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E-BOOK

FISIOTERAPIA
FISIOTERAPIA APLICADA
APLICADA
ÀÀ CARDIOLOGIA
CARDIOLOGIA
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Anatomia e Fisiologia do Sistema
cardiovascular

Estrutura e organização do coração


Identificar a localização do coração, estrutura
e as
funções do pericárdio
Descrever as camadas da parede e as câmaras
do coração
Identificar os principais vasos sanguíneos
que entram e
saem do coração
Explicar a estrutura e as funções das valvas
docoração

Coração
É um órgão muscular oco, sendo hoje também
classificado como um órgão endócrino pois secreta um
hormônio chamado de fator natriurético atrial e pesa
250g à 300 g
Localizado entre os 2 pulmões (cavidade torácica)
2/3 a esquerda Tamanho aproximadamente seu
punho fechado

Pericárdio

Pericárdio fibroso
Externo
Tecido conectivo denso (resistente)

Pericárdio seroso
Interno
Membrana delgada (delicada)
Dupla camada em torno do
coração
Parede do coração
Composta por 3 camadas
Epicárdio (camada externa)
Miocárdio (camada média)
Endocárdio (camada inerna
Formado por 2 bombas separadas

CORAÇÃO Bombeia sangue


DIREITO para os pulmões

CORAÇÃO Bombeia o sangue


ESQUERDO para os órgãos
periféricos

ÁTRIO
E
VENTRÍCULO
Fraca bomba
de escorva (
ÁTRIO
primer pump)
para o
ventrículo

juda a
propelir
sangue para o
seu interior

Fornecem a
força de
VENTRÍCULO bombeamento
principal

propele o
sangue
através da
circulação
pulmonar
Fisiologia do Músculo Cardíaco
O coração é composto por 3 tipos principais de
músculo

Atrial
Ventricular
Fibras especializadas
excitatórias e condutoras

Atrial e ventricular duração muito maior de


contraçã
Fibras excitatórias e de condução se contraem
fracamente (poucas fibras contráteis)

Apresentam descargas elétricas na


forma de potenciais de ação

100.000 batimentos/dia
35.000.000 ano
Lado esquerdo bombeia sangue por
cera de 100.000 km de vasos sanguíneos
Lado direito bombeia sangue pelos
pulmões (capta O2 e se livra do CO2)
Durante o sono bombeia a cada minutos
(30 x o seu próprio peso) = 5 litros de
sangue pulmões/corpo
Mas como odemos definir esses batimentos/ eventos
cardíacos?

Ciclo Cardíaco
Conjunto de eventos cardíacos que ocorre entre o
início de um batimento e o início do próximo
SÍSTOLE DIÁSTOLE

Período de contração Período de relaxamento

Coração se enche de sangue

Por que fazemos eletrocardiograma? Qual a relação


com o ciclo cardíaco?
Relação do Eletrocardiograma com o Ciclo
Cardíaco

Ondas P,Q,R,S e T voltagens elétricas geradas pelo


coração
Onda P Causada pela disseminação

Onda P

Causada pela disseminação da despolarização pelos


átrios
Seguido pela contração atrial

discreto na curva de pressão (após a onda P


eletrocardiográfica)
Ondas QRS

Resultado da despolarização elétrica dos ventrículos


Início da contração ventricular

Pressão ventricular começa a aumentar

Início antes da sístole ventricular

Onda T

Estágio de repolarização dos ventrículos


As fibras musculares começam a relaxar

Surge pouco antes do final da contração ventricular


Função do Átrios como
“Bombas de escorva”
O sangue flui de forma contínua vindo das grandes
veias para os átrios

80% do sangue flui átrios ventrículos antes da


contração atrial

representa 20% para finalizar enchimento dos


ventrículos
Átrios
Funcionam como “primer pump”
Melhora a eficácia do bombeamento
ventricular (20%)
O coração continua operando na maioria
das circunstâncias
Os átrios deixam de funcionar (dificilmente
pode ser notada)

Variações da Pressão
nos Átrios
ONDA A
Causada pela contração atrial

Direita 4 a 6 mmHg
Esquerda 7 a 8 mmHg
ONDA C
Ocorre com o início da contração dos
ventrículos

Causada pelo refluxo de sangue para


os átrios no início da contração dos
ventrículos

pressão crescente nos ventrículos

ONDA V
Ocorre perto do final da contração ventricular

Resultado do lento fluxo de sangue veias átrios

valvas A-V estão fechadas (contração dos ventrículos)

Quando a contração termina


valvas A-V se abrem


sangue arterial armazenado flui


rapidamente ventrículos
desaparecimento da onda V
Funcionamento das Valvas
Valvas Atrioventriculares

