Você está na página 1de 8

A aula de hoje é sobre dor torácica.

A importância dessa aula não é só porque é do curso de


semiologia não, é porque a dor torácica é uma das queixas mais frequentes (2ª mais
frequente) nas emergências do país inteiro, seja cardiológico ou não. A dor no tórax, na
verdade, há tendência de se pensar em dor de origem cardíaca, mas tem mais coisas no tórax
que podem doer do que coração. É importante que no pronto-socorro a gente identifique os
fatores de risco, para estratificar essa dor torácica, porque ela pode ser uma coisa boba de
origem benigna, mas ela também pode ser sintoma inicial da doença coronariana ou de aorta,
que a gente vai ver que é um dos diagnósticos diferenciados. Essa queixa vai ser comum a
diversas patologias, porque ela tem um amplo espectro de risco, então obrigatoriamente a
gente tem que aprender os sinais e sintomas clínicos, associados ao exame físico e
eventualmente, aos exames complementares, que ajudam a gente a estratificar a dor torácica,
para saber onde colocar esse doente: vai dar alta, vai para enfermaria ou vai pra uti? Como é
uma das principais queixas, também é uma das principais causas de processos no CRM, devido
à negligência, má conduta. Vocês nunca podem colocar pra cima de vocês a culpa do sistema
de saúde, não interessa quantos internados tem, porque se vocês identificarem uma dor
torácica que seria de origem cardíaco ou pelo menos anginosa, você dá alta e o paciente tem
óbito, o juiz não vai querer saber não(?), o processo vai ser estourado contra vocês e vocês vão
perder o CRM, o que tá cada vez mais comum, então a gente tem que sempre chamar atenção
nas aulas da importância de diversos temas, mas tem uns que são mais importantes do que
outros, isso é fato, e esse é um deles.

O tórax, na verdade, é uma caixa osteocartilagínea que contém os principais órgãos da


respiração e da circulação, e que cobre parte dos órgãos abdominais, ou seja, é
importantíssimo porque dor no tórax, não é só dor de órgãos que estão no tórax, ela pode ser
uma dor irradiada, uma colecistite pode dar dor no tórax, uma colangite, cálculo biliar,
eventualmente um abcesso supra-hepático, ou infradiafragmático, ele está no abdome mas a
inervação, ela tá próxima então, essa inervação, ela irradia pra região do tórax , então tem que
estar alerta a isso.

Se a gente for fazer uma breve revisão, é uma caixa fechada, com duas aberturas, uma
superior e uma inferior, limitada pelo diafragma, a gente já viu que tem uma comunicação
entre a cavidade abdominal e o diafragma, na região sub diafragmática da direita, por isso que
os derrames pleurais secundários à ascite são normalmente do lado direito. Então a gente tem
um (?) costal que se comunica com o esterno, dividido em manúbrio e processo xifoide, todas
essas estruturas são passiveis de gerar dor, existem articulações entre essas estruturas que
contem cartilagens e ligamentos, então a gente pode ter inflamação dessas estruturas.

Além disso na parte interna, a gente e tem a pleura visceral e parietal, o pulmão, todo o
processo que pode desenvolver nesses órgãos pode gerar dor.

E obviamente dentro dessas estruturas existe o mediastino, se for lembrar da anatomia o que
passa dentro do mediastino, a gente tem que imaginar que é uma possível causa de dor
torácica.

Então se a gente for observar fonte de dor torácica no coração, miocárdio, pericárdio e
endocárdio, ou seja, as três camadas que compõem o coração podem gerar dor, aqui cabe
uma observação, a válvula cardíaca, ela é em que estrutura cardíaca? Endocárdio, então por
isso que o endocárdio tá aqui, em geral, ele não é inervado, a gente faz cateterismo, põe um
cateter dentro e não dói, mas como o acometimento de válvulas pode gerar dor, por exemplo
estenose aórtica, então o endocárdio também pode gerar dor. Quem mais gera dor e é mais
comum, é o pericárdio, quando a gente for falar das causas a gente vai falar da pericardite.

Pulmão: processos brônquicos, a gente vai ter uma aula de síndromes brônquicas, árvore
traqueal e a própria pleura parietal.

Então no aspecto pulmonar o que pode gerar dor: pneumonia, é uma das causas mais comum,
não porque as pneumonias geram muita dor, mas porque a pneumonia é muito frequente.

