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Aula 10:

Estudo Clínico
e Laboratorial
do Líquido
Pleural
Profa. Thiara Manuele
ANATOMIA PULMONAR
LÍQUIDO PLEURAL
•Entre as pleuras
existe um espaço
denominado de
CAVIDADE PLEURAL
o qual contém uma
película muito fina
de LÍQUIDO
PLEURAL.
Fonte: Google imagens.
ANATOMIA PULMONAR
LÍQUIDO PLEURAL
• O LÍQUIDO PLEURAL é lubrificante
para o movimento de inspiração e
expiração dos pulmões, é responsável
pelo deslizamento de um folheto
contra o outro devido às constantes
mudanças de volume do pulmão em
consequência dos movimentos do
sistema respiratório.
• É derivado do filtrado plasmático a
partir de capilares sanguíneos nos
pulmões.
• É encontrado em pequenas
quantidades entre as camadas
das pleuras.
Fonte: google imagens.
PATOLOGIAS QUE AFETAM A PLEURA E O
LÍQUIDO PLEURAL
• Uma variedade de condições e
doenças pode provocar
inflamação das pleuras
(pleurite) e/ou acúmulo
excessivo de líquido pleural
(derrame pleural).
• A análise do líquido pleural é
um grupo de exames que
avaliam esse líquido para
determinar a causa de seu
aumento.
Fonte: Google imagens.
DERRAME PLEURAL
• O derrames pleural
é definido como o
acúmulo de líquido
dentro do espaço
pleural.
• Possui múltiplas
causas e
normalmente, são
classificados como
transudatos ou
exsudatos.
Fonte: Google imagens.
DERRAME PLEURAL
DERRAMES TRANSUDATIVOS:
Aquoso, claro e transparente,
sem células, com baixa
concentração de proteínas.

CAUSAS: Insuficiência cardíaca,


Cirrose, Síndrome nefrótica,
Insuficiência renal avançada.
Hipotireoidismo descompensa
do.
Fonte: Google imagens.
DERRAME PLEURAL
• DERRAMES EXSUDATIVOS: rico em
proteínas e células inflamatórias, tem
aparência mais viscosa e opaca, por
vezes, com sinais de sangue misturado,
podendo no casos de infecções se
apresentar tipicamente como uma
coleção de pus. Normalmente ocorre por
inflamação da pleura.
CAUSAS: pneumonia, infecções virais,
tuberculose, cânceres com metástases para
a pleura, linfoma, embolia pulmonar,
Lúpus, artrite reumatoide, radioterapia.

Fonte: Google imagens.


DERRAME PLEURAL
• HEMOTÓRAX: líquido sanguinolento
(hematócrito do líquido pleural > 50% do
hematócrito periférico) na cavidade
pleural
• CAUSA: trauma, coagulopatia, ruptura de
grande vaso sanguíneo, como aorta ou
artéria pulmonar.

• EMPIEMA: pus no espaço pleural.


• CAUSA: complicação da pneumonia,
toracotomia, abscessos (pulmonar,
hepático ou subdiafragmático).
Fonte: Google imagens.
DERRAME PLEURAL
DERRAME QUILOSO (QUILOTÓRAX):
Acúmulo de linfa entre as pleuras. A linfa
costuma se acumular nesta região por
uma lesão nos vasos linfáticos do tórax.
Branco e leitoso, rico em triglicerídios ou
linfa.
CAUSA: traumatismo, tumor, infecção ou
devido a uma alteração congênita na
anatomia do recém nascido.
DERRAMES QUILIFORMES: (colesterol ou
pseudoquiloso): baixo teor de triglicerídios
e alto teor de colesterol.
Fonte: Google imagens.
DERRAME PLEURAL
PRESENÇA DE URINA NO ESPAÇO
PLEURAL (URINOTÓRAX)
• É incomum e pode se acumular se os
tubos que drenam a urina dos rins
(ureteres) estiverem obstruídos.
• A urina chega ao espaço pleural
passando pelos poros do diafragma
torácico devido a um gradiente de
pressão ou por meio da ligação entre os
vasos linfáticos das regiões
retroperitoneal e pleural.
Fonte: Google imagens.
DERRAME PLEURAL
COLETA DA AMOSTRA
PUNÇÃO PLEURAL (TORACOCENTESE)
• Retirada de líquido do espaço pleural, tanto
para diagnóstico da causa do acúmulo do
líquido quanto para alívio dos sintomas como
a falta de ar e tosse provocada por esse
líquido.
• O procedimento é realizado com o paciente
sentado. O ponto da punção é localizado por
exame físico ou com o auxílio do ultrassom.
• Após a identificação do ponto ideal de
punção, é feita anestesia local e o tórax é
puncionado com uma agulha específica.

