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BIOSSEGURANÇA NO LABORATÓRIO
No laboratório é obrigatório o uso de alguns EPIs, como: Jaleco, luva, máscara,
touca e óculos de proteção. E todos os estagiários devem estar devidamente vacinados
pela vacina da Covid-19 e outras que são necessárias, presentes na carteirinha de
vacinação.
Sendo assim, todos mantém a segurança dentro do laboratório, diminuindo os
riscos de contaminação ou ferimento durante o estágio.
HEMATOLOGIA
A hematologia geral é uma das áreas do laboratório, que estuda os elementos
do sangue periférico, os seus percursores, bem como o processo de coagulação. As
análises mais requisitadas pelo clínico, como principal exame de triagem da condição
de saúde do indivíduo, pertencem a esta área, tais como o hemograma completo e a
velocidade de sedimentação globular.
RETICULÓCITO (RET)
É um eritrócito jovem, que todavia contém um fino retículo basófilo, composto
por cadeias de ARN, cuja observação é possível através de uma técnica supra vital,
recorrendo ao corante azul brilhante de Cresil. Após cerca de dois dias na medula
óssea, os reticulócitos são libertados no sangue periférico e à medida que perdem o seu
retículo basófilo convertem-se em eritrócitos maduros. No sangue periférico, devido
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à curta duração de vida, a contagem é baixa (0,2- 2%). Uma reticulocitémia absoluta
tem mais utilidade que a percentagem, sendo uma análise de grande valor na avaliação
da atividade da medula óssea e da eficácia da eritropoiese.
HEMOGRAMA
O hemograma consiste na determinação do número de eritrócitos, leucócitos,
plaquetas, inclui a fórmula leucocitária e os índices eritrocíticos. Através de
quantificação e da medição destas células, é possível detectar e distinguir tanto
perturbações nos eritrócitos, como nos leucócitos ou nas plaquetas; para além de ser
um indicador de bom prognóstico à terapêutica em alguns destes estados patológicos.
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Tipagem sanguínea: É um teste realizado para estabelecer qual tipo sanguíneo
e fator Rh um indivíduo possui. É importantíssimo saber o tipo sanguíneo para doações
de sangue, transfusões, gestação e outros atendimentos médicos.
Com a amostra de sangue do paciente, o laboratório faz testes de
compatibilidade em lâminas de sangue com reagentes. Assim, podemos descobrir se o
paciente é tipo A, AB, B ou O. Anticorpos anti-A e anti-B são utilizados e determinam a
presença ou ausência de antígenos A e B em nosso sangue.
Procedimento: Escolher um dedo do paciente, fazer assepsia com álcool 70°,
furar o dedo com a lanceta e pingar uma gota de sangue em três poços da lâmina, pingar
uma gota de soro Anti-A, Anti-B e Anti-Rh em cada poço de sangue, mistura o material
com a ajuda de um palito até formar uma mistura homogênea, e aguarda aglutinação
para resultar o tipo sanguíneo.
Resultados:
Aglutinação Anti-A e Rh: A+
Aglutinação Anti-B e Rh: B+
Aglutinação Anti-A, Anti-B e Rh: AB+
Aglutinação somente do Anti-A: A-
Aglutinação somente do Anti-B: B-
Aglutinação somente do Anti-A e Anti-B: AB-
Aglutinação somente no Anti-Rh: O+
Nenhuma presença de aglutinação nos poços de sangue: O-
Em caso de doação de sangue, cada tipo sanguíneo doa para seus específicos.
Como apresentado na tabela a seguir:
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INTERPRETAÇÃO DO HEMOGRAMA
Os parâmetros hematimétricos são úteis na avaliação e no acompanhamento de
alterações eritrocitárias, leucocitárias ou plaquetárias. O conhecimento dos valores de
referência permite classificar tais aumentos ou diminuições em qualquer um desses
parâmetros, e associá-los a alguma eventual patologia ou doença, porém alguns fatores
determinam importantes diferenças nos valores de referência, estando incluídos o sexo,
a idade, a genética e a etnia entre outros.
LEUCÓCITOS
O estudo da série branca permite evidenciar estados infeciosos e leucêmicos.
