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Título

MODELOS DE
PSICOPATOLOGIA
André Luiz Moreno
@andremorenopsi
DISPARADORES

O que é diagnóstico?

Subdiagnóstico / Superdiagnóstico

Estamos preparados para a responsabilidade?

Se não nós, quem?


TRANSTORNO MENTAL

Síndrome (sinais e sintomas).

Perturbação Significativa

Cognição, Regulação Emocional


e/ou Comportamento
Psicológico Biológico

Social
DIAGNÓSTICO

Processo de Categorização
Como intervir
análise que visa X
sem diagnosticar?
conclusão clínica Rotulação
DIAGNÓSTICO

Estigma

Marginalização

DEPR
Enfrentamento ESSÃ
O

Psicoeducação
DIAGNÓSTICO E INTERVENÇÃO

Objetivo do Possibilidades Diversidade em


tratamento de atuação Saúde Mental
DIAGNÓSTICO

Descrever Explicar
Diálogo Interdisciplinar
POR QUE INVESTIR
Avaliação do Tratamento
NO DIAGNÓSTICO
Sensibilização social
DESCRITIVO?
Perícia
NORMA

POPULAÇÃO

AMOSTRA
NORMA

Subjetiva Estatística Social Ocupacional


CARACTERÍSTICAS DO
DIAGNÓSTICO DESCRITIVO
VÁLIDO

Se refere a um
transtorno relevante
para uma população
DIAGNÓSTICO
DESCRITIVO CONFIÁVEL

Se mantém estável em
condições semelhantes e
sem tratamento
SENSÍVEL

Sensível às alterações da
característica na
população
DIAGNÓSTICO
DESCRITIVO ESPECÍFICO

Especificar diferenças
reais da característica na
população
ERRO DIAGNÓSTICO

FALSO FALSO
POSITIVO NEGATIVO
Pessoas saudáveis Pessoas acometidas
diagnosticadas não diagnosticadas
MANUAIS DIAGNÓSTICOS

Ordenação e
Curso e Prevalência e
Classificação de
Prognóstico Gênero
Sintomas

Manual serve ao clínico, não o contrário


Manual Diagnóstico e Estatístico dos Transtornos
Mentais

Associação Americana de Psiquiatria


DSM
5ª Edição - Revisada

Privilegia fenomenologia do transtorno

Auxilio no Diagnóstico Diferencial


Classificação Internacional de Doenças

Organização Mundial de Saúde

CID 10ª / 11ª edição

Codificação mais difundida

Foco em critérios objetivos


MODELO CATEGÓRICO

Transtorno
MODELO DIMENSIONAL
Espectro

Tristeza

Euforia

Ansiedade
MODELO ALTERNATIVO
TRANSTORNOS DE PERSONALIDADE

Variáveis dimensionais 🡪 Funcionamento da Personalidade


Identidade
Autodirecionamento
Empatia
Intimidade
Traços de Personalidade Patológicos
IDENTIDADE

Pouco ou Nenhum Prejuízo

Consciência contínua de um self único; mantém fronteiras


apropriadas ao papel
Autoestima positiva consistente e autorregulada, com
autoapreciação precisa
É capaz de experimentar, tolerar e regular toda uma gama de
emoções
IDENTIDADE
Algum Prejuízo

Tem percepção de si mesmo relativamente intacta, com algum


decréscimo na clareza das fronteiras quando são
experimentadas fortes emoções e sofrimento mental
Autoestima diminuída ocasionalmente, com autoapreciação
excessivamente crítica ou um tanto distorcida
Emoções fortes podem ser angustiantes, associadas a restrição
na variação da experiência emocional
IDENTIDADE
Prejuízo Moderado

Depende exclusivamente dos outros para definição da identidade, com


delineamento comprometido das fronteiras
Tem autoestima vulnerável controlada por preocupação exagerada com a
avaliação externa, com um desejo de aprovação. Tem um sentimento de
imperfeição ou inferioridade, com autoapreciação compensatória inflada ou
esvaziada
Regulação emocional depende da avaliação externa positiva. Ameaças à
autoestima podem gerar fortes emoções de raiva ou vergonha
IDENTIDADE
Prejuízo Grave

Apresenta um senso fraco de autonomia/domínio das próprias ações;


experiência de falta de identidade ou vazio. A definição das fronteiras é pobre ou
rígida: pode apresentar superidentificação com os outros, ênfase excessiva na
independência dos outros ou oscilação entre esses.
A autoestima frágil é facilmente influenciada pelos acontecimentos, e a
autoimagem carece de coerência. A autoapreciação não apresenta nuanças:
autoaversão, autoengrandecimento ou combinação ilógica/irrealista
As emoções podem ser rapidamente alteradas ou ser representadas por um
sentimento crônico e inabalável de desesperança.
IDENTIDADE
Prejuízo Grave