Fonte: Google imagens.


Fonte: Google imagens.

ANÁLISE DO LÍQUIDO PLEURAL


EXAME FÍSICO
• A visualização de
cor e aspecto
deve ser
realizada antes e
após a
centrifugação da
amostra, pois
essas
características
auxiliam na
identificação da
etiologia do
derrame.

Fonte: Comar. Estud Biol. 2008 jan/dez;30(70/71/72):17-25


ANÁLISE DO LÍQUIDO PLEURAL
CONTAGEM GLOBAL DE CÉLULAS
• Acima de 1.000 células são encontrados nos exsudatos.
• VALORES DE PH INFERIORES A 7,2: empiema, artrite
reumatóide, derrame parapneumônico complicado,
REFERÊNCIA
tuberculose, malignidade, fístula esofago-pleural e
acidose sistêmica.
• CONTAGEM DE HEMÁCIAS ACIMA DE 100.000: • pH: 7,64
hemotórax, neoplasias e tromboembolismo.
• Hemacias: < 100.000 células/µL
• AUMENTO DE NEUTRÓFILOS: pneumonia, infarto
pulmonar e pancreatite. • Leucócitos: < 1.000 células/µL
• PREDOMINÂNCIA
transudatos.
DE POLIMORFONUCLEARES:
• Neutrófilos: < 50%
• AUMENTO DE LINFÓCITOS: inflamações crônicas como • Monócitos: < 50%
tuberculose, lúpus eritematoso sistêmico, linfoma,
uremia e artrite reumatóide. • Linfócitos: < 50%
• EOSINOFILIA: pneumotórax, traumas, derrames pós-
operatórios, infarto pulmonar, insuficiência cardíaca
• Eosinófilos: < 10%
congestiva, doenças parasitárias, infecções por fungos
e síndromes de hipersensibilidade. Fonte: Comar. Estud Biol. 2008 jan/dez;30(70/71/72):17-25
ANÁLISE DO LÍQUIDO PLEURAL
BIOQUÍMICA
AMILASE:
• NÍVEIS ELEVADOS DE AMILASE NOS LÍQUIDOS PLEURAL E ASCÍTICOS: pancreatite,
ruptura de esôfago, adenocarcinomas de pulmão e ovário derrames malignos.
• VALOR DE REFERÊNCIA : <230,0 U/L
GLICOSE:
• Referência: superior a 60,0 mg/dL
• Sua determinação deve ser feita em paralelo com a dosagem sérica.
• NÍVEIS DE GLICOSE ABAIXO DE 60 MG/DL OU 50% DOS VALORES SÉRICOS: derrame
parapneumônico, empiema, colagenoses, tuberculose pleural e derrames malignos,
doença reumatóide, doença neoplásica.

Fonte: Comar. Estud Biol. 2008 jan/dez;30(70/71/72):17-25


ANÁLISE DO LÍQUIDO PLEURAL
BIOQUÍMICA
TRIGLICERÍDEOS
• O diagnóstico de quilotórax é feito através da determinação dos
níveis de triglicerídeos no líquido pleural.
• CONCENTRAÇÃO DESTES FOR SUPERIOR A 110 MG/DL: quilotórax.
CREATININA
• Diagnóstico de URINOTÓRAX.
• O diagnóstico é fácil de fazer porque o líquido apresenta um odor
característico.
• A confirmação do diagnóstico é obtida pelo doseamento
simultâneo dos níveis de creatinina séricos e pleurais.
• Em todos os casos de urinotórax a concentração de creatinina no
líquido é superior à do soro.
Fonte: Comar. Estud Biol. 2008 jan/dez;30(70/71/72):17-25
ANÁLISE DO LÍQUIDO PLEURAL
BIOQUÍMICA
PROTEÍNAS
• Proteinas totais : < 3,0 g/dL
• Valores abaixo de 2,5g/dl: são indicativos de transudatos
(ex.: Cirrose, insuficiência cardíaca, síndrome nefrótica).
• Valores acima de 3 g/dl: são indicativos de exsudatos (ex.:
Neoplasias, infecções, pancreatite, colagenoses, embolia,
quilotórax).
• A razão líquido pleural/soro acima de 0,5 indica exsudato.
Fonte: Comar. Estud Biol. 2008 jan/dez;30(70/71/72):17-25
ANÁLISE DO LÍQUIDO PLEURAL
BIOQUÍMICA
DESIDROGENASE LÁTICA (LDH):

• O LDH, também chamado de


desidrogenase láctica ou lactato
desidrogenase, é uma enzima
presente dentro das células
responsável pelo metabolismo da
glicose no organismo.
• É um critério para diferenciação entre
exsudato e transudato.
Fonte: Google imagens.

