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Cardiovascular
Prof. Paulo Heraldo Costa do Valle
Indaial – 2021
1a Edição
Copyright © UNIASSELVI 2021
Elaboração:
Prof. Paulo Heraldo Costa do Valle
V181f
ISBN 978-65-5663-358-9
ISBN Digital 978-65-5663-359-6
Impresso por:
Apresentação
Olá, acadêmico! Seja bem-vindo ao Livro Didático de Fisioterapia
Cardiovascular! Na Unidade 1, estudaremos assuntos muito importantes
para a sua formação. Será abordada, inicialmente, a anatomia do sistema
respiratório por meio das divisões (estrutural e funcional).
NOTA
Você já me conhece das outras disciplinas? Não? É calouro? Enfim, tanto para
você que está chegando agora à UNIASSELVI quanto para você que já é veterano, há novi-
dades em nosso material.
O conteúdo continua na íntegra, mas a estrutura interna foi aperfeiçoada com nova diagra-
mação no texto, aproveitando ao máximo o espaço da página, o que também contribui
para diminuir a extração de árvores para produção de folhas de papel, por exemplo.
Todos esses ajustes foram pensados a partir de relatos que recebemos nas pesquisas
institucionais sobre os materiais impressos, para que você, nossa maior prioridade, possa
continuar seus estudos com um material de qualidade.
Acesse o QR Code, que levará ao AVA, e veja as novidades que preparamos para seu estudo.
REFERÊNCIAS....................................................................................................................................... 83
UNIDADE 2 — ESPIROMETRIA, ELETROCARDIOGRAMA, TREINAMENTO
MUSCULAR RESPIRATÓRIO E OXIGENIOTERAPIA.................................. 85
TÓPICO 1 — ESPIROMETRIA........................................................................................................... 87
1 INTRODUÇÃO................................................................................................................................... 87
2 INDICAÇÕES DA ESPIROMETRIA.............................................................................................. 87
2.1 REALIZAÇÃO DO EXAME......................................................................................................... 88
3 DETERMINANTES FISIOLÓGICOS DA ESPIROMETRIA.................................................... 89
3.1 CRITÉRIOS PARA ACEITAÇÃO DO EXAME.......................................................................... 90
4 PARÂMETROS PARA A AVALIAÇÃO DA FUNÇÃO PULMONAR..................................... 90
5 FATORES QUE AFETAM A FUNÇÃO PULMONAR............................................................... 101
RESUMO DO TÓPICO 1................................................................................................................... 107
AUTOATIVIDADE............................................................................................................................. 108
REFERÊNCIAS..................................................................................................................................... 163
REFERÊNCIAS..................................................................................................................................... 257
UNIDADE 1 —
OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM
A partir do estudo desta unidade, você deverá ser capaz de:
PLANO DE ESTUDOS
Esta unidade está dividida em três tópicos. No decorrer da unidade,
você encontrará autoatividades com o objetivo de reforçar o conteúdo
apresentado.
1
CHAMADA
2
TÓPICO 1 —
UNIDADE 1
1 INTRODUÇÃO
• nariz;
• faringe;
• laringe;
• traqueia;
• pulmões;
• pleura;
• brônquios;
• bronquíolos;
• alvéolos (GUYTON, 2017).
3
UNIDADE 1 — ANATOMIA DO SISTEMA RESPIRATÓRIO E DO SISTEMA CARDIOVASCULAR
3 DIVISÃO FUNCIONAL
Do ponto de vista funcional o sistema respiratório pode ser dividido em
duas partes: uma parte condutora e uma parte respiratória (GUYTON, 2017). A
parte condutora está relacionada com as regiões constituídas pelas cavidades e
tubos interconectados, que estão no interior e exterior dos pulmões, com formação
pelo nariz, faringe, laringe, traqueia, brônquios, bronquíolos e bronquíolos
terminais. As funções são filtração, aquecimento e umidificação do ar, além da
participação na condução para dentro dos pulmões.
4
TÓPICO 1 — ANATOMIA DO SISTEMA RESPIRATÓRIO
Nariz
FONTE: <https://image.shutterstock.com/image-vector/anatomy-nose-throat-human-organ-
600w-123867553.jpg>. Acesso em: 23 jun. 2020.
5
UNIDADE 1 — ANATOMIA DO SISTEMA RESPIRATÓRIO E DO SISTEMA CARDIOVASCULAR
FONTE: O autor
6
TÓPICO 1 — ANATOMIA DO SISTEMA RESPIRATÓRIO
E
IMPORTANT
Faringe
7
UNIDADE 1 — ANATOMIA DO SISTEMA RESPIRATÓRIO E DO SISTEMA CARDIOVASCULAR
Laringe
Pregas vocais
8
TÓPICO 1 — ANATOMIA DO SISTEMA RESPIRATÓRIO
NOTA
Epiglote
9
UNIDADE 1 — ANATOMIA DO SISTEMA RESPIRATÓRIO E DO SISTEMA CARDIOVASCULAR
Traqueia
FIGURA 6 – TRAQUEIA
FONTE: <https://image.shutterstock.com/image-vector/trachea-icon-line-element-vector-
600w-1167094246.jpg>. Acesso em: 23 jun. 2020.
• Túnica mucosa.
• Túnica submucosa.
• Cartilagem hialina.
• Túnica adventícia (TORTORA, 2011).
Existem por volta de 16 a 20 anéis horizontais de cartilagem hialina, com
um formato semelhante à letra C, sendo observados por meio da pele abaixo
da laringe. A parte aberta de cada um dos canais com o formato da letra C está
direcionada para o esôfago.
10
TÓPICO 1 — ANATOMIA DO SISTEMA RESPIRATÓRIO
Brônquios
ATENCAO
Existem diferenças entre esses dois brônquios, sendo que o brônquio principal
direito é mais vertical, curto e mais largo do que o esquerdo.
Em razão dessa diferença, na conformação entre esses dois brônquios, na prática clínica, é
observado que existe uma maior probabilidade de um objeto ficar alojado quando aspirado
no brônquio principal direito, e não no brônquio principal esquerdo.
FIGURA 7 – BRÔNQUIOS
FONTE: <https://image.shutterstock.com/image-illustration/digital-medical-illustration-depicting-
bronchi-600w-1399628981.jpg>. Acesso em: 23 jun. 2020.
11
UNIDADE 1 — ANATOMIA DO SISTEMA RESPIRATÓRIO E DO SISTEMA CARDIOVASCULAR
Bronquíolos
Pulmão
12
TÓPICO 1 — ANATOMIA DO SISTEMA RESPIRATÓRIO
FIGURA 9 – PULMÕES
FONTE: <https://image.shutterstock.com/image-illustration/3d-medical-illustration-lungs-visible-
600w-203485225.jpg>. Acesso em: 23 jun. 2020.
13
UNIDADE 1 — ANATOMIA DO SISTEMA RESPIRATÓRIO E DO SISTEMA CARDIOVASCULAR
Pleura Parietal
Pleura Visceral
Cavidade
Pleural
Pulmão Pulmão
Esquerdo Direito
Diafragma
PULMÃO PULMÃO
DIREITO ESQUERDO
LOBO LOBO
SUPERIOR SUPERIOR
LOBO
MÉDIO
LOBO LOBO
INFERIOR INFERIOR
14
TÓPICO 1 — ANATOMIA DO SISTEMA RESPIRATÓRIO
Cada lobo tem o seu próprio brônquio lobar, sendo chamado de secundá-
rio. O brônquio principal direito origina três brônquios denominados de brônquios
lobares secundários superior, médio e inferior, já o brônquio principal esquerdo
origina os brônquios lobares secundários superior e inferior (GUYTON, 2017).
NTE
INTERESSA
Alvéolos
15
UNIDADE 1 — ANATOMIA DO SISTEMA RESPIRATÓRIO E DO SISTEMA CARDIOVASCULAR
As paredes dos alvéolos são constituídas por dois tipos de células epite-
liais alveolares, sendo:
E
IMPORTANT
16
TÓPICO 1 — ANATOMIA DO SISTEMA RESPIRATÓRIO
FIGURA 12 – ALVÉOLOS
Sangue rico Sangue pobre
em oxigênio em oxigênio
Capilares
Surfactante
com fluido Macrófagos
alveolares
Células tipo
Células
II
tipo I
Membrana
respiratória
Alvéolos
SURFACTANTE
CÉLULAS/TIPO (EPITÉLIO, CELULAR
ALVEOLAR ESCAMOSA)
ESPAÇO INTERSTICIAL
ENDOTÉLIO CAPILAR
17
UNIDADE 1 — ANATOMIA DO SISTEMA RESPIRATÓRIO E DO SISTEMA CARDIOVASCULAR
18
RESUMO DO TÓPICO 1
Neste tópico, você aprendeu que:
19
AUTOATIVIDADE
3 O nariz é formado pelas partes externa e interna, sendo que a parte externa
está envolvida através do músculo e da pele, sendo coberta por uma túnica
mucosa. Assinale a alternativa CORRETA, que possui quais são as funções
da parte interna das estruturas que formam o nariz:
20
5 As pleuras existentes no pulmão são denominadas de pleuras visceral e
parietal. Assinale a alternativa CORRETA, que apresenta a função do
líquido que está presente entre as duas pleuras:
21
22
TÓPICO 2 —
UNIDADE 1
1 INTRODUÇÃO
FONTE: O autor
2 VENTILAÇÃO PULMONAR
Os pulmões são expandidos por meio da inspiração e retraídos através da
expiração. Existem dois mecanismos responsáveis pela expansão e retração dos
pulmões (GUYTON, 2017):
FONTE: O autor
23
UNIDADE 1 — ANATOMIA DO SISTEMA RESPIRATÓRIO E DO SISTEMA CARDIOVASCULAR
Inspiração
Expiração
24
TÓPICO 2 — MECÂNICA RESPIRATÓRIA, TROCAS, TRANSPORTE E REGULAÇÃO DA RESPIRAÇÃO
• Reto abdominal – atua no movimento para baixo das costelas, que são mais
inferiores, junto aos outros músculos abdominais, forçando todo o conteúdo
abdominal para cima contra o músculo diafragma.
• Intercostais internos – atuam de maneira contrária aos músculos intercostais
externos (GUYTON, 2017).
inspiração expiração
FONTE: <https://bit.ly/35NbnUP>. Acesso em: 23 jun. 2020.
Pressão e movimento do ar
Complacência pulmonar
26
TÓPICO 2 — MECÂNICA RESPIRATÓRIA, TROCAS, TRANSPORTE E REGULAÇÃO DA RESPIRAÇÃO
NTE
INTERESSA
Volumes pulmonares
Capacidades pulmonares
27
UNIDADE 1 — ANATOMIA DO SISTEMA RESPIRATÓRIO E DO SISTEMA CARDIOVASCULAR
NOTA
28
TÓPICO 2 — MECÂNICA RESPIRATÓRIA, TROCAS, TRANSPORTE E REGULAÇÃO DA RESPIRAÇÃO
E
IMPORTANT
29
UNIDADE 1 — ANATOMIA DO SISTEMA RESPIRATÓRIO E DO SISTEMA CARDIOVASCULAR
Ventilação alveolar
ATENCAO
Trocas gasosas
30
TÓPICO 2 — MECÂNICA RESPIRATÓRIA, TROCAS, TRANSPORTE E REGULAÇÃO DA RESPIRAÇÃO
Diferença de pressão
ATENCAO
A difusão dos gases nos tecidos é muito parecida com a difusão que existe
dos gases na água (GUYTON, 2017).
Composição do ar alveolar
O ar alveolar tem uma composição muito diferente dos gases que estão
presentes no ar da atmosfera. Essa diferença é decorrente de muitos motivos, como:
31
UNIDADE 1 — ANATOMIA DO SISTEMA RESPIRATÓRIO E DO SISTEMA CARDIOVASCULAR
Umidificação do ar
Renovação do ar alveolar
E
IMPORTANT
32
TÓPICO 2 — MECÂNICA RESPIRATÓRIA, TROCAS, TRANSPORTE E REGULAÇÃO DA RESPIRAÇÃO
ATENCAO
Por volta de 97% do oxigênio é transportado pelos pulmões por meio dos
tecidos, existindo uma combinação química com a hemoglobina presente nas
hemácias: só 3% são transportados na forma dissolvida na água do plasma e das
células sanguíneas.
FIGURA 19 – HEMOGLOBINA
HEME HEME
1β 2β
HEME
HEME
1α HEME
2α
FONTE: <https://bit.ly/2LJWxaL>. Acesso em: 26 jun. 2020.