Valvas A-V
(tricúspede e mitral)

Evitam o refluxo de sangue dos ventrículos para os


átrios durante a sístole

Valvas semilunares
(pulmonar e aórtica)

Impedem o refluxo da aorta e das artérias pulmonares


para os ventrículos durante a diástole

Valvas A-V
(tricúspede e mitral)

Finas e membranosas
Quase não requerem pressão retrógrada
Valvas semilunares
(pulmonar e aórtica)

Muito pesadas
Requerem fluxo retrógrado rápido
Durante alguns milissegundos

Função dos Músculos Papilares

Os músculos papilares contraem se paredes dos


ventrículos
Não ajudam as valvas a se fechar

Puxam as extremidades das valvas


em direção aos ventrículos

Durante a contração ventricular

Rompimento do músculos papilar


Refluxo grave
Insuficiência cardíaca grave ou letal
Funcionamento das Valvas
Valvas das Artérias Pulmonar e
Aórtica
Constituídas por tecido fibroso forte
muito flexível para suportar o estresse físico adicional
Funcionam de modo diferente das A-V
Altas pressões nas artérias ao final da sístole valvas
impelidas repentinamente
Aberturas menores velocidade de ejeção do sangue
que pelas A-V

Relação entre os Sons Cardíacos


e o Bombeamento Cardíaco

Durante a ausculta não se ouve a


abertura das valvas
Durante o fechamento das valvas, os
folhetos valvares e os líquidos que as
banham vibram gerando uma variação
abrupta da pressão

originam sons
Contração dos ventrículos o som causado pelo
fechamento das valvas A-V

Primeira bulha Segunda bulha




Válvulas pulmonares
Vibração baixa e se fecham ao final da
duração longa sístole (rápido
estalid

O Uso de Oxigênio pelo coração


Miocárdio Necessita de energia química para
realizar contração

Energia é derivada do metabolismo oxidativo dos


ácidos graxos

E de outro nutrientes (lactato e glicose)


Contração cardíaca
Sistema intrínseco
O coração funciona como um grande sincício Fibras
musculares encontram-se interconectadas por discos
intercalares

Promovem a propagação do potencial de ação


(provocado pela abertura dos canais de sódio e de
cálcio)

Proporciona a contração

Eficiência da Contração cardíaca


Contração do músculo cardíaco

Eficiência máxima A maior parte da Eficiência máxima na


Coração normal energia química Insuficiência Cardíaca


Entre 20 e 25%
Entre 5 e 10%
convertida em
calor
Proporção entre a produção de trabalho e a energia
química total consumida

Eficiência de contração cardíaca ou Eficiência


cardíaca
Regulação do Bombeamento
Cardíaco
REPOUSO

Coração bombeia 4 a 6 litros


de sangue por minuto

EXERCÍCIO INTENSO

Pode ser necessário que o


coração bombeie de 4 a 7 vezes
essa quantidade
Mecanismo de Frank-Starling

Capacidade do coração de se adaptar a volumes


crescentes de afluxo sanguíneo

quanto o miocárdio for


distendido

será a força da contração

quantidade de sangue bombeado


aorta
Efeito da Temperatura no
Funcionamento Cardíaco

temperatura corporal (febre) importante da FC

dobro do normal!

temperatura corporal FC (pode cair chegando a uma

FC pequena por minuto)

Pessoa próxima a morte apresenta hipotermia


(Temperatura corpórea entre 15°e 21°C)

Pessoa próxima a morte apresenta


hipotermia
Temperatura corpórea entre 15°e 21°C)

Decorrente do calor aumenta a permeabilidade das


membranas do músculo cardíaco aos íons Aceleração do
processo de auto-estimulação
Aumento da Pressão Arterial
Débito Cardíaco

O aumento da pressão arterial até certo


limite não reduz o débito cardíaco

Durante o funcionamento cardíaco


normal pressões sistólicas normais
(entre 80 e 140 mmHg)

A determinação do débito cardíaco facilidade do


fluxo sanguíneo se escoar através dos tecidos
corpóreos

Controle do retorno venoso


Patologias cardiovasculares mais comuns

Patologias Cardiovasculares
As doenças cardiovasculares são um conjunto de
problemas que atingem o coração e os vasos
sanguíneos, e que surgem com a idade, normalmente
relacionadas a hábitos de vida poucos saudáveis
(alimentação rica em gordura e falta de atividade
física)