Fonte: Comar. Estud Biol. 2008 jan/dez;30(70/71/72):17-25


ANÁLISE DO LÍQUIDO PLEURAL
BIOQUÍMICA
COLESTEROL:
• A dosagem do colesterol
no líquido pleural é útil na
diferenciação entre
transudatos e exsudatos.
• Níveis de colesterol
maiores de 45mg/dL
predizem exsudatos.
http://www.sopterj.com.br/wp-content/themes/_sopterj_redesign_2017/_revista/2007/n_01/02.pdf
Fonte: Comar. Estud Biol. 2008 jan/dez;30(70/71/72):17-25
ANÁLISE DO LÍQUIDO PLEURAL
BIOQUÍMICA
• BILIRRUBINA TOTAL: A dosagem da relação da bilirrubina do
líquido pela do soro foi parâmetro considerado promissor para o
diagnóstico de exsudatos quando o valor for superior 0,6.
• ADENOSINA DESAMINASE (ADA): pode ser usada para descartar a
etiologia tuberculosa em derrames cuja contagem diferencial de
leucócitos mostre um predomínio linfocítico, independentemente
da prevalência local de tuberculose. O nível de ada é tipicamente
maior do que 50 u/l em casos de tuberculose pleural.
• PROTEÍNA C-REATIVA: níveis elevados de PCR podem diferenciar
exsudatos.
Fonte: Comar. Estud Biol. 2008 jan/dez;30(70/71/72):17-25
ANÁLISE DO LÍQUIDO PLEURAL
BIOQUÍMICA
• MARCADORES TUMORAIS
• Antigénio Carcinoembrionário (CEA), CA-125, CA-15.3 e fragmentos da
citoqueratina 19 (CYFRA 21-1). Os níveis dos diferentes marcadores no
líquido pleural eram significativamente maiores em doentes com derrames
malignos ou provavelmente malignos.

https://core.ac.uk/download/pdf/19132547.pdf

Fonte: Comar. Estud Biol. 2008 jan/dez;30(70/71/72):17-25


ANÁLISE DO LÍQUIDO PLEURAL
BIOQUÍMICA
• MARCADORES IMUNOLÓGICOS

Cerca de 5% dos doentes com Artrite Reumatóide (AR) e 50% dos doentes com
Lúpus Eritematoso Sistémico (LES) desenvolvem derrames pleurais durante a
evolução da sua doença.
Elevação de Fator Reumatóide.

• ANTICORPOS ANTI-NUCLEARES
O doseamento dos anticorpos anti-nucleares (ANA) no líquido pleural pode ser
utilizado para o diagnóstico dos derrames pleurais graves.
Títulos elevados: anticorpos anti-ssDNA, anti-dsDNA, anti-Sm, anti-SSA e anti-SSB.
Fonte: Comar. Estud Biol. 2008 jan/dez;30(70/71/72):17-25
ANÁLISE DO LÍQUIDO PLEURAL
AMOSTRA

https://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1806-37132006000900007
Aula 11: Estudo
Clínico e
Laboratorial do
Líquido Sinovial
Profa. Thiara Manuele
MEMBRANA SINOVIAL
• A membrana sinovial cobre a superfície
interna da cavidade articular e seus recessos.
• Histologicamente, a membrana sinovial é
composta por duas camadas: um componente
superficial essencialmente celular e uma
camada subíntima profunda que contém
tecido fibroadiposo.
• Macroscopicamente, a superfície da
membrana sinovial é lisa, com algumas
vilosidades e dobras como franjas.
FUNÇÕES
1. Secreta líquido para lubrificar a superfície
articular;
2. Degrada material derivado da articulação;
3. Participa da regulação do transporte
hidroeletrolítico entre o sangue e o líquido
sinovial.
Fonte: Google imagens.
LÍQUIDO SINOVIAL
• Secretado pela Membrana Sinovial
por células semelhantes a
fibroblastos.
• Caracteriza-se por um líquido viscoso,
filtrado do plasma a partir da
membrana sinovial, onde as células
dessa membrana secretam um
mucopolissacarídeo, tendo em sua
composição ácido hialurônico e uma
pequena quantidade de proteínas de
alto peso molecular (como
fibrinogênio e globulinas).
Fonte: Google imagens.
LÍQUIDO SINOVIAL
COMPOSIÇÃO
• Mucina, albumina, gordura e sais
minerais.
• Elementos citológicos:
linfócitos, monócitos, neutrófilos,
células sinoviais, ragócitos,
lipófagos.
• Podem apresentar cristais
decorrentes de patologias como:
monourato de sódio (gota),
pirosfosfato de cálcio
(pseudogota), hidroxiapatita
(fosfato de cálcio), colesterol,
dentre outros componentes.
Fonte: Google imagens.
LÍQUIDO SINOVIAL
COMPOSIÇÃO
• A quantidade de fluído sinovial
nas articulações pode aumentar devido a
patologias autoimunes, lesões mecânicas,
químicas ou bacterianas.
• Essas patologias acabam alterando
a permeabilidade da membrana e
capilares sinoviais, provocando diversos
graus de resposta inflamatória.
• O líquido sinovial normal não coagula,
porém quando ocorre um processo
patológico pode conter alta quantidade
de fibrinogênio e fatores proteicos de
coagulação, podendo assim formar
pequenos coágulos.
• Ex: Sinovite, bursite, tenossinovite,
derrame articular e artrite reumatóide.
Fonte: Google imagens.
ARTROCENTESE
• É o procedimento médico realizado para a
coleta do líquido sinovial proveniente das
articulações.
Indicações
• Artrite sem diagnóstico;
• Artrite séptica;
• Artropatias induzidas por cristais;
• Artrocentese de alívio: Necessidade de
realização de uma drenagem de elevado
volume nas articulações;
• Suspeita de artrite infecciosa crônica;
• Necessidade de infiltração de medicamentos.
Fonte: Google imagens.
ARTROCENTESE