Apesar de todos os leucócitos agirem na defesa do organismo as suas funções diferem.
São observadas, na tabela IV, as diferentes causas que podem conduzir a alterações
de cada uma das séries celulares. É de referenciar que quando a concentração absoluta
de cada célula está aumentada, a terminologia usada é -citose ou –filia; e quando está
diminuída termina em “penia”.
ERITRÓCITOS
Relativamente aos eritrócitos, a patologia mais frequentemente detectada pelos
laboratórios de hematologia é a anemia, sendo essa confirmada quando a concentração
de HB e/ou o HCT estão abaixo dos valores de referência. Na tabela V, encontram-se
os valores de referência consensuais para um adulto de origem caucasiana.
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As principais alterações dos eritrócitos encontram-se representadas na tabela
VI, assim como as suas prováveis causas:
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PARASITOLOGIA
A parasitologia clínica estuda os organismos que parasitam o homem. Os
organismos referidos como parasitos são um grupo heterogêneo que varia em tamanho,
desde os pequenos microsporídios até os complexos organismos multicelulares, como
a Taenia Saginata.
O exame parasitológico de fezes permite que seja feita a detecção dos parasitos
de uma maneira seletiva, rápida e eficaz. Desta forma, orienta a administração de
vermífugos específicos e efetivos para cada tipo de parasita, evitando uma possível
resistência causada por medicamentos de amplo espectro. Pela avaliação da amostra
fecal pode-se ter uma noção sobre a presença de gordura e alimentos não digeridos.
em importante que se tenha em mente que, assim como qualquer outro tipo de exame
laboratorial, o ideal é que as amostras sejam coletadas antes do início de qualquer
tratamento para evitar resultados falso-negativos. As chamadas doenças parasitárias
ainda são responsáveis por um alto índice de morbidade em grande parte do mundo.
Apesar do grande avanço tecnológico, do alto padrão educacional, da boa nutrição e de
boas condições sanitárias, mesmo países desenvolvidos estão sujeitos a doenças
Parasitárias.
Diferentes materiais orgânicos podem ser submetidos ao exame parasitológico,
um exemplo disto é a pesquisa de parasitos em lesões de pele, no escarro, no
sedimento urinário, nas secreções vaginais e uretrais, no líquido cefalorraquidiano,
biópsia e entre outros. Porém, os materiais mais comuns são as amostras de fezes para
pesquisa de protozoários e helmintos, preparações perianais para a pesquisa de
Enterobius e esfregaços de sangue para o diagnóstico da malária e para o encontro de
tripanossomas e microfilárias. Para permitir a identificação do parasito suspeito, o
material deve ser apropriadamente colhido, e no tempo mais indicado, de acordo com
as características da doença suspeitada.
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TÉCNICAS UTILIZADAS PARA DIAGNÓSTICOS
Pesquisar ovos, larvas de helmintos, cistos de protozoários e promover um maior
migração de larvas de nematódeos, principalmente em casos de baixa infecção.
METODOLOGIA
Identificar todo o material a ser utilizado para o desenvolvimento da técnica,
com número do registro e as iniciais do paciente.
Homogeneizar a amostra de fezes uma haste de madeira a amostra de fezes
recebida
Colocar cerca de 5 g de fezes um copo descartável com cerca de 5 a 10 ml
de água a 45°C e homogeneizar bem com o auxílio da haste de madeira.
Filtrar o material fecal homogeneizado para um copo cônico de sedimentação
o intermédio do tamis coberto com gás e dobrado em quatro. deixar uma
porção da amostra sobre a gaze que, em contato com água morna, propiciará
a migração de larvas, se estiverem presentes, em direção à base do cálice.
Completar o volume do cálice com água a 45 °C, até que seja tocada a base
do tamis e, consequentemente, as fezes sobre ele depositadas
Deixar em repouso por, no mínimo, uma hora, removendo tamis a seguir.
Deixar sedimentar por mais 1 hora. Após esse tempo desprezar o líquido
sobrenadante, cuidadosamente, até tocar no sedimento. completar com
água corrente, deixando em repouso por mais 2 horas.
