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CRITÉRIOS DSM-IV
F20 - ESQUIZOFRENIA
A. Sintomas Característicos: Pelo menos dois dos seguintes, cada um presente por um espaço significativo de
tempo durante um período de um mês (ou menos, caso tratado com êxito):
(1) delírios
(2) alucinações
(3) fala desorganizada (ex., descarrilhamento freqüente ou incoerência)
(4) comportamento totalmente desorganizado ou catatônico
(5) sintomas negativos, ou seja, embotamento afetivo, alogia ou avolição
(Nota: apenas um sintoma A é necessário se os delírios são bizarros ou as alucinações consistem de uma
voz mantendo um comentário sobre o comportamento ou pensamentos da pessoa ou duas ou mais vozes
conversando entre si).
C. Duração: Sinais contínuos do distúrbio persistem no mínimo durante seis meses. Este período de seis meses
deve incluir pelo menos um mês com os sintomas que satisfazem o critério A (ou seja, sintomas da fase ativa) e
podem incluir períodos prodrômicos e/ou residuais quando o critério A não é plenamente satisfeito. Durante
esses períodos, os sinais do distúrbio podem ser manifestados por sintomas negativos ou por dois ou mais
sintomas listados no critério A presentes em uma forma atenuada (ex., a duração total dos períodos ativo e
residual).
E. Exclusão de Substância/Condição clínica geral: O distúrbio não é devido a efeitos fisiológicos diretos de
uma substância (ex., uma droga de abuso, uma medicação) ou uma condição clínica geral.
Classificação do curso longitudinal (pode ser aplicada somente após pelo menos um ano desde o
primeiro início dos sintomas da fase ativa):
Subtipos de Esquizofrenia
Episódica com Sintomas Residuais Interepisódio (os episódios são definidos pelo reaparecimento de
sintomas psicóticos proeminentes); também especificar se: Com sintomas Negativos Proeminentes
Episódicos.
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Sem Nenhum Sintoma Residual Interepisódio Contínuo (sintomas psicóticos proeminentes estão
presentes no transcorrer do período de observação); também especificar se: Com Sintomas Negativos
Proeminentes Contínuos (sintomas psicóticos proeminentes estão presentes no transcorrer do período de
observação); também especificar se: Com Sintomas Negativos Proeminentes.
Episódio Isolado em Remissão Parcial, também especificar se: Com Sintomas Negativos
Proeminentes.
Tipo Paranóide
Tipo Desorganizado
Tipo Catatônico
Um tipo de Esquizofrenia no qual o quadro clínico é dominado por pelo menos dois dos seguintes:
(1) imobilidade motora, conforme evidenciada por catalepsia (incluindo flexibilidade cérea) ou estupor;
(2) agitação extrema (atividade motora excessiva aparentemente sem propósito e não influenciada por
estímulos externos);
(3) negativismo extremo (resistência aparentemente imotivada a todas as instruções ou manutenção de uma
postura rígida contra tentativas de ser movido), ou mutismo;
(4) peculiaridades de movimento voluntário conforme evidenciadas por posturas inadequadas (assumir
voluntariamente posturas inapropriadas ou bizarras) movimentos estereotipados, maneirismos predominantes
ou esgares proeminentes;
(5) ecolalia ou ecopraxia.
Tipo Indiferenciado
Um tipo de esquizofrenia no qual sintomas que satisfazem o critério A estão presentes, mas os critérios
não são satisfeitos para os tipos Paranóide, Catatônico Desorganizado.
Tipo Residual
A. Critério A para Esquizofrenia (ou seja, sintomas da fase ativa) não são mais satisfeitos.
B. Há evidências contínuas do distúrbio conforme indicado pela presença de sintomas negativos ou de dois ou
mais sintomas incluídos no critério A para Esquizofrenia, presente em uma forma atenuada (ex., crenças
estranhas experiências perceptivas incomuns).
B. Um episódio do distúrbio (incluindo fases prodrômica, ativa e residual) dura menos de seis meses. (Quando o
diagnóstico deve ser estabelecido sem espera pela recuperação, deve ser.qualificado como "provisório")
Especificar:
Sem Boas Características Prognósticas;
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Com Boas Características Prognósticas conforme evidenciado por pelo menos dois dos seguintes:
(1) início dos sintomas psicóticos proeminentes dentro de quatro semanas após primeira mudança perceptível
no comportamento ou funcionamento usual;
(2) confusão ou perplexidade no auge do episódio psicótico;
(3) bom funcionamento pré-mórbido social e ocupacional;
(4) ausência de afeto embotado ou achatado.