São a principal causa de morte no mundo


Patologias Cardiovasculares mais comuns

Hipertensão
Infarto
Insuficiência Cardíaca
Cardiopatia congênita
Endocardite
Arritmias
Angina
Miocardite
Valvulopatias
Hipertensão
Caracterizada pelo aumento da pressão arterial,
normalmente acima de 130 x 80 mmHg, o que pode
influenciar no bom funcionamento do coração

Um dos principais agravos á saúde no Brasil (atinge


cerca de 15% a 20% da população adulta, podendo
chegar a 50% em idosos)

O aumento da pressão arterial normalmente não


causa sintomas, mas em alguns casos pode ser
percebido por meio de alguns deles, como tontura,
dor de cabeça, alterações na visão e dor no peito, por
exemplo
Tratamento
clínico geral ou cardiologista, pois pode ser necessário
fazer uso de medicamentos, além de uma dieta pobre
em sal
É importante também praticar atividades física e
mudanças nos hábitos de vida

Infarto do Miocárdio

É a forma mais importante de cardiopatia isquêmica


Ocorre quando há redução do fluxo sanguíneo
coronário e do suprimento de oxigênio por mais de 20
minutos
Tratamento

Casos de suspeita de infarto é recomendado


procurar ajuda médica o mais rápido possível
para que seja iniciado o tratamento com
medicamentos que impedem a formação de
coágulos e favorecem o fluxo sanguíneo
Alguns casos pode até ser necessária cirurgia de
emergência
Após o tratamento de urgência, é importante
seguir as orientações médicas, tomar
regularmente os remédios prescritos e adotar
hábitos saudáveis, como a prática regular de
atividades físicas e a dieta pobre em alimentos
gordurosos e rica em frutas e vegetais
Insuficiência cardíaca

A insuficiência cardíaca é mais comum em


pessoas que possuem pressão alta, o que
pode levar ao enfraquecimento do
músculo cardíaco e, consequentemente,
dificuldade para bombear o sangue para o
corpo.
Os principais sintomas associados à
insuficiência cardíaca são cansaço
progressivo, inchaço nas pernas e nos pés,
tosse seca à noite e falta de ar
Tratamento

Médico cardiologista normalmente é feito com o


uso de medicamentos para diminuir a pressão,
como o Enalapril e Lisinopril, por exemplo,
associados a diuréticos, como a Furosemida.
É recomendada a prática regular de exercícios,
quando devidamente indicada pelo seu
cardiologista, e diminuir o consumo de sal,
controlando a pressão e, consequentemente,
evitando Descompensar o coração.

Cardiopatias Congênitas
É definida como uma doença na qual ocorre
anormalidades tanto na estrutura como na função
cardiocirculatória ao nascimento
Causa não é definida (interação entre sistemas
multifatorial genético e ambiental
Prevalência varia entre 0,8% a 1,2% dos nascidos
vivos
Manifestações clínicas

Cianose
Insuficiência cardíaca congestiva (ICC) sinais de
taquicardia, pulsos finos, crepitações
pulmonares e hepatoesplenomegalia
Sopro existência de fluxo sanguineo turbulento
onde não deveria

Endocardite
É a inflamação do tecido que reveste internamente o
coração, sendonormalmente causada por uma
infecção, normalmente por fungos ou bactérias

como consequência de outras doenças, como câncer,


febre reumática ou doenças autoimunes, por exemplo
Tratamento
o uso de antibióticos ou antifúngicos (combater o
microrganismo responsável pela doença) devendo
o tratamento ser feito conforme a orientação do
cardiologista.
Além disso, pode ser necessária a realização da
troca da válvula acometida

Arritmias cardíacas
Corresponde à alteração dos batimentos cardíacos, o
que pode tornar os batimentos mais rápidos ou mais
lentos, resultando em sintomas como cansaço,
palidez, dor no peito, suor frio e falta de ar, por
exemplo
Tratamento
varia de acordo com os sintomas apresentados
(regular os batimentos cardíacos) pode ser
indicado o uso de medicamentos, como a
Propafenona ou o Sotalol, por exemplo,
desfibrilação, implante de marcapasso ou
realização de cirurgia de ablação
É importante também evitar o consumo de
álcool, drogas e bebidas com cafeína, por
exemplo, pois podem alterar o ritmo cardíaco,
além de praticar atividades físicas regulares e ter
uma alimentação balanceada.