• Costuma-se colher três tubos: um


estéril e heparinizado para
microbiologia; um heparinizado para
hematologia e um não heparinizado
para os outros exames.

Fonte: Google imagens.


EXAME FÍSICO
ASPECTO
• Deve ser cristalino.
• Quando houver turbidez deve ser relatada por cruzes (+ a ++++); a
turbidez pode ser devida a cristais , que serão confirmados no exame
citológico, fibrina e hipercelularidade.
• Aspecto purulento, leitoso e pseudoquiloso são relacionados a
infecções bacterianas e outras desordens.

Fonte: Google imagens.


EXAME FÍSICO
VOLUME
• A quantidade de liquido contido nas articulações em geral é pequena.
• O joelho normalmente contém até 4 mL de líquido.
• O volume do aspirado geralmente é registrado no prontuário, porém
alguns laboratórios também podem incluir o volume em seus
relatórios.

Fonte: Google imagens.


EXAME FÍSICO
COR
• Normalmente é incolor.
• Processos danosos tendem a deixar o líquido sinovial opaco ou
amarelado.
• A coloração esverdeada é típico de Haemophilus influenzae.
• Quando está vermelho pode indicar traumas, fraturas, tumores, artrites,
hemofilia ou traumas de coleta.

Fonte: Google imagens.


EXAME FÍSICO
VISCOSIDADE
• O liquido sinovial é bastante viscoso devido à elevada concentração de
hialuronato polimerizado.
• Um teste do fio pode ser utilizado para avaliar o grau de viscosidade do
liquido sinovial.
• Após a remover a agulha ou vedação da seringa, o liquido sinovial é
gotejado em um tubo de ensaio.
• O liquido sinovial normal formará um “fio” de aproximadamente 5 cm
de comprimento antes de romper-se.
• Além disso o liquido pode aderir-se às paredes do tubo de ensaio, ao
invés de escorrer para o fundo.
• Liquidos sinoviais com baixa viscosidade formam fios mais curtos (<
3cm) ou escorrem da seringa pelas paredes do tubo de ensaio, como
água. A baixa viscosidade do liquido sinovial indica a presença de
processo inflamatório.
Fonte: Google imagens.
EXAME FÍSICO
COAGULAÇÃO
• A coagulação do liquido sinovial pode ocorrer quando há presença de
fibrinogênio.
• O fibrinogênio pode penetrar na cápsula sinovial quando ocorrem
danos na membrana sinovial ou como resultado de uma punção
traumática.
• A presença de coágulos na amostra interfere na realização de contagens
de células.

Fonte: Google imagens.


EXAME FÍSICO
COAGULO DE MUCINA
• O teste de coagulação de
mucina, também conhecido
como teste de Ropes, consiste
em uma estimativa da
integridade do complexo
proteína – ácido hialurônico
(mucina).
• O liquido sinovial normal
forma um coagulo firme e
viscoso após a adição de
ácido acético.
Fonte: Google imagens.
EXAMES BIOQUÍMICOS
PROTEÍNAS
• O liquido sinovial contém todas as
proteínas encontradas no plasma,
exceto algumas proteínas de alto peso
molecular.
• Estas proteínas de alto peso molecular
incluem fibrinogênio, beta 2
microglobulina e alfa 2 macroglobulina.
• A variação normal de proteínas do
liquido sinovial é de 1 a 3 g/dL.
Fonte: Google imagens.
EXAMES BIOQUÍMICOS
GLICOSE
• Os níveis de glicose do liquido sinovial devem ser
interpretados empregando-se os níveis de glicose
sérica.
• Deve ser utilizada uma amostra de jejum, ou de
pelo menos 6 a 8 horas pós – prandial.
• Normalmente, os níveis de glicose do liquido
sinovial são de 10 mg/dL inferiores aos níveis
séricos.
• Os distúrbios articulares classificados como
infecciosos revelam significativa redução de
glicose no liquido sinovial, podendo ser de 20 a
100 mg/dL inferiores aos níveis séricos.
Fonte: Google imagens.
EXAMES BIOQUÍMICOS
ÁCIDO ÚRICO
• O ácido úrico do liquido sinovial
normalmente varia de 6 a 8 mg/dL.
• A presença de ácido úrico do liquido
sinovial é útil para o diagnostico de
gota.
• Em geral, a identificação de cristais é
realizada nesta determinação.