Uma das coisas que mais causam dor é o derrame pleural, às vezes vem de forma isolada um
derrame pleural secundaria, por exemplo, a tuberculose processos inflamatório da pleura
parietal acometida pode gerar esse tipo de dor, mas gente tem que lembrar também de uma
causa importante que e o pneumotórax quem sabe o que um pneumotórax ?alguém já ouviu
falar de pneumotórax?O acumulo de ar no espaço pleural que e virtual, o espaço pleural ele é
virtual então o acumulo de pequena quantidade de liquido então o acumulo de ar entre eles
há uma separação entre as duas pleuras distensão da pleura gera dor pode ser traumático
pode ser espontâneo então mesmo paciente jovem sem historia de trauma pode ter
pneumotórax porque existe pneumotórax espontâneo paciente com DPOC, enfisema que o
pulmão tem muita bolhas essas bolhas podem estourar no espaço pleural é outro causa de
pneumotórax a gente tem que lembrar dessas causas Causas vasculares aqui se a gente for
englobar as causas de oclusão de coronárias. Se você colocar quantos por cento de pneumonia
gera dor torácica é uma quantidade pequena, mas como a pneumonia é muito frequente na
população ela é a principal causa de dor de origem pulmonar. Causas vasculares artéria
pulmonar, hipertensão pulmonar é uma das causas importantes de dor torácica em paciente
que tem diagnostico de hipertensão pulmonar, a gente tem a síndromes aórticas agudas o que
são as síndromes aórticas agudas? tem basicamente três hematoma da parede da aorta com
sangramento a parede há uma distinção entre as camadas da aorta isso gera dor ,dissecção da
aorta e aneurisma da aorta. Abdome pode gerar dor torácica, estomago, gastrite pode irradiar
pro tórax , refluxo gastresofágico acomete tanto estomago quando volta pelo esôfago então a
gente vai ter uma característica de dor especifico para isso o próprio duodeno, vesícula biliar é
uma das principal causa de dor abdominal irradia pro tórax, fígado quando é que a gente tem
dor no fígado ?quando há distenção da capsula de Glisson ou seja existe as hepatomegalias
dolorosas e as não dolorosas, a insuficiência cardíaca , aumento de fígado é a principal causa
de hepatomegalia dolorosa, o pâncreas, pancreatite também é uma das causas de dor no tórax
a própria parede torácica,a musculatura pode ter uma inflamação ou distenção
muscular,contratura,a coluna torácica uma das causas importantes, tem pressões de raízes
nervosas e a gente tem o nome de uma síndrome,sindrome de tietze uma costocondrite
inflamação dessa articulação(articulação costoesternal)

Dor Torácica na própria pele: Herpes-Zóster

- A dor precede as alterações de pele. Anamnese deve ser bem


feita para diagnosticar antes da aparição das vesículas da HZ.
Outras Causas de dores: Musculatura do pescoço, coluna cervical, dores
psicossomáticas e psiquiátricas – com destaque para SINDROME DO PANICO – uma das
principais causas de dor torácica em jovem.

A Dor torácica pode manifestar apenas como um sintoma – paciente chega bem e
calmo e relata essa dor – ou pode ser um sinal – paciente chega com face de dor, mão
no peito, caracteriza-se como sinal.

Antigamente tinha-se o Sinal de Levine, caiu em desuso, mas é um termo semiológico


clássico que caracteriza o paciente que chega com o punho fechado sobre o peito.

A anamnese é a parte mais importante, claro que há exames complementares, mas 80


a 90% dos casos uma boa anamnese dispensa o exame:

- Sexo: importante pois certas doenças são mais prevalentes por sexo p.e.
Pneumotórax Espontâneo é mais freqüente em F e Doença Arteriosclerotica, Infarto e
Angina mais comum no sexo M, igualando em F após a menopausa.

- Idade: obviamente (agravos), pacientes mais jovens dificilmente tem doenças


coronarianas mas algumas doenças como a pericardite são mais comuns em jovens,
sempre não esquecendo do que é menos prevalente, mas a gente vai sempre do que é mais
prevalente pro menos prevalente.

