de risco referem-se a condições ou complicações que
podem surgir no decorrer da gestação transformando-a em uma gestação de alto
risco:
1. Exposição indevida ou acidental a fatores capazes de produzir danos ao embrião
ou feto durante a gravidez;
2. Doença obstétrica na gravidez atual:
o Alteração no crescimento uterino, número de fetos e volume de líquido amniótico;
o Trabalho de parto prematuro e gravidez prolongada;
o Ganho ponderal inadequado;
o Pré-eclâmpsia e eclâmpsia;
o Diabetes gestacional;
o Hemorragias da gestação;
o abortamentos tardios e parto prematuro;
o Óbito fetal.

GESTAÇÃO NA ADOLESCÊNCIA

A gestação na adolescência está relacionada a mudanças biológicas,


socioeconômicas e culturais, falta ou informação inadequada a respeito da
sexualidade e uso de métodos contraceptivos.
Sendo assim, fatores como renda familiar, grau de escolaridade, instabilidade
emocional e familiar são determinantes para o risco da gestação na adolescência.
A gestação nesse quadro pode causar na mãe: síndromes hipertensivas da gravidez,
anemia, risco de parto prematuro, ganho de peso inadequado, aumento da incidência
de cesarianas, disfunção uterina, desproporção entre cabeça e pelvis, anomalias
adquiridas dirante a fase de embrião do feto, retenção de peso pós-parto,
mortalidade materno.
A gestação nesse quadro pode causar no neonato: morbidade perinatal, morbidade
infantil, baixo peso ao nascer menor que 2,5 kg, recém-nascidos de muito baixo peso
ao nascer e recém-nascidos prematuros.

4.
GESTANTE COM MAIS DE 35 ANOS

Gestações em mulheres com mais de 35 anos de idade foram associadas a maiores


riscos de complicações, tais como aborto espontâneo no primeiro trimestre (devido ao
descolamento placentário), hipertensão crônica, diabetes gestacional e placenta
prévia.

ANEMIA

A anemia ferropriva representa a forma mais grave de deficiência de ferro e ocorre


quando a concentração de hemoglobina é reduzida devido a falta deste mineral.
As anemias por falta de nutrientes são muito frequentes em nosso meio,
principalmente a ferropriva e a megaloblástica, e, por sua vez, a anemia falciforme é
predominante entre os afrodescendentes. A gravidez é uma situação potencialmente
grave para as pacientes com doença falciforme, assim como para o feto e o recém-
nascido. Os efeitos na gravidez, para a mãe, podem ser aumento das crises
dolorosas, piora do quadro de anemia, trabalho de parto prematuro e pré-eclâmpsia,
além de complicações respiratórias e digestivas.
Complicações para a mãe: parto prematuro, pré-eclâmpsia, aumento no risco de
aborto espontâneo e mortalidade materna.
Complicações para o bebê: restrição de crescimento intrauterino, baixo peso ao
nascer, prematuridade, complicações cerebrovasculares e maior mortalidade
perinatal.

BAIXO PESO

Na situação de baixo peso materno anterior à gestação ou no decorrer desta, a


prioridade é a intervenção dietética. Além disso, fracionar a alimentação em seis
vezes, sem lanches nos intervalos. Medidas simples podem ser adotadas para
aumentar o valor calórico das refeições: acrescentar óleo nas refeições principais e
optar por lanches ricos em carboidratos (pães, biscoitos, mingaus).
Complicações para a mãe: inapetência (ausência de apetite), volume gástrico
reduzido e anemia.
Complicações para o neonato: restrição de crescimento intrauterino.

5.
SOBREPESO OU OBESIDADE

O ganho de peso durante a gestação é considerado um processo natural devido ao


aumento de necessidades nutricionais e metabólicas maternas para o correto
desenvolvimento e crescimento fetal, fazendo com que a gestante tenha seu peso
aumentado de 9 a 10 kg. Sendo assim, após o parto e a recuperação, a mãe deve
voltar ao peso de antes da gestacional. No entanto, em algumas situações o peso
aumenta além do esperado, o que pode trazer consequências para a mãe e o feto.
Consequências para a mãe: morte do feto no útero, diabetes gestacional, hipertensão,
pré-eclâmpsia e maior retenção de peso pós-parto, maior taxa de cesáreas.
Consequências para o neonato: macrossomia (peso ao nascer igual ou superior a 4
kg, prematuridade, recém-nascidos com defeitos do tubo neural.

