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relacionados.
● A classificação se trata de um espectro da esquizofrenia, isto é, existe uma gama de
possibilidades de manifestação sintomática dentro dessa classe. Existem
particularidades que exigem atenção.
Transtorno delirante
Critérios Diagnósticos:
A) Presença de um (ou mais) delírios durante pelo menos 1 mês
B) Não atender para esquizofrenia (caso haja alucinações, o que é raro, o tema precisa
estar de acordo com o tema da alucinação).
C) Não estar presente comportamentos bizarros (para além dos comportamentos
derivados do delírio)
D) Caso tenha episódios maníacos ou depressivos, estes devem ser menores que o
episódio de delírio.
E) Não ser derivado do uso de outros tipos de substâncias ou medicamentos
Especificar-se em relação ao subtipo, conteúdo bizarro, o curso e a gravidade.
Características:
● A presença de catatonia exclui automaticamente a possibilidade de transtorno
delirante, já que a presença de catatonia e delírio é o critério A da esquizofrenia.
● O transtorno delirante é mais comum em homens do que mulheres
● O desenvolvimento e curso é menos prejudicado do que em outros transtornos
psicóticos. Por exemplo, quando na ausência de sintomas de delírio os indivíduos
agem normalmente.
Características diagnósticas:
A) a presença de um (ou mais) características. Pelo menos um deles deve ser 1, 2 ou
3:
● Delírio
● Alucinações
● Discurso desorganizado
● Desorganização motora (ou catatonia)
B) Os sintomas devem estar presentes em 1 dia até 1 mês, mas remitir dentro desse
período a um funcionamento pré-mórbido.
C) Não é mais bem explicado por transtorno depressivo maior, transtorno bipolar
com sintomas de psicose, nem por efeitos de outra substância.
Esquizofrenia
● Os sintomas da esquizofrenia envolvem uma gama de disfunções cognitivas,
comportamentais e emocionais, mas nenhum sintoma é patognomônico do
transtorno.
● O diagnóstico envolve o reconhecimento de um conjunto de sinais e sintomas
associados a um funcionamento profissional ou social prejudicado. Cuidado ao
associar uma característica isolada ao diagnóstico do transtorno.
● Indivíduos com o transtorno apresentarão variações substanciais na maior parte
das características (duração, intensidade, frequência, resposta ao tratamento,
etc), uma vez que a esquizofrenia é uma síndrome clínica heterogênea. A
intervenção precisa respeitar a forma individualizada, precisa ser adaptada ao
paciente.
Critérios diagnósticos
A. Dois ou mais dos itens a seguir cada um presente por uma quantidade significativa
de tempo durante o período de um mês (ou menos, se tratados com sucesso). Pelo
menos um deles deve ser o 1, 2, ou 3.
1) Delírios
2) Alucinações
3) Pensamento (discurso) desorganizado
4) Comportamento motor desorganizado ou anormal (incluindo catatonia)
5) Sintomas negativos
B. Por período significativo desde o aparecimento da perturbação, o nível de funcionamento
em uma ou mais áreas importantes do funcionamento está acentuadamente abaixo do nível
alcançado antes do início (ou, quando o início se dá na infância, incapacidade de atingir o
nível esperado de funcionamento interpessoal, acadêmico ou profissional).
Beck propôs três princípios gerais que podem ser abordados desde o início do tratamento:
● Abordagem orientada a recuperação (CTR)
● Técnicas Cognitivas para delírios e alucinações
● Adaptar a formulação com base na sintomatologia, histórico e funcionamento
neurocognitivo (expertise clínica, a eficácia do tratamento depende do raciocínio
clínico em avaliar a condição do paciente e adaptar conforme a necessidade).
Delírio tratamento:
● Psicoeducação e normalização (normalizar crenças delirantes: entender que não é
o fato de ter o pensamento que está relacionado ao sofrimento advindo desse
quadro)
● Familiarizar o paciente ao modelo cognitivo- entender a interrelação dos entre os
elementos do modelo (sentimentos, pensamentos e comportamentos) e com as
interpretações delirantes.
● Aplicar abordagens cognitivas e comportamentais
Estratégias para questionar as evidências em favor das crenças delirantes, construir
crenças alternativas, focar em crenças nucleares não delirantes, consolidar crenças
alternativas, usar experimentos comportamentais, prevenção e manejo de recaídas.
Alucinações tratamento:
● O paciente é incentivado a se distanciar das “vozes” e a questionar afirmações
incorretas que as vozes fazem. O que o paciente discorda daquela voz? tem algum
ponto que ele trouxe? Alguma afirmação que ele não concorda?
Uma das estratégias é trabalhar com o que ele concorda, o que entra em conflito com
a voz. *especificado na aula com exemplos.
● Crenças delirantes e disfuncionais sobre a voz são evocadas e questionadas por
meio de experimentos comportamentais (propor ao paciente a questionar esses
comandos, por meio de vivências e experiências que o resultado questionem essa
voz).
● O paciente começa a perceber que tem controle sobre a voz, o que enfraquece
grande parte da estrutura cognitiva que sustenta as reações emocionais e
comportamentais.
● Crenças desadaptativas e não delirantes (como as que resultam em um sentido de
inutilidade e impotência – reestruturação cognitiva).
CTR:
Visa recuperar o modo adaptativo do paciente. Não depende do diagnóstico
(transdiagnóstico), verifica o que mais tem no repertório do paciente para ser ativado e o
modo adaptativo ficar ativo a maior parte do tempo.
O que existe no paciente além do quadro desafiador? Potencialidades, áreas de interesse,
pontos fortes, aspirações, valores, tudo que com o agravar do quadro vai sendo perdido.