Angina

É um complexo sintomático de cardiopatia


coronariana caracterizada por ataques paroxísticos
de dor torácica, substernal e precordial causada pela
isquemia (pode induzir ao infarto)
Estável (desencadeada por esforços)
Prinzmetal (ocorre em repouso nas primeiras
horas matinais)
Instável (desencadeada em repouso ou aos
mínimos esforços)

Tratamento
Orientado pelo cardiologista de acordo com o tipo
de angina, podendo ser recomendado repousoou
uso de medicamentos para controlar os sintomas,
melhorar o fluxo sanguíneo, regular a pressão
arterial e evitar a formação de coágulos

Miocardite
Inflamação do músculo cardíaco que pode acontecer
devido a infecções no organismo, podendo acontecer
durante uma infecção por vírus ou quando há uma
infecção avançada por fungos ou bactérias
Diversos sintomas em casos mais graves, como por
exemplo dor no peito, batimento cardíaco irregular,
cansaço excessivo, falta de ar e inchaço nas pernas,
por exemplo.

Tratamento

normalmente a miocardite é solucionada


quando a infecção é curada por meio do uso
de antibióticos, antifúngicos ou antivirais
caso os sintomas da miocardite
permaneçam mesmo após o tratamento da
infecção, é importante consultar o
cardiologista para iniciar um tratamento
mais específico, podendo ser recomendado
o uso de medicamentos para reduzir a
pressão, diminuir o inchaço e controlar os
batimentos cardíacos.
Valvulopatias
As valvulopatias, também chamadas de doenças das
válvulas cardíacas, aparecem com mais frequência em
homens a partir dos 65 anos e mulheres a partir dos 75
anos e acontece devido ao acúmulo de cálcio nas
válvulas do coração, dificultando o fluxo sanguíneo
devido ao seu endurecimento

Em alguns casos, os sintomas de valvulopatia


podem demorar a aparecer, no entanto alguns
sintomas que podem indicar problemas nas
válvulas cardíacas são dor no peito, sopro no
coração, cansaço excessivo, falta de ar e inchaço
nas pernas e nos pés, por exemplo.
Tratamento
Realizado de acordo com a válvula que foi atingida e o
grau de comprometimento, podendo ser indicado o
uso de medicamentos diuréticos, antiarrítmicos ou,
até, mesmo a substituição da válvula através de
cirurgia

Como prevenir as doenças cardiovasculares


Algumas dicas que ajudam a prevenir o
desenvolvimento de doenças cardiovasculares são

Deixar de fumar;
Controlar a pressão arterial, o nível de açúcar e a
quantidade de gordura no sangue;
Ter uma alimentação saudável, evitando
gorduras e comendo mais verduras, frutas e
cereais;
Praticar exercício físico regular, pelo menos 30-
60 minutos, 3-5 vezes por semana;
Evitar o consumo de bebidas alcoólicas;
Além disso, para as pessoas que estão acima do
peso, é recomendado emagrecer, pois está
comprovado que o acúmulo de gordura é muito
prejudicial para a saúde cardiovascular.
Covid19 Doenças cardiovasculares

Ainda não foi esclarecido se o DCV é um risco


independente ou se é mediado por outros
fatores
História metabólica cardiovascular prévia pode
aumentar ainda mais a gravidade do COVID-19
e afetar o prognóstico do COVID-19 de modo
significativo
Estudo realizado na China indicou que a
comorbidade mais frequentemente observada
em pacientes que evoluíram para óbito de
COVID-19 foi DCV, observada em 10,5%
O dano miocárdico ocorreu em mais de um
quarto dos casos críticos.
Reabilitação e Impactos da Fisioterapia na
Reabilitação Cardíaca

Aspectos históricos
1950 Orientação médica para a inatividade
física dos cardiopatas
1930 Sjostrand (Suécia) pioneiros na
introdução da Reabilitação Cardíaca
1950-1970 Implantação de um maior
número de serviços
1960-1970 Foram expostos os princípios básicos da
Reabilitação Cardíaca

Saltin e Col imobilização no leito por 3 semanas


reduzia capacidade funcional (20 a 30%) sendo
necessário 9semanas de treinamento para melhora da
capacidade física

Dificuldades socioeconômicas (últimos 10 anos)


trouxeram obstáculos na manutenção dos serviços de
Reabilitação Cardíaca

Reabilitação Cardíaca

Ramo de atuação da Fisioterapia composta por um


somatório das atividades necessárias para garantir aos
pacientes portadores de cardiopatia as melhores
condições
Física Mental Social

reconquistar uma posição normal na comunidade e


levar uma vida ativa e produtiva

Objetivo da Reabilitação

Propiciar uma melhora dos componentes da


aptidão física

aeróbica Não
aeróbica

Combinação de diferentes
modalidades durante o treinamento
Efeitos dos exercícios

Vasodilatação periférica (maior facilidade de


esvaziamento do coração)
Melhora da capacidade cardiorrespiratória (<
absorção de oxigênio no pulmão)
Economia no consumo miocárdico de oxigênio