- A característica da dor: chegar pro paciente e dizer assim “como é sua dor?” o certo é sempre
perguntar, não esperar ele falar. Pontada, facada, queimação, aperto, peso, agulhada... tem
que dar as opções, porque senão ele não vai responder. Ou seja, a gente tem, de acordo com
as características da dor, tipos de dor que sugerem doença coronariana, e tipos de dor que
sugerem doença não-coronariana. Lembra que no começo eu falei que o importante é a gente
primeiro, nesse momento, estratificar o que é grave do que não é grave. A gente tem que
diferenciar, pra eu colocar o paciente no lugar correto. Então característica da dor anginosa, o
que é dor anginosa: peso, aperto, queimação (possivelmente coronariana). O que não é
anginoso: agulhada, facada, pontada (não-coronariana, em geral, porque tem também as
manifestações atípicas). Então essa característica da dor é muito importante. Se chegar um
paciente com 40 anos de idade, que não tem antecedente de nada, com uma dor em pontada
na região infra-mamilar, o paciente não vai ter dor de origem coronariana. Ou, pelo menos a
probabilidade dele é infinitamente menor do que a do paciente de 40 anos que tem uma dor
em peso nessa região. Então sempre em dor torácica a gente trabalha com probabilidade,
sempre probabilidade. Então eu vou calcular, vou ter noção da minha probabilidade, antes de
pedir os exames, porque o exame é complementar. Então se eu tenho um paciente que a
probabilidade é baixa, que não tem fator de risco, que a dor é em pontada ou agulhada infra-
mamilar e eu peço uma enzima cardíaca e vem normal, eu dou alta pra esse paciente. Ou
melhor, às vezes nem a enzima, às vezes só o eletro é normal, e tem delas que eu nem preciso
pedir o eletro. Agora se é um paciente com 50 anos, com dor em pontada, acompanhada com
dor em peso, acompanhada de sudorese, com irradiação pro braço, e eu faço um eletro e dá
normal, então eu vou ponderar seriar as enzimas cardíacas. A importância da dor torácica é a
probabilidade pré-exame. Vai ter doente com 15 anos de idade que a característica da dor é
atípica, em pontada, infra-mamilar, ventilatória-dependente(?), várias vezes ao dia que não
tem relação com o esforço, que eu vou pedir, por exemplo, um eletro e vai dar alterado. Ou
vou pedir uma enzima e vai dar meio termo. O que eu vou fazer com esse doente? Por isso que
a dor é mais importante, o exame é complementar. Ele pode tá errado, pode ser um falso
positivo. Localização: pode ser no hemi-tórax direito ou no hemi-tórax esquerdo. Dor de
origem coronariana pode ser nos dois tórax, direito e esquerdo simultâneo. É a queixa mais
comum. Não é dor no precórdio. O mais comum é na região retroesternal, dor retroesternal é
a queixa mais comum de dor de origem coronariana, não é na região pré-cordial. Então é
importante você localizar exatamente o local da dor e a irradiação, ou seja, essa dor vai pra
onde? Essa dor pode irradiar pro dorso, sempre que a gente tiver uma dor pré-cordial os
retroesternal que irradia pro dorso vocês vão ficar atentos a dissecção de aorta porque a aorta
começa posterior e o arco aórtico é Antero superior e a aorta descendente é mais posterior no
tórax, por isso tem que estar atento. A irradiação é muito importante e é muito comum a
irradiação para o membro superior esquerdo, ocorre também no direito, no entanto é mais
comum é a dor retroesternal ou pré-cordial irradiada pro membro superior esquerdo isso na
dor de origem anginosa.

Uma outra irradiação que vocês tem que ter em mente, toda vez que tiver dor torácica com
irradiação pra mandíbula vocês fiquem espertos pra dor de origem anginosa pouca coisa dói
mandíbula, praticamente 4, infarto com angina, um trauma dentário, prótese, nefrogia do
trigêmeo e disfunção de ATM essas quatro coisas que doem então se o paciente não tem
nenhum trauma, nada que justifique, quando essa dor é no tórax e irradia para a mandíbula,
normalmente é oclusão da coronária circunflexa, precisa ficar atento pra fazer um ECG pelo
menos. Então a irradiação é importantíssima e lembrando que a dor pode não ter irradiação.

Outra coisa muito importante é a duração, porque característica da dor se é recorrente ou não
e principalmente a duração define o tipo de dor e principalmente o prognostico. Dor de angina
estável,em geral, não ultrapassa 5 minutos, dor de angina instável normalmente não
ultrapassa 20 minutos e dor de infarto em geral é mais de 20 minutos. Dor de origem
pulmonar, pneumotórax, por exemplo, a dor é contínua, o dia todo, as vezes dura dias, dor
osteomuscular, as vezes dura dias, a inflamação permanece, então enquanto você não resolve
a inflamação a dor perdura. E isso pode diferenciar, pois não tem um infarto que fique doendo
3 dias seguidos, então se o paciente chega dizendo que está com dor contínua há 3 dias a
chance de ser dor coronariana é muito menor, então a duração da dor é importantíssima.