GESTAÇÕES MÚLTIPLAS

A presença de dois ou mais fetos na mesma gravidez define a gestação gemelar. Na


gestação gemelar é importante acompanhar de perto o ganho de peso da mãe e dos
fetos.
Consequências para a mãe: excesso de líquido amniótico no saco amniótico, pré-
eclâmpsia/eclâmpsia, placenta prévia.
Consequências para o neonato: prematuridade, restrição de crescimento intrauterino
e baixo peso ao nascer.

TABAGISMO, ÁLCOOL E OUTRAS DROGAS

O tabagismo e o uso de drogas como o álcool, a cocaína e o crack são fatores de risco
para o deslocamento prematuro de placenta, uma complicação obstétrica que
ocasiona consequências.
A nicotina causa vasoconstrição dos vasos do útero e da placenta, reduzindo o fluxo
sanguíneo e a oferta de oxigênio e nutrientes para o feto.

6.
O álcool é uma substância que atravessa rapidamente a barreira placentária e
também passa para o leite materno. O feto e o recém-nascido têm uma dificuldade
maior de metabolizar o álcool, até porque seu fígado não está completamente
formado
A principal consequência para o feto é a Síndrome Alcoólica Fetal que consiste
numa combinação dos seguintes componentes: baixo peso para a idade gestacional,
malformações na estrutura facial, defeitos no septo ventricular cardíaco,
malformações das mãos e pés, além de retardo mental que varia de leve a
moderado. Problemas no comportamento e no aprendizado também podem persistir
pelo menos durante a infância.
Consequências para a mãe: síndromes hipertensivas da gravidez, maior incidência
de hemorragia, anemias, distúrbios de coagulação, hemotransfusões e cesáreas,
abortos espontâneos, descolamento prematuro de placenta, placenta prévia,
trabalho de parto prematuro.
Consequências para o neonato: prematuridade, restrição de crescimento
intrauterino, baixo peso ao nascer, efeito anorético, sofrimento fetal, óbito fetal

GESTAÇÃO

Alguns nutrientes que fornecem energia são carboidratos, proteínas e lipídios.


Algumas mudanças ocorrem no metabolismo de carboidratos e lipídios durante a
gestação para garantir o aporte de nutrientes para o crescimento do feto, boas
fontes são encontradas no arroz na batata no feijão, dando ênfase naqueles com
menor índice glicêmico, grãos integrais, gérmen de trigo, frutas como maçã que tem
um nível mais alto de fibras.

7.
ESCOLHA CORRETA DOS ALIMENTOS
Alimentos In Natura, ou minimamente processados, aqueles que não receberam
qualquer modificação, ou receberam poucas modificações como a retirada de cascas,
após deixarem a natureza, são a base para uma alimentação equilibrada. São
alimentos como grãos secos polidos, (arroz, feijão), raízes e tubérculos como a
mandioca. No processamento mínimo não há adição de sal açúcar ou óleos e
condimentos. O consumo exagerado de sódio e gorduras saturadas pode aumentar o
risco de doenças cardíacas enquanto consumo exagerado de Açúcar aumenta o risco
de obesidade e outras doenças crônicas. Prefira utilização de óleos gorduras sal e
açúcar em pequenas quantidades em preparações
Em alguns casos, técnicas de processamento mínimo como polimento de grãos podem
diminuir o nível de nutrientes que o alimento contém, devendo dar preferência ao
alimento menos processado como arroz integral em vez do branco.
A Recomendação de alguns alimentos:
Alimentos de origem vegetal são boas fontes de fibras e de outros nutrientes. Escolha
de feijões deve ser variada, lentilhas e outras leguminosas, cogumelos frescos. Sucos
de fruta podem ser integrais, pasteurizados sem adição de açúcares. Oleaginosas
como as castanhas.
Algumas combinações de alimentos que se complementam entre si, são vistos na
mistura por exemplo do arroz com feijão, ou combinação de cereais legumes e
verduras. Assim a adição de pequenas quantidades de alimentos de origem animal
combinados alimentos de origem vegetal, grãos, raízes, legumes e verduras fazem a
base para uma alimentação balanceada.
Alimentos processados devem ser consumidos em pequenas quantidades, algumas
técnicas de processamento podem incluir cozimento, preservação em latas uso de
métodos como salga e defumação. Em geral tem a finalidade aumentar a duração de
alimentos In Natura. O consumo desses alimentos deve ser limitado pela alta
composição de nutrientes que não devem ser consumidos em excesso como sal e
açúcares, aumentando também sua quantidade de calorias.
O consumo de alimentos ultraprocessados é desencorajado, são formulações
industriais feitas por inteiro ou em sua maioria de substâncias extraídas de alimentos
derivados de componentes de alimentos, sintetizadas em laboratório com base em
matérias orgânicas como petróleo e carvão, (como corantes e aromatizantes). Fazem
parte deste grupo biscoitos, balas, salgadinhos de pacote, temperos instantâneos,
entre outros. O consumo de ultraprocessados também está relacionado ao consumo
excessivo de calorias sódio e açúcares. Em geral são fabricados com gorduras que
resistem a oxidação, aumentando a sua duração, são as mesmas que podem obstruir
artérias impedindo o fluxo sanguíneo, como gorduras saturadas e hidrogenadas.
Alimentos ultraprocessados tem a tendência a ser muito pobres em fibras, como
também vitaminas e minerais.

