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RELATÓRIO DE ESTÁGIO – ANÁLISES CLÍNICAS

DESCRIÇÃO DA EMPRESA – LABORATÓRIO ESCOLA DA UNIP


As atividades do estágio foram realizadas dentro dos laboratórios da UNIP,
fornecendo materiais adequados, espaço e segurança para exercermos o estágio de
maneira correta e segura.
Os laboratórios de análises clínicas e de microscopia se encaixam
adequadamente para os procedimentos realizados, cada estagiário possui qualquer
material para si mesmo, ou seja, cada estudante possuía seu material individual o que
facilitava no manuseio. os materiais são de excelente qualidade, a professora
orientadora de estágio está sempre presente, disposta a ajudar de todas as formas os
estagiários, para que possamos exercer nossa profissão com mérito.

BIOSSEGURANÇA NO LABORATÓRIO
No laboratório é obrigatório o uso de alguns EPIs, como: Jaleco, luva, máscara,
touca e óculos de proteção. E todos os estagiários devem estar devidamente vacinados
pela vacina da Covid-19 e outras que são necessárias, presentes na carteirinha de
vacinação.
Sendo assim, todos mantém a segurança dentro do laboratório, diminuindo os
riscos de contaminação ou ferimento durante o estágio.

HEMATOLOGIA
A hematologia geral é uma das áreas do laboratório, que estuda os elementos
do sangue periférico, os seus percursores, bem como o processo de coagulação. As
análises mais requisitadas pelo clínico, como principal exame de triagem da condição
de saúde do indivíduo, pertencem a esta área, tais como o hemograma completo e a
velocidade de sedimentação globular.

RETICULÓCITO (RET)
É um eritrócito jovem, que todavia contém um fino retículo basófilo, composto
por cadeias de ARN, cuja observação é possível através de uma técnica supra vital,
recorrendo ao corante azul brilhante de Cresil. Após cerca de dois dias na medula
óssea, os reticulócitos são libertados no sangue periférico e à medida que perdem o seu
retículo basófilo convertem-se em eritrócitos maduros. No sangue periférico, devido

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à curta duração de vida, a contagem é baixa (0,2- 2%). Uma reticulocitémia absoluta
tem mais utilidade que a percentagem, sendo uma análise de grande valor na avaliação
da atividade da medula óssea e da eficácia da eritropoiese.

HEMOGRAMA
O hemograma consiste na determinação do número de eritrócitos, leucócitos,
plaquetas, inclui a fórmula leucocitária e os índices eritrocíticos. Através de
quantificação e da medição destas células, é possível detectar e distinguir tanto
perturbações nos eritrócitos, como nos leucócitos ou nas plaquetas; para além de ser
um indicador de bom prognóstico à terapêutica em alguns destes estados patológicos.

TÉCNICAS MANUAIS USADAS EM HEMATOLOGIA


Técnicas de esfregaço sanguíneo para a contagem de leucócitos, e estudo das
alterações morfológicas dos eritrócitos. A técnica é realizada da seguinte maneira:
 Possuir lâmina, o material biológico (sangue), e estar equipado com os
EPI’s
 Colocar uma gota de sangue na lâmina e fazer o esfregaço, deixando ele
em um formato de “dedo” na lâmina, para que não fique uma camada
muito espessa de sangue e consiga visualizar todas as estruturas
corretamente.
 Fazer as etapas de coloração da lâmina (metanol, eosina e azul de
metileno)
Técnica de hematócrito: É o volume ocupado pelos eritrócitos contidos numa
certa quantidade de sangue, onde preenchemos de sangue o tubo capilar e colocamos
esse tubo na centrifuga por um determinado tempo indicado e analisamos o valor do
hematócrito do paciente.
Técnica de VHS: Atualmente não muito utilizado no diagnóstico de Dengue,
mas a técnica é realizada pelo uso de uma pipeta volumétrica que contém a presença
de sangue, e essa pipeta é adicionada no suporte de VHS sob pressão e aguarda uma
hora para ver se houve sedimentação.
Prova de falcização: Com a quantidade de 10ml de sangue e 10ml de
metabissulfito de sódio homogeneizado é colocado na lâmina e coloca a lamínula por
cima e passa o esmalte ao redor da lâmina para não ter a entrada de oxigênio. Após
isso, é colocada dentro de uma placa de Petri, em cima de uma gaze e nas suas laterais
possuem duas gases umedecidas com água destilada. Essa técnica é utilizada para o
diagnóstico de algumas hemoglobinopatias.

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Tipagem sanguínea: É um teste realizado para estabelecer qual tipo sanguíneo
e fator Rh um indivíduo possui. É importantíssimo saber o tipo sanguíneo para doações
de sangue, transfusões, gestação e outros atendimentos médicos.
Com a amostra de sangue do paciente, o laboratório faz testes de
compatibilidade em lâminas de sangue com reagentes. Assim, podemos descobrir se o
paciente é tipo A, AB, B ou O. Anticorpos anti-A e anti-B são utilizados e determinam a
presença ou ausência de antígenos A e B em nosso sangue.
Procedimento: Escolher um dedo do paciente, fazer assepsia com álcool 70°,
furar o dedo com a lanceta e pingar uma gota de sangue em três poços da lâmina, pingar
uma gota de soro Anti-A, Anti-B e Anti-Rh em cada poço de sangue, mistura o material
com a ajuda de um palito até formar uma mistura homogênea, e aguarda aglutinação
para resultar o tipo sanguíneo.
Resultados:
Aglutinação Anti-A e Rh: A+
Aglutinação Anti-B e Rh: B+
Aglutinação Anti-A, Anti-B e Rh: AB+
Aglutinação somente do Anti-A: A-
Aglutinação somente do Anti-B: B-
Aglutinação somente do Anti-A e Anti-B: AB-
Aglutinação somente no Anti-Rh: O+
Nenhuma presença de aglutinação nos poços de sangue: O-