Coletar o sedimento para análise com auxílio de um canudo
Desprezar o líquido cuidadosamente sobre a lâmina, tendo cuidado de tomar
as porções inicial, intermediária e superficial, e distribuí-lo sobre a lâmina
Observar a amostra. Se o campo microscópio apresentar grande quantidade
de detritos fecais, dificultando a observação, proceder sucessivas lavagens
aguardando o tempo mínimo de 2 horas entre uma lavagem e outra e a outra
para observação.
Acrescentar lugol e cobrir com lamínula
Examinar ao microscópico objetivas de 10x e 40x
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PESQUISA DE SANGUE OCULTO
É utilizado para auxiliar no diagnóstico de lesões sangrantes da mucosa de porções
baixas do trato digestório (especialmente lesões do cólon). É útil no diagnóstico de
hemorragias e ulcerações no trato digestivo, sendo as causas mais comuns como: o
úlcera péptica, varizes esofagianas, gastrite e câncer gástrico.
METODOLOGIA
Retirar a placa-teste do envelope laminado
Homogeneizar e quebrar a ponta do coletor de amostra e pingar duas
gotas da amostra extraída na cavidade da amostra (S) na Placa-teste
Fazer a leitura dos resultados entre 10 e 15 minutos.
VALORES DE REFERÊNCIA:
Teste negativo: Somente deve aparecer a formação de uma linha controle, sem
nenhuma coloração da linha na região do teste.
Teste positivo: Linhas coloridas aparecem no controle e na linha destinada ao
teste. O aparecimento de duas linhas indica a presença de hemoglobina humana
na amostra. A intensidade de coloração da linha será variável de acordo com a
concentração de hemoglobina humana presente nas fezes.
Teste inadequado: A ausência de formação de linha, ou não formação da linha
controle (C) indica erro no procedimento ou deterioração do teste,
caracterizando-o como inválido.
UROANÁLISE
COLETA: Coletar urina em um tubo estéril e encaminhar o material biológico
para o laboratório dentro de 2 horas.
Análise física da urina: Cor, volume, aspecto e densidade.
Análise química da urina (fita reativa): Presença de proteínas, glicose, corpos
cetônicos, hemoglobina, urobilinogênio, nitritos e o pH urinário.
Análise microscópica: busca identificar padrões relacionados à presença de
leucócitos, hemácias, células epiteliais, cilindros, filamentos de muco, cristais,
sais amorfos, leveduras, espermatozoides, parasitas e bactérias.
VALORES DE REFERÊNCIA:
pH: 5,5 e 7,5;
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Densidade: de 1,005 a 1,030
Características: Ausência de glicose, proteínas, cetonas, bilirrubina,
urobilinogênio, sangue e nitrito, alguns (poucos) leucócitos e raras células
epiteliais.
Se o exame de urina revelar nitrito positivo, presença de sangue e numerosos
leucócitos, por exemplo, pode ser indicativo de infecção urinária, mas só o exame de
urocultura é que confirma a presença ou não de infecção.
BIOQUÍMICA
A maioria dos métodos em bioquímica clínica estão baseados na medida
quantitativa da absorção da luz por uma solução, ou seja, pela fotometria.
GLICOSE
A glicose é utilizada como fonte de energia para o organismo, e a sua
concentração sérica está ligada a ação da insulina.
É um teste de método Enzimático-Colorimétrico e determinação quantitativa,
onde a glicose, pela ação catalítica da glicose-oxidade (GOD), é oxidada a ácido
glicônico, também peróxido de hidrogênio, este, pela ação da peroxidase (POD), se
decompõe o oxigênio liberado oxida o-dianisidina produzindo um complexo de
coloração parda-avermelhada.
A determinação da glicemia deve ser realizada imediatamente após a coleta do
sangue, pois há destruição enzimática da glicose sanguínea pelas hemácias.
Valores normais são de 70 a 99 mg/dL.
Valores superiores, chamados de hiperglicemia, podendo indicar: diabete
mellitus, nefrites, hipotireoidismo, doenças suprarrenal.
Valores abaixo, chamados de hipoglicemia, podendo indicar: neoplasia
pancreática, hipotireoidismo. Medicamentos, tais como, aspirina, cortisona, podem
elevar o nível de glicose no sangue.