8.
O Aporte correto de proteínas para período da gestação que é anabólico, ou seja, fase
de formação de tecidos, essencial para o desenvolvimento do feto. Porém o consumo
desse nutriente em excesso, pode estar associado a alterações na pressão sanguínea,
suas fontes são encontradas em carnes vermelhas (de origem animal), ou de origem
vegetal sua principal fonte encontrada em leguminosas.
Lipídios ou ácidos graxos são essenciais ao desenvolvimento do sistema nervoso do
feto, em especial ácidos graxos essenciais, como DHA, Ômega 3 e 6.
Boas Fontes podem ser encontradas em peixes, ácidos graxos insaturados podem ser
encontrados em azeite de oliva e oleaginosas como as castanhas, que também são
fontes de vitamina E.

NUTRIENTES QUE MERECEM ATENÇÃO

Alguns micronutrientes merecem atenção na fase de gestação, como ferro, zinco,


cálcio, ácido fólico, vitaminas D, B e A, o aporte correto reduz o risco de deficiências.

Ferro

Tem papel fundamental no transporte de oxigênio na síntese de DNA. Durante a


gestação mulheres estão mais suscetíveis a anemia ferropriva.
o ferro encontrado de origem animal é melhor absorvido, como na carne de salmão e
na forma não heme, encontrado em fontes vegetais tem menor potencial de ser
absorvido se consumido com fibras, encontrado em produtos lácteos e vegetais.

Zinco

Envolvido no metabolismo proteínas, carboidratos, replicação de DNA, tem função


antioxidante. A deficiência de zinco pode surgir em razão de estressores como, uso de
álcool, tabagismo ou diabetes.
Alguns nutrientes facilitam a absorção de zinco, que pode estar ligados a proteínas e
ácidos graxos. São boas fontes: peixes, ovos, castanhas e leguminosas.

Cálcio

Nesse período da gestação ocorre diminuição na concentração sanguínea de cálcio,


pelo aumento da sua excreção e transferência deste mineral para o feto em
desenvolvimento.
Boas fontes de cálcio são produtos do leite, absorção é maior se consumido com
vegetais como brócolis e acelga.
Boas fontes de cálcio não devem ser consumida como vegetais como espinafre, em
geral alimentos ricos em fibra como grãos integrais.
9.
Acido fólico

É essencial na síntese de DNA, a formação do sistema nervoso metabolismo de


aminoácidos, são boas fontes lentilha cozida, espinafre, no geral folhas verde-
escuras, peixes.
Níveis baixos podem acarretar má formação no cérebro.

Vitamina B12

Essencial para o sistema nervoso. Níveis baixos essa vitamina podem levar a
anemia megaloblástica e aumento de neurotoxina
Encontrado em produtos de origem animal, assim como produtos lácteos, ovos e
peixes como salmão.

Vitamina A

Tem função essencial na reprodução no sistema imune. A deficiência desta


vitamina pode gerar um quadro de eclampsia e algumas deficiências na visão do
feto.
O composto betacaroteno presente grande quantidade em legumes como cenoura
e beterraba são precursores de vitamina A. Boas fontes de vitamina A, são leite e
seus derivados e ovos.

Vitamina D

A vitamina D é necessária para absorção do cálcio participa de processos


biológicos importantes para o crescimento.
A deficiência desse micronutriente pode gerar pré-eclâmpsia comprometimento do
crescimento, entre outros. Níveis de vitamina D também dependem da exposição ao
sol, recomendado um período de 10 minutos.
Existe em duas formas, uma presente em alimentos de origem animal e outra
presente em cogumelos.