33
UNIDADE 1 — ANATOMIA DO SISTEMA RESPIRATÓRIO E DO SISTEMA CARDIOVASCULAR
E
IMPORTANT
Ainda, há outros fatores que podem modificar essa curva, além das
alterações de pH, e desviar a curva para a direita:
Regulação da respiração
E
IMPORTANT
35
UNIDADE 1 — ANATOMIA DO SISTEMA RESPIRATÓRIO E DO SISTEMA CARDIOVASCULAR
NTE
INTERESSA
Esses grupos de neurônios são muito ativos ao longo de uma atividade física
vigorosa.
Centro pneumotáxico
ATENCAO
36
RESUMO DO TÓPICO 2
Neste tópico, você aprendeu que:
37
• O grupo respiratório dorsal de neurônios é responsável pelo processo da
inspiração.
38
AUTOATIVIDADE
I- Intercostais externos.
II- Esternocleidomastoideos.
III- Serrátil anterior.
IV- Escalenos.
a) ( ) 1/7 do total.
b) ( ) 1/5 do total.
c) ( ) 1/4 do total.
d) ( ) 1/3 do total.
39
4 O oxigênio difundido dos alvéolos para o sangue pulmonar é transportado
para os capilares teciduais por meio da combinação com a hemoglobina,
esta que está presente nas hemácias. Assinale a alternativa CORRETA, que
apresenta em quantas vezes o transporte de oxigênio é aumentado em
função da ligação com a molécula de hemoglobina:
a) ( ) 70 a 100 vezes.
b) ( ) 30 a 100 vezes.
c) ( ) 20 a 40 vezes.
d) ( ) 50 a 150 vezes.
40
TÓPICO 3 —
UNIDADE 1
1 INTRODUÇÃO
FONTE: <https://image.shutterstock.com/image-illustration/human-circulatory-system-anatomy-
3d-600w-1052041337.jpg>. Acesso em: 28 jun. 2020.
41
UNIDADE 1 — ANATOMIA DO SISTEMA RESPIRATÓRIO E DO SISTEMA CARDIOVASCULAR
FONTE: O autor
• Átrio direito.
• Átrio esquerdo.
• Ventrículo direito.
• Ventrículo esquerdo (DAVIES, BLAKELEY; KIDD, 2002).
Ventrículo
esquerdo
42
TÓPICO 3 — ANATOMIA, SEMIOLOGIA E AVALIAÇÃO DO SISTEMA CARDIOVASCULAR
NOTA
O ventrículo direito tem uma menor carga de trabalho, uma vez que
bombeia o sangue através de uma menor distância até os pulmões. Como existe
uma menor pressão, tende a ocorrer, portanto, uma menor resistência ao fluxo
(DAVIES, BLAKELEY; KIDD, 2002).
E
IMPORTANT
43
UNIDADE 1 — ANATOMIA DO SISTEMA RESPIRATÓRIO E DO SISTEMA CARDIOVASCULAR
3 CIRCULAÇÃO CORONARIANA
O músculo miocárdio possui uma rede própria de vasos sanguíneos, sendo
denominada de circulação coronariana ou circulação cardíaca. Todos os nutrien-
tes são difundidos lentamente para todas as câmaras cardíacas (GUYTON, 2017).
4 VALVAS CARDÍACAS
As valvas cardíacas têm a função de fazer o controle do fluxo sanguíneo,
permitindo que o sangue flua sempre em apenas uma única direção na circulação,
evitando que exista o refluxo de sangue (TORTORA, 2011).
FONTE: O autor
44
TÓPICO 3 — ANATOMIA, SEMIOLOGIA E AVALIAÇÃO DO SISTEMA CARDIOVASCULAR
Artéria pulmonar
Veia pulmonar
Átrio esquerdo
Átrio direito Valva mitral
Valva aórtica
Valva pulmonar
5 MEMBRANAS CARDÍACAS
A membrana que envolve e protege o coração é chamada de pericárdio, e for-
nece uma liberdade, possibilitando o movimento de forma muito rápida e vigorosa.
• Epicárdio.
• Miocárdio.
• Endocárdio.
NTE
INTERESSA
A cada dia, o coração contrai, em média, cerca de cem mil vezes, atingindo,
em média, o número de batimentos de três bilhões de vezes durante toda a vida.
Todo esse sistema rítmico está predisposto a sofrer vários tipos de lesões
cardíacas, como a isquemia dos tecidos cardíacos, que pode ocorrer devido a uma
deficiência da circulação coronária, mudando o ritmo cardíaco e provocando
uma grande alteração na eficiência do bombeamento cardíaco, podendo levar,
em alguns casos, o paciente ao óbito (DAVIES, BLAKELEY; KIDD, 2002).
A figura a seguir apresentará todas as regiões que fazem parte do sistema
especializado de excitação e condução cardíaca, constituído pelo:
47
UNIDADE 1 — ANATOMIA DO SISTEMA RESPIRATÓRIO E DO SISTEMA CARDIOVASCULAR
• Nodo sinusal.
• Vias internodais.
• Nodo atrioventricular.
• Feixe de His.
• Fibras de Purkinje.
Átrio Ventrículo
direito esquerdo
Nodo Impulso elétrico trans-
atrioventricular (AV) mitido para os ramos
do feixe do ventrículo
esquerdo e direito cau-
Feixe de His sando a contração nos
ventrículos forçando a
Ramo do feixe direito expelirem o seu volume
sanguíneo para a circu-
lação sistêmica
Ventrículo direito
Nodo sinusal
O nodo sinusal também é chamado de nodo sinoatrial, uma faixa bem
pequena formada por músculo cardíaco especializado, com 3 mm de largura, 15
mm de comprimento e 1 mm de espessura.
ATENCAO
48
TÓPICO 3 — ANATOMIA, SEMIOLOGIA E AVALIAÇÃO DO SISTEMA CARDIOVASCULAR
Vias internodais
Nodo atrioventricular
Arterial
• Artérias.
• Arteríolas.
• Metarteríolas.
• Capilares.
49
UNIDADE 1 — ANATOMIA DO SISTEMA RESPIRATÓRIO E DO SISTEMA CARDIOVASCULAR
FONTE: <https://image.shutterstock.com/image-illustration/coronary-artery-3d-illustration-
600w-541091065.jpg>. Acesso em: 28 jun. 2020.
Já a túnica média é a camada mais fina, sendo formada por fibras elásticas
e fibras musculares lisas, estando dispostas em anéis em volta do lúmen. Ainda, a
túnica adventícia corresponde ao revestimento externo, sendo formada por fibras
colágenas e elásticas (TORTORA, 2011).
50
TÓPICO 3 — ANATOMIA, SEMIOLOGIA E AVALIAÇÃO DO SISTEMA CARDIOVASCULAR
Capilar
São formados por uma única camada de células endoteliais, que separam
o sangue do líquido intersticial em cerca de apenas 1 μm (DAVIES, BLAKELEY;
KIDD, 2002).
Os capilares não têm músculo liso, portanto, não são capazes de conseguir
alterar o diâmetro de forma ativa. Após sair dos capilares, o sangue é coletado em
vênulas e veias, e volta ao coração.
Venoso
O sistema venoso é formado por uma grande rede de vasos que faz a
coleta do sangue de todos os capilares e, gradualmente, elevando o diâmetro,
sendo transformados em veias maiores.
A pressão nos vasos é muito baixa e as paredes venosas são muito finas,
possibilitando a contração ou a expansão, conforme as necessidades (DAVIES,
BLAKELEY; KIDD, 2002). Observaremos, a seguir, as estruturas que fazem parte
das veias (músculo liso, camada interna e valva) e das artérias (músculo liso,
camada elástica e camada interna).
51
UNIDADE 1 — ANATOMIA DO SISTEMA RESPIRATÓRIO E DO SISTEMA CARDIOVASCULAR
Veia Veia
músculo camada
liso interna valva valva
camada
externa
Artéria Artéria
FONTE: <https://image.shutterstock.com/image-vector/artery-vein-circulatory-system-vector-
600w-412168768.jpg>. Acesso em: 28 jun. 2020.
• Psicológicas.
• Hábitos de vida.
• Condições sociais e ambientais.
• Antecedentes familiares.
• Antecedentes pessoais.
• Antecedentes nutricionais.
• História da doença atual.
• História pregressa (SARMENTO, 2009).
52
TÓPICO 3 — ANATOMIA, SEMIOLOGIA E AVALIAÇÃO DO SISTEMA CARDIOVASCULAR
E
IMPORTANT
Anamnese
• Nome completo.
• Idade.
• Sexo.
• Etnia.
• Nacionalidade.
• Naturalidade.
• Estado civil.
• Profissão.
• Endereço atual.
53
UNIDADE 1 — ANATOMIA DO SISTEMA RESPIRATÓRIO E DO SISTEMA CARDIOVASCULAR
ATENCAO
Queixa principal
A queixa principal corresponde com o que fez com que o paciente fosse
a procura do serviço de saúde, é fundamental a sua descoberta já que este é o
problema que mais preocupa o paciente.
Inspeção e palpação
Coloração da pele
O róseo claro é dado pelo sangue, que está circulando na rede capilar
cutânea, e pode passar por alterações fisiológicas, elevando ou reduzindo a
intensidade, conforme pode ser verificado na exposição ao frio, sol ou então
frente as emoções.
Quanto aos indivíduos com a pele mais escura, é mais difícil a avaliação
com relação à coloração da pele.
54
TÓPICO 3 — ANATOMIA, SEMIOLOGIA E AVALIAÇÃO DO SISTEMA CARDIOVASCULAR
NOTA
Quanto à palidez estar generalizada, é sinal de que está ocorrendo uma grande redução
nas hemácias que estão circulantes nas microcirculações cutâneas e subcutâneas. Essa
situação pode ser decorrente de dois mecanismos:
Vasoconstrição generalizada, devido aos estímulos neurogênicos ou hormonais.
Redução real das hemácias.
No caso da palidez localizada ou segmentar, a principal causa é a isquemia.
Sinais vitais
• Frequência respiratória.
• Frequência cardíaca.
• Pressão arterial.
• Temperatura corporal.
Tipos de tórax
NTE
INTERESSA
• Tórax cifótico.
• Tórax cifoescoliótico.
• Tórax lordótico.
• Tórax chato.
• Tórax enfisematoso.
• Tórax raquítico.
• Tórax de pombo.
• Tórax infundibuliforme.
• Tórax pirifome.
• Tórax cônico ou em forma de sino.
• Tórax em forma de barril.
Para esta avaliação, pode ser utilizado a cirtometria, por meio da utilização
de uma fita métrica, sendo considerada como um método de baixo custo e de fácil
aplicação, através deste método são avaliados as alterações ântero posteriores da
caixa torácica e do abdome (SARMENTO, 2009).
Percussão torácica
Neste caso deve ser empregado a técnica de percussão dígito digital, onde
a mão vai realizar uma percussão em contato com o tórax do paciente por meio
das falanges distais estando perpendicularmente ao maior eixo do corpo, sendo
que os outros dedos devem ficar afastados (SARMENTO, 2009):
57
UNIDADE 1 — ANATOMIA DO SISTEMA RESPIRATÓRIO E DO SISTEMA CARDIOVASCULAR
Som timpânico
Som submaciço
Som maciço
58
TÓPICO 3 — ANATOMIA, SEMIOLOGIA E AVALIAÇÃO DO SISTEMA CARDIOVASCULAR
E
IMPORTANT
Ausculta pulmonar
59
UNIDADE 1 — ANATOMIA DO SISTEMA RESPIRATÓRIO E DO SISTEMA CARDIOVASCULAR
Existem vários cuidados que devem ser tomados com relação a utilização
do estetoscópio:
• Deve ser colocado os ouvidos nas olivas, de forma que faça uma ligeira
inclinação nas olivas para que estas fiquem perpendicularmente nos ouvidos.
A inclinação deve acompanhar o sentido ântero posterior e nunca o contrário,
visto que o conduto do estetoscópio precisa acompanhar o sentido do canal do
ouvido externo (SARMENTO, 2009).
• Deve ser acoplado no tórax por meio de uma pressão suficiente para que possa
eliminar a fricção do estetoscópio com a pele ou com os pelos.
• O tubo condutor do estetoscópio deve estar estendido e livre, visto que se estiver
retorcido ou ainda esfregando nos objetos, como as roupas, que podem levar
ao aparecimento dos sons bastante audíveis que podem neste caso mascarar os
sons que são provenientes dos pulmões (SARMENTO, 2009).
NOTA
Esses cuidados vão auxiliar na ausculta para que esta não fique prejudicada,
este procedimento deve ser realizado com o paciente com o tórax desnudo, de maneira
que seja evitado a existência de interferências decorrentes da captação de sons presentes
na roupa do paciente.