ÁCIDO ÚRICO
O ácido úrico é o principal produto do catabolismo das purinas, sendo formado
no fígado, a partir da xantina pela ação da enzima xantina oxidase.
É um teste de método Enzimático-Colorimétrico e determinação quantitativa,
onde é oxidado pela uricase em alantoína. Através da reação de copulação oxidativa,
catalisa a peroxidase, assim o peroxido de hidrogênio formado reage com o
diclorofenolsulfonato e 4-aminoantopirina, produzindo a cor vermelha.
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Valores normais em mulheres é: 2,5 a 7,0 mg/dL; homens: 1,6 a 6,0 mg/dL.
Valores aumentados, chamados de hiperuricemia, pode ocorrer por redução da
excreção renal ou pelo excesso de produção, e são observados nos seguintes casos:
insuficiência renal, obstrução do trato renal, manifestações hematológicas e gota.
Valores diminuídos, chamados de hiperuricemia, observados em: necrose aguda
do fígado e defeitos tubulares renais. O fluoreto atua como interferente inibindo a
uricase.
COLESTEROL
Dois terços do colesterol encontram-se na forma esterificada, sendo sintetizada
no fígado, a partir do acetil Coenzima A.
É um método Enzimático-Colorimétrico e determinação quantitativa. Os ésteres
do colesterol são hidrolisados pelo colesterol esterase (CHE) formando colesterol livre
oxidado pela enzima colesterol-oxidase (CHOD), com consumo de oxigênio. Este,
reagindo com o fenol e 4-aminoantipirina, através de copulação oxidativa catalisada pela
peroxidase (POD), produzindo uma coloração vermelha.
Valores normais: até 200 mg/dL.
Valores aumentados chamados de hipercolesterolemia, são encontrados em:
síndrome nefrótica, diabetes mellitus, hipotireoidismo, gravidez, doenças colestáticas.
Já em valores diminuídos, chamados de hipocolesterolemia, são encontrados em:
lesões hepáticas graves, hipertireoidismo, desnutrição.
Anticoagulantes como citrato, oxalato, fluoreto, podem causar falsos resultados
diminuídos.
TRIGLICERÍDEOS
Servem como armazenamento e transporte de ácidos graxos; constituem
frações dos quilomícrons e VLDL presentes do plasma sanguíneo. Abrange o método
Enzimático-Colorimétrico, com fator clareante de lípides (FCL), e determinação
quantitativa. O glicerol dos triglicerídeos é liberado da molécula, através da ação das
enzimas lípase e esterase, o indicador é a quinoneimina.
Valores normais: até 150 mg/dL.
Valores elevados chamados de hiperlipemia, ocorrem em: diabetes mellitus,
doença arterial coronária, hipotireoidismo.
Há diminuição pela interferência bacteriana, estrógenos, álcool, sacarose,
tabagismo.
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LIPOPROTEÍNA DE BAIXA DENSIDADE (LDL)
As lipoproteínas de baixa densidade são formadas na circulação a partir das
VLDL, e da degradação das quilomícrons.
É um método Enzimático-Colorimétrico direto, e determinação quantitativa
direta.
Valores até 100 mg/dL são considerados normais. O aumento de LDL, é
encontrado em: diabetes mellitus, hipotireoidismo, hepatopatias.
ALBUMINA
É uma proteína de transporte e contribui para pressão osmótica coloidal do
plasma; transporte e armazenamento de compostos no sangue.
Abrange o método colorimétrico – Verde de Bromocresol, e determinação
quantitativa. O corante verde de Bromocresol, liga-se firmemente à albumina em pH
ácido.
Valores normais varia de 3,5 a 5,5 mg/dL.
A diminuição, chamando de hipoalbuminenia, ocorre em: hepatopatias, traumas,
má-nutrição, síndrome nefrótica. Valores aumentados chamando de hiperalbuminemia,
e são raros, mas podem ocorrer em desidratação ou choque.
Não utilizar amostras hemolisadas, por ser um interferente que pode elevar o seu
valor.
PROTEÍNAS TOTAIS
Compostos com mais de duas ligações peptídicas reagem com íons cúpricos em
meio alcalino, formando um complexo de coloração violeta, pela reação de Biureto.