Forma de inicio da dor: Como que se inicia uma dor anginosa? De forma súbita, em geral,
associada a fatores precipitantes como estresse emocional, estresse físico (subir três lances de
escada), enfim, diante disso, você deve chamar atenção para dor de origem anginosa. Outro
exemplo: após se alimentar o paciente sente dor na região baixa do tórax (transição
tóracoabnominal), você deve pensar mais em uma cólica biliar, mais relacionada com a
alimentação. Às vezes a dor anginosa também se inicia após alimentação devido ao
direcionamento do fluxo sanguíneo ao leito mesentérico, reduzindo o fluxo coronariano.
Assim, a dor após refeição pode ser algo no coração ou nas vias biliares.
Fatores de piora ou melhora: a dor de pericardite, diante da inflamação do pericárdio, o
paciente se põe numa posição de genuflexão (com o tronco fletido, o coração repousa sobre a
pared do tórax – nome usual da posição: prece maometana), porque nela a dor é reduzida ou
abolida. Assim, diante de um paciente que esteja nessa posição, suspeitar de pericardite.
Outro exemplo: dor de pneumotórax não melhora com nada e piora com inspiração [todas as
síndromes pleuríticas, que irritam a pleura(derrame pleural, pneumotórax,etc) pioram com
inspiração]. A pericardite também piora com a inspiração, porque distende mais ainda a
serosa.

Agora vamos acelerar um pouco porque a bateria está acabando hasuaushauuashsh!

Classificação: existem várias classificações; quanto ao tempo, quanto às características, cada


uma com sua importância. Todo mundo dá valor para esse tipo de classificação. O professor
Jonatas não dá o mesmo valor. Ele afirma: “o importante mesmo é saber se a dor tem uma
probabilidade baixa ou alta de ser de origem cardíaca (dor anginosa X dor não anginosa).

Dor de início recente: dor aguda, que pode ser pouco constante com início de minutos a horas.
Dor recorrente: ela é episódica, dura de horas a dias e persiste por vários dias.

Explanação do quadro com cada tipo de dor (classificação quanto à etiologia):

- Dor Coronariana: em geral, de início recente, mas que pode ser no máximo recorrente. Dura
de horas a dias, mas não dura mais que dois dias, por exemplo.

- Estenose Aórtica: o orifício da valva aórtica estenosado provoca redução do débito cardíaco
(Pouco sangue vai pro organismo) e as Aa. Coronárias saem logo após a valva aórtica, então a
estenose reduz o fluxo coronariano (como se fosse uma obstrução). Só que a estenose aórtica
em geral vem acompanhada de, além da dor torácica, dispneia (falta de ar) e síncope. É a
tríade da estenose aórtica: D-D-D (dor – dispneia – desmaio). Aprendam essa tríade!! E a dor
em geral é episódica/ recorrente.

- Miocardiopatia Hipertrófica: tem-se um coração mto musculoso para pouco vaso irrigando.

- A pericardite pode ser uma dor com diversas classificações a depender da evolução.

