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LÍQUIDO PLEURAL

O que é

A pleura é uma membrana fina e transparente composta por duas camadas que reveste os pulmões e o
interior da parede torácica. A camada da membrana que reveste os pulmões fica em contato direto com a
camada que reveste a parede torácica. Entre as duas camadas finas e flexíveis há uma pequena
quantidade de líquido (líquido pleural) que as lubrifica e permite um deslizamento suave de uma sobre a
outra a cada movimento respiratório. Em indivíduos saudáveis, há cerca de 10 a 20 mililitros de líquido
pleural que é uniformemente distribuído pela pleura e é continuamente reabastecido com o sangue nos
minúsculos vasos sanguíneos (capilares) dos pulmões.

O que tem no líquido pleural?

De acordo com a composição química, ele pode ser classificado em: Transudato ou aquoso, quando não
há lesão no espaço pleural nem sinal de células inflamatórias. É mais líquido e transparente; Exsudato
ou rico em proteínas, causado pelo aumento da permeabilidade dos vasos e com presença de células
em decomposição.

Para que serve

Normalmente, o espaço pleural contém uma quantidade muito pequena desse líquido, que serve para
lubrificar a região e facilitar o deslizamento do pulmão dentro da caixa torácica durante a respiração.

Como é feito a coleta

https://cirurgiatoracicadovale.com.br/toracocentese
A toracocentese é a remoção do líquido pleural da cavidade pleural com uma agulha e seringa. O
indivíduo é posicionado sentado, com os braços levantados e apoiados. É aplicado anestésico local, o
médico insere a agulha dentro da cavidade pleural e a amostra é retirada.

Cuidados com a coleta

Amostra coletada através de procedimento médico, por meio da punção com agulha fina no espaço
pleural (toracocentese). Realizar a coleta utilizando material e meio de coleta adequados. O transporte,
preservação e acondicionamento do material deverá ser em frasco estéril.

Armazenamento

Como a amostra também deve ser colhida em tubo com anticoagulante, sugere-se o envio de quatro a
cinco tubos de líquido pleural. Se o exame citológico não puder ser realizado logo após a coleta, a
amostra deve ser mantida em refrigerador, sendo viável para análise por um período aproximado de 48
horas.

Exames

Uma variedade de estados clínicos e doenças podem provocar inflamação das pleuras (pleurite) e/ou
acúmulo excessivo de líquido pleural (derrame pleural). O teste do líquido pleural avalia este líquido para
determinar a causa de seu aumento de fluido.

O teste do líquido pleural é usado para ajudar a diagnosticar a causa do acúmulo de líquido na cavidade
torácica (derrame pleural). Um conjunto inicial de testes geralmente inclui:

Proteína fluida, albumina ou nível de LD

Contagem de células

Aparência fluida

Os resultados são comparados aos resultados de uma amostra de sangue para determinar se o fluido é
um transudato ou um exsudato.

Transudato - é mais frequentemente causado por insuficiência cardíaca congestiva ou cirrose. Se for
determinado que o fluido é um transudato, geralmente não são necessários mais testes do fluido.

Exsudato - testes adicionais são frequentemente solicitados para diagnosticar a causa e podem incluir:

Testes para medir os níveis de glicose, lactato, amilase e triglicerídeos no líquido pleural e testes para
marcadores tumorais como o CEA podem ser feitos, embora a utilidade desses testes não seja clara.

Exame microscópico - um profissional de laboratório coloca uma amostra do seu fluido em uma lâmina e
a examina usando um microscópio, contando todos os glóbulos brancos (leucócitos) e glóbulos
vermelhos (hemácias) e procurando por bactérias ou fungos.
Citologia - um profissional de laboratório pode usar uma centrífuga especial (citocentrífuga) para
concentrar as células do seu fluido em uma lâmina. A lâmina é tratada com uma coloração especial e
avaliada para células anormais, como células malignas (células cancerosas).

Coloração de Gram - usada para procurar bactérias ou fungos usando um microscópio; não deve haver
organismos presentes em seu líquido pleural.