Fonte: Google imagens.


EXAMES BIOQUÍMICOS
DESIDROGENASE LÁCTICA
• A desidrogenase láctica (LDH) pode
encontrar-se elevada no liquido sinovial
enquanto os níveis séricos permanecem
normais.
• Os níveis de LDH no liquido sinovial
geralmente se encontram elevados na AR,
na artrite infecciosa e na gota.
• Os neutrófilos, que se encontram elevados
durante a fase aguda desses distúrbios,
contribuem para este nível aumentado de
LDH.
Fonte: Google imagens.
EXAMES BIOQUÍMICOS
FATOR REUMATÓIDE
• O fator reumatóide (FR) é um anticorpo dirigido
contra imunoglobulinas.
• O FR encontra-se presente no soro da maioria
dos pacientes com AR, ao passo que somente
pouco mais da metade desses pacientes
apresentará FR no liquido sinovial.
• Entretanto, se o FR for produzido somente pelo
tecido articular, o FR do liquido sinovial pode ser
positivo, enquanto o FR sérico é negativo.
• Um falso - positivo para FR pode ser decorrente
de outras doenças inflamatórias crônicas.
Fonte: Google imagens.
EXAME MICROSCÓPICO
CONTAGEM DIFERENCIAL
• O líquido sinovial normal contem um pequeno número de linfócitos e
apenas poucos neutrófilos.
• A contagem de leucócitos normal varia de 0 a 150 células por microlitro.
• 7% de neutrófilos (+/- 11); 24% de linfócitos (+/- 36); 48% de monócitos
(+/- 72); 10% de macrófagos (+/- 15) e 4% de células de revestimento
sinovial (+/- 6).
• A presença de células de revestimento sinovial não tem importância
diagnóstica.

Fonte: Google imagens.


EXAME MICROSCÓPICO
CRISTAIS

• Muito comum para o


diagnóstico de Gota.
• Presença de cristais de
urato monossódico.
Estudo Clínico e
Laboratorial do Líquido
Pericárdico
Profa. Thiara Manuele
Líquido Pericárdico
• As membranas pericárdicas
produzem o líquido pericárdico,
que é um líquido que fica
alojado entre as membranas do
pericárdio.
• O líquido age como lubrificante
para o movimento do coração,
reduzindo a fricção conforme o
coração bombeia o sangue.
• O líquido pericárdico normal é
um ultrafiltrado de plasma que,
caracteristicamente, tem uma
concentração proteica baixa e
baixa densidade específica.
Fonte: Google imagens.
Líquido Pericárdico

• Existem vários problemas de


saúde e doenças que podem
causar uma inflamação do
pericárdio (PERICARDITE) e/ou
um acúmulo excessivo do
líquido pericárdico (DERRAME
PERICÁRDICO).

Fonte: Google imagens.


Líquido Pericárdico
• Os dois principais motivos que
causam um acúmulo de líquido
no espaço pericárdico são:
1. Um desequilíbrio entre a pressão
dentro dos vasos sanguíneos – que
causa a saída do líquido dos vasos
sanguíneos – e a quantidade de
proteína no sangue – que mantém o
líquido dentro vasos sanguíneos.
• Nesse caso, o líquido que se
acumula é denominado
TRANSUDATO.
• Na maioria das vezes, os
transudatos são causados por
insuficiência cardíaca
congestiva ou cirrose. Fonte: Google imagens.
Líquido Pericárdico
2. O líquido que se acumula
devido a uma lesão ou
inflamação do pericárdio é
denominado EXSUDATO.
Problemas de saúde como,
por exemplo, infecções,
doenças malignas (câncer
metastático, linfoma,
mesotelioma) ou doenças
autoimunes podem causar o
acúmulo de exsudato.
Fonte: Google imagens.
PERICARDIOCENTESE
• A pericardiocentese consiste na remoção
de líquido pericárdico do saco
pericárdico utilizando uma agulha
acoplada a uma seringa.
• É possível que um acesso intravenoso
(IV) seja puncionado e a pessoa receba
medicamentos antes da coleta da
amostra. A pessoa que está sendo
submetida ao exame fica deitada e o
médico aplica anestesia local no tórax.