Pode ser de qualquer forma, né?! Vai depender do tempo de evolução. Prolapso valvomitral
também pode doer e a dor normalmente é recorrente. Secção de aorta ela normalmente é
recente a aguda, embolia pulmonar é aguda mas pode durar alguns dias. Hipertensão
pulmonar como é uma doença insidiosa e crônica, ela pode durar muito tempo. Pleurite ou
pneumonia, depende do tempo de instalação. Pneumotorax, em geral é agudo. Tumor é
crônico com evolução insidiosa. Mediastiniste pode ser agudo ou se a causa for um tumor, por
exemplo, pode ser crônico também. Refluxo depende do tempo de instalação, pode ser as 3
coisas. Laceração ... você tem vômitos repetidos e ... você tem lesão na mucosa esofágica,
pode gerar dor e às vezes você vomita sangue. Úlcera, doença biliar, pancreatite, em geral
mais insidiosa. Costocondrite, que é a síndrome de ... pode ser de qualquer forma dependendo
do tempo de instalação, por isso que eu acho que essa classificação não é tão importante,
porque tudo pode ser tudo, né?! Classificação, essa aqui é a mais importante. Definitivamente
anginosa, eu não tenho dúvida que seja angina; provavelmente anginosa, eu tenho dúvida se é
angina ou não, mas eu tô tendendo a achar que é angina; provavelmente não anginosa, eu
também tenho dúvida, mas eu acho que não é; e definitivamente não anginosa, eu não tenho
dúvida que não é de angina. Definitivamente anginosa, dor ou desconforto retroesternal ou
precordial, geralmente precipitado pelo esforço físico, podendo se irradiar para o ombro,
mandíbula ou face interna dos braços, com duração de alguns minutos e aliviada pelo repouso
ou uso de nitrato em menos de 10 minutos. Paciente tem todas as características de dor
anginosa. Agora uma dor provavelmente anginosa, tem a maioria desses sintomas, mas não
todos. Por exemplo, não tem relação com esforço, não alivia com repouso, não foi precipitada
por um esforço físico ou estresse emocional, tem algumas características que levam a achar
que é angina, mas nem todas. A provavelmente não anginosa tem poucas dessas
características. Por exemplo, é definida como dor atípica e podem ter os equivalentes
anginosos. Então essa dor, eu tô tendendo a achar que ela não é coronariana, mas ainda me
resta dúvida. Onde que eu preciso estratificar? Nessas duas camadas aqui. Nesses dois
pacientes é que eu vou pedir exame complementar pra ver se eu dou alta ou não. Esse aqui eu
vou internar com certeza, apesar de que eu vou pedir exame complementar, e esse de baixo
que eu tenho certeza que não é anginosa eu vou dar alta. É uma dor no tórax direito,
ventilatório-dependente, num jovem de 30 anos que não tem fator de risco, não tem
sudorese, não tá relacionado a esforço, começou há duas semanas. Eu não tenho dúvida que
não é anginosa, então eu posso dar alta pra esse paciente. A fonte é circulation tá?! Uma
revista americana importante. Definição de angina estável, instável e infarto. Antes... Esse
quadro são as principais causas de dor torácica, depois a gente vai continuar conversando
sobre as dor es de origem anginosa, que é mais importante.
A dor de pericardite, geralmente pré-cordial, pode irradira para a região do trapézio, em
geral, melhor localizado na isquemia cardíaca, ou seja , é uma dor menos difusa, mais
localizada. Em geral, é em pontada, facada ou tipo pleurítica, ventilatório dependente,
ou seja, aquelas 3 características que eu disse que não é anginosa. O que eu vou ver no
exame físico? Melhora com aquela posição e na ausculta? Eu vou ter na ausculta
cardíaca o atrito pericárdico. O pericárdio inflamado vai ficar na batida do coração
fazendo assim, você pega o cabelo e esfrega. Na pericardite, toda vez que o coração bate
ele fica atritando. Se tiver uma insuficiência cardíaca secundária a miopericardite, você
pode ter outras alterações de ausculta, como terceira bulha(p3).
Outra causa de dor seria a estenose aórtica, que a gente falou da tríade dor, dispnéia,
desmaio porque?porque o fluxo sanguíneo não está saindo, se ele não está saindo pela válvula
aórtica, ele vai aumentar a pressão diastólica final do VE, vai ter mais sangue no final da
diástole, vai refletir aumento da pressão no AE, aumento do capilar pulmonar, ele pode ter
congestão pulmonar, edema pulmonar, esse edema causa falta de ar. E síncope porque? Pelo
baixo fluxo cerebral. Não está obstruído? Na hora que você subir um lance de escadas, por
exemplo, voce^tem que aumentar o débito cardíaco. Se tem essa obstrução, diminui o fluxo
cerebral e tem desmaio, por isso que é dor, dispnéia e desmaio. Como que é a anamnese? Em
geral (a gente vai ver na aula específica pra isso) um sopro sistólico do foco aórtico, sopro
ejetivo, um barulho forte, porque ta obstruindo, o vaso está estenosado, o que vai vibrar mais
o sangue e gerar o sopro.

A gente pode ter sopro em infarto agudo?Pode ter, depende da extensão do infarto.
Você pode ter insuficiêcnia mitral aguda, ou seja, o infarto atingiu músculo papilar, então ou
ele dá uma disfunção ou ele rompe. A gente pode ter na dissecção da aorta, quando ela rompe
em direção ao coração, lesionar a válvula aórtica. Então ela pode ter insuficiência aórtica.
Então a dor é importante na ausculta cardíaca, a gente buscar por sopro, faz parte do exame
físico, mas na dor torácica, se tiver sopro vocâ não liberar o paciente. Outra coisa: medir as
pressões nos quatro membros.Quando tiver dor torácica, tem que palparo pulso,
principamente quando a dor é irradiada para as costas. Vou botar na prova: dor tal principal
hipótese. Posso botar assim: ‘caracterize a dor da dissecção da aorta com acometimento da
válvula aórtica, ai vc tem que falar da da anamnese e exame físico também.