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A dosagem isolada da proteína total tem pouco significado clínico. Mas deve
evitar amostras com hemólises.
Valores normais variam entre 6,5 e 8 g/dL.
A hiperproteinemia é causada por: desidratação, choques traumáticos e
operatórios. Já a hipoproteinemia é causada por: estados edematosos, afeções renais,
desnutrição.
URÉIA
Tem formação no fígado, como resultado da digestão de proteínas na
alimentação.
Abrange o método Enzimático-Colorimétrico, e determinação quantitativa. A
uréase hidrolisa a uréia sérica em amônia e dióxido de carbono. A amônia liberada é
convertida em corante indofenol (azul) pelo tratamento com fenol e hipoclorito de sódio
em solução alcalina contendo catalizador, o nitrocianeto de sódio.
Valores normais varia de 20 a 42 mg/dL.
Valores elevados, encontrado em problemas renais, ingestão aumentada de
proteínas, pneumonias, diabéticos. Já valores reduzidos são encontrados em:
insuficiência renal e hepática grave.
MICROBIOLOGIA
Microrganismo é o nome dado a todos os organismos compostos por uma única
célula e que não podem ser vistos a olho nu, sendo visíveis apenas com o auxílio de um
microscópio. A área que estuda esses pequenos organismos é chamada de
microbiologia, muitas vezes associado à transmissão de doenças. No entanto, nem
todos os microrganismos são patogênicos, existem aqueles que são benéficos à saúde
humana.
Na preparação dos meios de cultura e na manutenção das culturas de
microrganismos é importante observar as condições necessárias de assepsia, de modo
que se evitem contaminações com outros microrganismos.
Os meios de cultura dividem -se primeiramente em meios sólidos, aqueles que
contêm ágar, e meios líquidos, sem ágar. Ambos os meios são preparados com água
destilada, aquecidos até que se dissolvam completamente e posteriormente
esterilizados por autoclavagem a 121º C.
Nos meios sólidos o crescimento para por exaustão de nutrientes, devendo
realizar-se a transferência de colônias para novo meio. No entanto estes meios
permitem a individualização das colónias. Os meios líquidos permitem melhor difusão
de metabólitos, mas não o isolamento de colónias. O crescimento de bactérias, em um
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meio líquido, identifica -se por turvação do meio, formação de uma película na sua
superfície, ou aparecimento de sedimento, enquanto num meio sólido por aparecimento
de colónias, essa característica é conveniente para isolamento de colônias de bactérias.
As colônias de diferentes espécies de bactérias diferem no tamanho, forma, textura e
cor.
A coloração de Gram é um método de coloração de bactérias desenvolvido pelo
médico dinamarquês Hans Christian Joachim Gram, em 1884, e que consiste no
tratamento sucessivo de um esfregaço bacteriano, fixado pelo calor, com o reagente
cristal violeta, lugol, álcool-acetona e fucsina. Essa técnica permite a separação de
amostras bacterianas em Gram-positivas (roxas) e Gram-negativas (vermelhas) e a
determinação da morfologia e do tamanho das amostras analisadas.
IMUNOLOGIA
Há obviamente muitos tipos diferentes de doenças causadas for vários agentes
infecciosos. Ao longo da história, desenvolveu-se uma metodologia para combater
muitas doenças indiretamente, ou seja, "preparar" o sistema imune de um indivíduo para
melhor lutar contra um ser vivo ou produto específico antes que o indivíduo se exponha
a mesmo de forma perigosa e ameaçadora.
As células do sistema imune são denominadas leucócitos (leukos=branco), pois
são células brancas do sangue. O número de leucócitos por milímetro de sangue no
adulto normal é de 5.000 a 10.000. Ao nascimento, o sangue da criança contém 20.000
leucócitos/mm³ de sangue e vai decrescendo com a vida e aos 12 anos atinge a faixa
do adulto. Isso ocorre porque a criança ainda não tem as barreiras naturais do
organismo completamente desenvolvidas, tendo mais facilidades de contrair infecções
de diversas naturezas. Por essa razão é necessário que haja uma população de
leucócitos maior para a proteção da criança.