Em caso de doação de sangue, cada tipo sanguíneo doa para seus específicos.
Como apresentado na tabela a seguir:

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INTERPRETAÇÃO DO HEMOGRAMA
Os parâmetros hematimétricos são úteis na avaliação e no acompanhamento de
alterações eritrocitárias, leucocitárias ou plaquetárias. O conhecimento dos valores de
referência permite classificar tais aumentos ou diminuições em qualquer um desses
parâmetros, e associá-los a alguma eventual patologia ou doença, porém alguns fatores
determinam importantes diferenças nos valores de referência, estando incluídos o sexo,
a idade, a genética e a etnia entre outros.

LEUCÓCITOS
O estudo da série branca permite evidenciar estados infeciosos e leucêmicos.
Apesar de todos os leucócitos agirem na defesa do organismo as suas funções diferem.
São observadas, na tabela IV, as diferentes causas que podem conduzir a alterações
de cada uma das séries celulares. É de referenciar que quando a concentração absoluta
de cada célula está aumentada, a terminologia usada é -citose ou –filia; e quando está
diminuída termina em “penia”.

ERITRÓCITOS
Relativamente aos eritrócitos, a patologia mais frequentemente detectada pelos
laboratórios de hematologia é a anemia, sendo essa confirmada quando a concentração
de HB e/ou o HCT estão abaixo dos valores de referência. Na tabela V, encontram-se
os valores de referência consensuais para um adulto de origem caucasiana.

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As principais alterações dos eritrócitos encontram-se representadas na tabela
VI, assim como as suas prováveis causas:

EXPLORAÇÃO DA HEMOSTASIA PRIMÁRIA


No tempo de sangramento, segundo o método de Duke, é efetuada uma incisão
no lóbulo da orelha com uma agulha descartável, de modo a avaliar conjuntamente a
resposta das plaquetas a uma lesão dos tecidos e a capacidade de vasoconstrição do
endotélio, com ajuda do fator de von Willenbrand e do fibrinogênio. A gota de sangue é
recolhida de 30 em 30 segundos em papel de filtro, até parar a hemorragia. O tempo é
reportado em minutos (Valor de referência: 2 a 4 minutos). O tempo de sangramento
depende muito da profundidade e extensão da incisão praticada, sendo por isso um
teste com sensibilidade relativa. Apresenta mais falhas, já que a vasoconstrição pode
levar a um sangramento normal, mesma na presença de alterações na contagem das
plaquetas (contagem superior a 100.000 plaquetas/µL).

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PARASITOLOGIA
A parasitologia clínica estuda os organismos que parasitam o homem. Os
organismos referidos como parasitos são um grupo heterogêneo que varia em tamanho,
desde os pequenos microsporídios até os complexos organismos multicelulares, como
a Taenia Saginata.
O exame parasitológico de fezes permite que seja feita a detecção dos parasitos
de uma maneira seletiva, rápida e eficaz. Desta forma, orienta a administração de
vermífugos específicos e efetivos para cada tipo de parasita, evitando uma possível
resistência causada por medicamentos de amplo espectro. Pela avaliação da amostra
fecal pode-se ter uma noção sobre a presença de gordura e alimentos não digeridos.
em importante que se tenha em mente que, assim como qualquer outro tipo de exame
laboratorial, o ideal é que as amostras sejam coletadas antes do início de qualquer
tratamento para evitar resultados falso-negativos. As chamadas doenças parasitárias
ainda são responsáveis por um alto índice de morbidade em grande parte do mundo.
Apesar do grande avanço tecnológico, do alto padrão educacional, da boa nutrição e de
boas condições sanitárias, mesmo países desenvolvidos estão sujeitos a doenças
Parasitárias.
Diferentes materiais orgânicos podem ser submetidos ao exame parasitológico,
um exemplo disto é a pesquisa de parasitos em lesões de pele, no escarro, no
sedimento urinário, nas secreções vaginais e uretrais, no líquido cefalorraquidiano,
biópsia e entre outros. Porém, os materiais mais comuns são as amostras de fezes para
pesquisa de protozoários e helmintos, preparações perianais para a pesquisa de
Enterobius e esfregaços de sangue para o diagnóstico da malária e para o encontro de
tripanossomas e microfilárias. Para permitir a identificação do parasito suspeito, o
material deve ser apropriadamente colhido, e no tempo mais indicado, de acordo com
as características da doença suspeitada.

OBJETIVO E FINALIDADE DE DIAGNÓSTICO


Diagnosticar os parasitos intestinais, por meio da pesquisa das diferentes formas
parasitárias que estão eliminadas nas excreções fecais. Identificar microrganismos
patogênicos causadores de quadro de diarreia aguda ou crônica, é útil no diagnóstico
da investigação de parasitoses, má absorção de gordura (identificação de esteatorreia)
e presença de hemoglobina humana (sangue oculto).