10.
DICAS, COMBATENDO O MAL-ESTAR

DICAS DE ALIMENTAÇÃO EM SITUAÇÕES RECORRENTES NA GRAVIDEZ

Sintomas como náuseas e vômitos são mais recorrentes durante a 6° à 20°


semanas, do 1° ao início do 3° trimestre. Algumas atitudes podem ajudar nestes
desconfortos, dentre eles : é recomendado que se façam 3 refeições ao dia e dois
lanches entre as refeições, distribuindo as refeições em porções ao longo do dia a
gestante evita ficar de estômago vazio, diminuindo as chances de sentir náuseas e
vômitos.

Não é recomendado consumo de água ou sucos e bebidas durante as refeições, o


que reduz assim as chances de ter azia ou sensação de queimação, coma devagar
em um ambiente calmo. Prefira alimentos mais secos no período da manhã.
Beber água ao longo do dia entre as refeições é importante ajuda a melhorar o
trânsito intestinal que nesta fase tem sua atividade diminuída, ao ingerir sucos
tenha a preferência pelos mais ácidos. A ingestão de fibras pode melhorar a
constipação no trânsito intestinal, presentes em cereais integrais, verduras, (folhas
verde escuras).

Algumas bebidas não são recomendadas nessa fase pelo potencial de interferir na
absorção de alguns nutrientes, bem como a quantidade de cafeína presente neles,
alguns chás como de gengibre de menta ou hortelã são seguros, além de terem o
potencial de diminuir enjoos. Chás como de camomila ou de hibisco não são
recomendados.

11.
AMAMENTAÇÃO

A IMPORTÂNCIA PARA A SAÚDE DO BEBÊ

O desenvolvimento da microbiota intestinal e é feito juntamente ao desenvolvimento


imunológico e a interação entre espécies de colônias bacterianas é essencial para
saúde na vida adulta.
A microbiota intestinal coexiste em uma relação de equilíbrio, nos proporciona
produtos de sua fermentação de componentes que são indigestos a nós, como fibras
dietéticas, que são convertidas em ácidos graxos de cadeia curta, nos protege de
possíveis organismos capazes de nos adoecer, alterações na microbiota podem ser
associadas com desenvolvimento de alergias no futuro.

A colonização intestinal bacteriana é atribuível ao leite materno, sendo os principais


microrganismos envolvidos, Actinobactérias, como o gênero de Bifidobacterium,
Firmicutis como o gênero de Lactobacillus e Proteobactéria como Enterobacter.

As primeiras bactérias a habitar os intestinos formam um ambiente propício ao


desenvolvimento de outras bactérias como as Bifidobacterias. Logo após nascer os
primeiros microrganismos a colonizar o organismo do bebê vem da mãe.
O leite humano é o principal agente na formação da microbiota intestinal do bebê,
nos primeiros seis meses é sua única fonte de alimento, o leite materno então induz a
tolerância imunológica. Outros fatores que intervém na formação da microbiota, são,
o tipo de parto, praticas médicas como o uso de antibióticos, hábitos alimentares.

Em bebês amamentados por leite humano há predomínio de bifidobactérias, em


contrapartida bebês que foram alimentados por fórmulas tem uma microbiota mais
adulta, diversificada, assim como nascidos prematuros ou por cesariana, apresentam
variedade reduzida e colonização menor em número por bifidobactérias.

Após os 6 meses de idade, a introdução alimentar tem grande repercussão na


microbiota infantil; a diversificação de microrganismos aparece aos poucos com tipos
como bacteroides e clostridium. Os mesmos fatores que induzem o processo de
colonização, influenciam no seu padrão após o desmame.
A microbiota do tipo adulto adquirida na alimentação sobre fórmulas não contém
prebióticos, com a diversificação da dieta pela introdução alimentar, há também o
aumento da diversidade de organismos como Firmicutes, e baixos níveis de
bifidobacterium.

12.
Apesar de que níveis de Bifidobacterium, sejam baixos em adultos, eles
desempenham funções importantes no metabolismo, sua diminuição está associada
com aumento de vulnerabilidade a infecções. Os padrões na colonização induzem o
amadurecimento intestinal, envolvimento imunológico e metabolismo

Os tratos respiratório gastrointestinal são mais permeáveis, a secreção de


substâncias antimicrobianas ainda não é totalmente desenvolvida e o muco é a frente
de defesa contra micróbios. As fibras presentes no muco são nutrientes para
constituintes como bifidobacterium, é uma vantagem para morar na camada mucosa
próxima á células intestinais, que constituem barreira física eliminando patógenos
potenciais, assim como produtos secretados por eles formam uma barreira química,
tóxica para agentes infecciosos. Estes produtos excretados por bactérias, também
são utilizados por outros organismos essenciais no desenvolvimento da microbiota
futuramente, posteriormente essenciais em respostas inflamatórias como alergias de
vias aéreas.