Cultura bacteriana e teste de sensibilidade - usado para identificar qualquer bactéria que possa estar
presente em seu líquido pleural e para orientar a terapia antimicrobiana

Testes de fungos - podem incluir cultura de fungos e testes de suscetibilidade

Adenosina desaminase - pode ajudar a detectar tuberculose (TB)

Menos comumente, os testes podem ser usados para identificar infecções causadas por vírus,
micobactérias (teste de AFB) e parasitas.

Doenças

Dentre as causas mais comuns de derrame pleural estão a tuberculose, o câncer e a pneumonia. O
derrame pleural é a presença excessiva de líquido no espaço pleural (entre o pulmão e as costelas).

Em circunstâncias anormais, ar ou líquido em excesso podem se acumular entre as superfícies pleurais,


aumentando o espaço pleural. Se houver acúmulo do excesso de líquido (chamado derrame pleural) ou
ar (chamado pneumotórax), um ou ambos os pulmões podem não conseguir se expandir normalmente
com a respiração, resultando em colapso do tecido pulmonar.

O mediastino (cavidade torácica) refere-se a uma área limitada pelo esterno na parte anterior, pela
coluna vertebral na parte posterior, pelo pescoço na parte superior e pelo diafragma na parte inferior. O
mediastino contém o coração, o timo, alguns linfonodos e partes da traqueia, esôfago, aorta, glândula
tireoide e glândula paratireoide. Ele não inclui os pulmões. O mediastino se divide em três partes:

Frontal (anterior)

Média

Traseira (posterior)

Massas mediastinais, massas anormais como cistos e tumores, podem se formar no mediastino.
Mediastinite pode ocorrer quando o conteúdo do esôfago vaza para o mediastino, causando irritação e
infecção. Mediastinite também pode ocorrer após uma cirurgia torácica (como uma cirurgia que abre o
esterno, por exemplo, esternotomia mediana). Pneumomediastino ocorre quando ar entra no mediastino.
https://www.msdmanuals.com/pt-br/casa/dist%C3%BArbios-pulmonares-e-das-vias-respirat
%C3%B3rias/doen%C3%A7as-da-pleura-e-do-mediastino/vis%C3%A3o-geral-sobre-doen%C3%A7as-
da-pleura-e-do-mediastino

https://
cirurgiatoracicadovale.com.br/35n-derrame-pleural-entenda-o-quadro

Parâmetros bioquímicos

Um dos principais objetivos em estudos do líquido pleural é a determinação de parâmetros bioquímicos


que sejam por si sós capazes de determinar a etiologia dos derrames pleurais, em especial, auxiliar na
diferenciação entre tuberculose e câncer. Exame bioquímico (sem anticoagulante)
• lipídios, glicose, proteínas, enzimas, metais,

marcadores

• Transudatos

• Exudatos

Exames Bioquímicas: Vai ser cobrada apenas a albumina, abaixo de 0,5g/dL é transudato e acima disso
é exsudato. A glicose quanto menor o valor é exsudato pois há o consumo pelas bactérias. Na pleura é
feito o pedido de pH diferentemente do líquido peritoneal, assim no pleural se pede cor, aspecto,
densidade e pH, o pH não pode ser feito como na urina com a tira reagente, pois neste caso precisa de
mais precisão e especificidade nos processos patológicos. O normal na pleura é 7,6. Lactato elevado
indica infecção bacteriana, lipídeos e colesterol são utilizados para diferenciação de quiloso e
pseudoquiloso – quando for obstrução de linfa tem lipídeos e quando for processos infecciosos não há.

https://www.sanarmed.com/derrame-pleural-o-que-e-e-como-tratar-colunistas
Parâmetros microbiologicos

Cultura bacteriana

Cultura microbacteriana

Testes de sensibilidade aos antibióticos

Testes moleculares

Coloração de Gram

A análise microbiológica é uma parte crítica do diagnóstico de pericardite infecciosa. O tratamento


adequado depende da identificação precisa do microrganismo responsável pela infecção.

• Exame microbiológico (frasco estéril)

• pH (seringa heparinizada)

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