Denomina-se leucocitose o fenômeno em que o número destas células sobe
acima de 10.000/mm³ de sangue e leucopenia quando desce abaixo de 2.000/mm³ de
sangue. Na leucemia (câncer de leucócitos) encontramos mais de 100 mil
leucócitos/mm³ de sangue. As células derivadas exclusivamente da medula, são
nomeadas de acordo com a sua coloração pelo corante universal hematoxilina-eosina.
São eles os leucócitos granulócitos: neutrófilos; eosinófilos e basófilos. A hematoxilina
é um corante básico e a eosina um corante ácido. Os leucócitos eosinófilos tem
afinidade pela eosina, ou seja, tem afinidade por corante ácido (também chamado de
leucócito acidófilo) e o basófilo tem afinidade pela hematoxilina, que é um corante
básico, então chamado basófilo.
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Os linfócitos são divididos em linfócitos T, linfócitos B e linfócitos NK, sendo o LT
responsável principalmente pelo auxílio ao sistema imune e resposta imune celular, o
linfócito B responsável pela resposta imune humoral (com detalhes do capítulo 5) e os
linfócitos NK pela resposta imune inespecífica. Os LT e os LB produzem resposta imune
específica, pois ambos são estimulados a partir de epítopos de antígeno específico.
Neste caso formarão populações monoclonais específicas para atacar o antígeno em
questão.
Temos ainda as células do sistema monocítico fagocitário (SMF) antigamente
conhecido por sistema retículo-endotelial. Estas células são especialistas em fagocitose
e apresentação de antígeno ao exército do sistema imune. São elas: macrófagos
alveolares, micróglia, células de Kuppfer, células dendríticas, células de Langehans e
macrófagos em geral.
Imunização passiva: É possível tratar uma pessoa ou animal com preparações
de anticorpos purificados, os quais são específicos para um organismo particular ou
toxina produzida por ele. Nestas condições, o indivíduo receberá esses anticorpos
intravenosamente como uma defesa primária contra o patógeno/toxina, e irá dessa
forma receber uma proteção passiva. Obviamente o feto (e todas as linhagens
mamíferas) irá receber também um similar, mas naturalmente, ocorrendo desta forma
uma imunização passiva através da transferência materno-fetal de anticorpos IgG pela
placenta os quais a mãe está produzindo, e anticorpos IgA pelo leite materno.
Imunização passiva intencional por injeção (usualmente anticorpos de classe IgG) será
dado somente se houver uma clara evidência de exposição a uma organismo
significativamente perigoso, e se houver uma evidência adicional em circunstâncias
apropriadas em que o indivíduo claramente não recebeu vacina no tempo padrão correto
(pertussis, tétano, difteria por exemplo). Estão disponíveis as seguintes preparações de
imunoglobulina purificada:
• IgG anti-botulium de cavalo (equinos) - Isolada a partir de cavalos imunizados
contra exotoxina do Clostridium botulium. Dado às pessoas com suspeita de exposição
a toxina botulínica - toxina causa paralisia flácida devido a interferência com a liberação
da acetilcolina, conduzindo a uma parada respiratória, falha muscular ao impulso
nervoso, podendo ser fatal (botulismo).
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• IgG antitetânica de cavalo - Isolada a partir de cavalos imunizados contra
exotoxina do Clostriduim tetanii. Dado a pessoas com suspeita de exposição ao tétano,
cuja vacinação contra essa toxina está ou desatualizada (passou do tempo) ou ausente.
A toxina causa uma paralisia espástica pela inibição do impulso que inibia a contração
muscular (céls de Renshaw na medula espinal), levando a uma parada cardíaca ou
respiratória, podendo ser fatal.
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urogenital por exemplo). Imunização ativa é mais duradoura que a humoral. Pode ser
adquirida naturalmente, em consequência de uma infecção com ou sem manifestação
clínica, ou artificialmente, mediante a inoculação de frações ou produtos do agente
infeccioso, do próprio agente, morto ou atenuado.