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TÉCNICAS UTILIZADAS PARA DIAGNÓSTICOS
Pesquisar ovos, larvas de helmintos, cistos de protozoários e promover um maior
migração de larvas de nematódeos, principalmente em casos de baixa infecção.

METODOLOGIA
 Identificar todo o material a ser utilizado para o desenvolvimento da técnica,
com número do registro e as iniciais do paciente.
 Homogeneizar a amostra de fezes uma haste de madeira a amostra de fezes
recebida
 Colocar cerca de 5 g de fezes um copo descartável com cerca de 5 a 10 ml
de água a 45°C e homogeneizar bem com o auxílio da haste de madeira.
 Filtrar o material fecal homogeneizado para um copo cônico de sedimentação
o intermédio do tamis coberto com gás e dobrado em quatro. deixar uma
porção da amostra sobre a gaze que, em contato com água morna, propiciará
a migração de larvas, se estiverem presentes, em direção à base do cálice.
 Completar o volume do cálice com água a 45 °C, até que seja tocada a base
do tamis e, consequentemente, as fezes sobre ele depositadas
 Deixar em repouso por, no mínimo, uma hora, removendo tamis a seguir.
 Deixar sedimentar por mais 1 hora. Após esse tempo desprezar o líquido
sobrenadante, cuidadosamente, até tocar no sedimento. completar com
água corrente, deixando em repouso por mais 2 horas.
 Coletar o sedimento para análise com auxílio de um canudo
 Desprezar o líquido cuidadosamente sobre a lâmina, tendo cuidado de tomar
as porções inicial, intermediária e superficial, e distribuí-lo sobre a lâmina
 Observar a amostra. Se o campo microscópio apresentar grande quantidade
de detritos fecais, dificultando a observação, proceder sucessivas lavagens
aguardando o tempo mínimo de 2 horas entre uma lavagem e outra e a outra
para observação.
 Acrescentar lugol e cobrir com lamínula
 Examinar ao microscópico objetivas de 10x e 40x

VALORES DE REFERÊNCIA: Negativo.

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PESQUISA DE SANGUE OCULTO
É utilizado para auxiliar no diagnóstico de lesões sangrantes da mucosa de porções
baixas do trato digestório (especialmente lesões do cólon). É útil no diagnóstico de
hemorragias e ulcerações no trato digestivo, sendo as causas mais comuns como: o
úlcera péptica, varizes esofagianas, gastrite e câncer gástrico.

METODOLOGIA
 Retirar a placa-teste do envelope laminado
 Homogeneizar e quebrar a ponta do coletor de amostra e pingar duas
gotas da amostra extraída na cavidade da amostra (S) na Placa-teste
 Fazer a leitura dos resultados entre 10 e 15 minutos.

VALORES DE REFERÊNCIA:
 Teste negativo: Somente deve aparecer a formação de uma linha controle, sem
nenhuma coloração da linha na região do teste.
 Teste positivo: Linhas coloridas aparecem no controle e na linha destinada ao
teste. O aparecimento de duas linhas indica a presença de hemoglobina humana
na amostra. A intensidade de coloração da linha será variável de acordo com a
concentração de hemoglobina humana presente nas fezes.
 Teste inadequado: A ausência de formação de linha, ou não formação da linha
controle (C) indica erro no procedimento ou deterioração do teste,
caracterizando-o como inválido.

UROANÁLISE
COLETA: Coletar urina em um tubo estéril e encaminhar o material biológico
para o laboratório dentro de 2 horas.
 Análise física da urina: Cor, volume, aspecto e densidade.
 Análise química da urina (fita reativa): Presença de proteínas, glicose, corpos
cetônicos, hemoglobina, urobilinogênio, nitritos e o pH urinário.
 Análise microscópica: busca identificar padrões relacionados à presença de
leucócitos, hemácias, células epiteliais, cilindros, filamentos de muco, cristais,
sais amorfos, leveduras, espermatozoides, parasitas e bactérias.

VALORES DE REFERÊNCIA:
 pH: 5,5 e 7,5;

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 Densidade: de 1,005 a 1,030
 Características: Ausência de glicose, proteínas, cetonas, bilirrubina,
urobilinogênio, sangue e nitrito, alguns (poucos) leucócitos e raras células
epiteliais.
Se o exame de urina revelar nitrito positivo, presença de sangue e numerosos
leucócitos, por exemplo, pode ser indicativo de infecção urinária, mas só o exame de
urocultura é que confirma a presença ou não de infecção.

BIOQUÍMICA
A maioria dos métodos em bioquímica clínica estão baseados na medida
quantitativa da absorção da luz por uma solução, ou seja, pela fotometria.

GLICOSE
A glicose é utilizada como fonte de energia para o organismo, e a sua
concentração sérica está ligada a ação da insulina.
É um teste de método Enzimático-Colorimétrico e determinação quantitativa,
onde a glicose, pela ação catalítica da glicose-oxidade (GOD), é oxidada a ácido
glicônico, também peróxido de hidrogênio, este, pela ação da peroxidase (POD), se
decompõe o oxigênio liberado oxida o-dianisidina produzindo um complexo de
coloração parda-avermelhada.
A determinação da glicemia deve ser realizada imediatamente após a coleta do
sangue, pois há destruição enzimática da glicose sanguínea pelas hemácias.
Valores normais são de 70 a 99 mg/dL.
Valores superiores, chamados de hiperglicemia, podendo indicar: diabete
mellitus, nefrites, hipotireoidismo, doenças suprarrenal.
Valores abaixo, chamados de hipoglicemia, podendo indicar: neoplasia
pancreática, hipotireoidismo. Medicamentos, tais como, aspirina, cortisona, podem
elevar o nível de glicose no sangue.