Maior adequação do cardiopata para atividades laborativas


curso

Benefícios

da aptidão física
Retorno breve às atividades diárias
dos efeitos deletérios (período de imobilização)
Evolução na capacidade funcional
Melhora da função pulmonar
Redução da mortalidade
Redução do tempo de internação
Melhora na qualidade de vida

Atividade Física
Melhora da perfusão tecidual
Aumento da oferta de oxigênio e nutrientes
Maior excreção de metabólitos

Exercícios
Associado ás medidas terapêuticas pode contribuir
para diminuir a incidência de infarto do miocárdio
para evitar a progressão e até mesmo promover a sua
regressão
Mas o que os estudos relatam?

Variáveis Cardiovasculares
Exercício físico realizado no 1º dia do protocolo
foi eficaz
Promoveu alterações na modulação autonômica
da FC
Promoveu repercussões hemodinâmicas nesses
pacientes,
(sem intercorrência clínica ou presença de
qualquer sinal e/ ou sintoma de intolerância ao
esforço)
Função Pulmonar
Redução da força muscular e da função pulmonar de
todos os pacientes (dor devido a esternotomia e/ou
drenos)

Qualidade de Vida, Retorno às


Atividades e Sintomas Depressivos

Melhora da capacidade de duração do exercício


Melhora dos sintomas depressivos
Melhora dos distúrbios físicos e da percepção
geral da saúde
Ganhos físicos e emocionais (após 2 meses da
alta hospitalar)
Autoconfiança (efeitos após RC fase I)
E as consequências da COVID19 no
Sistema Cardiovascular?

Manifestações injúria miocárdica,


Insuficiência cardíaca, síndrome de Takotsubo
(ST), arritmias, miocardite e choque
Danos multifatoriais desequilíbrio de
demanda metabólicae baixa reserva cardíaca,
inflamação sistêmica etrombogênese

Especialmente em pacientes com fatores de risco


(idade avançada, hipertensão e diabetes, DCV prévia)
As evidências atuais já mostram a necessidade de
atenção especial aos pacientes do grupo de risco e a
importância de um manejoadequado das
complicaçõescardiovasculares com rápida
identificação eimplementação de tratamento
adequado

De que forma os Fisioterapeutas podem contribuir?


Fisioterapeutas
Prescrição e supervisão dos exercícios físicos
Importante conhecimentos específicos
sobre as DCV e fisiologia do exercício
Receber treinamento de suporte básico de
vida (incluindo o uso de desfibrilador
automático externo)
Podem contribuir para as orientações e
demais medidas, visando a adoção de
hábitos saudáveis
Conclusão
Efeitos da Reabilitação Cardíaca

Melhora da função pulmonar


Redução da mortalidade
Diminuição da taxa de hospitalização com
expressivo ganho de qualidade de vida

justificando a sua consensual e enfática recomendação


pelas principais sociedades médicas mundiais
Ainda não existe um protocolo de Reabilitação
Cardíaca padronizado

Dificuldade no entendimento dos benefícios desta


terapia

É necessário a realização de novos estudos com


amostras maiores e protocolos melhor delineados
Fases da Reabilitação cardíaca
“É o conjunto das atividades necessárias para
assegurar, da melhor maneira possível, as condições
físicas, mentais e sociais do doente cardíaco,
possibilitando o seu retorno à comunidade e
proporcionando uma vida ativa e produtiva da melhor
maneira possível” (OMS)

Diretriz Brasileira de Reabilitação


Cardiovascular (2020) comprovação científica sobre
os benefícios de se manter ativo

Efeitos da Reabilitação Cardíaca

Redução da morbimortalidade cardiovascular e


global
Redução da taxa de hospitalização
Expressivo ganho de qualidade de vida
Objetivos

Compensar os efeitos psicológicos e


fisiológicos deletérios do repouso no leito
Reiniciar as atividades da vida diária
dentro dos limites impostos pela doença
Informar o paciente sobre os fatores de risco
para a Doença
Preparar o indivíduo para a fase II, III
indicação de Reabilitação Cardiovascular

Benefícios na participação

↓ no risco de IAM (<25%);


↓ na gravidade de angina
↓ de hospitalização;
↓ no custo em consultas e hospitalizações (<35%);
↓ internação em PS/UTI
Contraindicações
Angina Instável pós-IAM;
ICC descompensada (Classificada: NYHA 4);
Arritmias não controladas;
Taquicardia sinusal em repouso não controlada
(FC>120 bpm);
Bloqueio do nó atrio-ventricular total sem
marcapasso (BAVT);
HAS descontrolada em repouso (PAS> 200
mmHg e/ou PAD > 110 mmHg