A imunidade ativa depende da imunidade celular, que é conferida pela
sensibilidade de linfócitos T, e da imunidade humoral, que se baseia na resposta aos
linfócitos B. O mecanismo de imunidade adquirida através da vacinação é semelhante
àquele utilizado pelo organismo para lutar contra as infecções virais ou bacterianas. O
antígeno, ao entrar no organismo, estimula uma resposta imune, a qual pode ser de
natureza humoral, celular ou de ambas. O processo de imunização ocorre após a
administração de uma vacina. Podem ocorrer dois tipos de resposta: primárias e
secundárias.
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CLASSES DE IMUNOGLOBULINAS:
IgM - Perfaz aproximadamente 10% do conjunto de imunoglobulinas. Sua
estrutura é pentamérica, a IgM é encontrada principalmente no intravascular, sendo uma
classe de anticorpos "precoces" (são produzidas agudamente nas fases agudas iniciais
das doenças que desencadeiam resposta humoral). É uma proteína que não atravessa
a placenta (por ser grande). É encontrada também na superfície dos linfócitos B de
forma monomérica, realizando a função de receptor de antígenos.
IgA - Representa 15-20% da imunoglobulinas do soro humano. No homem, mais
de 80% da IgA ocorre sob a forma monomérica e está presente sangue nesta forma. A
IgA é a imunoglobulina predominante em secreções: saliva, lágrima, leite, mucosas do
trato gastrointestinal, trato respiratório e geniturinário. O principal papel da IgA é
proteger o organismo de invasão viral ou bacteriana através das mucosa.
IgG - É uma imunoglobulina monomérica simples, que perfaz 80% das
imunoglobulinas do organismo. Esta igualmente distribuída nos compartimentos
extracelulares e é a única que é normalmente atravessa a placenta. É o anticorpo
principal nas resposta imunes secundárias e a única classe antitoxinas.
IgE - Está presente no soro em baixas concentrações. É encontrada na
membrana de superfície de basófilos e mastócitos em todos os indivíduos. Tem um
papel importante na imunidade ativa contra parasitas helmintos, atraindo os eosinófilos.
Cinquenta porcento dos pacientes com doenças alérgicas tem altos níveis de IgE. A
específica interação entre o antígeno e a IgE ligada no mastócito resulta em liberação
de histamina, leucotrienos, proteases, fatores quimiotáxicos e citocinas. Esses
mediadores podem produzir broncoespasmo, vasodilatação, aumento da
permeabilidade vascular, contração de músculo liso e quimioatração de outras células
inflamatórias (eosinófilos p. exemplo).
IgD - IgD está presente no soro em concentrações muito baixas. É encontrada
na superfície de muitos linfócitos
Testes rápidos: Utilizado para detectar anticorpos de algumas doenças como:
Dengue, COVID-19, Sífilis, HIV, Zika, Influenza.
VLDR: O método é usado para identificar pacientes portadores da sífilis, onde o
resultado se baseia na quantidade de diluições em que o anticorpo foi identificado.
TTPA: Avalia a via intrínseca da coagulação que envolve vários fatores de
coagulação (protrombina e fibrinogênio). A técnica é realizada através da adição de 50
microlitros de TTPA reagente e 50 microlitros de plasma da amostra em um tubo, esse
tubo deve ser homogeneizado e levado para o banho-maria em 4 minutos e após esse
tempo, é preciso colocar 50 microlitros de cloreto de cálcio e leva em banho-maria
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(tirando e colocando) até formar a gelatina. O resultado é o tempo, e o tempo de
formação dessa gelatina é de 30 a 40 segundos.
TP CLOT: Realizado da mesma maneira que o TTPA, mas o tempo de
incubação no banho-maria é de 3 minutos, a quantidade de produto é 100 microlitros e
o resultado deve variar de 15 a 20 segundos.
Imuno-LÁTEX ASLO: Kit para pesquisa de antiestreptolisina O em amostras de
soro, usando-se partículas de látex revestidas com estreptolisina O por aglutinação
indireta, onde é utilizado um cartão teste para a detecção de antiestreptolisina O que é
produzida por quase todas as cepas de Streptococcus pyogenes.
