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Derrame Pleural
1. Definição
Derrame pleural é o acúmulo anormal de líquido no espaço pleural. Pode
ocorrer por aumento na formação de líquido ou por redução na sua absorção. É um
problema médico comum e com dezenas de etiologias, em decorrência de condições
sistêmicas, pleuro-pulmonares ou mesmo medicamentoso.
2. Epidemiologia
O Derrame pleural pode ocorrer como complicação secundária a alguma
patologia de base. Insuficiência cardíaca congestiva, neoplasias, pneumonia e embolia
pulmonar são as principais causas de derrame pleural em países desenvolvidos. Nos
países em desenvolvimento, principalmente o Brasil, a tuberculose é uma causa
importante de derrame pleural. Cerca de 20% dos derrames apresentam causa
indeterminada após a realização dos exames complementares. As enfermidades
pleurais afetam mais de 3 milhões de habitantes por ano, o que se traduz a 4-10% do
total das enfermidades respiratórias.
3. Fisiopatologia
O estopim do derrame pleural pode ocorrer em consequência a elevação da
pressão hidrostática nos capilares sanguíneos e/ou linfáticos, da permeabilidade capilar,
da pressão negativa no espaço pleural ou da diminuição da pressão oncótica das
proteínas plasmáticas. Ou seja, tem formação por desproporção na relação
formação/reabsorção do líquido pleural. Os transudatos ocorrem a partir do aumento
da pressão hidrostática ou diminuição da pressão oncótica. Já os exsudatos formam-se
devido a vazamento de líquido e proteínas ao longo de uma membrana capilar alterada
com aumento da permeabilidade.
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4. Etiologia
Principais Causas de derrame pleural
o Transudato: Falência ventricular esquerda, cirrose hepática, hipoalbuminemia,
hipotireoidismo, síndrome nefrótica, estenose mitral.
o Exsudato: malignidade, derrame parapneumônico, embolismo pulmonar, artrite
reumatoide, pancreatite, pós-IAM.
5. Clínica
A anamnese e o exame físico são fundamentais para a avaliação correta do
derrame pleural. Sendo verificado sinais e sintomas associados ao histórico de exposição
à fatores precipitastes ocupacionais e medicamentos relacionados a essa patologia.
Anamnese
O paciente com derrame pleural pode cursar com dor pleurítica em 75% dos
casos; Dispneia, tosse e febre. Além disso é importante verificar a história da utilização
de medicamentos progressos, tais quais amiodarona, metotrexate, fenitoína,
nitrofurantoína, beta-bloqueadores, dantrolene, bromocriptina, procarbazina,
metisergida.
Exame Físico
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6. Diagnóstico
Radiografia de tórax
Ultrassonografia torácica
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Toracocentese
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8. Tratamento
Derrame parapneumônico e empiema: Escolha do antibiótico ideal, na maioria
das vezes, é empírica e fundamentada em dados epidemiológicos. Recomenda-se seguir
as diretrizes brasileiras para pneumonia adquirida na comunidade em adultos
imunocompetentes. Pequenos derrames (<10 mm) geralmente se resolvem com
antibióticos. A toracocentese é indicada para derrames pequenos ou moderados
(menos da metade do hemitórax) e que apresentem Gram e culturas negativas e PH
menor ou igual a 7,2. A drenagem pleural é indicada em DP parapneumônico de grande
volume, Gram e cultura positivas, PH maior que 7,2, liquido pleural turvo ou
francamente purulento e em pacientes com evolução clinica inadequada com o uso
exclusivo de antibióticos. A toracoscopia é indicada quando a drenagem pleural foi
ineficaz. Após 7 dias de tratamento e sem melhora clínica ou radiológica é necessário
realizar tratamento cirúrgico.
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Protocolo para investigação de derrame pleural. Fonte: Dantas GC, Reis RC. Protocolo de abordagem de derrame pleural.
Rev Med UFC. 2018;58(2):67-74.
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Referências bibliográficas
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Ribeirão preto. Setembro, 2018.
2. Alvarez MM, Sandoval GP. Derrame Pleural. Guias Clinicas respiratório. Madrid,
2017.
3. Dantas GC, Reis RC. Protocolo de abordagem de derrame pleural. Rev Med UFC.
2018;58(2):67-74.
4. Santos PEA, Freitas SE. Derrame pleural de origem infecciosa. Faculdade de medicina
de coimbra, 2011.
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