ÁCIDO ÚRICO
O ácido úrico é o principal produto do catabolismo das purinas, sendo formado
no fígado, a partir da xantina pela ação da enzima xantina oxidase.
É um teste de método Enzimático-Colorimétrico e determinação quantitativa,
onde é oxidado pela uricase em alantoína. Através da reação de copulação oxidativa,
catalisa a peroxidase, assim o peroxido de hidrogênio formado reage com o
diclorofenolsulfonato e 4-aminoantopirina, produzindo a cor vermelha.

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Valores normais em mulheres é: 2,5 a 7,0 mg/dL; homens: 1,6 a 6,0 mg/dL.
Valores aumentados, chamados de hiperuricemia, pode ocorrer por redução da
excreção renal ou pelo excesso de produção, e são observados nos seguintes casos:
insuficiência renal, obstrução do trato renal, manifestações hematológicas e gota.
Valores diminuídos, chamados de hiperuricemia, observados em: necrose aguda
do fígado e defeitos tubulares renais. O fluoreto atua como interferente inibindo a
uricase.

COLESTEROL
Dois terços do colesterol encontram-se na forma esterificada, sendo sintetizada
no fígado, a partir do acetil Coenzima A.
É um método Enzimático-Colorimétrico e determinação quantitativa. Os ésteres
do colesterol são hidrolisados pelo colesterol esterase (CHE) formando colesterol livre
oxidado pela enzima colesterol-oxidase (CHOD), com consumo de oxigênio. Este,
reagindo com o fenol e 4-aminoantipirina, através de copulação oxidativa catalisada pela
peroxidase (POD), produzindo uma coloração vermelha.
Valores normais: até 200 mg/dL.
Valores aumentados chamados de hipercolesterolemia, são encontrados em:
síndrome nefrótica, diabetes mellitus, hipotireoidismo, gravidez, doenças colestáticas.
Já em valores diminuídos, chamados de hipocolesterolemia, são encontrados em:
lesões hepáticas graves, hipertireoidismo, desnutrição.
Anticoagulantes como citrato, oxalato, fluoreto, podem causar falsos resultados
diminuídos.

TRIGLICERÍDEOS
Servem como armazenamento e transporte de ácidos graxos; constituem
frações dos quilomícrons e VLDL presentes do plasma sanguíneo. Abrange o método
Enzimático-Colorimétrico, com fator clareante de lípides (FCL), e determinação
quantitativa. O glicerol dos triglicerídeos é liberado da molécula, através da ação das
enzimas lípase e esterase, o indicador é a quinoneimina.
Valores normais: até 150 mg/dL.
Valores elevados chamados de hiperlipemia, ocorrem em: diabetes mellitus,
doença arterial coronária, hipotireoidismo.
Há diminuição pela interferência bacteriana, estrógenos, álcool, sacarose,
tabagismo.

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LIPOPROTEÍNA DE BAIXA DENSIDADE (LDL)
As lipoproteínas de baixa densidade são formadas na circulação a partir das
VLDL, e da degradação das quilomícrons.
É um método Enzimático-Colorimétrico direto, e determinação quantitativa
direta.
Valores até 100 mg/dL são considerados normais. O aumento de LDL, é
encontrado em: diabetes mellitus, hipotireoidismo, hepatopatias.

LIPOPROTEÍNA DE ALTA DENSIDADE (HDL)


As lipoproteínas de alta densidade atuam no retorno do colesterol dos tecidos
periféricos para o fígado, onde é removido na forma de ácidos biliares. É um método
Enzimático-Colorimétrico, e determinação quantitativa.
As lipoproteínas de baixa densidade (VLDL e LDL) são precipitadas pela mistura
fosfotúngstato-magnésio, permanecendo em solução a lipoproteína de alta densidade.
Valores considerados bons de HDL é maior que 45 mg/dL.
Valores elevados podem ser causados por: alcoolismo, cirrose biliar, hepatite
crônica. Já valores reduzidos podem ser causados por: arteriosclerose, colestase,
coronariopatia.

ALBUMINA
É uma proteína de transporte e contribui para pressão osmótica coloidal do
plasma; transporte e armazenamento de compostos no sangue.
Abrange o método colorimétrico – Verde de Bromocresol, e determinação
quantitativa. O corante verde de Bromocresol, liga-se firmemente à albumina em pH
ácido.
Valores normais varia de 3,5 a 5,5 mg/dL.
A diminuição, chamando de hipoalbuminenia, ocorre em: hepatopatias, traumas,
má-nutrição, síndrome nefrótica. Valores aumentados chamando de hiperalbuminemia,
e são raros, mas podem ocorrer em desidratação ou choque.
Não utilizar amostras hemolisadas, por ser um interferente que pode elevar o seu
valor.

PROTEÍNAS TOTAIS
Compostos com mais de duas ligações peptídicas reagem com íons cúpricos em
meio alcalino, formando um complexo de coloração violeta, pela reação de Biureto.

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A dosagem isolada da proteína total tem pouco significado clínico. Mas deve
evitar amostras com hemólises.
Valores normais variam entre 6,5 e 8 g/dL.
A hiperproteinemia é causada por: desidratação, choques traumáticos e
operatórios. Já a hipoproteinemia é causada por: estados edematosos, afeções renais,
desnutrição.