Fonte: Google imagens.


Análise do Líquido Pericárdico
Características físicas
• O aspecto normal de uma amostra de líquido pericárdico
é cor de palha e límpido.
• A presença de resultados alterados pode fornecer
indícios sobre quais problemas de saúde ou doenças
estão presentes, e podem incluir:
• Aspecto leitoso: envolvimento do sistema linfático.
• Aspecto avermelhado: presença de sangue.
• Aspecto turvo e espesso: micro-organismos e/ou
glóbulos brancos.
Análise do Líquido Pericárdico
Exames bioquímicos
• Uma dosagem da glicose pode ser realizada além da
dosagem de proteína ou de albumina.
• Tradicionalmente, os valores de glicose em amostras de
líquido pericárdico são semelhantes aos valores de
glicose no sangue.
• Às vezes, esses são mais baixos no caso de infecção.
• Contagem diferencial de leucócitos: a determinação
das porcentagens dos vários tipos de leucócitos. Um
aumento no número de neutrófilos pode ser observado
no caso de infecções bacterianas.
Análise do Líquido Pericárdico
Valor de referência
Método Valor de referência
Aspecto Límpido
Contagem de
Inferior a 1000 /µL
leucócitos
COR Amarelo claro
Transudato: Inferior a 200 U/L
Exsudato..: Superior a 200 U/L
Desidrogenase
A distinção entre transudato/exsudato pode, preferencialmente, ser
lática
realizada pela relação lactato desidrogenase líquido pericárdico/soro.
Nos transudatos a relação geralmente é inferior ou igual a 0,6 e nos
exsudatos é superior a 0,6.
Análise do Líquido Pericárdico
Valor de referência
Eosinófilos Inferior a 10%
Glicose Superior a 60,0 mg/dL
Linfócitos Inferior a 50%
Monócitos Inferior a 50%
Neutrófilos Inferior a 50%
PH 7,35 a 7,45
Transudato: Inferior ou igual a 3,0 g/dL
Exsudato..: Superior a 3,0 g/dL

Proteínas totais A distinção entre transudato/exsudato pode, preferencialmente, ser


realizada pela relação de proteínas líquido pericárdico/soro. Nos
transudatos a relação é inferior ou igual a 0,5 e nos exsudatos é superior
a 0,5.
Análise do Líquido Pericárdico
Pesquisa de doenças infecciosas
• Cultura de bactérias e
antibiograma: um antibiograma
pode ser realizado para orientar a
antibioterapia, caso bactérias
estejam presentes.
• A ausência de micro-organismos
não descarta a presença de
infecção.
• É possível que o número de
bactérias seja baixo ou seu
crescimento tenha sido inibido
devido à administração de
antibioterapia prévia.
Fonte: Google imagens.
Análise do Líquido Pericárdico
Pesquisa de doenças infecciosas
• Adenosina deaminase:
valores significativamente
aumentados dessa enzima no
líquido pericárdico em uma
pessoa que apresenta
sintomas sugestivos de
tuberculose significa que ela
provavelmente está com uma
infecção por Mycobacterium
tuberculosis no pericárdio.
Fonte: Google imagens.
Análise do Líquido Pericárdico
Transudato X Exsudato
Transudato

• Características físicas: límpido


• Concentração de proteína ou de albumina: baixa
• Citometria: há poucas células presentes
Análise do Líquido Pericárdico
Transudato X Exsudato
Exsudato

• Características físicas: aspecto turvo


• Concentração de proteína ou de albumina: elevada
• Citometria: o número de células está aumentado
Estudo Clínico
e Laboratorial
do Líquido
Ascítico
Profa. Thiara Manuele
PERITÔNIO
• Apresenta dois
folhetos, que são o
parietal, que reveste a
cavidade abdominal e
o visceral que reveste
os órgãos.
• Entre esses folhetos,
existe uma cavidade
virtual denominada
CAVIDADE
PERITONEAL, por onde
circula o LÍQUIDO
PERITONEAL OU
ASCÉTICO. Fonte: Google imagens.

Estud Biol. 2010/2011 jan/dez;32/33(76-81):73-9


PERITÔNIO
• A cavidade peritoneal contém, em
condições normais, aproximadamente 50mL
de fluido, o qual se apresenta sob a forma
de um líquido transparente, amarelo claro,
estéril e viscoso e é produzido pelas células
da membrana como um ultrafiltrado do
plasma.
• Tanto a sua produção quanto sua
reabsorção é dependente de vários fatores,
como a permeabilidade dos capilares
peritoneais, as forças hidrostáticas no
sistema circulatório, a pressão oncótica do
plasma e a reabsorção linfática.
Fonte: Google imagens.