Uma importante camada adicional de mucosa do recém-nascidos vem do leite


humano, além de uma combinação de carboidratos e proteínas antimicrobianas que
intervém no ambiente da microbiota neonatal, também oferece ao bebê, proteínas de
proteção chamadas imunoglobulinas. Imunoglobulinas impedem que micróbios
causadores de doenças penetrem nos tecidos, também pode neutralizar toxinas, são
importantes no papel de não desenvolver resposta para microrganismos naturais do
próprio organismo, estão ligados à diminuição do risco a alergias.

Microrganismos têm padrões de estruturas próprias que são reconhecidos pelos


nossos sistemas, reconhecimento que pode gerar respostas pró-inflamatórias,
dependendo do momento são benéficas, combatendo micróbios que geram doenças,
mas quando estas respostas são sempre acionadas, mesmo quando não há um
organismo invasor, acabam por gerar doenças.

As respostas são diferentes dependendo de qual é o organismo que acionou a


resposta, ha diferença na resposta; se é contra um micro-organismo próprio do
organismo ou se é contra um patógeno (causador de doença). Uma resposta imune
aumentada levaria inflamação ainda maior.

13.
Certo tipo de células da imunidade tem o papel de regular o equilíbrio da resposta
imune, e produzem sinalizadores químicos para uma resposta imune mais branda,
são fundamentais para tolerância da imunidade na microbiota intestinal.
Sendo assim, bactérias como bifidobacterium induzem o desenvolvimento de células
prevenindo inflamações. A Microbiota própria do corpo, regula a produção de
anticorpos, como IgE, o seu desequilíbrio leva a altos níveis de células envolvidas em
resposta alérgica, assim como o IgE também.

As ocorrências de respostas alérgicas como dermatite atópica alergias alimentares


rinites e asma vem crescendo. A manifestação de um tipo alérgico depende de dois
fatores predisposição genética interações ambientais, como estilo de vida e dieta.

Bebês que já desenvolveram algum tipo de alergia são passíveis a desenvolver outras
alergias. Existem evidências de que mudanças na exposição de padrão microbiano
nos primeiros meses simboliza um fator essencial no desenvolvimento de um tipo
alérgico. Algo que explica o aumento de ocorrências de alergias é o papel dos
micróbios "precoces", a reação aumentada do sistema imune em resposta
substâncias geralmente inofensivas no ambiente, explicado pela falta de mobilidade
da resposta imune pela diminuição da exposição a agentes infecciosos na primeira
infância.

A relação da microbiota residente no organismo desempenha um papel crucial no


desenvolvimento da tolerância da imunidade, havendo redução da atividade de
células de defesa pela perda de micro-organismos, e o desequilíbrio da microbiota,
explica também o aumento de ocorrência de outras doenças.
Existem evidências de prevenção ou redução de alergias por meio de dietas que
moldam a microbiota A diminuição da variedade na colônia de micro-organismos
precoce é associada a progressão de doenças atópicas. A diminuição da variedade
de bactérias foi ligada ao desenvolvimento de alergias de pele e depois a posterior
progressão para asma.

14.
Certos tipos de bactérias como bifidobacterium são importantes na fermentação de
carboidratos do leite humano, o que não ocorre com outros tipos de bactérias como
firmicutes, que serão importante no desenvolvimento desta microbiota nos próximos
meses, mas não até os seis.

O leite humano tem inúmeros alérgenos que não estão presentes nos leites artificiais,
sendo esse um protetor natural, que tem propriedade de gerar tolerância imunológica,
contém também mediadores imunológicos. Estudos com carboidratos prebióticos não
digeríveis, Oligossacarídeos, tem capacidade simular o crescimento ou atividade de
bactérias intestinais.
A oferta de fórmulas contendo uma mistura específica desses carboidratos até os 6
meses reduziu a suscetibilidade a dermatite atópica e manifestações alérgicas,
reduziu também o número de episódios de infecção em crianças saudáveis.
Um estudo mostrou que a indução de bifidobacterium em bebês de 5 meses reduziu
progressivamente a dermatite atópica em bebês com proteínas de proteção
relacionadas a processos alérgicos (IgE) elevadas, também sugere efeito de longo
prazo com uma diminuição crise de asma.