URÉIA
Tem formação no fígado, como resultado da digestão de proteínas na
alimentação.
Abrange o método Enzimático-Colorimétrico, e determinação quantitativa. A
uréase hidrolisa a uréia sérica em amônia e dióxido de carbono. A amônia liberada é
convertida em corante indofenol (azul) pelo tratamento com fenol e hipoclorito de sódio
em solução alcalina contendo catalizador, o nitrocianeto de sódio.
Valores normais varia de 20 a 42 mg/dL.
Valores elevados, encontrado em problemas renais, ingestão aumentada de
proteínas, pneumonias, diabéticos. Já valores reduzidos são encontrados em:
insuficiência renal e hepática grave.

MICROBIOLOGIA
Microrganismo é o nome dado a todos os organismos compostos por uma única
célula e que não podem ser vistos a olho nu, sendo visíveis apenas com o auxílio de um
microscópio. A área que estuda esses pequenos organismos é chamada de
microbiologia, muitas vezes associado à transmissão de doenças. No entanto, nem
todos os microrganismos são patogênicos, existem aqueles que são benéficos à saúde
humana.
Na preparação dos meios de cultura e na manutenção das culturas de
microrganismos é importante observar as condições necessárias de assepsia, de modo
que se evitem contaminações com outros microrganismos.
Os meios de cultura dividem -se primeiramente em meios sólidos, aqueles que
contêm ágar, e meios líquidos, sem ágar. Ambos os meios são preparados com água
destilada, aquecidos até que se dissolvam completamente e posteriormente
esterilizados por autoclavagem a 121º C.
Nos meios sólidos o crescimento para por exaustão de nutrientes, devendo
realizar-se a transferência de colônias para novo meio. No entanto estes meios
permitem a individualização das colónias. Os meios líquidos permitem melhor difusão
de metabólitos, mas não o isolamento de colónias. O crescimento de bactérias, em um

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meio líquido, identifica -se por turvação do meio, formação de uma película na sua
superfície, ou aparecimento de sedimento, enquanto num meio sólido por aparecimento
de colónias, essa característica é conveniente para isolamento de colônias de bactérias.
As colônias de diferentes espécies de bactérias diferem no tamanho, forma, textura e
cor.
A coloração de Gram é um método de coloração de bactérias desenvolvido pelo
médico dinamarquês Hans Christian Joachim Gram, em 1884, e que consiste no
tratamento sucessivo de um esfregaço bacteriano, fixado pelo calor, com o reagente
cristal violeta, lugol, álcool-acetona e fucsina. Essa técnica permite a separação de
amostras bacterianas em Gram-positivas (roxas) e Gram-negativas (vermelhas) e a
determinação da morfologia e do tamanho das amostras analisadas.

IMUNOLOGIA
Há obviamente muitos tipos diferentes de doenças causadas for vários agentes
infecciosos. Ao longo da história, desenvolveu-se uma metodologia para combater
muitas doenças indiretamente, ou seja, "preparar" o sistema imune de um indivíduo para
melhor lutar contra um ser vivo ou produto específico antes que o indivíduo se exponha
a mesmo de forma perigosa e ameaçadora.
As células do sistema imune são denominadas leucócitos (leukos=branco), pois
são células brancas do sangue. O número de leucócitos por milímetro de sangue no
adulto normal é de 5.000 a 10.000. Ao nascimento, o sangue da criança contém 20.000
leucócitos/mm³ de sangue e vai decrescendo com a vida e aos 12 anos atinge a faixa
do adulto. Isso ocorre porque a criança ainda não tem as barreiras naturais do
organismo completamente desenvolvidas, tendo mais facilidades de contrair infecções
de diversas naturezas. Por essa razão é necessário que haja uma população de
leucócitos maior para a proteção da criança.
Denomina-se leucocitose o fenômeno em que o número destas células sobe
acima de 10.000/mm³ de sangue e leucopenia quando desce abaixo de 2.000/mm³ de
sangue. Na leucemia (câncer de leucócitos) encontramos mais de 100 mil
leucócitos/mm³ de sangue. As células derivadas exclusivamente da medula, são
nomeadas de acordo com a sua coloração pelo corante universal hematoxilina-eosina.
São eles os leucócitos granulócitos: neutrófilos; eosinófilos e basófilos. A hematoxilina
é um corante básico e a eosina um corante ácido. Os leucócitos eosinófilos tem
afinidade pela eosina, ou seja, tem afinidade por corante ácido (também chamado de
leucócito acidófilo) e o basófilo tem afinidade pela hematoxilina, que é um corante
básico, então chamado basófilo.