Estud Biol. 2010/2011 jan/dez;32/33(76-81):73-9


PERITÔNIO
• A principal função do líquido ascítico é a proteção
da cavidade abdominal, banhando-a e
lubrificando-a, reduzindo, assim, o atrito entre os
órgãos e permitindo sua movimentação durante
o processo da digestão.
• Foram descobertos, também, importantes papéis
no transporte de fluidos e células, no processo
inflamatório, no reparo tecidual, na lise de
depósitos de fibrina, na proteção contra
microrganismos invasores e possivelmente na
disseminação tumoral.
Fonte: Google imagens.

Estud Biol. 2010/2011 jan/dez;32/33(76-81):73-9


PERITÔNIO
• O acúmulo de fluido dentro da
cavidade peritoneal constitui uma
efusão peritoneal, a qual assinala
que o paciente possui ASCITE.
• Esta, por sua vez, pode ser
classificada de acordo com o grau
de severidade e resposta
terapêutica, em ascite
descomplicada, complicada e
ascite refratária.
Fonte: Google imagens.

Estud Biol. 2010/2011 jan/dez;32/33(76-81):73-9


PERITÔNIO
• Os dois principais motivos que causam
um acúmulo de líquido na cavidade
abdominal são:
• TRANSUDATO: um desequilíbrio entre a
pressão dentro dos vasos sanguíneos –
que causa a saída do líquido dos vasos
sanguíneos – e a quantidade de proteína
no sangue – que mantém o líquido dentro
vasos sanguíneos.
• Os transudatos costumam ser causados
por insuficiência cardíaca congestiva,
síndrome nefrótica ou cirrose hepática.
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PERITÔNIO
• EXSUDATO: o líquido que se
acumula devido a uma lesão ou
inflamação do peritônio.
• Esse tipo de líquido pode ser
causado por problemas de saúde
como, por exemplo, infecção,
doenças malignas (câncer
metastático, linfoma,
mesotelioma), pancreatite,
ruptura da vesícula biliar ou
doença autoimune.
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PARACENTESE
• Indicada para a retirada do
líquido da cavidade abdominal.
• Pacientes com sintomas e
suspeita de ascite têm seu
diagnóstico confirmado pela
ultrassonografia, que detecta
volumes variados de fluido.
• Ela auxilia tanto no diagnóstico
quanto na escolha do melhor
local para a realização. da
paracentese, especialmente
quando se lida com um volume
pequeno de líquido ascítico
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PARACENTESE

TRANSPORTE E ARMAZENAMENTO
• A amostra deve ser analisada o
mais rápido possível, no entanto,
caso o exame citológico não possa
ser realizado imediatamente após
a coleta, a amostra deve ser
refrigerada entre 2° e 8 °C para
que suas características
morfológicas sejam mantidas por
até 48h.
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PARACENTESE
PREPARO DA AMOSTRA
• Para a contagem de células nucleadas em
câmara, utilizam-se amostras frescas,
homogeneizadas e não centrifugadas.
• No entanto, na confecção da lâmina, deve-se
lançar mão de uma ressuspensão do
sedimento obtido por centrifugação em baixa
rotação em solução salina.
• A sobreposição celular deve ser mínima. Em
concentrações celulares ideais, uma
monocamada de células é formada, o que
facilita a sua visualização.
• Para isto, deve-se primeiramente avaliar a
quantidade celular de cada amostra, e se for o
caso, realizar a sua diluição pela adição de
solução salina, NaCl 0,9%.
https://maestrovirtuale.com/liquido-peritoneal-composicao-funcoes-cultura-e-analise/
• Amostras coaguladas, sem identificação e
envelhecidas são rejeitadas.
Fonte: Google imagens.

Estud Biol. 2010/2011 jan/dez;32/33(76-81):73-9


• Fisiologicamente, o líquido
peritoneal ou ascítico é
transparente, amarelo claro, estéril e
ANÁLISE DO viscoso.
LÍQUIDO • Em alguns casos, ele pode sofrer
transformações como, por exemplo,
ASCÍTICO apresentar turbidez em virtude das
infecções bacterianas, coloração
ASPECTO esverdeada em perfurações do trato
FÍSICO gastrointestinal, pancreatite e
colecistite, um aspecto leitoso que
não clareia após a centrifugação em
efusão quilosa ou pseudoquilosa.

Fonte: Google imagens.