60
TÓPICO 3 — ANATOMIA, SEMIOLOGIA E AVALIAÇÃO DO SISTEMA CARDIOVASCULAR
FONTE: O autor
Sons pulmonares
• Normais.
• Patológicos (COSTA, 1999).
61
UNIDADE 1 — ANATOMIA DO SISTEMA RESPIRATÓRIO E DO SISTEMA CARDIOVASCULAR
Murmúrio vesicular
Nos indivíduos mais magros o tórax possui uma parede mais delgada,
portanto, a ausculta é mais facilitada do que no caso dos indivíduos obesos que
possuem uma parede torácica mais espessa, estes sons portanto vão estar mais
abafados nas regiões ósseas ou nas regiões de maior volume tecidual, como na
região das mamas femininas (COSTA, 1999).
Para que o murmúrio vesicular possa ser melhor auscultado, é preciso que
tanto a velocidade como a profundidade da respiração não estejam modificadas.
Além das modificações decorrentes da anatomia externa dos indivíduos, o
murmúrio vesicular pode estar elevado ou reduzido devido uma maior ou menor
ventilação no local onde está sendo realizado a ausculta (SARMENTO, 2009).
Se uma área do pulmão não for bem ventilada o murmúrio vesicular vai
estar reduzido na região torácica correspondente, e, possivelmente, vai estar
aumentado em uma região vizinha.
62
TÓPICO 3 — ANATOMIA, SEMIOLOGIA E AVALIAÇÃO DO SISTEMA CARDIOVASCULAR
• Agregados.
• Não agregados.
Os sons agregados são os sons que não modificam, ou seja, não abafam
o murmúrio vesicular, enquanto os não agregados são os sons que modificam
ou seja encobrem o murmúrio vesicular, todos os sopros respiratórios são
considerados como sons não agregados (SARMENTO, 2009).
Estertores
63
UNIDADE 1 — ANATOMIA DO SISTEMA RESPIRATÓRIO E DO SISTEMA CARDIOVASCULAR
Esses sons vão estar presentes nas duas fases da respiração, mas
principalmente ao final da inspiração. Os estertores úmidos são considerados um
som típico de secreções soltas nas vias inferiores. Existem algumas interpretações
e classificações quanto aos estertores úmidos, sendo a mais utilizada aquela que
separa em crepitantes e bolhosos (SARMENTO, 2009).
Frote pleural
64
TÓPICO 3 — ANATOMIA, SEMIOLOGIA E AVALIAÇÃO DO SISTEMA CARDIOVASCULAR
FONTE: O autor
Sopro tubário
Esse som auscultado é mais alto do que o murmúrio vesicular e mais baixo
do que a respiração laringo traqueal (SARMENTO, 2009).
Sopro broncovesicular
65
UNIDADE 1 — ANATOMIA DO SISTEMA RESPIRATÓRIO E DO SISTEMA CARDIOVASCULAR
Sopro de compressão
Sopro anfórico
Angina
NTE
INTERESSA
66
TÓPICO 3 — ANATOMIA, SEMIOLOGIA E AVALIAÇÃO DO SISTEMA CARDIOVASCULAR
FONTE: O autor
O desconforto torácico deve ser avaliado para que possa ser estabelecido
se essa dor é, realmente, uma angina ou se existe alguma outra origem.
• Opressão.
• Aperto.
• Peso (REGENGA, 2002).
• meio do tórax;
• área epigástrica;
• braço esquerdo;
• queixo;
• costas (REGENGA, 2002).
NOTA
• isquêmica;
• não isquêmica;
• As causas isquêmicas podem ser:
• arteriosclerose coronariana;
• doença coronariana estável;
• estenose aórtica;
• cardiomiopatia hipertrófica;
• regurgitação aórtica;
• hipertensão sistêmica grave;
68
TÓPICO 3 — ANATOMIA, SEMIOLOGIA E AVALIAÇÃO DO SISTEMA CARDIOVASCULAR
• hipóxia severa.
• As causas não isquêmicas podem ser:
• dissecção aórtica;
• pericardite;
• síndrome do prolapso da valva mitral (RUNGE; OHMAN, 2006).
• embolia pulmonar;
• pneumotórax;
• doença pulmonar obstrutiva crônica;
• pleuristia (RUNGE; OHMAN, 2006).
• ansiedade;
• depressão;
• psicose cardíaca (RUNGE; OHMAN, 2006).
• pernas;
• braços.
69
UNIDADE 1 — ANATOMIA DO SISTEMA RESPIRATÓRIO E DO SISTEMA CARDIOVASCULAR
Ausculta cardíaca
Bulhas cardíacas
FONTE: O autor
70
TÓPICO 3 — ANATOMIA, SEMIOLOGIA E AVALIAÇÃO DO SISTEMA CARDIOVASCULAR
ATENCAO
Sopros
E
IMPORTANT
Existem alguns sopros que podem ser considerados como não graves, visto
que não estão associados com um problema cardíaco mais grave. Normalmente,
o sopro está relacionado com os problemas localizados nas valvas.
71
UNIDADE 1 — ANATOMIA DO SISTEMA RESPIRATÓRIO E DO SISTEMA CARDIOVASCULAR
Frequência cardíaca
72
TÓPICO 3 — ANATOMIA, SEMIOLOGIA E AVALIAÇÃO DO SISTEMA CARDIOVASCULAR
Débito cardíaco
73
UNIDADE 1 — ANATOMIA DO SISTEMA RESPIRATÓRIO E DO SISTEMA CARDIOVASCULAR
Pressão arterial
FONTE: <https://image.shutterstock.com/image-photo/human-check-blood-pressure-monitor-
600w-730380310.jpg>. Acesso em: 28 jun. 2020.
74
TÓPICO 3 — ANATOMIA, SEMIOLOGIA E AVALIAÇÃO DO SISTEMA CARDIOVASCULAR
LEITURA COMPLEMENTAR
Filipe Ferrari
INTRODUÇÃO
75
UNIDADE 1 — ANATOMIA DO SISTEMA RESPIRATÓRIO E DO SISTEMA CARDIOVASCULAR
Dados mais recentes indicam que até o dia 23 de abril o número de casos
confirmados de COVID-19 excediam 2.700.000 no mundo. Em 30 de janeiro de
2020, 9.976 casos de COVID-19 haviam sido relatados em pelo menos 21 países.
Um mês depois, foram confirmados 83.652 casos, com 2.791 óbitos (mortalidade
de 3,4%). Foram relatados casos em 24 países, em 5 continentes. No Brasil, espe-
cificamente, até 3 de março, haviam sido registrados 488 casos suspeitos, em 23
estados. Adicionalmente, até 23 de abril haviam sido confirmados aproximada-
mente 49.500 casos e 3.313 óbitos por COVID-19 no Brasil. Na Itália, em 20 feve-
reiro, um homem jovem na região de Lombardia foi internado com pneumonia
atípica que mais tarde provou ser COVID-19. Durante as 24 horas seguintes, hou-
ve mais 36 casos, nenhum dos quais havia tido contato com o primeiro paciente
ou com outros casos confirmados de COVID-19. Infelizmente, apesar de medidas
agressivas de contenção, a doença continua a se espalhar e o número de pacientes
afetados está aumentando. A taxa de letalidade não está baixa, e predomina em
pacientes idosos. Portanto, atenção especial deve ser dada a essa população.
Crianças
76
TÓPICO 3 — ANATOMIA, SEMIOLOGIA E AVALIAÇÃO DO SISTEMA CARDIOVASCULAR
que lesão cardíaca aguda, choque e arritmia estavam presentes em 7,2%, 8,7%
e 16,7% dos pacientes, respectivamente, e a sua prevalência era mais alta entre
pacientes que necessitaram cuidados intensivos. Baseado no fato de que o vírus
pode causar danos ao sistema cardiovascular, atenção cuidadosa deve ser dada à
proteção cardiovascular durante o tratamento para COVID-19. De fato, doenças
cardiovasculares e hipertensão foram associadas a uma taxa de letalidade
aumentada de COVID-19 na China.
77
UNIDADE 1 — ANATOMIA DO SISTEMA RESPIRATÓRIO E DO SISTEMA CARDIOVASCULAR
Considerações finais
78
RESUMO DO TÓPICO 3
Neste tópico, você aprendeu que:
79
• Todos os sinais vitais devem ser verificados em todos os pacientes.
• Deve ser verificado o tipo de som pulmonar que está presente em cada paciente.
CHAMADA
80
AUTOATIVIDADE
I- Valva mitral.
II- Valva aórtica.
III- Valva tricúspide.
IV- Valva pulmonar.
I- Normolíneo.
II- Brevilíneo.
III- Longilíneo.
82
REFERÊNCIAS
COSTA, D. Fisioterapia respiratória básica. Rio de Janeiro: Editora
Atheneu, 1999.
83
84
UNIDADE 2 —
ESPIROMETRIA, ELETROCARDIOGRAMA,
TREINAMENTO MUSCULAR RESPIRATÓRIO
E OXIGENIOTERAPIA
OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM
A partir do estudo desta unidade, você deverá ser capaz de:
PLANO DE ESTUDOS
Esta unidade está dividida em três tópicos. No decorrer da unidade,
você encontrará autoatividades com o objetivo de reforçar o conteúdo
apresentado.
TÓPICO 1 – ESPIROMETRIA
TÓPICO 2 – ELETROCARDIOGRAMA
85
CHAMADA
86
TÓPICO 1 —
UNIDADE 2
ESPIROMETRIA
1 INTRODUÇÃO
2 INDICAÇÕES DA ESPIROMETRIA
A palavra espirometria é originada do latim: spirare significa “respirar”
e metrum significa “medida”. Esse termo foi criado em 1789, quando alguns
pesquisadores estavam estudando como fazer a verificação dos volumes dentro
dos pulmões (GUYTON, 2017).
FIGURA 1 – ESPIROMETRIA
87
UNIDADE 2 — ESPIROMETRIA, ELETROCARDIOGRAMA, TREINAMENTO MUSCULAR RESPIRATÓRIO E OXIGENIOTERAPIA
A realização do teste deve ser feita de forma cuidadosa, tendo, como foco,
a necessidade de impedir os vazamentos em volta do bocal, como a realização
da inspiração máxima logo após a expiração rápida e sustentada até que o
profissional estabeleça o término (SARMENTO, 2009).
ATENCAO
88
TÓPICO 1 — ESPIROMETRIA
E
IMPORTANT
NTE
INTERESSA
89
UNIDADE 2 — ESPIROMETRIA, ELETROCARDIOGRAMA, TREINAMENTO MUSCULAR RESPIRATÓRIO E OXIGENIOTERAPIA
E
IMPORTANT
O único critério que pode ser considerado para a eliminação do teste por
completo é a falta quanto à realização de testes que podem ser considerados como
aceitáveis após oito tentativas.
90
TÓPICO 1 — ESPIROMETRIA
A capacidade vital forçada pode ser menor do que a capacidade vital nos
pacientes com doenças obstrutivas, quando a expiração forçada acaba causando
um colapso bronquiolar, decorrente do aprisionamento de ar. No caso, o ar está
preso no alvéolo e não tem como ser expirado, produzindo uma capacidade vital
forçada menor do que a capacidade vital. A capacidade vital forçada também está
reduzida devido a um aprisionamento de muco e um estreitamento bronquiolar,
como observado nas bronquites crônicas, asma crônica ou aguda, bronquictasias,
e na fibrose cística, além de estar, também, nos pacientes com tumor.
91
UNIDADE 2 — ESPIROMETRIA, ELETROCARDIOGRAMA, TREINAMENTO MUSCULAR RESPIRATÓRIO E OXIGENIOTERAPIA
Legenda: FVC = Capacidade vital forçada, FEV1 = Volume expiratório forçado no primeiro
segundo e FEF = Fluxo expiratório forçado.
FONTE: Ruppel (1994, p. 53)
• Espirometria e obstrução
92
TÓPICO 1 — ESPIROMETRIA
• Espirometria e restrição
93
UNIDADE 2 — ESPIROMETRIA, ELETROCARDIOGRAMA, TREINAMENTO MUSCULAR RESPIRATÓRIO E OXIGENIOTERAPIA
• VEF0,5.
• VEF1.
• VEF2.
• VEF3 (SARMENTO, 2009).
NTE
INTERESSA
O fluxo aéreo está limitado em função de uma redução das vias aéreas
durante a expiração forçada. A obstrução das vias aéreas pode ser decorrente
da secreção com muco, broncoespasmo, e inflamação, consistentes com asma e
bronquite (SARMENTO, 2009).