Doenças Sistêmicas ou Febre;


TEP recente;
TVP;
DM descompensada;
Estenose Aórtica severa ou moderada;
Recusa do paciente
Estrutura de um Programa de Reabilitação

Equipe multiprofissional

Médicos
Educadores físicos
Fisioterapeutas
Profissionais da enfermagem
Podem
Nutricionistas
compor
Psicólogos
a equipe
Assistentes sociais

Responsabilidades

Ajustar-se aos objetivos


Clientela
Disponibilidade de recursos
humanos e materiais
Modalidade (supervisão direta ou
indireta)
Local de realização (hospital, clínica,
ambulatório e outros)
Estrutura Física

Aspectos gerais

Vários tipos de instalações (+ frequente


ambientes fechados e climatizados
Ambientes amplos (realização de exercícios
físicos)
Iluminado e ventilado (temperatura entre 22
a 25°C
Instalações sanitárias
Locais próprios para troca de roupa
Piso antiderrapante
Equipamentos para a prática
Exercícios aeróbios

Esteiras
Cicloergômetros (MMSS e MMII)
Remoergômetros
Ergômetros de esqui
Elípticos (entre outros)
Exercícios de fortalecimento muscular

Peso corporal
Cordas
Pesos livres
Halteres e caneleiras
Aparelhos ligados a cabos e polias
Barras
Bastões
Bolas suíças
Baixas ou bandas elásticas (diferentes graus de
resistência)

Outros exercícios

Treinamento isométrico manual


Treinamento da musculatura respiratória
Exercícios de equilíbrio e flexibilidade
Monitoramento
Esfigmomanômetros
Estetoscópio
Cardiofrequencímetro
Glicosímetros
Oxímetros digitais

Segurança

Importante programa deve ter um planejamento no


atendimento de eventos cardiovasculares graves
(parada cardiorrespiratória)

Desfibrilador (manual ou automático)


Obrigatório
Materiais de suporte básico e avançado de vida
(laringoscópio, tubos orotraqueais de tamanhos
variados, máscaras, ambu e oxigenoterapia
complementar)
METS
Equivalente metabólico de tarefa

valor padronizado utilizado para estimar o gasto


energético da atividade física executada

Fases da Reabilitação
Pode ser dividida em 3 fases

Fase I Hospitalar (internação até a


alta)
Fase II Fase de ambulatório (3 a 6
meses)
Fase III Prescrição (pode durar
meses, ano ou até mesmo a vida toda)
Fase 1 – Hospitalar: 1 a 2 semanas

Pacientes internados

Ex: infarto do miocárdio e síndrome coronária aguda

Programa voltado para prevenção secundária e


reabilitação

Fase 2 – Ambulatorial: 3 a 6 meses

Pacientes com alta hospitalar decorrente de


eventos recentes de doença cardiovascular
Programa voltado para prevenção e reabilitação
Reabilitação em casa ou Nível Ambulatorial
Desenvolvido até um ano do evento
Fase 3 – Manutenção (Domiciliar ): 6 meses a 2 anos
Pacientes que acabaram de sair da Fase 2;

Voltadopara pacientes com em qualquer fase da


doença cardiovascular;

Programa voltado para prevenção e reabilitação:


Nível Ambulatorial

Objetivos da FASE 1
■ Evitar efeitos deletérios do imobilismo;
■ Reduzir efeitos psicológicos negativos;
■ Orientar familiares e paciente sobre os fatores
de risco e mudanças dos hábitos de vida;
■ Melhorar a qualidade de vida e promover uma
melhoria na execução das AVD’s;
Prescrição
As medidas gerais para se prescrever o exercício nesta
fase são:

■ Definir Intensidade do estímulo;


■ Definir Frequência diária das sessões;
■ Definir a Duração das sessões;
■ Definir o Tipo do exercício a ser aplicado
Intensidade
Aferiçãoda FC de repouso (FCrep) e ter como objetivo
acréscimo de até 20 bpm;
Ex: FCrep de 60bpm – FC alvo de 80 bpm
Limite máximo até 120 bpm
Escala Modificada de percepção de esforço de BORG (<
4 pouco intenso);

Consumo gradativo das atividades até o limite do


gasto energético equivalente a 5 MET ( 1 equivalente
metabólico = 3,5 ml/kg/min de consumo de
Oxigênio)
Exercícios
Equivalente metabólico de tarefa (auxilia no gasto
calórico das atividades e exercícios físicos) 1 MET = 3,5
ml/kg/min