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Os linfócitos são divididos em linfócitos T, linfócitos B e linfócitos NK, sendo o LT
responsável principalmente pelo auxílio ao sistema imune e resposta imune celular, o
linfócito B responsável pela resposta imune humoral (com detalhes do capítulo 5) e os
linfócitos NK pela resposta imune inespecífica. Os LT e os LB produzem resposta imune
específica, pois ambos são estimulados a partir de epítopos de antígeno específico.
Neste caso formarão populações monoclonais específicas para atacar o antígeno em
questão.
Temos ainda as células do sistema monocítico fagocitário (SMF) antigamente
conhecido por sistema retículo-endotelial. Estas células são especialistas em fagocitose
e apresentação de antígeno ao exército do sistema imune. São elas: macrófagos
alveolares, micróglia, células de Kuppfer, células dendríticas, células de Langehans e
macrófagos em geral.
Imunização passiva: É possível tratar uma pessoa ou animal com preparações
de anticorpos purificados, os quais são específicos para um organismo particular ou
toxina produzida por ele. Nestas condições, o indivíduo receberá esses anticorpos
intravenosamente como uma defesa primária contra o patógeno/toxina, e irá dessa
forma receber uma proteção passiva. Obviamente o feto (e todas as linhagens
mamíferas) irá receber também um similar, mas naturalmente, ocorrendo desta forma
uma imunização passiva através da transferência materno-fetal de anticorpos IgG pela
placenta os quais a mãe está produzindo, e anticorpos IgA pelo leite materno.
Imunização passiva intencional por injeção (usualmente anticorpos de classe IgG) será
dado somente se houver uma clara evidência de exposição a uma organismo
significativamente perigoso, e se houver uma evidência adicional em circunstâncias
apropriadas em que o indivíduo claramente não recebeu vacina no tempo padrão correto
(pertussis, tétano, difteria por exemplo). Estão disponíveis as seguintes preparações de
imunoglobulina purificada:
• IgG anti-botulium de cavalo (equinos) - Isolada a partir de cavalos imunizados
contra exotoxina do Clostridium botulium. Dado às pessoas com suspeita de exposição
a toxina botulínica - toxina causa paralisia flácida devido a interferência com a liberação
da acetilcolina, conduzindo a uma parada respiratória, falha muscular ao impulso
nervoso, podendo ser fatal (botulismo).

• IgG anti-difteria de cavalo - Isolada a partir de cavalos imunizados contra


exotoxina do Corynebacterium diphteriae. Dado a pessoas com suspeita de exposição
a toxina diftérica - toxina é uma enzima que é uma inibidora da síntese proteica, causa
um disfuncional prolongamento do fator 2, podendo ser fatal.

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• IgG antitetânica de cavalo - Isolada a partir de cavalos imunizados contra
exotoxina do Clostriduim tetanii. Dado a pessoas com suspeita de exposição ao tétano,
cuja vacinação contra essa toxina está ou desatualizada (passou do tempo) ou ausente.
A toxina causa uma paralisia espástica pela inibição do impulso que inibia a contração
muscular (céls de Renshaw na medula espinal), levando a uma parada cardíaca ou
respiratória, podendo ser fatal.

• IgG anti-veneno de cobra, de cavalo - Isolada a partir de cavalos imunizados


contra várias cobras venenosas. Dado a pessoas que foram mordidas por cobras
venenosas. Todas essas imunizações acima se realizadas mais de uma vez podem
eventualmente conduzir a uma resposta imune contra a própria IgG do cavalo, o qual
pode subsequentemente levar a uma ausência de resposta efetiva protetora ao
indivíduo, assim como também causar uma perigosa reação de hipersensibilidade tipo
III (vinculado a imunocomplexos e ativando complemento).
• IgG anti-rábica humana - Isolada a partir de indivíduos imunizados contra o
vírus da raiva. A imunização é realizada em animais e homens. Uma vez que o vírus
cresce em células humanas, e uma vez que a fonte de anticorpos é humana, indivíduos
com risco de infecção com o vírus da raiva não necessita de se preocupar em receber
uma "IgG estranha".
• Anti-hepatite A/B humana - IgG isolada de indivíduos que adquiriram um
infecção com vírus da hepatite.
Enquanto o uso de IgG humanas elimina a possibilidade de reações contra os
anticorpos no receptor, o receptor está inserido em um nível de risco por exposição a
substâncias do sangue humano - como certos vírus como o HIV, ou prions como na
doença de Creutzfeldt-Jakob ou da "Vaca Louca", que podem ser transmitidos. Essas
preparações assim como os doadores, são muito cuidadosamente investigadas para
prevenir tal eventualidade.
Imunização Ativa (Vacinas): Vacinas podem ser preparadas de vírus ou
bactérias inativadas como organismos inteiros ou seus produtos, ou organismos inteiros
vivos, mas atenuados. Após receber a vacina, o indivíduo irá esperançosamente
desenvolver uma resposta secundária humoral ou celular, o qual obviamente envolve
desenvolvimento de céls B ou T de memória, produção de IgG ou IgA, e uma rápida e
ligeira resposta contra o patógeno poderá ocorrer mais tarde.
Em alguns casos, uma resposta imune humoral versus celular pode ser
preferida, ou mesmo dentro de uma resposta humoral, a produção de IgA pode ser
preferida a uma anticorpo IgG (se o patógeno especificamente infecta o epitélio da
mucosa associada com a devida região do corpo, como intestino, aparelho respiratório,

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urogenital por exemplo). Imunização ativa é mais duradoura que a humoral. Pode ser
adquirida naturalmente, em consequência de uma infecção com ou sem manifestação
clínica, ou artificialmente, mediante a inoculação de frações ou produtos do agente
infeccioso, do próprio agente, morto ou atenuado.
A imunidade ativa depende da imunidade celular, que é conferida pela
sensibilidade de linfócitos T, e da imunidade humoral, que se baseia na resposta aos
linfócitos B. O mecanismo de imunidade adquirida através da vacinação é semelhante
àquele utilizado pelo organismo para lutar contra as infecções virais ou bacterianas. O
antígeno, ao entrar no organismo, estimula uma resposta imune, a qual pode ser de
natureza humoral, celular ou de ambas. O processo de imunização ocorre após a
administração de uma vacina. Podem ocorrer dois tipos de resposta: primárias e
secundárias.