CUIDADOS A SEREM TOMADOS NA AMAMENTAÇÃO

Alguns nutrientes da dieta da mãe podem ser absorvidos pelo leite materno,
influenciando a saúde do bebê.
Como o álcool, que pode contribuir na diminuição da liberação do leite, redução da
sua produção, alteração na sua composição e no atraso de desenvolvimento
neuropsicomotor do bebê. Não é aconselhado a sua ingestão durante a fase de
amamentação.

Cafeína

O consumo em excesso de cafeína pode causar irritabilidade e insônia no bebê, como


também pode aumentar as chances da ocorrência de cólicas, o que se recomenda de
limite de ingestão seria até 3 xícaras pequenas de café ao dia.

Leite de vaca

Por conter proteínas imunogênicas, tenho potencial de desencadear um episódio de


hipersensibilidade, (alergias à proteína do leite), que pode ser transferida para o leite
materno. O bebê pode se envolver um cenário de cólicas, vómitos e diarreia.

15.
COMO REALIZAR A AMAMENTAÇÃO CORRETA

Há Diferentes posições possíveis para amamentar devem ser as mais agradáveis


tanto para a mãe, quanto para o bebê.
Com o bebê perto da mãe com o corpo virado para o da mãe bem apoiado pelo
braço do lado da mesma mama que está sendo ofertada, com o corpo do bebê a
frente do da mãe;

A mãe sentada, com o bebê ao lado, apoiado pelo mesmo braço da mama que
está sendo oferecida;

Ou então com a mãe deitada e o bebê também deitado junto dela;

A amamentação também pode acontecer com o bebê sentado, apoiado a mãe,


segurando sua cabeça.

O importante é que a pega seja correta, a mama deve estar livre, Os braços do
bebê devem ficar ao lado e não à frente do corpo, apoiando a mama com a mão
em forma de “C", O nariz do bebê deve estar desobstruído, com a boca bem
aberta, lábios virados para fora e o queixo encostado na mama.

É recomendado que amamentação inicie na primeira hora de vida do bebê, é feita


em livre demanda, sempre que a criança desejar.
A dor persistente nas mamas pode ser sinal de alerta, a pega incorreta ou posição
errada pode machucar os mamilos, O uso de pomadas ou olhos pode causar
reação alérgica na mãe, não é recomendado também o uso de sabão ou alcool. O
melhor nestes casos é retirar um pouco do leite antes da mamada ou limpa-los
com água limpa.

Outro problema que pode surgir é o leite empedrado, a mama fica cheia, produz
leite em excesso, quando há presença de caroços é chamado ingurgitamento
mamário, as mamas podem ficar doloridas, o indicado é deixar o bebê mamar
sem horários definidos , outra dica é massagear as mamas em movimentos
circulares, retirando um pouco de leite.

16.
COMO RETIRAR E GUARDAR O LEITE

Em algumas situações quando não há possibilidade de a mãe estar perto do bebê,


por exemplo quando ela retorna ao trabalho, ou quando a mama esta muito cheia e a
mãe sente desconforto, é importante retirar e armazenar o leite, para ser oferecido
quando a mãe estiver fora.

Preparação do frasco para armazenamento

Deve ser de vidro com tampa de plástico e boca larga;


Embalagens de outros produtos alimentícios podem ser reutilizadas, contanto que o
rótulo de papel seja retirado com a cola;
Lavar o recipiente com água e sabão, enxaguar, Colocar em uma panela cobrindo
com água deixando ferver por 15 minutos, o tempo é contado a partir do início da
fervura da água;
Colocar para secar de boca para baixo em pano limpo ou papel toalha; poderá ser
usado quando seco.

A Retirada do leite

Deve ser feita em local limpo e tranquilo após a criança a mamar ou quando as
mamas causarem desconforto por estarem cheias.
Lavar bem as mãos e antebraços com água e sabão, retirar adornos como anéis e
pulseiras.
A retirada é feita massageando as mamas com as pontas dos dedos de maneira
circular;
Uma mão em baixo da mama em forma de C, empurrando suavemente a aréola para
trás com a outra mão, é importante alternar a posição dos dedos ao redor da mama
para que todo o conteúdo seja retirado;
O recipiente que será usado para a coleta do leite deve ser posicionado próximo a
mama; O processo leva cerca de 20 a 30 minutos.

17.
O Armazenamento

O recipiente com o leite deve ser conservado no congelador até 15 dias, ultrapassado
este tempo deve ser descartado, em geladeira em prateleira perto do congelador por
até 12 horas. Se acaso o leite for doado, deve ser congelado por tempo máximo 10
dias, deverá ser levado para um banco de leite ou posto de coleta;
A data de retirada deve ser registrada e anotada com etiqueta ou esparadrapo no
frasco.
Leites retirados em outras vezes podem ser armazenados no mesmo recipiente desde
que coletados em recipientes de vidro, esterilizados. Acrescentando o máximo de
leite, até 2 dedos abaixo da tampa, a validade sendo a data da primeira coleta.