■ NÍVEL 1: 2 MET

■ NÍVEL 2: 2 ~ 3 MET

■ NÍVEL 3: 3 MET

■ NÍVEL 4: 3 ~ 5 MET

■ NÍVEL 5: 5 MET

Modalidades de exercício

Cinesioterapia Respiratória;
Exercícios em extremidades (exercícios
metabólicos);
Exercícios ativos-assistidos de MMSS e
MMII no leito;
Exercícios ativos livres de MMSS e MMII;
Sedestação
Ortostatismo;
Exercícios aeróbios:
Marcha estacionária;
Deambulação;
Subir e descer um lance de degraus

Importante
O critério mais importante a ser observado éa
estabilidade hemodinâmica do pacientes Observar

 - Sinais vitais alterados


 - Sinais clínicos de descompensação

Cuidado! Não realiza exercícios no dia!


Indicações na fase 2
■ Pós IAM;
■ Pós RM (Revascularização do miocárdio);
■ Pós angioplastia;
■ Pré - Tx Cardíaco;
■ ICC compensada (Classificação NYHA: 1, 2 e 3);
■ Portadores de fatores de risco para Doença
Coronariana Aguda ;
■ Portadores de Marcapasso;
■ Portadores de cardiopatia congênita;
■ Portadores de valvopatias ou que fizeram
cirurgia de correção/troca;
■ Pós Cx Cardíaca
■ Angina instável;
■ Taquiarritmias e bradiarritmias não
compensadas/controladas;
■ Estenoses valvares graves;
■ ICC descompensada (Classificação NYHA 4);
■ Cardiomiopatias hipertróficas, restritivas;
■ Pressão arterial em repouso maior que PAS
200 x PAD 110 mmHg;
■ TEP, TVP;
■ Miocardite ou Sepse ativa/suspeita
Benefícios da fase 2
■ Ganho de capacidade funcional dentro das
limitações de cada paciente;
■ Redução de impactos psicológicos negativos;
■ Melhora da força de contração miocárdica;
■ Redução da dispneia com a atividade física;
■ Orientação (reforçar mudança de hábitos de
vida);
■ Melhorar a qualidade de vida – AVDs /
trabalho;
■ Diminuir morbidades e mortalidade
Considerações

■ Trabalho individual ou em grupo;


■ Observar a estratificação de risco;
■ Adequação sócio-econômica;
■ Pacientes com capacidade funcional até 5
MET, devem prosseguir o programa hospitalar;

Início e local:

Após alta hospitalar


Centro de reabilitação

Avaliação Prévia
- ECG;
- Ecocardiograma;
- Cineangiocoronariografia;
- Testes de Campo (TC6, SWT);
- Teste ergoespirométrico (TCP)

Fisioterapeuta – acompanhamento na Reabilitação


Teste de caminhada de 6 minutos (TC6)

Vantagens:
Simplicidade
Exigências tecnológicas mínimas
Sinais vitais medidos durante o teste

Desvantagens
Teste limitado por tempo e cadenciado pelo
paciente Sofre influência da motivação do
paciente
Método simples, prático e de grande facilidade
operacional;

Objetivo:
Medir a maior distância percorrida num
intervalo de tempo fixo.
Mensura o status funcional (capacidade
física funcional)

Avalia a capacidade funcional de um indivíduo por


meio da mensuração da distância percorrida durante
seis minutos (DTC6

TC6 – Aspectos técnicos


Localização
corredor com comprimento de 30m, marcado a
cada metro teste da caminhada realizado em
corredores curtos e em esteira (com velocidade
regulada pelo paciente, distância 14%) reduzem a
distância percorrida
Os cones ou marcações no solo indicam os pontos nos
quais devem ocorrer as mudanças de sentido e estão
posicionados a uma distância de 0,5 m dos extremos do
perímetro para permitir o giro do paciente

Orientações práticas
1. Orientar o paciente sobre o teste. Não é necessário
teste prévio para prática
2. Encorajamento a cada minuto com frases-padrão: ↑
a distância percorrida. “O Sr(a). está indo muito bem,
continue assim!”
3. Realizar o teste 2x no mesmo dia (evitar
variabilidade)
4. Acompanhamento: pode ou não ser realizado.
Quando realizado, o
terapeuta deve se posicionar do lado ou atrás do
paciente
5. Aquecimento antes do teste não é necessário
6. Repouso, na cadeira, por 5 minutos antes de iniciar o
teste
7. É permitido parar e descansar, retornando assim que
possível dentro dos 6 min
Prescrição
■ Duração dessa fase, varia entre 1 a 3 meses;
■ Após esta Fase, é solicitado um teste Máximo
(ERGOESPIROMÉTRICO);
■ INTENSIDADE: mesma a ser seguida na FASE
1.
■ DURAÇÃO: entre 20 a 30 minutos;
■ FREQUÊNCIA: 3 a 5 vezes por semana
Tipos de exercício
■Aeróbio: (esteira, cicloergômetro, caminhadas,
subida e descida de degrau);
■ Resistido: 50% da Repetição máxima
(exercícios isométricos devem ser evitados);
■Treinamento Muscular respiratório (músculos
inspiratórios e expiratórios