94
TÓPICO 1 — ESPIROMETRIA
NOTA
95
UNIDADE 2 — ESPIROMETRIA, ELETROCARDIOGRAMA, TREINAMENTO MUSCULAR RESPIRATÓRIO E OXIGENIOTERAPIA
96
TÓPICO 1 — ESPIROMETRIA
O FEF25%-75% diminuído pode ser observado algumas vezes nos casos nos
quais estão presentes padrões obstrutivos moderados ou severos (RUPPEL,
1994). Quando a lesão é restritiva, é decorrente de uma redução na área da secção
transversa nas pequenas vias aéreas.
97
UNIDADE 2 — ESPIROMETRIA, ELETROCARDIOGRAMA, TREINAMENTO MUSCULAR RESPIRATÓRIO E OXIGENIOTERAPIA
Pico de fluxo
A seguir, será demonstrada uma curva de fluxo por volume, sendo que,
no eixo X, o volume estará sendo avaliado e, no eixo Y, o fluxo.
98
TÓPICO 1 — ESPIROMETRIA
litros
99
UNIDADE 2 — ESPIROMETRIA, ELETROCARDIOGRAMA, TREINAMENTO MUSCULAR RESPIRATÓRIO E OXIGENIOTERAPIA
100
TÓPICO 1 — ESPIROMETRIA
• sexo;
• altura;
• idade;
• raça;
• peso corporal;
• altitude;
• técnica;
• estado de saúde;
• poluições ocupacional e ambiental;
• estado social e econômico;
• crescimento corporal (RUPPEL, 1994).
Sexo
Altura
É necessário que seja inserida uma observação nos resultados, visto que
o volume pulmonar pode não acompanhar a altura de forma tão precisa nesses
casos extremos. Os fluxos expiratórios costumam ser mais variáveis entre os
indivíduos da mesma altura do que os volumes (SARMENTO, 2009).
Idade
101
UNIDADE 2 — ESPIROMETRIA, ELETROCARDIOGRAMA, TREINAMENTO MUSCULAR RESPIRATÓRIO E OXIGENIOTERAPIA
NOTA
Raça
Peso corporal
Altitude
Os indivíduos que residem nos locais com altas altitudes têm pulmões
maiores. Com relação ao Brasil, é um fator que apresenta uma pequena
importância (RUPPEL, 1994).
Técnica
• Equipamento.
• Procedimento utilizado.
• Observador.
• Indivíduo testado.
Estado de saúde
Crescimento corporal
103
UNIDADE 2 — ESPIROMETRIA, ELETROCARDIOGRAMA, TREINAMENTO MUSCULAR RESPIRATÓRIO E OXIGENIOTERAPIA
Aplicações da espirometria
Quantificação da doença
104
TÓPICO 1 — ESPIROMETRIA
• Individual.
• Coletiva.
Individual
Nos fumantes, a doença, nas pequenas vias aéreas, pode ser observada
de forma precoce, muitos anos antes do desenvolvimento da doença pulmonar
obstrutiva crônica, estando clinicamente evidente (RUPPEL, 1994).
NOTA
Coletivo
105
UNIDADE 2 — ESPIROMETRIA, ELETROCARDIOGRAMA, TREINAMENTO MUSCULAR RESPIRATÓRIO E OXIGENIOTERAPIA
NTE
INTERESSA
FONTE: O autor
106
RESUMO DO TÓPICO 1
Neste tópico, você aprendeu que:
• Devem ser seguidos os critérios de aceitação dos exames, para que a espirometria
possa ser considerada como fidedigna.
• Existem vários fatores que podem afetar a função pulmonar, por isso, o
conhecimento deles é fundamental.
107
AUTOATIVIDADE
a) ( ) FEF25%-75%.
b) ( ) CV.
c) ( ) VEF1.
d) ( ) CVF.
4 Existem vários fatores que afetam a função pulmonar, como sexo, altura,
idade, raça, peso corporal, altitude, técnica, estado de saúde, poluições
ocupacional e ambiental, estados social e econômico e crescimento corporal.
Assinale a alternativa CORRETA, que apresenta a idade, no sexo masculino,
em que são atingidos os valores máximos da capacidade vital forçada:
108
a) ( ) 25 anos.
b) ( ) 20 anos.
c) ( ) 27 anos.
d) ( ) 29 anos.
5 O pico de fluxo, ou peak flow, é a variável que é medida em litros por segundo
ou litros por minuto. Assinale a alternativa CORRETA, que apresenta o que
é o pico de fluxo, ou peak flow:
109
TÓPICO 2 —
UNIDADE 2
ELETROCARDIOGRAMA
1 INTRODUÇÃO
2 INTRODUÇÃO AO ELETROCARDIOGRAMA
Willen Einthoven foi um físico holandês que utilizou o eletrocardiograma
pela primeira vez em 1902, ganhando, em 1924, o prêmio Nobel de Medicina.
Inicialmente, o número de derivações era três e, posteriormente, passaram a ser
utilizadas 12 derivações, porém, os princípios básicos continuaram sendo os
mesmos (GUYTON, 2017).
NTE
INTERESSA
110
TÓPICO 2 — ELETROCARDIOGRAMA
FIGURA 8 – ELETROCARDIOGRAMA
FONTE: <https://image.shutterstock.com/image-photo/doctor-cardiologist-stethoscope-hand-
ekg-600w-458338498.jpg>. Acesso em: 30 jun. 2020.
111
UNIDADE 2 — ESPIROMETRIA, ELETROCARDIOGRAMA, TREINAMENTO MUSCULAR RESPIRATÓRIO E OXIGENIOTERAPIA
E
IMPORTANT
3 PAPEL MILIMETRADO
Todo o registro do eletrocardiograma é realizado através de um papel
milimetrado, por meio de linhas horizontais e verticais, que demonstram a captação
de todos os batimentos cardíacos. A cada linha, existem pequenos quadrados de
1 mm. A cada cinco linhas mais claras, existe uma linha mais escura. A distância
entre uma linha mais escura e a seguinte corresponde a cinco quadrados ou 5
mm. Ainda, velocidade do traçado eletrocardiográfico é de, geralmente, 25 mm/s
(NETO et al., 2019).
ATENCAO
112
TÓPICO 2 — ELETROCARDIOGRAMA
FONTE: <https://image.shutterstock.com/image-photo/blank-electrocardiogram-record-paper-
600w-398497006.jpg>. Acesso em: 4 nov. 2020.
Onda P
FIGURA 10 – ONDA P
113
UNIDADE 2 — ESPIROMETRIA, ELETROCARDIOGRAMA, TREINAMENTO MUSCULAR RESPIRATÓRIO E OXIGENIOTERAPIA
Complexo QRS
Onda T
FIGURA 12 – ONDA T
Onda U
A onda U, geralmente, não é visualizada no eletrocardiograma, o que se
sabe é que essa onda está relacionada com a despolarização do nodo sinusal,
sendo considerado, portanto, um evento eletrocardiográfico silencioso (RUNGE;
OHMAN, 2006), conforme poderá ser observado. No centro da figura, estará
demonstrada a onda U no eletrocardiograma.
114
TÓPICO 2 — ELETROCARDIOGRAMA
FIGURA 13 – ONDA U
FONTE: <https://image.shutterstock.com/image-photo/presenting-marked-ecg-
600w-1087901306.jpg>. Acesso em: 30 jun. 2020.
Segmento PR e intervalo PR
115
UNIDADE 2 — ESPIROMETRIA, ELETROCARDIOGRAMA, TREINAMENTO MUSCULAR RESPIRATÓRIO E OXIGENIOTERAPIA
E
IMPORTANT
Segmento ST e Intervalo QT
116
TÓPICO 2 — ELETROCARDIOGRAMA
Intervalo PR
Segmento
ST
Segmento
PR
Intervalo
QT
FONTE: O autor
117
UNIDADE 2 — ESPIROMETRIA, ELETROCARDIOGRAMA, TREINAMENTO MUSCULAR RESPIRATÓRIO E OXIGENIOTERAPIA
FONTE: <https://image.shutterstock.com/image-photo/electrocardiogram-ecg-hand-female-
doctor-600w-641791231.jpg>. Acesso em: 30 jun. 2020.
118
TÓPICO 2 — ELETROCARDIOGRAMA
E
IMPORTANT
5 TIPOS DE ARRITMIAS
Existem vários tipos de arritmias existentes, agrupadas em quatro
categorias, conforme poderá ser observado.
FONTE: O autor
119
UNIDADE 2 — ESPIROMETRIA, ELETROCARDIOGRAMA, TREINAMENTO MUSCULAR RESPIRATÓRIO E OXIGENIOTERAPIA
Ritmo variável
O ritmo variável é definido como um ritmo irregular em uma sequência
normal de ondas (P-QRS-T), porém, com alterações contínuas no ritmo. Os
principais exemplos são:
• Arritmia sinusal.
• Marca-passo migratório.
• Fibrilação atrial.
Arritmia sinusal
Marca-passo migratório
Fibrilação atrial
120
TÓPICO 2 — ELETROCARDIOGRAMA
6 EXTRASSÍSTOLES
As extrassístoles também são chamadas de batimentos suplementares,
sendo iguais às ondas que aparecem antes do tempo em que deveriam ocorrer.
As extrassístoles têm, como causas, as descargas prematuras de vários focos
ectópicos, pois esses focos são gerados de ondas que iniciam, mais cedo, o
estímulo. A seguir, serão demonstrados os vários tipos de extrassístoles (atrial,
atrioventricular e ventricular).
FONTE: O autor
Extrassístole atrial
Extrassístole nodal
Extrassístole ventricular
Na extrassístole ventricular, existe um foco ectópico que é originado no
ventrículo. Esse impulso da extrassístole ventricular não acompanha o sistema
de condução habitual para os ramos do Feixe de His. Portanto, essa condução é
lenta, originando um complexo QRS muito alargado. Normalmente, em condições
normais, o sistema de ramos do Feixe de His conduz os estímulos elétricos
normais de despolarização ventricular de forma muito rápida, originando um
complexo QRS mais estreito (RUNGE; OHMAN, 2006).
121
UNIDADE 2 — ESPIROMETRIA, ELETROCARDIOGRAMA, TREINAMENTO MUSCULAR RESPIRATÓRIO E OXIGENIOTERAPIA
FONTE: O autor
FIGURA 22 – BIGEMINISMO
FONTE: <https://image.shutterstock.com/image-photo/ventricular-extrasystole-bigeminism-
cardiac-arrhythmia-600w-1422227273.jpg>. Acesso em: 4 dez. 2020.
122
TÓPICO 2 — ELETROCARDIOGRAMA
NOTA
7 BATIMENTOS DE ESCAPE
Os batimentos de escape surgem quando o marca-passo normal não
consegue produzir um estímulo durante um ou mais ciclos, ou seja, é a descarga
de um foco ectópico impaciente. Quando o nodo sinusal acaba não disparando seu
estímulo de forma regular, normal, o coração acaba ficando, de forma temporária,
silencioso (NETO et al., 2019).
123
UNIDADE 2 — ESPIROMETRIA, ELETROCARDIOGRAMA, TREINAMENTO MUSCULAR RESPIRATÓRIO E OXIGENIOTERAPIA
ATENCAO
• Taquicardia paroxística.
• Flutter atrial.
• Flutter ventricular.
• Fibrilação atrial.
• Fibrilação ventricular (RUNGE; OHMAN, 2006).
FONTE: <https://image.shutterstock.com/image-vector/atrial-fibrillation-vector-professional-
information-600w-91843748.jpg>. Acesso em: 4 nov. 2020.
124
TÓPICO 2 — ELETROCARDIOGRAMA
• Bloqueio sinusal.
• Bloqueio atrioventricular.
• Bloqueio ventricular (NETO et al., 2019).
125
UNIDADE 2 — ESPIROMETRIA, ELETROCARDIOGRAMA, TREINAMENTO MUSCULAR RESPIRATÓRIO E OXIGENIOTERAPIA
7.3 INFARTO
A aterosclerose pode ocluir uma artéria coronária, ou uma placa
ateromatosa, constituindo o local de um trombo que oclui a artéria coronária. A
oclusão da artéria coronária produz o infarto do miocárdio, o qual ocorre quando
uma artéria coronária, que serve o ventrículo esquerdo, fica ocluída, deixando
uma área do miocárdio sem suprimento sanguíneo (NETO et al., 2019).
NOTA
126
TÓPICO 2 — ELETROCARDIOGRAMA
FIGURA 26 – INFARTO
127
UNIDADE 2 — ESPIROMETRIA, ELETROCARDIOGRAMA, TREINAMENTO MUSCULAR RESPIRATÓRIO E OXIGENIOTERAPIA
ATENCAO
128
TÓPICO 2 — ELETROCARDIOGRAMA
NTE
INTERESSA
Nas seis derivações periféricas, todos os eletrodos estão inseridos nos braços
e nas pernas.
Já as seis derivações precordiais recebem esse nome pois elas dão uma
volta no coração.
