Você está na página 1de 4

PSICOLOGIA APLICADA À FISIOTERAPIA

Empatia / Autoconhecimento
EMPATIA – é a capacidade para reconhecer ou compreender o estado de
espírito ou a emoção do outro (colocar-se no lugar do próximo)
AUTOCONHECIMENTO – é fundamental para desenvolver o amor por si
mesmo e fortalecer a autoestima
AUTOESTIMA – é a capacidade de sentirmos a vida, estando de bem com ela.
É a confiança em nosso modo de pensar e enfrentar os problemas e o direito
de ser feliz. Precisamos ter a sensação de que somos merecedores de nossas
necessidades, dos desejos e de desfrutar de nossos esforços
RELACIONAMENTO PROFISSIONAL X PACIENTE – tanto o fisioterapeuta
quanto o paciente precisam saber ouvir, pois quando as duas partes se
compreendem reciprocamente, está estabelecida a relação; é imprescindível
que se deixe de lado os julgamentos precipitados, mas que se aja com empatia
e compreensão
Alguns passos na relação com o paciente:
Cultivar sempre a empatia; ouvir com atenção; evitar interpretações; ao falar
com a pessoa, dar a devida atenção; procurar ouvir mais e falar menos;
prepare-se para falar bem, com fluidez e naturalidade, evitando termos técnicos
que são de difícil compreensão para a pessoa; ter segurança ao falar; ser
objetivo, tendo clareza nas ideias
Expectativas e emoções diante da limitação física e do próprio tratamento não
são consideradas relevantes pelo profissional para o sucesso do tratamento
NÃO substituir o indivíduo pelo caso clínico convertendo a relação
fisioterapeuta-paciente em mais uma experiência técnica, reforçando o
pensamento dicotômico corpo-mente e favorecendo o caráter rotineiro da
atividade do profissional
Adoecer / Ganhos Secundários / Dor
Adoecer – mecanismos inconscientes de adaptação e defesa
O tipo e intensidade das reações vão variar de acordo com uma série de
características da doença e do próprio indivíduo:
Caráter breve e duradouro da doença e seu prognóstico; personalidade e
capacidade de tolerância a frustrações do indivíduo; relação com o médico e
demais membros da equipe de saúde
Pode-se dizer que tais reações variam em torno de três possibilidades:
Pacientes que se entregam à doença, à dor e ao desespero; são aqueles que
não lutam; pacientes que tratam a doença como se fosse banal, mesmo sendo
grave; pacientes que promovem mudanças em sua vida, tentando se adaptar à
situação adversa.
Entre as possíveis reações emocionais podemos destacar:
REGRESSÃO – é a primeira e mais constante consequência psíquica;
comportamento infantil, dependente e egocêntrico; reação útil quando o
paciente aceita ajuda e hospitalização
NEGAÇÃO – recusa parcial ou total da percepção do fato de estar doente;
comum no início das doenças ou prognóstico grave
RACIONALIZAÇÃO – o paciente justifica sua doença através de explicações
elaboradas
RAIVA E CULPA – o paciente questiona a validade do diagnóstico, troca de
profissional; sentimento pode ser direcionado a familiares e pessoas ao redor
DOR
“Dor é uma experiência emocional e sensitiva desagradável associada a uma
lesão real ou potencial de um tecido ou descrita em termos de haver tido uma
lesão. Dor é um sofrimento e é familiar a todas as pessoas, ainda que seja
complexa e subjetiva e não possa ser facilmente descrita ou tratada”.
Tipos de dor:
DOR AGUDA – temporária e frequente, sendo resultado de uma lesão no
corpo; desaparece quando a lesão é curada ou sua causa é eliminada
DOR CRÔNICA – dividida em três classes:
Dor crônica de origem não maligna (dor lombar); dor crônica intermitente
(enxaqueca); dor crônica maligna (câncer)
DISTÚRBIOS PSICOLÓGICOS
DISTÚRBIOS DE HUMOR:
DEPRESSÃO – é o mais comum; perdem o interesse em coisas que lhe
agradam; muitos deprimidos sentem-se como se tivessem fracassado
totalmente na vida e tendem a se culpar por seus problemas; sentimentos
intensos de inutilidade e culpa, são incapazes de sentir prazer
TRANSTORNO BIPOLAR – alternância de períodos de depressão e mania;
alterna entre a desesperança e a apatia da depressão e fase impulsiva da
mania, hiperativa e super-otimista
EPISÓDIO MANÍACO – períodos de extrema alegria, euforia excessiva sem
razão e pensamentos ou sentimentos de grandiosidade sobre as próprias
capacidades pessoais
DISTÚRBIOS DE ANSIEDADE – a pessoa não sabe por que sente medo, ou a
ansiedade é inadequada à circunstância; em qualquer um dos casos, o medo e
a ansiedade simplesmente parecem não fazer sentido
FOBIAS ESPECÍFICAS – medo intenso e excessivo de algo específico
DISTÚRBIO DE PÂNICO – caracterizado por episódios recorrentes de um