Na dissecção da aorta, em geral, é uma dor forte intensidade que irradia pelas costas.
Dependendo do segmento ela pode gerar diferença de pulsos, ela pode lesionar o pauling, ela
pode gerar lesão nas coronárias(infarto). Pode-se aparecer uma dor típica, anginosa com
irradiação para as costas e variação no carro. Não se deve recomendar remádios(aspirina) a
esses pacientes sem autorização. Ela pode dar insuficiência da válvula, por causa de lesão.No
exame físico a gente vai ouvir sopro e ver insuficiência cardíaca.

Dor pleurítica.Quais são as características? Em geral, é uma dor ventilatório-


dependente: ela piora com inspiração e expiração. Quem gera isso ai? Síndromes brônquicas e
pleuríticas: pneumonia, derrame pleural, pneumotórax. Ai vc vai ver quais os sintomas
associados por exemplo: se o paciente tem tosse há 2 semanas com febre e dor torácica, você
vai pensar em pneumonia.Se o paciente vive com muitas pessoas, ele tem febre há vários
meses e emagrecimento e dor pleurítica, o que você vai pensar? Derrame pleural causado por
tuberculose.

O que é que eu espero num exame físico de derrame pleural? Murmúrio vesicular, que é
aquele barulhinho do ar entrando e saindo, no pulmão normal, ele vai ta simétrico em todos
os campos pulmonares. No derrame pleural, a gente tem uma parte em que o murmúrio ta
diminuído. É tanto líquido acumulado no espaço pleural que o pulmão não estende, não
insufla naquela região, então, naquele local, o murmúrio ta diminuído. Até porque existe uma
barreira, que é o líquido, que ta impedindo o barulho de chegar na parede do tórax. Isso é pra
saber que, na dor torácica, tem que examinar o paciente por completo pra fechar o
diagnóstico.

Dúvida do Chico sobre conceito de dissecção:

Dissecção você tem um vaso em que acontece uma separação, em geral, entre a íntima e a
adventícia, formando uma falsa luz, como se tivesse um cano e você rachou uma das paredes
dele.

Definição de angina estável: é a dor de característica anginosa que se inicia com o esforço, dor
ao esforço (ou stress amocional) e que alivia depois que você repousa ou acalma o stress
emocional. Então é uma angina que ta estabilizada, que só desestabiliza nessas situações.

A dor torácica ao esforço pode ser classificada de acordo com a sociedade canadense de
cardiologia que é a classificação CCS, ou seja, essa classificação é 1 2 3 4 e isso é importante
vocês saberem, e é facil decorar, oque que é a angina CCS1, é aquela angina que voce tem aos
esforços muito maiores doque o abitual, (voce nao é abituado e resolve correr 2 km, ai no final
da atividade voce sente uma dor toracica angiosa), a CCS2 são os esforços maiores doque o
abitual (subir dois lances de escada), CCS3 dor aos esforços menores do que o abitual (pentear
o cabelo, tomar banho), CCS4 dor aos minimos esforços (levantar da cadeira para pegar um
copo d´agua). Então pra que serve essa clasificação ? Pra saber quem é mais grave e quem é
menos grave, o CCS3 e CCS4 o quadro geral tem indicação de investigar. Então angina estável,
nao é de repouso, ela é associada ao esforço fisico ou estressse emocional, ja a angina instável
é aquela dor que em geral inicia em repouso, essa dor normalmente dura mais de 10 minutos
e menos de 20 minutos, é uma dor mais intensa, em geral está associada a palidez cutânea,
sudorese, pele fria, nausea, vomito. Essa é a dor anginosa é uma dor um pouco mais grave, e
ela por definiçao nao altera enzimas do coração, ela é uma obstrução parcial, assim como a
angina estavel mas é mais grave, e a dor do infarto é uma dor muito mais intensa, ela também
pode ate ser desencadeada pelo estresse, mas ela perdura mesmo que voce repouse, ela dura
em geral mais de 20 minutos e tem todas as outras as associações que eu falei, dor associada a
nausea, falta de ar, dispneia, sudorese, palpitacao, ai voce tem que pensar em arritimia
cardiaca associada, entao essa é a diferença, e eu quero que voces saibam principalmente
oque é a angina etavel e a angina instavel, porque vai definir uma possivel conduta
futuramente.

Você também pode gostar