Derivações Bipolares
• DI.
• DII.
• DIII.
II
DI
Derivações Unipolares
Nessas derivações, existe apenas um único polo, o positivo. São chamadas de:
• aVR.
• aVL.
• aVF.
iva
R
açã
der
o
FONTE: <https://www.shutterstock.com/pt/image-illustration/einthoven-ecg-triangle-including-
augmented-unipolar-1778571164>. Acesso em: 30 jun. 2020.
Derivações precordiais
130
TÓPICO 2 — ELETROCARDIOGRAMA
FONTE: O autor
FONTE: <https://image.shutterstock.com/image-vector/vector-illustration-electrocardiogram-
chest-leads-600w-677692399.jpg>. Acesso em: 30 jun. 2020.
131
UNIDADE 2 — ESPIROMETRIA, ELETROCARDIOGRAMA, TREINAMENTO MUSCULAR RESPIRATÓRIO E OXIGENIOTERAPIA
Eletrocardiograma de esforço
E
IMPORTANT
132
TÓPICO 2 — ELETROCARDIOGRAMA
• DII modificada.
• V2 modificada.
• CM5 ou MC5.
Estas mudanças quanto à localização dos eletrodos devem ser feitas pois
durante o exercício físico vai ocorrer uma grande movimentação tanto dos braços
como também das pernas e caso os eletrodos continuassem nestes locais como no
eletrocardiograma de repouso, a captação dos sinais eletrocardiográficos estaria
muito prejudicada, ocasionando muitas interferências no traçado.
133
RESUMO DO TÓPICO 2
Neste tópico, você aprendeu que:
• Existem três derivações bipolares, que recebem esse nome pois são formadas
por dois polos: o polo positivo e o polo negativo. Fazem parte das derivações
periféricas.
• Existem três derivações unipolares, que recebem esse nome pois são formadas
por um único polo, o polo positivo, fazendo parte das derivações periféricas.
• Existem seis derivações precordiais que recebem esse nome pois estão
localizadas em volta do coração.
• Existem várias causas que precisam ser levadas em consideração, pois elas
podem interferir no traçado eletrocardiográfico.
134
AUTOATIVIDADE
135
a) ( ) V1, V2 e V3.
b) ( ) DI, DII e DIII.
c) ( ) B1, B2 e B3.
d) ( ) aVR, aVL e aVF.
a) ( ) V4.
b) ( ) V1.
c) ( ) V6.
d) ( ) V2.
136
137
TÓPICO 3 —
UNIDADE 2
1 INTRODUÇÃO
E
IMPORTANT
138
TÓPICO 3 — TREINAMENTO DOS MÚSCULOS RESPIRATÓRIOS NAS PATOLOGIAS PULMONARES E CARDÍACAS
E OXIGENIOTERAPIA
NOTA
ATENCAO
Os valores das pressões respiratórias máximas possuem uma grande relação com as
seguintes variáveis:
• sexo;
• altura;
• idade;
• peso corporal.
139
UNIDADE 2 — ESPIROMETRIA, ELETROCARDIOGRAMA, TREINAMENTO MUSCULAR RESPIRATÓRIO E OXIGENIOTERAPIA
Esses valores das pressões também apresentam uma grande relação com
a cirtometria tóraco abdominal em todos os níveis axilar, xifoidiano e abdominal
(SARMENTO, 2009).
• Hiperpneia voluntária.
• Carga resistiva inspiratória.
• Carga limiar inspiratória.
• Ventilação voluntária máxima (SARMENTO, 2009).
140
TÓPICO 3 — TREINAMENTO DOS MÚSCULOS RESPIRATÓRIOS NAS PATOLOGIAS PULMONARES E CARDÍACAS
E OXIGENIOTERAPIA
141
UNIDADE 2 — ESPIROMETRIA, ELETROCARDIOGRAMA, TREINAMENTO MUSCULAR RESPIRATÓRIO E OXIGENIOTERAPIA
E
IMPORTANT
Essa variável está reduzida tanto nos pacientes que possuem doenças obs-
trutivas e restritivas moderadas e severas como nos pacientes cardiovasculares.
Esta redução também está presente no caso dos pacientes pós-operatórios de ci-
rurgias, principalmente as abdominais e as torácicas, principalmente no caso das
doenças cardíacas (RUPPEL, 1994).
3 OXIGENIOTERAPIA
O oxigênio é uma molécula fundamental para garantir a vida de
praticamente toda as formas de vida mais evoluídas, porém para uma grande
parte dos micro organismos o oxigênio não é necessário para a sobrevivência.
Para a continuação da vida, é necessário a presença do oxigênio, uma vez que é
considerado como um dos principais encarregados para a nutrição de todas as
células e de todos os tecidos e órgãos do corpo humano (GUYTON, 2017).
Importância da aerossolterapia
142
TÓPICO 3 — TREINAMENTO DOS MÚSCULOS RESPIRATÓRIOS NAS PATOLOGIAS PULMONARES E CARDÍACAS
E OXIGENIOTERAPIA
E
IMPORTANT
• Inodoro.
• Insípido.
• Transparente.
• Provedor da combustão (GUYTON, 2017).
Número atômico 8
Peso atômico 15,9994
Ponto de fusão -218,4°C
Ponto de ebulição 138°C
Densidade 1,429g/L
Estados de oxidação -2
Configuração eletrônica 1s22s22p4
143
UNIDADE 2 — ESPIROMETRIA, ELETROCARDIOGRAMA, TREINAMENTO MUSCULAR RESPIRATÓRIO E OXIGENIOTERAPIA
3.1 CONCEITOS
Uma das principais indicações da oxigenioterapia é nos casos de hipoxemia,
sendo observada nos casos em que a pressão parcial de oxigênio está menor que
60 mmHg ou SpO2 menor que 88% no ar ambiente onde é verificado a fração de
oxigênio do ar inspirado de 21% (FiO2 = 21%). A finalidade da oxigenioterapia é
manter a pressão parcial de oxigênio no sangue arterial com os valores padrões
ou próximos do padrão (SARMENTO, 2009).
FIGURA 33 – OXIGENIOTERAPIA
Para a sua indicação é essencial que as metas estejam muito claras com
relação ao percentual do fluxo ofertado, além do sistema para administração do
oxigênio e o tempo de aplicação da técnica (GUYTON, 2017). Além da realização
da correção da hipoxemia e a melhora oferta do oxigênio para as células, os
objetivos da oxigenioterapia são os seguintes:
144
TÓPICO 3 — TREINAMENTO DOS MÚSCULOS RESPIRATÓRIOS NAS PATOLOGIAS PULMONARES E CARDÍACAS
E OXIGENIOTERAPIA
FONTE: O autor
145
UNIDADE 2 — ESPIROMETRIA, ELETROCARDIOGRAMA, TREINAMENTO MUSCULAR RESPIRATÓRIO E OXIGENIOTERAPIA
NTE
INTERESSA
146
TÓPICO 3 — TREINAMENTO DOS MÚSCULOS RESPIRATÓRIOS NAS PATOLOGIAS PULMONARES E CARDÍACAS
E OXIGENIOTERAPIA
• Dissolvido no plasma.
• Ligado à hemoglobina (GUYTON, 2017).
147
UNIDADE 2 — ESPIROMETRIA, ELETROCARDIOGRAMA, TREINAMENTO MUSCULAR RESPIRATÓRIO E OXIGENIOTERAPIA
• Constituição do ar inspirado.
• Frequência da ventilação alveolar.
• Eficiência da troca gasosa entre os pulmões e o sangue (TORTORA, 2011).
• Hipoxemia.
• Hipóxia.
Oximetria
148
TÓPICO 3 — TREINAMENTO DOS MÚSCULOS RESPIRATÓRIOS NAS PATOLOGIAS PULMONARES E CARDÍACAS
E OXIGENIOTERAPIA
FIGURA 35 – OXÍMETRO
FONTE: <https://image.shutterstock.com/image-photo/pulse-oximeter-on-patients-hand-
600w-389892127.jpg>. Acesso em: 4 nov. 2020.
4 INDICAÇÕES DA OXIGENIOTERAPIA
O oxigênio passou a ser utilizado ao longo dos anos na área industrial e
também na área hospitalar, através da terapia com o oxigênio, sendo chamado de
oxigenioterapia (SARMENTO, 2020).
E
IMPORTANT
149
UNIDADE 2 — ESPIROMETRIA, ELETROCARDIOGRAMA, TREINAMENTO MUSCULAR RESPIRATÓRIO E OXIGENIOTERAPIA
• Indicação.
• Efeitos.
• Toxicidade.
• Formas de administração (SARMENTO, 2020).
• Agitação.
• Confusão mental.
• Taquipneia.
• Taquicardia.
• Arritmias.
• Cianose central.
• Hipotensão arterial (SARMENTO, 2020).
• Hipóxia hipóxica.
• Hipóxia anêmica.
• Hipóxia isquêmica.
• Hipóxia histotóxica (SARMENTO, 2020).
150
TÓPICO 3 — TREINAMENTO DOS MÚSCULOS RESPIRATÓRIOS NAS PATOLOGIAS PULMONARES E CARDÍACAS
E OXIGENIOTERAPIA
ATENCAO
152
5.5 MÁSCARAS SIMPLES E COM RESERVATÓRIO
DE OXIGÊNIO
O oxigênio pode ser utilizado através de várias concentrações, que variam
entre 35 a 100%, com fluxos de 6 a 15 l/min, pois existem máscaras de vários
modelos e tipos de materiais. A máscara com um reservatório simples e um
recipiente adicional permitem a reutilização parcial do oxigênio, que deve ser
reinalado no início do próximo ciclo ventilatório, economizando em torno de 30 a
50% do gás. Para que isso possa ocorrer, é necessário que a máscara esteja fixada
na face do paciente (SARMENTO, 2020).
153
Esse método é o mais seguro e preciso em relação à liberação da
concentração necessária de oxigênio, não levando em consideração, no caso, a
profundidade ou a frequência da respiração (SARMENTO, 2020). A máscara de
Venturi utiliza o princípio de Bernoulli com relação à captação de ar, fazendo
com que a pressão do jato fique constante na mistura. É um fenômeno físico
fundamentado na rápida velocidade do oxigênio, movendo-se através de uma
abertura estreita, que permite executar uma força em volta da qual é criada uma
diferença de pressão subatmosférica quando há comparação aos gases ao redor
(SARMENTO, 2009).
ATENCAO
154
FIGURA 39 – EFEITOS DELETÉRIOS DA UTILIZAÇÃO DO OXIGÊNIO
FONTE: O autor
• Fase 1.
• Fase 2.
• Fase 3.
• Fase 4.
• Fase 5 (SARMENTO, 2009).
Fase 1
Fase 2
155
Fase 3
Fase 4
Fase 5
NOTA
156
LEITURA COMPLEMENTAR
157
A espirometria existe desde 1846. Ela foi inventada por John Huntchinson
que, através deste instrumento, conseguia medir exalações máximas dos doentes
a partir da capacidade pulmonar total, aquilo a que chamou de capacidade vital
forçada através da manobra expiratória seguida de inspiração total, e que estaria
intimamente relacionada a uma medida de saúde global, uma vez que interage
com outros sistemas, nomeadamente o cardiovascular.
Como a maioria dos doentes com DPOC recebe o seu tratamento nos cuida-
dos de saúde primários, este trabalho tem como objetivo rever a literatura sobre o
uso e qualidade da espirometria no diagnóstico desta doença, assim como os fato-
res que condicionam a sua implementação global nos cuidados de saúde primários.
Interpretação da espirometria
158
não a consideravam diagnóstica de DPOC, apenas obstrução severa foi aceite
como diagnóstica de DPOC. Isto significa que a eficácia de programas de rastreio
será muito baixa se a DPOC não for diagnosticada em indivíduos nos estádios
iniciais de doença.
159
RESUMO DO TÓPICO 3
Neste tópico, você aprendeu que:
• A avaliação da força muscular respiratória pode ser feita por meio da medida
das pressões respiratórias inspiratórias e expiratórias máximas.
CHAMADA
160
AUTOATIVIDADE
( ) Sexo.
( ) Altura.
( ) Idade.
( ) Peso corporal.
( ) Cirtometria tóraco abdominal.
a) ( ) V – V – V – F – V.
b) ( ) V – V – V – V – F.
c) ( ) V – F – V – V – V.
d) ( ) V – V – V – V – V.
I- Hiperpneia voluntária.
II- Carga resistiva inspiratória.
III- Carga limiar inspiratória.
IV- Ventilação voluntária máxima.
a) ( ) I – 3; II – 4; III – 2; IV – 1.
b) ( ) I – 2; II – 4; III – 1; IV – 3.
c) ( ) I – 1; II – 2; III – 3; IV – 4.
d) ( ) I – 4; II – 3; III – 1; IV – 2.