BANCOS DE LEITE

Quem pode doar?


Pode ser doadora a mulher que esteja saudável, amamentando o próprio filho e tenha
produção excedente de leite.

Como doar?

A mulher inicialmente deve fazer um agendamento pelo telefone (19) 3306-6039


para cadastro e marcar o exame de sangue que é feito para garantir que a doadora
esteja saudável, uma vez que detecta doenças como sífilis, hepatite B ou C, doença
de Chagas, HTLV e HIV.

Como é feita a coleta?

A coleta é feita pela doadora na própria residência. A Maternidade faz a retirada dos
frascos e o trabalho é realizado por um motorista e uma técnica de enfermagem. O
material é levado em caixas isotérmicas com gelo e com controle de temperatura feito
por termômetro para garantir a qualidade do leite.

Localização
Avenida Orozimbo Maia, 165 Vila Itapura
13023-910 CAMPINAS , SP
Horário de funcionamento
DOM - SEGUNDA - TERÇA - QUARTA - QUINTA - SEXTA - SÁBManhã: de 07:00:00
às 11:55:00Tarde: de 12:00:00 às 18:00:00

18.
INTRODUÇÃO ALIMENTAR

A alimentação complementar é compreendida como um importante marco fisiológico


na vida do bebê, visto que uma nutrição adequada, capaz de fornecer quantidade e
qualidade nutricional suficiente, é fundamental para garantir o crescimento e o
desenvolvimento.

A Organização Mundial da Saúde (OMS) recomenda o início da alimentação


complementar após os seis meses de vida do lactente, já que todas as necessidades
nutricionais do bebê são supridas pela amamentação exclusiva até o sexto mês.
A escolha dos alimentos para preparo das refeições é fundamental para uma
alimentação saudável e adequada, se a comida preparada em casa para a família é
adequada e saudável, a criança de 6 meses também pode comê-la, desde que
modifique sua consistência sempre que necessário. O mais importante é lembrar-se
sempre de preferir por alimentos in natura ou minimamente processado.

Existem no mercado diferentes papinhas de frutas, legumes, verduras, carnes, etc,


industrializadas, que são preparadas para crianças com idade entre 6 meses e 2
anos. Apesar de as marcas mais vendidas não apresentarem aditivos em sua
composição, elas não devem fazer parte da alimentação das crianças por vários
motivos: .

• suas texturas não favorecem o


desenvolvimento da mastigação, mesmo
havendo diferença de consistência para as
diversas idades;
• são compostas por diferentes alimentos
misturados no mesmo potinho, o que dificulta a
percepção dos diferentes sabores;
• não favorecem a criança a se acostumar com
o tempero da comida da família e com os
alimentos da sua região;
• as vitaminas e minerais dos alimentos in
natura são mais bem aproveitadas pelo
organismo do que as vitaminas e minerais
adicionados nessas papinhas

19.
GRUPOS DOS LEGUMES E VERDURAS

Existem muitas opções de legumes e verduras no Brasil, são alimentos ricos em


diversas vitaminas e minerais. A vitamina A está presente nos vegetais de cor
alaranjada e nos folhosos de cor verde-escura. Nesses folhosos, também está
presente o ferro, um mineral que previne anemia. Legumes e verduras também
contêm fibras, que ajudam a prevenir constipação intestinal (prisão de ventre ou
intestino preso) e algumas doenças. Pessoas que têm uma alimentação com boa
quantidade dos alimentos desse grupo têm menor chance de apresentar doenças,
como obesidade, diabetes, doenças do coração e alguns tipos de câncer.

A aceitação desses alimentos pela criança está associada com a relação direta do
consumo desses alimentos pela família, muitas vezes, comprados somente para
crianças, não sendo consumidos pelo restante da família, e com um tempo a criança
tem essa percepção e acaba rejeitando-os.
Os alimentos podem ser oferecidos cortados ou ralados, como cenoura e beterraba,
ou em tirinhas, para serem pegos com as mãos pelas crianças.

GRUPO DAS FRUTAS Fruta raspada

Existem muitas opções de frutas, são


alimentos com muitas fibras, vitaminas e
minerais, além de possuírem substâncias que
protegem contra doenças.
Todas as frutas podem ser oferecidas para
crianças, sem adição de açúcares, para que
não se habitue ao sabor muito doce e
reconheça melhor o sabor natural dos
alimentos.