Apresenta um senso fraco de autonomia/domínio das próprias ações;


experiência de falta de identidade ou vazio. A definição das fronteiras é pobre ou
rígida: pode apresentar superidentificação com os outros, ênfase excessiva na
independência dos outros ou oscilação entre esses.
A autoestima frágil é facilmente influenciada pelos acontecimentos, e a
autoimagem carece de coerência. A autoapreciação não apresenta nuanças:
autoaversão, autoengrandecimento ou combinação ilógica/irrealista
As emoções podem ser rapidamente alteradas ou ser representadas por um
sentimento crônico e inabalável de desesperança.
SINAIS E SINTOMAS

CARACTERIZADORES

INCLUSÃO EXCLUSÃO

DIAGNÓSTICO
Auxiliam o Sintomas
Evitação e
clínico a avaliar físicos e
Enfrentamento
morbidade ocupacionais

CRITÉRIOS DE INCLUSÃO
Outro
Janela
transtorno
CRITÉRIOS temporal
mental
DE
EXCLUSÃO: Condições
Uso de
Médicas
Substância
associadas
CRITÉRIOS DEPRESSÃO
A. Cinco (ou mais) dos seguintes sintomas estiveram presentes durante o mesmo período de duas semanas e
representam uma mudança em relação ao funcionamento anterior; pelo menos um dos sintomas é (1) humor
deprimido ou (2) perda de interesse ou prazer.
1. Humor deprimido na maior parte do dia, quase todos os dias, conforme indicado por relato subjetivo (p. ex.,
sente-se triste, vazio, sem esperança) ou por observação feita por outras pessoas (p. ex., parece choroso).
2. Acentuada diminuição do interesse ou prazer em todas ou quase todas as atividades na maior parte do dia,
quase todos os dias (indicada por relato subjetivo ou observação feita por outras pessoas).
3. Perda ou ganho significativo de peso sem estar fazendo dieta (p. ex., uma alteração de mais de 5% do peso
corporal em um mês), ou redução ou aumento do apetite quase todos os dias.
4. Insônia ou hipersonia quase todos os dias.
5. Agitação ou retardo psicomotor quase todos os dias (observáveis por outras pessoas, não meramente
sensações subjetivas de inquietação ou de estar mais lento).
CRITÉRIOS DEPRESSÃO
A. Cinco (ou mais) dos seguintes sintomas estiveram presentes durante o mesmo período de duas semanas e
representam uma mudança em relação ao funcionamento anterior; pelo menos um dos sintomas é (1) humor
deprimido ou (2) perda de interesse ou prazer.
6. Fadiga ou perda de energia quase todos os dias.
7. Sentimentos de inutilidade ou culpa excessiva ou inapropriada (que podem ser delirantes) quase todos os
dias (não meramente autorrecriminação ou culpa por estar doente).
8. Capacidade diminuída para pensar ou se concentrar, ou indecisão, quase todos os dias (por relato subjetivo
ou observação feita por outras pessoas).
9. Pensamentos recorrentes de morte (não somente medo de morrer), ideação suicida recorrente sem um
plano específico, uma tentativa de suicídio ou plano específico para cometer suicídio
CRITÉRIOS DEPRESSÃO
B. Os sintomas causam sofrimento clinicamente significativo ou prejuízo no funcionamento social, profissional
ou em outras áreas importantes da vida do indivíduo.
C. O episódio não é atribuível aos efeitos fisiológicos de uma substância ou a outra condição médica
D. A ocorrência do episódio depressivo maior não é mais bem explicada por transtorno esquizoafetivo,
esquizofrenia, transtorno esquizofreniforme, transtorno delirante, outro transtorno do espectro da
esquizofrenia e outro transtorno psicótico especificado ou transtorno da esquizofrenia e outro transtorno
psicótico não especificado.
E. Nunca houve um episódio maníaco ou um episódio hipomaníaco.
CRITÉRIOS FOBIA SOCIAL
A. Medo ou ansiedade acentuados acerca de uma ou mais situações sociais em que o indivíduo é exposto a
possível avaliação por outras pessoas. Exemplos incluem interações sociais (p. ex., manter uma conversa,
encontrar pessoas que não são familiares), ser observado (p. ex., comendo ou bebendo) e situações de
desempenho diante de outros (p. ex., proferir palestras).
B. O indivíduo teme agir de forma a demonstrar sintomas de ansiedade que serão avaliados negativamente
(i.e., será humilhante ou constrangedor; provocará a rejeição ou ofenderá a outros).
C. As situações sociais quase sempre provocam medo ou ansiedade.
D. As situações sociais são evitadas ou suportadas com intenso medo ou ansiedade.
CRITÉRIOS FOBIA SOCIAL
E. O medo ou ansiedade é desproporcional à ameaça real apresentada pela situação social e o contexto
sociocultural.
F. O medo, ansiedade ou esquiva é persistente, geralmente durando mais de seis meses.
G. O medo, ansiedade ou esquiva causa sofrimento clinicamente significativo ou prejuízo no funcionamento
social, profissional ou em outras áreas importantes da vida do indivíduo.
H. O medo, ansiedade ou esquiva não é consequência dos efeitos fisiológicos de uma substância (p. ex., droga
de abuso, medicamento) ou de outra condição médica.
I. O medo, ansiedade ou esquiva não é mais bem explicado pelos sintomas de outro transtorno mental, como
transtorno de pânico, transtorno dismórfico corporal ou transtorno do espectro autista.
J. Se outra condição médica (p. ex., doença de Parkinson, obesidade, desfiguração por queimaduras ou
ferimentos) está presente, o medo, ansiedade ou esquiva é claramente não relacionado ou é excessivo.
ORIENTAÇÃO
FENOMENOLÓGICA
Aparência