161
3 O oxigênio foi descoberto por Joseph Priestley. Esse gás possui muitas
funções importantes. Com base no exposto, classifique V para as opções
verdadeiras ou F para as falsas em relação às características do oxigênio:
( ) Inodoro.
( ) Insípido.
( ) Cheiroso.
( ) Transparente.
( ) Provedor da combustão.
a) ( ) V – F – V – V.
b) ( ) F – V – V – V.
c) ( ) V – V – V – F.
d) ( ) V – V – F – V.
a) ( ) 58 a 65%.
b) ( ) 22 a 46%.
c) ( ) 16 a 25%.
d) ( ) 24 a 50%.
162
REFERÊNCIAS
BRASIL. Consolidação das leis do trabalho – CLT e normas correlatas. Brasília:
Senado Federal; Coordenação de Edições Técnicas, 2017.
163
164
UNIDADE 3 —
OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM
A partir do estudo desta unidade, você deverá ser capaz de:
PLANO DE ESTUDOS
Esta unidade está dividida em três tópicos. No decorrer da unidade,
você encontrará autoatividades com o objetivo de reforçar o conteúdo
apresentado.
165
CHAMADA
166
TÓPICO 1 —
UNIDADE 3
1 INTRODUÇÃO
167
UNIDADE 3 — ATUAÇÃO DO FISIOTERAPEUTA NO PRÉ E PÓS-OPERATÓRIO E REABILITAÇÃO CARDIOVASCULAR
ATENCAO
• Efeitos da anestesia.
• Circulação extracorpórea.
• Trauma cirúrgico (REGENGA, 2012).
E
IMPORTANT
O reconhecimento dos pacientes que são considerados de alto risco por apre-
sentarem complicações durante o pós-operatório é denominado de avaliação de risco
cirúrgico. O objetivo principal é possibilitar a utilização de medidas profiláticas, que pro-
voquem a diminuição da incidência de todos os tipos de complicações (REGENGA, 2012).
• Exercícios respiratórios.
• Mobilização precoce.
• Técnicas de higiene brônquica.
168
TÓPICO 1 — ATUAÇÃO DO FISIOTERAPEUTA NO PRÉ E PÓS-OPERATÓRIO DE CIRURGIA TORÁCICA
NOTA
Tabagismo
169
UNIDADE 3 — ATUAÇÃO DO FISIOTERAPEUTA NO PRÉ E PÓS-OPERATÓRIO E REABILITAÇÃO CARDIOVASCULAR
E
IMPORTANT
Idade
Obesidade
• a dislipidemia;
• a diabetes;
• a hipertensão;
• a hipertrofia ventricular esquerda.
170
TÓPICO 1 — ATUAÇÃO DO FISIOTERAPEUTA NO PRÉ E PÓS-OPERATÓRIO DE CIRURGIA TORÁCICA
• coleslitíase;
• esteatose hepática;
• osteoartrite;
• osteoartrose;
• apneia obstrutiva do sono;
• alterações na ventilação pulmonar;
• redução da fertilidade.
Disfunção cardíaca
• espirometria;
• pletismografia;
• raio-x;
• ausculta pulmonar.
171
UNIDADE 3 — ATUAÇÃO DO FISIOTERAPEUTA NO PRÉ E PÓS-OPERATÓRIO E REABILITAÇÃO CARDIOVASCULAR
FIGURA 1 – RAIO-X
FONTE: <https://image.shutterstock.com/image-photo/xray-chronic-obstructive-pulmonary-
disease-600w-68508205.jpg>. Acesso em: 11 jun. 2020.
ATENCAO
• frequência cardíaca;
• pressão arterial;
• variabilidade da frequência cardíaca.
• teste de caminhada de seis minutos.
Frequência cardíaca
172
TÓPICO 1 — ATUAÇÃO DO FISIOTERAPEUTA NO PRÉ E PÓS-OPERATÓRIO DE CIRURGIA TORÁCICA
Pressão arterial
• exercício físico;
• estresse mental;
• mudanças posturais (REGENGA, 2012).
173
UNIDADE 3 — ATUAÇÃO DO FISIOTERAPEUTA NO PRÉ E PÓS-OPERATÓRIO E REABILITAÇÃO CARDIOVASCULAR
Se, durante o teste, o paciente se sentir muito cansado, ele pode se sentar
para descansar e, posteriormente, voltar a fazer a caminhada (REGENGA,
2012). Quanto aos outros tipos de cirurgias, inclusive, as cardíacas, é indicado
que a espirometria seja realizada, principalmente, nos casos dos pacientes com
histórico de tabagismo crônico ou na existência de alguns sintomas respiratórios
(REGENGA, 2012).
Este teste foi proposto do ano de 1982, sendo muito utilizado em vários
programas de tratamento. É considerado também como um importante método
para a avaliação da morbidade e mortalidade dos pacientes, além é claro para a
evolução dos quadros clínicos dos pacientes.
174
TÓPICO 1 — ATUAÇÃO DO FISIOTERAPEUTA NO PRÉ E PÓS-OPERATÓRIO DE CIRURGIA TORÁCICA
- Pressão arterial;
- Frequência respiratória;
- Frequência cardíaca;
- Saturação parcial de oxigênio.
Homens: (7,57 x altura cm) – 1,76 X peso Kg) – (5,02 x idade) – 309 metros.
Mulheres: (2,11 x altura cm) – (2,29 x peso Kg) – (5,78 x idade) + 667 metros.
175
UNIDADE 3 — ATUAÇÃO DO FISIOTERAPEUTA NO PRÉ E PÓS-OPERATÓRIO E REABILITAÇÃO CARDIOVASCULAR
6 ESCORES DE RISCO
Apresentaremos o escore de risco, sendo que 10 corresponde à pontuação
máxima e -4 à pontuação mínima. Os pacientes que são considerados de maior
risco para o desenvolvimento de complicações pulmonares apresentam um escore
entre -1 e 1, já com relação ao baixo risco, o escore está entre -4 a -2 (TOPOL, 2005).
176
TÓPICO 1 — ATUAÇÃO DO FISIOTERAPEUTA NO PRÉ E PÓS-OPERATÓRIO DE CIRURGIA TORÁCICA
E
IMPORTANT
Logo após a cirurgia, deve existir uma redução média dos volumes e
capacidades em torno de 40 a 50% em relação aos valores pré-operatórios.
177
UNIDADE 3 — ATUAÇÃO DO FISIOTERAPEUTA NO PRÉ E PÓS-OPERATÓRIO E REABILITAÇÃO CARDIOVASCULAR
Anestesia geral
178
TÓPICO 1 — ATUAÇÃO DO FISIOTERAPEUTA NO PRÉ E PÓS-OPERATÓRIO DE CIRURGIA TORÁCICA
FONTE: <https://image.shutterstock.com/image-photo/pre-oxygenation-general-anesthesia-
600w-526382164.jpg>. Acesso em: 28 nov. 2020.
Esternotomia mediana
179
UNIDADE 3 — ATUAÇÃO DO FISIOTERAPEUTA NO PRÉ E PÓS-OPERATÓRIO E REABILITAÇÃO CARDIOVASCULAR
NTE
INTERESSA
Circulação extracorpórea
Vista Frontal
Vista de cima
FONTE: <https://image.shutterstock.com/image-vector/cardiopulmonary-bypass-heart-lung-
machine-600w-1370040140.jpg>. Acesso em: 4 dez. 2020.
180
TÓPICO 1 — ATUAÇÃO DO FISIOTERAPEUTA NO PRÉ E PÓS-OPERATÓRIO DE CIRURGIA TORÁCICA
• Trauma cirúrgico.
• Contato do sangue com a superfície não endotelizada do circuito extracorpóreo.
• Lesões de reperfusão posteriores ao término da circulação extracorpórea.
181
UNIDADE 3 — ATUAÇÃO DO FISIOTERAPEUTA NO PRÉ E PÓS-OPERATÓRIO E REABILITAÇÃO CARDIOVASCULAR
Disfunção diafragmática
182
TÓPICO 1 — ATUAÇÃO DO FISIOTERAPEUTA NO PRÉ E PÓS-OPERATÓRIO DE CIRURGIA TORÁCICA
O nervo frênico pode ser anterior à artéria torácica interna por volta de
70% dos casos, enquanto as artérias pericárdico frênicas se originam, diretamente
dessa artéria, em 89% das vezes (REGENGA, 2012). É preciso ter cuidado na
dissecção da artéria para impedir que ocorram lesões do nervo frênico por meio
da utilização do eletrocautério. Também pode existir a paralisia do músculo
diafragma decorrente da isquemia do nervo frênico, em consequência da lesão
da artéria pericárdico frênica durante a dissecção da artéria torácica interna
(REGENGA, 2012).
8 COMPLICAÇÕES PÓS-CIRÚRGICAS
Uma das complicações pós-cirúrgicas no pós-operatório da cirurgia
cardíaca é a analgesia, porém, esta é essencial para garantir o conforto do paciente,
além da sua importante colaboração em todo o processo.
NOTA
Deve ser tomado muito cuidado para que a dor não seja supervalorizada, visto
que a utilização dos analgésicos sem controle pode levar a uma dependência emocional,
além de física, piorando ainda mais o quadro no pós-operatório.
• Vasoconstrição.
• Hipertonia muscular.
• Taquicardia.
183
UNIDADE 3 — ATUAÇÃO DO FISIOTERAPEUTA NO PRÉ E PÓS-OPERATÓRIO E REABILITAÇÃO CARDIOVASCULAR
• Agonistas opioides.
• Morfina.
• Meperidina.
• Fentanila.
• Cloridrato de nalbufina.
• Anti-inflamatórios não hormonais (REGENGA, 2012).
• Drenagem postural.
• Drenagem autógena.
• Tapotagem.
• ELTGOL.
• Tosse.
• Expiração forçada.
• Cliniflo.
• Coach.
• Ezpap.
• Flutter e shaker (SARMENTO, 2009).
Drenagem postural
Drenagem autógena
• Descolamento.
• Coleta.
• Eliminação (SARMENTO, 2009).
185
UNIDADE 3 — ATUAÇÃO DO FISIOTERAPEUTA NO PRÉ E PÓS-OPERATÓRIO E REABILITAÇÃO CARDIOVASCULAR
Tapotagem
FIGURA 7 - TAPOTAGEM
186
TÓPICO 1 — ATUAÇÃO DO FISIOTERAPEUTA NO PRÉ E PÓS-OPERATÓRIO DE CIRURGIA TORÁCICA
ELTGOL
FIGURA 8 - ELTGOL
Tosse
No caso dos pacientes que não são capazes de gerar um fluxo expiratório
de forma eficiente, o fisioterapeuta deve auxiliar a tosse através da compressão
manual do tórax durante a expulsão da tosse, a chamada tosse assistida. Nos
distúrbios pós-operatórios do tórax (ou do abdome), normalmente, essa tosse não
é eficiente nesses pacientes, sendo indicada a abordagem após a analgesia ou,
ainda, por meio da compressão no local da incisão com uma almofada ou com as
mãos (SARMENTO, 2009).
Deve, também, ser solicitado para que o paciente sempre tussa ao perceber
que está com secreções nas vias aéreas proximais. A tosse assistida, por meio da
compressão na região epigástrica, é muito empregada, porém, existem situações
em que essa prática deve ser realizada com cuidado, como no caso da existência
de diagnóstico de refluxo gastroesofágico grave, além dos cuidados necessários
no caso da presença da instabilidade da caixa torácica em decorrência da presença
de fraturas, osteoporose ou drenos torácicos.
FIGURA 9 - TOSSE
188
TÓPICO 1 — ATUAÇÃO DO FISIOTERAPEUTA NO PRÉ E PÓS-OPERATÓRIO DE CIRURGIA TORÁCICA
Expiração forçada
Cliniflo
189
UNIDADE 3 — ATUAÇÃO DO FISIOTERAPEUTA NO PRÉ E PÓS-OPERATÓRIO E REABILITAÇÃO CARDIOVASCULAR
FIGURA 11 – CLINIFLO
Coach
190
TÓPICO 1 — ATUAÇÃO DO FISIOTERAPEUTA NO PRÉ E PÓS-OPERATÓRIO DE CIRURGIA TORÁCICA
Ezpap
O ezpap é uma técnica que pode ser utilizada para substituir a drenagem
postural. Utiliza uma expiração contra uma resistência ao fluxo variável, o que
ajuda na estimulação das secreções nas vias aéreas através do preenchimento dos
segmentos que estão hipoventilados, ventilação colateral e prevenção do colapso
das vias aéreas ao longo da expiração. É indicada sempre em conjunto com a tosse
dirigida, ou, ainda, outro método de eliminação de secreção, tendo, como função,
promover a expansão pulmonar através da elevação da capacidade residual fun-
cional, auxiliando na prevenção e no regresso das atelectasias (SARMENTO, 2009).