Alguns exemplos de como oferecer para


crianças a seguir:

20.
Corte sem risco de sufocamento, as frutas são
dadas em pedaços, estimulando a criança a fazer
movimento de pinça com as mãos.

GRUPO DE AMENDOIM, CASTANHAS E NOZES:

Este grupo é composto por alimentos como: amêndoas,


amendoim, avelã, castanhas de caju, castanha do Pará/do
Brasil, castanha de baru, noz, pistache.

Esses alimentos são ricos em minerais, vitaminas, fibras,


gorduras saudáveis e substâncias antioxidante que previnem
doenças. Por sua consistência dura, podem causar engasgo e
sufocamento, não sendo seguros para serem oferecidos
inteiros à criança. No entanto, se forem triturados ou bem
picados, podem ser ofertados à criança.
Por outro lado, as castanhas com coberturas açucaradas ou
salgadas não devem ser dadas, por causa da adição de açúcar
e do excesso de sal.

21.
GRUPO DOS LEITES E QUEIJOS

O alimento desse grupo para a criança menor de 2 anos é o


leite materno, tambem fazem parte do grupo o leite de outros
animais, coalhadas, iogurtes naturais e sem açúcar e queijos,
são ricos em proteína, gordura, cálcio e vitamina A.
O leite materno é um alimento completo, não sendo necessário
oferecer leite de vaca ou de outros animais ou fórmulas infantis
para crianças que são amamentadas.
O café com leite é uma preparação que faz parte da cultura
brasileira, porém seu uso não é recomendado para a criança
menor de 2 anos.

GRUPO DE CARNE E OVOS

Esses alimentos contém proteínas, gordura, ferro, zinco, e


vitamina B12, nutrientes muitos importante para o crescimento
e desenvolvimento da criança. Todos os alimentos desse grupo
podem ser oferecidos para às crianças, devendo sempre variar
dentro do possível, é liberada a oferta desses alimentos para
crianças a partir dos 6 meses. Sempre bem cozidos nunca
malpassados ou crus.

22.
Algumas medidas podem contribuir para que a criança se alimente adequadamente

* organizar os horários das refeições, de modo que haja um intervalo mínimo entre
elas (entre 2 e 3 horas), a fim de regular os horários de fome;
* não oferecer alimentos de fácil aceitação (biscoitos, iogurte), se ela recusar uma
refeição completa;
* não incluir alimentos não saudáveis na rotina alimentar. Doces e guloseimas devem
ser incluídos o mais tardiamente possível e só devem ser consumidos aos finais de
semana e em festividades;
* não desistir de oferecer um alimento diante da recusa. Para aceitar um novo
alimento, a criança precisa experimentá-lo entre oito e dez vezes;
* não colocar uma grande quantidade de alimentos no prato. A criança pode ficar
“desanimada” diante de tanta comida. O ideal é colocar pouco e adicionar mais, caso
necessário;
* os alimentos não devem ser usados como recompensa ou punição;
* toda a família deve ter uma alimentação saudável em casa. A criança não deve se
sentir diferente ao consumir hortaliças e frutas
* variar os alimentos e a forma de preparo. Use a criatividade para deixar o prato
mais divertido.

Os pais devem ter paciência e perseverança, evitando piorar a situação, por exemplo,
forçando-as a comer. As crianças preferem alimentos associados com contextos
positivos e, por isso, a alimentação deve ser um processo tranquilo.
Ela não precisa consumir um prato enorme de salada, precisa principalmente se
acostumar e se familiarizar com os sabores, para que gradativa- mente aumente a
quantidade ingerida.

23.
REFERÊNCIAS

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Barueri, SP: Manole, 2014.

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infância. Brasília, 2015.

DEPARTAMENTO DE PROMOÇÃO DA SAÚDE SECRETARIA DE


ATENÇÃO PRIMÁRIA À SAÚDE, Ministério da Saúde. Guia Alimentar
para a população brasileira. Brasília-DF, 2014.

DEPARTAMENTO DE PROMOÇÃO DA SAÚDE SECRETARIA DE


ATENÇÃO PRIMÁRIA À SAÚDE, Ministério da Saúde. Guia alimentar
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GOMEZ, Melissa, SOFIA, et al. Baby Led Weaning, Panorama da nova


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Scielo Brasil. Jan/2020

RIBEIRO, Camila, et. al., Coleção Manuais da Nutrição - Ciclos da Vida, 2°


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