medo ou pavor repentino, imprevisível e incontrolável. Os ataques de pânico
ocorrem sem nenhuma causa razoável e são acompanhados por dor no peito,
tontura e dificuldade de respirar; duram alguns minutos
DISTÚRBIO DE ANSIEDADE GENERALIZADA – é definido por medos vagos,
mas intensos, prolongados, que não estão ligados a nenhum objeto ou
circunstância (relacionado ao termo neurótico)
TRANSTORNO OBSESSIVO COMPULSIVO (TOC) – caracterizado por
obsessões; pensamentos, imagens ou impulsos que são recorrentes ou
persistentes apesar dos esforços para eliminá-los; pensamentos obsessivos e
comportamentos compulsivos que ultrapassam o limite entre o normal e o
patológico e interferem negativamente na vida do indivíduo
DISTÚRBIO GRAVE DE PERSONALIDADE:
ESQUIZOFRENIA – pensamentos e comunicações desordenadas, emoções
inadequadas e comportamento bizarro que pode durar meses ou mesmo anos;
perdem o contato com a realidade, o que significa dizer que são psicóticos
ESQUIZOFRENIA DESORGANIZADA – inclui alguns sintomas mais bizarros
da doença, como rir, fazer caretas e gesticular de maneira frenética
ESQUIZOFRENIA CATATÔNICA – a atividade motora é gravemente
perturbada; as pessoas nesse estado podem permanecer imóveis, mudas e
impassíveis; no extremo oposto, elas podem se tornar excessivamente
excitadas, conversando e gritando continuamente
ESQUIZOFRENIA PARANOIDE – caracterizada por suspeita extrema e ilusões
complexas
ESQUIZOFRENIA INDIFERENCIADA – é a classificação para pessoas que
apresentam vários dos sintomas característicos de esquizofrenia – como
ilusões, alucinações ou incoerência – e, no entanto, não mostram os sintomas
típicos de qualquer outro subtipo do transtorno
SEP (SÍNDROME DO ESGSOTAMENTO PROFISSIONAL)
O trabalhador experimenta um sentimento de fracasso e exaustão, causado por
excessivo desgaste de energia, derivando em comportamentos de fadiga,
irritabilidade, depressão, aborrecimento, sobrecarga de trabalho, rigidez e
inflexibilidade
PROFISSIONAL – cansado; desiludido; sem vontade de trabalhar; com baixa
estima; frustrado; esgotado; sente-se incapaz de estabelecer melhorias na
relação com os pacientes – BAIXA QUALIDADE DE trabalho.
A síndrome provoca reações no organismo, físicas (fadiga constante),
comportamentais (irritabilidade), psíquicas (falta de atenção e concentração)
e defensivas (tendência ao isolamento)
Três dimensões da SEP:
EXAUSTÃO EMOCIONAL – sensação de esgotamento tanto físico quanto
mental, sentimento de não dispor de energia para absolutamente nada
DESPERSONALIZAÇÃO – alteração da personalidade do indivíduo, levando o
profissional ao desenvolvimento de atitudes negativas, cínicas e insensíveis
frente aos pacientes e colegas de trabalho
FALTA DE REALIZAÇÃO PESSOAL NO TRABALHO – tendência em avaliar o
próprio trabalho de forma negativa; as pessoas se sentem infelizes e
insatisfeitas, consigo mesmas e com seu desenvolvimento profissional
Diferença entre SEP e Estresse:
SEP – é sempre negativa; não é possível determinar com exatidão a origem;
não regride com as férias ou após período de descanso; estudado desde a
época de 70
ESTRESSE – esgotamento pessoal com interferência na vida do indivíduo (não
necessariamente o trabalho, pode ser momentâneo); pode ter efeitos positivos
e negativos; normalmente desaparece após período de descanso; estudado
desde a época de 30
Tentativas de amenizar a SEP – suporte social, suporte familiar, a cultura
local e o prestígio social
PACIENTE TERMINAL E A MORTE
Fases do luto:
FASE DE CHOQUE – é o momento de conhecimento da perda, e na qual
podem ocorrer reações, da anestesia até um total descontrole
FASE DE BUSCA – anseio pela pessoa perdida e também se processa o
contato com a realidade; pode haver a ilusão de que a pessoa não tenha
morrido, de que tudo não passa de um pesadelo; convivem dois processos: a
certeza da perda e a esperança de que não tenha ocorrido
FASE DE DESORGANIZAÇÃO E DESESPERO – a perda já é uma realidade;
manter tudo que recorde a pessoa ou se desfazer de tudo que possa lembrá-la
FASE DE REORGANIZAÇÃO – a vida pode ser reorganizada em novos
patamares sem a existência daquele que morreu
Tipos de luto:
LUTO CRÔNICO – processo de luto que prolonga de forma indefinida,
possivelmente mais presente em relações com forte conteúdo de dependência
LUTO ADIADO – a pessoa não entra em contato com a perda, não consegue
expressar os seus sentimentos, e não procede a elaboração
LUTO INIBIDO – a expressão do luto está inibida e seus sinais parecem
ausentes

Você também pode gostar