FIGURA 14 - EZPAP
Flutter e shaker
Ao longo dos exercícios, estão presentes vias aéreas com colapso, algumas
estreitadas, outras abertas. Portanto, existem diferentes taxas de transporte de
muco em cada uma dessas regiões. Consequentemente, existem diferentes efeitos
benéficos para cada região do pulmão (MACHADO, 2018).
191
UNIDADE 3 — ATUAÇÃO DO FISIOTERAPEUTA NO PRÉ E PÓS-OPERATÓRIO E REABILITAÇÃO CARDIOVASCULAR
FIGURA 15 – FLUTTER
FIGURA 16 – SHAKER
192
TÓPICO 1 — ATUAÇÃO DO FISIOTERAPEUTA NO PRÉ E PÓS-OPERATÓRIO DE CIRURGIA TORÁCICA
193
UNIDADE 3 — ATUAÇÃO DO FISIOTERAPEUTA NO PRÉ E PÓS-OPERATÓRIO E REABILITAÇÃO CARDIOVASCULAR
Cirurgia abdominal
Modificações respiratórias
• Tipo de cirurgia.
• Dor no local da cirurgia.
• Longa duração da cirurgia.
• Utilização dos anestésicos.
• Tempo de permanência no leito (SARMENTO, 2020).
• Colecistectomia.
• Apendicectomia.
• Colectomia.
• Gastrectomia.
• Esofagectomia.
• Gastroplastia.
• Abdominoplastia.
• Atelectasias.
• Pneumonia.
• Infecções traqueobrônquicas.
• Piorada da patologia pulmonar crônica prévia.
• Broncoespasmo (SARMENTO, 2020).
194
TÓPICO 1 — ATUAÇÃO DO FISIOTERAPEUTA NO PRÉ E PÓS-OPERATÓRIO DE CIRURGIA TORÁCICA
• Controle neural.
• Integridade muscular.
• Mecanismos reflexos.
• Comprimento-tensão.
Com relação às trocas gasosas, é observada uma falta de sincronia nas trocas
na relação ventilação/perfusão, prejudicando, portanto, no caso, as trocas gasosas.
Os mecanismos de defesa pulmonar também estão modificados, sendo observada
uma alteração no clearance mucociliar em decorrência da intubação orotraqueal,
ação dos anestésicos e da ventilação com gás seco (SARMENTO, 2020).
195
UNIDADE 3 — ATUAÇÃO DO FISIOTERAPEUTA NO PRÉ E PÓS-OPERATÓRIO E REABILITAÇÃO CARDIOVASCULAR
• idosos;
• desnutridos;
• obesos;
• tabagistas;
• doença pulmonar obstrutiva crônica;
• insuficiência cardíaca;
• doença arterial coronária;
• alterações neurológicas;
• deformidades da caixa torácica (SARMENTO, 2020).
Objetivo da fisioterapia
• patologia do paciente;
• efeitos da anestesia;
• área cirúrgica;
• modificações causadas em decorrência do procedimento cirúrgico;
• idade;
• tipo de analgesia utilizado.
196
TÓPICO 1 — ATUAÇÃO DO FISIOTERAPEUTA NO PRÉ E PÓS-OPERATÓRIO DE CIRURGIA TORÁCICA
197
RESUMO DO TÓPICO 1
Neste tópico, você aprendeu que:
• Devem ser tomados todos os cuidados em relação aos fatores de risco para
complicação pulmonar pós-operatória.
198
AUTOATIVIDADE
199
Assinale a alternativa que apresenta a sequência CORRETA:
a) ( ) II – I – III – IV – V.
b) ( ) IV – II – V – I – III.
c) ( ) I – III – II – V – IV.
d) ( ) III – II – I – V – IV.
a) ( ) Semanas ou meses.
b) ( ) Segundos ou minutos.
c) ( ) Dias ou semanas.
d) ( ) Minutos ou horas.
a) ( ) 10 a 20%.
b) ( ) 20 a 30%.
c) ( ) 40 a 50%.
d) ( ) 15 a 25%.
( ) Vasoconstrição.
( ) Bradicardia.
( ) Atelectasias.
( ) Arritmias graves.
( ) Agonistas opioides.
200
TÓPICO 2 —
UNIDADE 3
REABILITAÇÃO CARDÍACA
1 INTRODUÇÃO
Antes de abordar cada uma das fases, é necessário frisar que os principais
pontos que devem ser levados em consideração em um programa de treinamento
físico poderão ser observados a seguir:
FONTE: O autor
2 A REABILITAÇÃO CARDÍACA
A reabilitação cardíaca é dividida em quatro fases:
• Fase I.
• Fase II.
• Fase III.
• Fase IV.
201
UNIDADE 3 — ATUAÇÃO DO FISIOTERAPEUTA NO PRÉ E PÓS-OPERATÓRIO E REABILITAÇÃO CARDIOVASCULAR
3 FREQUÊNCIA DE TREINAMENTO
Para que seja alcançado o objetivo do treinamento físico, deve ser realizado
três vezes por semana e, no máximo, cinco. O ideal, para os treinamentos realizados
com os pacientes cardiorrespiratórios, é a frequência de três vezes por semana e
em dias intervalados, portanto, deve ser selecionado um dia de treinamento, além
de um dia de intervalo, e assim sucessivamente (POWERS; HOWLEY, 2014). Já de
acordo com a última Diretriz Brasileira de Reabilitação Cardíaca, é recomendada
a frequência de treinamento físico de três a cinco vezes por semana (CARVALHO
et al., 2020).
202
TÓPICO 2 — REABILITAÇÃO CARDÍACA
E
IMPORTANT
A escala de Borg foi proposta pelo fisiologista sueco Gunnar Borg. A variação
é de 6 a 20 pontos, e o avaliado indica a sua percepção en relação ao esforço físico que
está executado.
6 Nenhum esforço
7 Muito, muito leve
8 Muito leve
9 Muito leve
10
11
12 Moderado
13
14 Forte ou duro
15
16 Muito forte ou muito duro
17
18
19 Muito, muito forte
20 Exaustão total
203
UNIDADE 3 — ATUAÇÃO DO FISIOTERAPEUTA NO PRÉ E PÓS-OPERATÓRIO E REABILITAÇÃO CARDIOVASCULAR
FONTE: O autor
Aquecimento
FIGURA 21 – AQUECIMENTO
- Exercícios abdominais;
- Flexões do tronco;
- Rotação dos pulso, antebraço e braços;
- Rotação dos quadris.
204
TÓPICO 2 — REABILITAÇÃO CARDÍACA
Treinamento
Desaquecimento
FIGURA 22 – DESAQUECIMENTO
• Treinamento contínuo.
• Treinamento intervalado (REGENGA, 2012).
205
UNIDADE 3 — ATUAÇÃO DO FISIOTERAPEUTA NO PRÉ E PÓS-OPERATÓRIO E REABILITAÇÃO CARDIOVASCULAR
FONTE: O autor
Treinamento contínuo
ATENCAO
206
TÓPICO 2 — REABILITAÇÃO CARDÍACA
Treinamento intervalado
E
IMPORTANT
207
UNIDADE 3 — ATUAÇÃO DO FISIOTERAPEUTA NO PRÉ E PÓS-OPERATÓRIO E REABILITAÇÃO CARDIOVASCULAR
208
TÓPICO 2 — REABILITAÇÃO CARDÍACA
ATENCAO
Bicicleta ergométrica
• Ortopédicas.
• Neurológicas.
• Déficit de equilíbrio.
• Alterações vasculares periféricas.
• Avaliação, durante o esforço, do ecocardiograma ou imagens cintilográficas
para estudo da função ventricular (REGENGA, 2012).
209
UNIDADE 3 — ATUAÇÃO DO FISIOTERAPEUTA NO PRÉ E PÓS-OPERATÓRIO E REABILITAÇÃO CARDIOVASCULAR
FONTE: O autor
NOTA
210
TÓPICO 2 — REABILITAÇÃO CARDÍACA
CARGA CARGA
ESTÁGIO TEMPO ESTÁGIO TEMPO
(WATTS) (WATTS)
1 25 2 1 25 3
2 50 4 2 50 6
3 75 6 3 75 9
4 100 8 4 100 12
5 125 10 5 125 15
6 150 12 6 150 18
7 175 14 7 175 21
8 200 16 8 200 24
9 225 18 9 225 27
10 250 20 10 250 30
11 275 22 11 275 33
12 300 24 12 300 36
13 325 26 13 325 39
14 350 28 14 350 42
15 375 30 15 375 45
16 400 32 16 400 47
FONTE: O autor
211
UNIDADE 3 — ATUAÇÃO DO FISIOTERAPEUTA NO PRÉ E PÓS-OPERATÓRIO E REABILITAÇÃO CARDIOVASCULAR
Esteira ergométrica
FONTE: <https://image.shutterstock.com/image-photo/full-length-profile-shot-bearded-
600w-1473481631.jpg>. Acesso em: 9 nov. 2020.
212
TÓPICO 2 — REABILITAÇÃO CARDÍACA
FONTE: O autor
Protocolo de Bruce
PROTOCOLO DE BRUCE
ESTÁGIO VELOCIDADE INCLINAÇÃO TEMPO
1 1,7 10 3
2 2,5 12 6
3 3,4 14 9
4 4,2 16 12
5 5,0 18 15
6 5,5 20 18
7 6,0 22 21
8 6,5 24 24
FONTE: O autor
213
UNIDADE 3 — ATUAÇÃO DO FISIOTERAPEUTA NO PRÉ E PÓS-OPERATÓRIO E REABILITAÇÃO CARDIOVASCULAR
Protocolo de Naughton
PROTOCOLO DE NAUGHTON
ESTÁGIO VELOCIDADE INCLINAÇÃO TEMPO
1 1 0 2
2 1,5 0 2
3 2 0 2
4 2 5 2
5 2 7,5 2
6 3 5 2
7 3 7,5 2
8 3 10 2
9 3 12,5 2
10 3 15 2
FONTE: O autor
214
TÓPICO 2 — REABILITAÇÃO CARDÍACA
• aconselhamento nutricional;
• controle dos fatores de risco para a doença arterial coronariana;
• controle psicossocial;
• prescrição de exercícios físicos sob orientação para a prática de exercícios
físicos (REGENGA, 2012).
215
UNIDADE 3 — ATUAÇÃO DO FISIOTERAPEUTA NO PRÉ E PÓS-OPERATÓRIO E REABILITAÇÃO CARDIOVASCULAR
NTE
INTERESSA
Fase I
216
TÓPICO 2 — REABILITAÇÃO CARDÍACA
• insuficiência cardíaca;
• arritmias complexas;
• embolia pulmonar;
• instabilidade pressórica;
• aneurismas ventriculares (REGENGA, 2012).
► Introdução à fase I
FIGURA 30 - CAMINHADA
217
UNIDADE 3 — ATUAÇÃO DO FISIOTERAPEUTA NO PRÉ E PÓS-OPERATÓRIO E REABILITAÇÃO CARDIOVASCULAR
ATENCAO
Todas essas ações proporcionam uma alta hospitalar mais precoce. Ainda,
outro objetivo é informar a família do paciente acerca do caso e todos os cuidados
necessários que devem ser levados a partir do momento (REGENGA, 2012).
218
TÓPICO 2 — REABILITAÇÃO CARDÍACA
219
UNIDADE 3 — ATUAÇÃO DO FISIOTERAPEUTA NO PRÉ E PÓS-OPERATÓRIO E REABILITAÇÃO CARDIOVASCULAR
NOTA
► Casos cirúrgicos
Nos casos cirúrgicos, o atendimento deve ser antes e após a cirurgia, por
meio de exercícios respiratórios e alongamentos, visto que esses procedimentos
ajudam na redução das complicações respiratórias, arritmias e dias de internação
depois da cirurgia. Os exercícios físicos, nessa fase, devem ser ajustados em
função de cada paciente, devendo ser realizados na maca, no quarto ou, ainda, no
corredor do hospital (MOHRMAN; HELLER, 2007).
FONTE: O autor
220
TÓPICO 2 — REABILITAÇÃO CARDÍACA
- Episódios de choque.
- Arritmias graves.
Fase II
221
UNIDADE 3 — ATUAÇÃO DO FISIOTERAPEUTA NO PRÉ E PÓS-OPERATÓRIO E REABILITAÇÃO CARDIOVASCULAR
• Duração.
• Frequência (REGENGA, 2012).