Procedimento Imuno-LÁTEX ASLO: 1. Pipetar 25 µl do soro do paciente numa
área do cartão-teste. 2. Homogeneizar a suspensão de látex (1) e pipetar 25 µl na
mesma área da amostra. 3. Misturar muito bem o soro com o látex, espalhando-se
cuidadosamente com uma vareta plástica. 4. Através de movimentos suaves de rotação,
sob uma boa fonte de luz, observar durante 2 minutos a formação de uma eventual
aglutinação.
Imuno-LÁTEX PCR: A Proteína C Reativa (PCR) juntamente com a velocidade
de hemossedimentação (VHS) e as mucoproteínas fazem parte das chamadas “reações
de fase aguda”, que quando alteradas caracterizam atividades inflamatórias
inespecíficas, auxiliando o diagnóstico e o controle evolutivo da inflamação. A PCR
aparece muito precocemente no soro de pacientes afetados por uma variedade de
processos inflamatórios e necrose de tecidos, tais como infecções bacterianas, doença
reumática aguda, infarto de miocárdio, certas doenças virais, tuberculose pulmonar
ativa, artrite reumatoide e neoplasia maligna.
O teste é realizado com 25 microlitros do soro do paciente no cartão-teste, e é
adicionado a suspenção de látex, soro de controle positivo e negativo. O resultado
positivo se baseia na aglutinação na área onde a diluição foi realizada, e o resultado
negativo se baseia na não aglutinação da amostra no cartão-teste.
COLETA
Uma boa coleta significa: rapidez, eficiência, qualidade de atendimento e menor
sofrimento ao paciente, por isso o responsável tem que ser capaz de resolver qualquer
problema que eventualmente poderá encontrar no seu dia a dia. O conhecimento teórico
das técnicas de coleta de sangue pode ser obtido em cursos teórico-científico. Porém,
os conhecimentos práticos sobre coleta e as reações que poderão ocorrer durante este
procedimento são adquiridos, geralmente, através de experiências pessoais ou de
informações prestadas por outros profissionais.
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A coleta da amostra é parte fundamental na determinação de uma variável
analítica, pois, sendo o único contato entre o paciente e o laboratório, a não observância
da correta preparação deste paciente, conduzirá a erros significativos.
O controle de qualidade no laboratório clínico tem seu início antes da coleta da
amostra. A exatidão da análise começa a ser obtida através da obtenção adequada da
amostra, da utilização de material apropriado e do respeito às variáveis pertinentes à
coleta. Uma vez que a amostra é obtida e enviada ao laboratório os erros podem
originar-se durante o período anterior à análise.
A maior parte das análises é realizada no soro pois pressupõe-se que a
distribuição entre fração celular e extracelular da maioria dos componentes é
aproximadamente a mesma. Isto geralmente é válido e, quando tal não acontece, deve-
se verificar os efeitos da hemólise sobre a concentração. Para a determinação de
algumas substâncias, torna-se necessário inibir a coagulação do sangue através do uso
de anticoagulantes, obtendo-se assim o plasma. Outras vezes, para a obtenção de
resultados precisos deve-se utilizar conservantes, agindo de maneira eficiente no
mecanismo de coagulação.
MATERIAIS UTILIZADOS:
Algodão
Álcool a 70%
Tubos para coleta
Garrote
Estante
Agulha verde calibre
Descarte
25x8
PROCEDIMENTO DE COLETA:
19
Selecionou-se a melhor veia. Fez-se assepsia do local a ser puncionado com
álcool a 70%. Após ter escolhido a veia a ser puncionada, não se tocou mais no local.
Retirou-se o protetor da agulha.
Para puncionar a veia, esticou-se a pele do braço com o polegar e facilitou-se a
penetração da agulha. Com o bisel voltado para cima e tubo de coleta dentro do
adaptador puncionou-se o local escolhido.
Soltou-se o torniquete assim que o sangue começou a entrar no tubo, e em
seguida retirou-se o tubo.
Retirou-se a agulha do braço do paciente com o auxílio de uma mecha de
algodão seco e fez-se uma leve pressão por alguns minutos.
Finalizou-se a coleta pedindo ao paciente que mantenha o braço em posição
horizontal sem dobrá-lo e em seguida identificou-se o tubo colocando o nome de cada
paciente.
COMPOSIÇÃO DA AMOSTRA:
20