Resposta primária: Observam-se depois da vacinação três períodos distintos,


que são: de latência, de crescimento e de diminuição.
Período de latência: é o período entre a injeção da vacina e o aparecimento
dos anticorpos séricos. Varia de acordo com o desenvolvimento de sistema imunitário
da pessoa, da natureza e da forma da vacina (antígeno) utilizada.
Período de crescimento: é o período em que ocorre o aumento da taxa de
anticorpos, que cresce de modo exponencial, atingindo o seu máximo no tempo mais
variado. Varia de quatro dias a quatro semanas. Exemplificando: este período é de
aproximadamente três semanas para os toxóides tetânico e diftérico. A produção dos
anticorpos IgM precede à dos anticorpos IgG.
Período de diminuição: é o período em que, depois de atingir a concentração
máxima, a taxa de anticorpos tende a cair rápida e depois lentamente. Este período é
longo e depende da taxa de síntese dos anticorpos e de sua degradação, bem como da
qualidade e quantidade do antígeno. Os IgA e os IgM diminuem mais rapidamente do
que os IgG.
Resposta secundária: Observa-se ao introduzir uma segunda ou mais doses
posteriores. Para produzir anticorpos são necessários alguns dias. O gráfico abaixo
mostra que a primeira dose provoca uma resposta mínima de anticorpos e que a
segunda e a terceira doses produzem resposta secundárias, com o surgimento rápido
de grandes quantidade de anticorpos.

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CLASSES DE IMUNOGLOBULINAS:
IgM - Perfaz aproximadamente 10% do conjunto de imunoglobulinas. Sua
estrutura é pentamérica, a IgM é encontrada principalmente no intravascular, sendo uma
classe de anticorpos "precoces" (são produzidas agudamente nas fases agudas iniciais
das doenças que desencadeiam resposta humoral). É uma proteína que não atravessa
a placenta (por ser grande). É encontrada também na superfície dos linfócitos B de
forma monomérica, realizando a função de receptor de antígenos.
IgA - Representa 15-20% da imunoglobulinas do soro humano. No homem, mais
de 80% da IgA ocorre sob a forma monomérica e está presente sangue nesta forma. A
IgA é a imunoglobulina predominante em secreções: saliva, lágrima, leite, mucosas do
trato gastrointestinal, trato respiratório e geniturinário. O principal papel da IgA é
proteger o organismo de invasão viral ou bacteriana através das mucosa.
IgG - É uma imunoglobulina monomérica simples, que perfaz 80% das
imunoglobulinas do organismo. Esta igualmente distribuída nos compartimentos
extracelulares e é a única que é normalmente atravessa a placenta. É o anticorpo
principal nas resposta imunes secundárias e a única classe antitoxinas.
IgE - Está presente no soro em baixas concentrações. É encontrada na
membrana de superfície de basófilos e mastócitos em todos os indivíduos. Tem um
papel importante na imunidade ativa contra parasitas helmintos, atraindo os eosinófilos.
Cinquenta porcento dos pacientes com doenças alérgicas tem altos níveis de IgE. A
específica interação entre o antígeno e a IgE ligada no mastócito resulta em liberação
de histamina, leucotrienos, proteases, fatores quimiotáxicos e citocinas. Esses
mediadores podem produzir broncoespasmo, vasodilatação, aumento da
permeabilidade vascular, contração de músculo liso e quimioatração de outras células
inflamatórias (eosinófilos p. exemplo).
IgD - IgD está presente no soro em concentrações muito baixas. É encontrada
na superfície de muitos linfócitos
Testes rápidos: Utilizado para detectar anticorpos de algumas doenças como:
Dengue, COVID-19, Sífilis, HIV, Zika, Influenza.
VLDR: O método é usado para identificar pacientes portadores da sífilis, onde o
resultado se baseia na quantidade de diluições em que o anticorpo foi identificado.
TTPA: Avalia a via intrínseca da coagulação que envolve vários fatores de
coagulação (protrombina e fibrinogênio). A técnica é realizada através da adição de 50
microlitros de TTPA reagente e 50 microlitros de plasma da amostra em um tubo, esse
tubo deve ser homogeneizado e levado para o banho-maria em 4 minutos e após esse
tempo, é preciso colocar 50 microlitros de cloreto de cálcio e leva em banho-maria