► Objetivos da Fase II
Fases III e IV
222
TÓPICO 2 — REABILITAÇÃO CARDÍACA
Para a admissão na fase III, é preciso que o paciente tenha passado por
uma avaliação médica completa, tendo, como objetivo, a identificação de todos
os problemas cardíacos, que podem, de alguma forma, limitar a capacidade de
realização dos exercícios físicos (TOPOL, 2005). Existem algumas etapas, sendo
a primeira relacionada com a organização dos dados do paciente encaminhados
pelo médico responsável. Já na segunda etapa, deve ser realizada a avaliação para
a atividade física através da coleta de:
• Dados pessoais.
• Hábitos de vida.
• Antecedentes familiares.
• Histórico da moléstia atual.
• História pregressa (REGENGA, 2012).
• Posturais.
• Retrações musculares.
• Diminuição da força.
► Consentimento formal
►
Procedimentos necessários imediatamente antes da realização do teste
ergométrico
224
TÓPICO 2 — REABILITAÇÃO CARDÍACA
Fase III
225
UNIDADE 3 — ATUAÇÃO DO FISIOTERAPEUTA NO PRÉ E PÓS-OPERATÓRIO E REABILITAÇÃO CARDIOVASCULAR
E
IMPORTANT
A cada três meses, deve ser realizado um novo teste ergométrico, tendo, como
objetivo, o reajuste das cargas.
226
TÓPICO 2 — REABILITAÇÃO CARDÍACA
FONTE: <https://image.shutterstock.com/image-photo/physiotherapist-working-elderly-patient-
modern-600w-695046562.jpg>. Acesso em: 9 nov. 2020.
• Força muscular.
• Alongamento.
• Flexibilidade.
• Alinhamento postural.
Fase IV
A fase IV não apresenta uma duração definida, devendo ocorrer por toda
a vida do paciente. A periodicidade de cada umas das sessões depende do estado
clínico e da evolução clínica de cada paciente (MOHRMAN; HELLER, 2007). O
objetivo é fazer com que os indivíduos mantenham os seus hábitos de vida mais
saudáveis, assim, é essencial que sejam criadas estratégias para que o paciente
mantenha um estilo de vida mais saudável, além do controle de todos os fatores
de risco.
227
UNIDADE 3 — ATUAÇÃO DO FISIOTERAPEUTA NO PRÉ E PÓS-OPERATÓRIO E REABILITAÇÃO CARDIOVASCULAR
FONTE: <https://image.shutterstock.com/image-photo/senior-couple-park-on-autumns-
600w-330076757.jpg>. Acesso em: 21 nov. 2020.
228
RESUMO DO TÓPICO 2
Neste tópico, você aprendeu que:
• A fase IV não tem período de duração, ou seja, deve ser realizada sempre, em
toda a vida do paciente.
229
AUTOATIVIDADE
I- Frequência de treinamento.
II- Duração de cada sessão.
III- Intensidade do treinamento.
( ) Deve ser realizada três vezes por semana e em dias intervalados, ou seja,
um dia de treinamento e um dia de intervalo, e assim sucessivamente.
( ) Deve estar entre 65 a 90% da frequência cardíaca máxima prevista para
a idade.
( ) Cada sessão deve ter de 40 a 60 minutos.
I- Bruce.
II- Bruce modificado.
III- Naugthon.
a) ( ) III – II – I.
b) ( ) II – I – III.
c) ( ) I – II – III.
d) ( ) I – III – II.
230
3 A reabilitação cardíaca é dividida em fases, sendo apenas a primeira fase
realizada no hospital, durante o tempo de internação do paciente. Acerca
disso, assinale a alternativa CORRETA, que apresenta o período, em horas,
após o infarto agudo do miocárdio, que inicia a Fase I:
4 Existem vários objetivos específicos para a Fase III. Com relação a alguns
objetivos, classifique V para as opções verdadeiras e F para as falsas:
231
232
TÓPICO 3 —
UNIDADE 3
1 INTRODUÇÃO
233
UNIDADE 3 — ATUAÇÃO DO FISIOTERAPEUTA NO PRÉ E PÓS-OPERATÓRIO E REABILITAÇÃO CARDIOVASCULAR
Angioplastia
FIGURA 36 – ANGIOPLASTIA
234
TÓPICO 3 — TRATAMENTO DAS PATOLOGIAS CARDIOVASCULARES
FIGURA 38 – FÁRMACOS
FONTE: <https://image.shutterstock.com/image-photo/medications-drugs-medical-treatments-
medicines-600w-1704211510.jpg>. Acesso em: 9 nov. 2020.
235
UNIDADE 3 — ATUAÇÃO DO FISIOTERAPEUTA NO PRÉ E PÓS-OPERATÓRIO E REABILITAÇÃO CARDIOVASCULAR
NTE
INTERESSA
Inalação do oxigênio
FONTE: <https://image.shutterstock.com/image-photo/closeup-female-senior-patient-putting-
600w-1415112164.jpg>. Acesso em: 9 nov. 2020.
236
TÓPICO 3 — TRATAMENTO DAS PATOLOGIAS CARDIOVASCULARES
Estratificação de risco
ATENCAO
Teste ergométrico
E
IMPORTANT
237
UNIDADE 3 — ATUAÇÃO DO FISIOTERAPEUTA NO PRÉ E PÓS-OPERATÓRIO E REABILITAÇÃO CARDIOVASCULAR
FONTE: <https://image.shutterstock.com/image-photo/senior-man-exercising-on-treadmill-
600w-40792426.jpg>. Acesso em: 9 nov. 2020.
ATENCAO
238
TÓPICO 3 — TRATAMENTO DAS PATOLOGIAS CARDIOVASCULARES
NOTA
239
UNIDADE 3 — ATUAÇÃO DO FISIOTERAPEUTA NO PRÉ E PÓS-OPERATÓRIO E REABILITAÇÃO CARDIOVASCULAR
NOTA
240
TÓPICO 3 — TRATAMENTO DAS PATOLOGIAS CARDIOVASCULARES
ATENCAO
Normal ≤ 120 ≤ 80
OBS: No caso dos valores da PAS e PAD estarem em categorias diferentes, deve ser
utilizado, para a classificação, o maior.
241
UNIDADE 3 — ATUAÇÃO DO FISIOTERAPEUTA NO PRÉ E PÓS-OPERATÓRIO E REABILITAÇÃO CARDIOVASCULAR
NTE
INTERESSA
• Progressão da idade.
• Obesidade.
• Ingestão aumentada de sódio na dieta.
• Diabetes elevado associado com a hipertrofia cardíaca.
• Comprometimento do relaxamento.
• Redução da complacência do ventrículo esquerdo.
242
TÓPICO 3 — TRATAMENTO DAS PATOLOGIAS CARDIOVASCULARES
243
UNIDADE 3 — ATUAÇÃO DO FISIOTERAPEUTA NO PRÉ E PÓS-OPERATÓRIO E REABILITAÇÃO CARDIOVASCULAR
E
IMPORTANT
244
TÓPICO 3 — TRATAMENTO DAS PATOLOGIAS CARDIOVASCULARES
• Redução do peso corporal acima do peso normal, todos os pacientes que estão
acima do peso precisam estar participando de um programa monitorizado
para a perda de peso corporal.
• Redução da ingestão de álcool, os pacientes com pressão arterial elevada e
utilizam bebidas alcóolicas precisam delimitar a ingestão de até 30 g de álcool
para os homens e de 15 g de álcool para as mulheres.
• Atividade física aeróbica de forma regular, os indivíduos sedentários e os
pacientes hipertensos devem realizar exercícios físicos aeróbicos regularmente.
• Quanto às restrições dietéticas, é aconselhado uma redução de forma moderada
na ingestão de sódio e a ingestão adequada do potássio através da utilização de
frutas e vegetais (REGENGA, 2012).
Um dos cuidados que devem ser tomados neste caso quanto à fisioterapia
é a realização dos exercícios físicos que possam provocar principalmente colisões
ou quedas. Os dados indicam que o exercício físico vai elevar a capacidade
funcional desses pacientes, com uma elevação média do VO2 de 2,4 ml.kg-1.min-
1 (CARVALHO et al., 2020). A melhoria da capacidade física nesses pacientes
é decorrente de uma redução das arritmias e dos choques. Outro importante
efeito dos exercícios físicos é a redução na arritmogenicidade do miocárdio em
decorrência da remodelação e da menor excitabilidade do sistema simpático
(REGENGA, 2012).
245
UNIDADE 3 — ATUAÇÃO DO FISIOTERAPEUTA NO PRÉ E PÓS-OPERATÓRIO E REABILITAÇÃO CARDIOVASCULAR
4 MIOCARDIOPATIAS
A miocardiopatia é uma doença primária do músculo cardíaco, podendo
existir a dilatação de um ou dos dois ventrículos, seguida de uma disfunção sistólica
e hipertrofia do miocárdio. Esta patologia pode evoluir para uma insuficiência
cardíaca, existindo arritmias atrial e/ou ventricular, tromboembolismo podendo
evoluir para a morte súbita. Nestes casos, existe a limitação da capacidade física
para a prática de exercícios físicos progressivos (REGENGA, 2012).
FASE 1
246
TÓPICO 3 — TRATAMENTO DAS PATOLOGIAS CARDIOVASCULARES
Toda sessão de tratamento deve ser composta por uma fase de aqueci-
mento, com duração de 10 a 15 minutos, fase de condicionamento (atividade ae-
róbica) com duração de 20 a 30 minutos, por meio de exercícios contínuos ou
intervalados e uma fase de desaquecimento de 10 a 15 minutos.
247
UNIDADE 3 — ATUAÇÃO DO FISIOTERAPEUTA NO PRÉ E PÓS-OPERATÓRIO E REABILITAÇÃO CARDIOVASCULAR
248
TÓPICO 3 — TRATAMENTO DAS PATOLOGIAS CARDIOVASCULARES
Cada sessão de tratamento deve ser composta por uma fase de aquecimento
com duração de 10 a 15 minutos, fase de atividade aeróbica com duração de 20
a 30 minutos por meio de exercícios contínuos ou intervalados e e uma fase de
desaquecimento de 10 a 15 minutos.
Com a progressão do tratamento, podem ser incluídos exercícios resis-
tidos com uma frequência de duas a três vezes por semana com duração de 5 a
10 minutos.
No caso dos pacientes que não tenham nenhum tipo de contraindica-
ções, é indicado a elevação da carga de forma gradativa, tendo como meta reali-
zar sessões de tratamento com um maior intensidade além de um maior tempo
de duração.
A intensidade do exercício físico para estes pacientes deve estar baseada
na frequência cardíaca máxima prevista para a idade, tendo como frequência
cardíaca alvo entre 65 a 85% da frequência cardíaca máxima prevista para a idade.
Nos primeiros três meses de tratamento a frequência cardíaca alvo deve
estar entre 60% a 75%, sendo indicado um novo teste ergométrico; caso não exista
nenhuma alteração significativa, a carga pode ser elevada para até 85% da frequ-
ência cardíaca máxima prevista para a idade nos próximos meses de tratamento.
249
UNIDADE 3 — ATUAÇÃO DO FISIOTERAPEUTA NO PRÉ E PÓS-OPERATÓRIO E REABILITAÇÃO CARDIOVASCULAR
250
TÓPICO 3 — TRATAMENTO DAS PATOLOGIAS CARDIOVASCULARES
LEITURA COMPLEMENTAR
251
UNIDADE 3 — ATUAÇÃO DO FISIOTERAPEUTA NO PRÉ E PÓS-OPERATÓRIO E REABILITAÇÃO CARDIOVASCULAR
252
TÓPICO 3 — TRATAMENTO DAS PATOLOGIAS CARDIOVASCULARES
FONTE: <https://www.cpcrjournal.org/article/5dd5340d0e8825d722c8fca6/pdf/
assobrafir-7-3-41.pdf>. Acesso em: 4 dez. 2020.
253
RESUMO DO TÓPICO 3
Neste tópico, você aprendeu que:
CHAMADA
254
AUTOATIVIDADE
255
c) ( ) Aumento das pressões superior a 30 mmHg comparado aos valores
de repouso e carga máxima atingida abaixo de nove equivalentes
metabólicos.
d) ( ) Carga máxima atingida abaixo de sete equivalentes metabólicos e
sinais de congestão pulmonar durante ou imediatamente após o
exercício físico.
256
REFERÊNCIAS
CARVALHO, T. et al. Diretriz Brasileira de Reabilitação Cardiovascular – 2020.
ArqBrasCardiol, v. 114, n. 5, p. 943-987, 2020.
257
SARMENTO, G. J. V. O abc da fisioterapia respiratória. 2.ª ed. Barueri: Editora
Manole, 2015.
258