Estud Biol. 2010/2011 jan/dez;32/33(76-81):73-9


ANÁLISE DO LÍQUIDO ASCÍTICO
ASPECTO FÍSICO

Fonte: Google imagens.


http://adamogama.blogspot.com/2011/08/liquido-peritoneal.html
ANÁLISE DO LÍQUIDO ASCÍTICO
Gradiente albumina sérica e albumina do liquido
ascítico (GASA)
• A dosagem do GASA é crucial no diagnóstico da etiologia da ascite, principalmente
relacionada à hipertensão portal. O GASA é a diferença entre a albumina do soro e a
albumina da ascite, por isso, deve ser colhido simultaneamente.

Fonte: Google imagens.

http://www.doencasdofigado.com.br/Ascites_PBE_e_paracentese.pdf
ANÁLISE DO LÍQUIDO ASCÍTICO
BIOQUÍMICA
Valores normais (transudados)

Aspecto físico
Estudo citológico
Densidade: 1,006-1,015.
Contagem de células: <3000 cel / mm 3
Aparência: Transparente.
Células neoplásicas: ausentes.
Cor: amarelo claro
Bactérias: ausentes.
Leucócitos: escassos.
Estudo bioquímico
Glóbulos vermelhos: escassos.
Reação rival: negativa.
Proteínas: <3 g%.
Albumina: <1,5 g / dl.
Glicose: normal, semelhante ao plasma.
LDH: baixo (<200 UI / L).
Amilase: semelhante ou menor que o valor plasmático.
ADA: <33 U / L.
Fibrinogênio: ausente.
Coagulação: nunca.
http://adamogama.blogspot.com/2011/08/liquido-peritoneal.html
ANÁLISE DO LÍQUIDO ASCÍTICO
BIOQUÍMICA

Valores patológicos (exsudato)

Aspectos físicos
Densidade: 1.018-1.030.
Aparência: nublado.
Cor: amarelo escuro ou esbranquiçado.

Fonte: Google imagens.


http://adamogama.blogspot.com/2011/08/liquido-peritoneal.html
ANÁLISE DO LÍQUIDO ASCÍTICO
BIOQUÍMICA
Valores patológicos (exsudato)

Estudo bioquímico
Proteínas:> 3 g%.
Albumina:> 1,5 g / dl.
Glicose: diminuída.
LDH: aumentada, principalmente em processos neoplásicos (> 200 UI / l).
Amilase: aumentada em caso de pancreatite.
ADA (enzima adenosina desaminase):> 33 U / L em caso de ascite tuberculosa.
Bilirrubina: aumentada (indicada apenas quando a cor do líquido é amarelo escuro ou
marrom).
Fibrinogênio: presente.
Coagulação: frequente.
Fonte: Google imagens.
http://adamogama.blogspot.com/2011/08/liquido-peritoneal.html
ANÁLISE DO LÍQUIDO ASCÍTICO
BIOQUÍMICA
Valores patológicos (exsudato)

Estudo citológico
Contagem de células:> 3000 cel / mm 3
Células neoplásicas: frequentes.
Bactérias: frequentes.
Leucócitos: abundantes.
Glóbulos vermelhos: variáveis.

Fonte: Google imagens.


http://adamogama.blogspot.com/2011/08/liquido-peritoneal.html
ANÁLISE DO LÍQUIDO ASCÍTICO
Citologia oncótica
• Frasco com metade álcool, metade
líquido ascitíco e encaminhar para
anatomia patológica.
• A citologia oncótica contribui para o
diagnóstico diferencial da neoplasias
malignas peritoneais, principalmente
metastáticas (carcinomatose
peritoneal).
Fonte: Google imagens.

http://www.doencasdofigado.com.br/Ascites_PBE_e_paracentese.pdf
ANÁLISE DO LÍQUIDO ASCÍTICO
PESQUISA DE DOENÇAS INFECCIOSAS
•Coloração de Gram – utilizada para uma visualização direta de bactérias ou fungos sob o
microscópio; nenhum organismo deve estar presente no líquido peritoneal.

•Cultura de bactérias e antibiograma – um antibiograma pode ser realizado para orientar a


antibioterapia, caso bactérias estejam presentes. A ausência de micróbios não descarta a
presença de infecção; é possível que o número seja baixo ou seu crescimento tenha sido inibido
devido à administração de antibioterapia prévia.

•Pesquisa de fungos – caso o resultado da cultura seja positivo, o fungo ou fungos causando a
infecção serão identificados no relatório e um antibiograma pode ser realizado para orientar a
terapia.

•Adenosina deaminase – valores significativamente aumentados dessa enzima no líquido


peritoneal em uma pessoa que apresenta sintomas sugestivos de tuberculose significa que ela
provavelmente está com uma infecção por Mycobacterium tuberculosis nessa região do corpo.0
http://www.doencasdofigado.com.br/Ascites_PBE_e_paracentese.pdf

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