Nível de percepção de esforço para este tipo de


exercício deve estar em torno de 5 na escala
modificada de BORG
Escala de Borg
Desaquecimento
Retornar sinais vitais à níveis basais

Alongamento
Massoterapia
Relaxamento

Cuidados durante o treinamento


■ Aferir os Sinais Vitais antes e após a terapia;
■ Qualquer sinal que contra indique o
treinamento deve ser respeitado;
■ Angina;
■ Queda de pressão sistólica maior que
20mmHg durante o exercício;
■ HAS 220x110 mmHg;
■ Sudorese fria e palidez;
■ Confusão mental;
■ Tontura e sinais de IRpA
Fase 3

Componentes do programa

■ AVALIAÇÃO DO PACIENTE (teste


ERGOESPIROMÉTRICO);
■ Acompanhamento nutricional;
■ Redução do risco cardiovascular;
■ Educação ao paciente (evolução do tratamento);
■ Plano de alta e acompanhamento a longo prazo.
Benefícios
■ Redução da FCrep (aumento do volume
sistólico e da fração de ejeção ventricular);
■ Redução da FC submáxima, (menor trabalho
cardíaco para um mesmo nível de atividade;
■ Redução nos níveis PAS e PAD;
■ Aumento do VO2 máximo e submáximo,
devido a maior densidade capilar no músculo,
aumento no número de mitocôndrias e enzimas
oxidativas;
■ Redução dos níveis: triglicerídeos, colesterol
total e aumento da tolerância à glicose

Tipos de exercício
Exercício Aeróbio;

 cicloergometro;
 Esteira;
 Caminhada
 Escada;
OBS: aquecer, realizar o treinamento e
desaquecer
Exercício Resistido:
Cargas de 50 a 80% 1RM (8 a 10 grupos
musculares)
Séries de 8 a 15 repetições de cada
grupo muscular;
Durante 20 minutos

Critérios de inclusão
■ ESTABILIDADE Clínica do paciente;
■ Evolução na Fase 2;
■ Tratamento medicamentoso otimizado;
■ Teste máximo (ergométrico ou espirométrico)
Prescrição do exercício
■ Intensidade, duração, frequência.
■ Duração: 6 a 12 meses;
■ FREQUÊNCIA: 3 a 5 vezes por semana;
■ INTENSIDADE: utilizado a equação de
karvonen para prescrever o exercício em
pacientes assintomáticos:
■ Equação de karvonen: fct = FC rep + (FC máx -
FC rep) x (50% a 70%). Ou BORG 4 a 6 (escala
modificada).
Rotina da fisioterapia no Pósoperatório de cirurgia
Cardíaca

Precauções durante o treinamento

Intervalo de 2h (entre a refeição e o


exercício)
Abster-se de bebidas alcóolicas e cigarro
(antes e após o exercício)
Não se exercitar em jejum
Evitar exercícios em condições extremas de
temperatura
Vão tomar banhos quentes ou frios próximo
do exercício
Utilizar roupas adequadas ao clima (quentes
no inverno e leves no verão)
Evitar exercícios sob o impacto de emoções
Exercitar-se somente ao se sentir bem
Interromper o treinamento e procurar um
médico em caso de lesões

Custo-efetividade da Reabilitação
cardiovascular
OMS (2000 – 2016) aumento mundial
dos gastos com saúde no mundo foi
maior do que o crescimento da economia
global (7,5 trilhões de dólares)
DCV 863 bilhões de dólares foram
gastos mundialmente em 2010,
estimando-se que em 2030 chegue a 1,04
trilhão de dólares
DCV grupo que ocasiona o maior gasto
com internações no SUS, sendo a
principal causa de aposentadorias por
invalidez
DCV Grande impacto econômico
Exige a implementação em larga escala de modelos
de baixo custo, viabilizando o atendimento de maior
número de pacientes

OB
RIG
AD
A
E-book oferecido pelo
Centro Educacional Sete de Setembro
em parceria com o Professora Kenia Martins
para o curso de "FISIOTERAPIA APLICADA À
CARDIOLOGIA ".

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