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(tirando e colocando) até formar a gelatina. O resultado é o tempo, e o tempo de
formação dessa gelatina é de 30 a 40 segundos.
TP CLOT: Realizado da mesma maneira que o TTPA, mas o tempo de
incubação no banho-maria é de 3 minutos, a quantidade de produto é 100 microlitros e
o resultado deve variar de 15 a 20 segundos.
Imuno-LÁTEX ASLO: Kit para pesquisa de antiestreptolisina O em amostras de
soro, usando-se partículas de látex revestidas com estreptolisina O por aglutinação
indireta, onde é utilizado um cartão teste para a detecção de antiestreptolisina O que é
produzida por quase todas as cepas de Streptococcus pyogenes.
Procedimento Imuno-LÁTEX ASLO: 1. Pipetar 25 µl do soro do paciente numa
área do cartão-teste. 2. Homogeneizar a suspensão de látex (1) e pipetar 25 µl na
mesma área da amostra. 3. Misturar muito bem o soro com o látex, espalhando-se
cuidadosamente com uma vareta plástica. 4. Através de movimentos suaves de rotação,
sob uma boa fonte de luz, observar durante 2 minutos a formação de uma eventual
aglutinação.
Imuno-LÁTEX PCR: A Proteína C Reativa (PCR) juntamente com a velocidade
de hemossedimentação (VHS) e as mucoproteínas fazem parte das chamadas “reações
de fase aguda”, que quando alteradas caracterizam atividades inflamatórias
inespecíficas, auxiliando o diagnóstico e o controle evolutivo da inflamação. A PCR
aparece muito precocemente no soro de pacientes afetados por uma variedade de
processos inflamatórios e necrose de tecidos, tais como infecções bacterianas, doença
reumática aguda, infarto de miocárdio, certas doenças virais, tuberculose pulmonar
ativa, artrite reumatoide e neoplasia maligna.
O teste é realizado com 25 microlitros do soro do paciente no cartão-teste, e é
adicionado a suspenção de látex, soro de controle positivo e negativo. O resultado
positivo se baseia na aglutinação na área onde a diluição foi realizada, e o resultado
negativo se baseia na não aglutinação da amostra no cartão-teste.

COLETA
Uma boa coleta significa: rapidez, eficiência, qualidade de atendimento e menor
sofrimento ao paciente, por isso o responsável tem que ser capaz de resolver qualquer
problema que eventualmente poderá encontrar no seu dia a dia. O conhecimento teórico
das técnicas de coleta de sangue pode ser obtido em cursos teórico-científico. Porém,
os conhecimentos práticos sobre coleta e as reações que poderão ocorrer durante este
procedimento são adquiridos, geralmente, através de experiências pessoais ou de
informações prestadas por outros profissionais.

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A coleta da amostra é parte fundamental na determinação de uma variável
analítica, pois, sendo o único contato entre o paciente e o laboratório, a não observância
da correta preparação deste paciente, conduzirá a erros significativos.
O controle de qualidade no laboratório clínico tem seu início antes da coleta da
amostra. A exatidão da análise começa a ser obtida através da obtenção adequada da
amostra, da utilização de material apropriado e do respeito às variáveis pertinentes à
coleta. Uma vez que a amostra é obtida e enviada ao laboratório os erros podem
originar-se durante o período anterior à análise.
A maior parte das análises é realizada no soro pois pressupõe-se que a
distribuição entre fração celular e extracelular da maioria dos componentes é
aproximadamente a mesma. Isto geralmente é válido e, quando tal não acontece, deve-
se verificar os efeitos da hemólise sobre a concentração. Para a determinação de
algumas substâncias, torna-se necessário inibir a coagulação do sangue através do uso
de anticoagulantes, obtendo-se assim o plasma. Outras vezes, para a obtenção de
resultados precisos deve-se utilizar conservantes, agindo de maneira eficiente no
mecanismo de coagulação.

MATERIAIS UTILIZADOS:
 Algodão
 Álcool a 70%
 Tubos para coleta
 Garrote
 Estante
 Agulha verde calibre
 Descarte
25x8

PROCEDIMENTO DE COLETA:

Para a realização da coleta chamou-se o paciente pelo nome completo e o


colocou sentado na cadeira.
Preparou-se todo o material de coleta na frente do paciente e mostrou que a
agulha era descartável.
Usou-se uma agulha verde de calibre 25x8. Quebrou-se o lacre da agulha e
enroscou no adaptador do sistema a vácuo.
Em seguida pediu-se ao paciente que se deixa o braço bem estendido
garroteando próximo ao local escolhido.

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Selecionou-se a melhor veia. Fez-se assepsia do local a ser puncionado com
álcool a 70%. Após ter escolhido a veia a ser puncionada, não se tocou mais no local.
Retirou-se o protetor da agulha.
Para puncionar a veia, esticou-se a pele do braço com o polegar e facilitou-se a
penetração da agulha. Com o bisel voltado para cima e tubo de coleta dentro do
adaptador puncionou-se o local escolhido.
Soltou-se o torniquete assim que o sangue começou a entrar no tubo, e em
seguida retirou-se o tubo.
Retirou-se a agulha do braço do paciente com o auxílio de uma mecha de
algodão seco e fez-se uma leve pressão por alguns minutos.
Finalizou-se a coleta pedindo ao paciente que mantenha o braço em posição
horizontal sem dobrá-lo e em seguida identificou-se o tubo colocando o nome de cada
paciente.

COMPOSIÇÃO DA AMOSTRA:

 Amostra de sangue = fase sólida + plasma


 Plasma = soro + fibrinogênio
 Soro = plasma – fibrinogênio
Dependendo da análise desejada, o exame poderá ser realizado no sangue total
hemograma, pesquisa de parasitas no sangue e outros), no plasma (glicose, estudos de
coagulação, bioquímicos e sorológicos), no soro (bioquímicos e sorológicos).
Quando se pretende realizar análise no soro, este deve ser colhido em tubo de
ensaio vazio, isto é, sem anticoagulante, para que ocorra o processo de coagulação.
Quando for necessário plasma para análise, a amostra deverá ser colhida em
tubo de ensaio contendo anticoagulante específico. Neste caso não ocorre a
coagulação, pois o anticoagulante irá inibir um dos fatores de coagulação (geralmente
cálcio) impedindo assim a formação do coágulo.

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