Descrever experiências internas

Ordenar temporalmente e de acordo com intensidade

Perguntar sobre sintomas comórbidos


COMORBIDADES

Aparência

TRANSTORNO A

TRANSTORNO B
COMORBIDADES

FATOR VULNERABILIDADE
TRANSTORNO A
[
TRANSTORNO B
COMORBIDADES

TRANSTORNO A TRANSTORNO B
CARACTERIZAÇÃO FENOMENOLÓGICA

Forma X Conteúdo

Subjetivo X Objetivo

Processo X Resultado
Efeito patogênico

Efeito pato-seletivo

Efeito pato-plástico
FATORES
CULTURAIS Efeito pato-facilitante

Efeito pato- reativo

Idioma do sofrimento
Processo de Eliminação

Diagnóstico
Comorbidades
diferencial
Melhor descritor do problema
COMO REALIZAR O
DIAGNÓSTICO DESCRITIVO?
CARACTERIZAÇÃO DA QUEIXA

Cronologia Frequência Intensidade

Circunstâncias Agravantes Atenuantes


Linha do tempo
CARACTERIZAÇÃO DO CONTEXTO

Fatores desencadeadores

Fatores mantenedores

Resiliência (Compreensão, Gestão, Investimento)

Suporte Social
Características do entrevistador
Crenças

Valores

Sensibilidade

Estado Emocional
Avaliação da funcionalidade
FUNCIONALIDADE

COGNIÇÃO MOBILIDADE

AUTO-CUIDADO INTERAÇÃO SOCIAL

ATIVIDADES PATICIPAÇÃO
DE VIDA SOCIAL
WHODAS 2.0

Escala de Avaliação de Incapacidade da


Organização Mundial da Saúde 2.0
Julgamento Clínico
Experiência e Expertise

Avaliação global Efeitos Psicológicos, Social e


do funcionamento Ocupacional do Trantosno

Perspectiva da Avaliação de Gravidade


Exame do estado mental
DISPARADORES

Avaliação do momento da entrevista

Observações

Variação
EXAME DO ESTADO MENTAL

Características Formas do
Aparência Psicomotricidade Progressão da Fala
da fala Pensamento

Logicidade Senso Percepção Afeto/Humor Cognição


PSICOPATOLOGIA EXPLICATIVA
(COGNITIVA)

Origens dos fenômenos Importância de fatores Estruturas teóricas que Bases para o
observados prodrômicos, história explicam surgimento e tratamento
devida e clínica manutenção
PSICOPATOLOGIA EXPLICATIVA
(COGNITIVA)

Crenças e Esquemas de Padrões comportamentais


significado relacionados à compensatórios
emoções e comportamentos emoções negativas
da queixa
Diagnóstico Raciocínio
Diagnóstico
descritivo clínico

Queixa
Curso
prognóstico
Especificidade de
conteúdo cognitivo

Psicopatologia Origem e
Cognitiva desenvolvimento

DObjetivos Técnicas
terapêuticos em TCC
ESPECIFICIDADE DE
CONTEÚDO COGNITIVO

Para cada transtorno, ou grupo de transtorno, existem padrões


cognitivos comuns

Importância de Contextualizar a especificidade com histórico de


vida

A especificidade de um conteúdo não impede a existência de


outras crenças centrais disfuncionais
ESPECIFICIDADE DE
CONTEÚDO COGNITIVO

A especificidade é uma categoria


- Fenomenologicamente se expressa individualmente em
cada paciente
- Usar e buscar palavras do paciente
EPISÓDIO
DEPRESSIVO MAIOR
DEPRESSÃO

DESAMPARO DESAMOR DESVALOR

"Não tenho ninguém para "Não mereço o amor de "Sou inferior"


cuidar de mim" ninguém" "Sou incapaz"
"Estou sozinho no mundo" "Ninguém me ama" "Sou desprezível"

"O futuro não tem


sentido"
DESESPERANÇA
ANSIEDADE GENERALIZADA

Esquiva Hipervigilância

RECURSOS
MUNDO
INSUFICIENTES
PERIGOSO
PARA O PERIGO

VULNERABILIDADE
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