A. Um episódio durante o qual, em algum momento, não há um episódio depressivo maior* ou episódio maníaco
simultâneo com sintomas que satisfazem o critério A para Esquizofrenia.
* Episódio depressivo maior deve incluir humor deprimido A(1).
B. Durante o mesmo episódio, houve um período de delírios ou alucinações durante pelo menos duas semanas
na ausência de sintomas de humor proeminentes.
C. Sintomas que satisfazem critérios para um episódio de humor estão presente, durante uma parte substancial
do episódio psicótico (incluindo períodos ativo e residual).
D. O distúrbio não decorre de efeitos fisiológicos diretos de uma substância (ex., uma droga de abuso, um
medicamento) ou uma condição médica geral.
Especificar tipo:
Tipo Maníaco: se episódio maníaco;
Tipo Depressivo: se episódio depressivo.
A. Delírios não bizarros (ou seja, envolvendo situações que ocorrem na vida real, tais como ser seguido,
envenenado, infectado, amado à distância, ter uma doença, ser enganado pelo esposo ou amante) de pelo
menos um mês de duração.
B. Ausência de outras características da fase ativa da Esquizofrenia, ou seja, nenhum dos sintomas seguintes,
por mais de algumas horas: alucinações, fala desorganizada, comportamento altamente desorganizado ou
catatônico; ou sintomas negativos (ou seja, embotamento afetivo, alogia ou avolição).
(Nota: Alucinações táteis e olfativas não são excluídas se relacionadas a tema delirante.)
C. Além do impacto dos delírios ou suas ramificações, o funcionamento não é marcantemente prejudicado e o
comportamento não é obviamente estranho ou bizarro.
D. O distúrbio delirante não se explica por um Distúrbio de Humor com Características Psicóticas (ou seja, para
diagnosticar Distúrbio de Humor com Características Psicóticas, os delírios não estiveram presentes por mais de
duas semanas na ausência dos sintomas de humor proeminentes).
E. O distúrbio não é devido aos efeitos fisiológicos diretos de uma substância (ex., uma droga de abuso, um
medicamento) ou uma condição médica geral.
Especificar tipo: (os tipos a seguir são atribuídos com base no tema delirante proeminente)
Tipo Erotomaníaco: delírios de que uma outra pessoa, geralmente de status superior, está apaixonada pelo
indivíduo.
Tipo Megalomaníaco: delírios de possuir grandes valores, poder, conhecimento, identidade ou relacionamento
especial com uma deidade ou pessoa famosa.
Tipo Ciumento: delírios de que o parceiro sexual é infiel.
Tipo Persecutório: delírios de estar sendo, de algum modo, maltratado (ou alguém a quem a pessoa é
próxima está sendo maltratado).
Tipo Somático: delírios de que a pessoa apresenta algum defeito físico ou condição médica geral.
Tipo Misto: delírios característicos de um ou mais dos tipos acima, sem predominância de nenhum deles.
Tipo Não especificado.
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Nota: não inclua um sintoma se ele for um padrão de resposta culturalmente aceito.
B. A duração de um episódio do distúrbio é pelo menos de um dia e não mais cna um mês, com eventual
retorno total ao nível pré-mórbido de funcionamento. (Quando o diagnóstico deve ser estabelecido sem
aguardar pela recuperação esperada, ele deve ser qualificado como "provisório".)
C. Não se explica por um Distúrbio de Humor (ou seja, nenhuma síndrome de humor completa encontra-se
presente) ou Esquizofrenia e não é devido aos efeitos diretos de uma substância (ex., drogas de abuso,
medicação) ou condição médica geral.
Especificar se:
Com Estressor(es) Marcante(s) (Reativo Breve): quando os sintomas ocorrem logoo após e de forma clara
em resposta a eventos que, isoladamente ou em conjunto, seriam fortemente estressantes para qualquer um
em circunstâncias semelhantes na cultura da pessoa.
Sem Estressor(es) Marcante(s): quando os sintomas psicóticos não ocorrem logo após ou de forma clara em
resposta a eventos que, isoladamente ou em conjunto, seriam fortemente estressantes para qualquer um em
circunstâncias semelhantes na cultura da pessoa.
B. Há evidências a partir da história, exame físico ou achados laboratoriais de que o distúrbio é conseqüência
fisiológica direta de uma condição médica geral.
A. Alucinações ou delírios proeminentes. Nota: Não inclua alucinações quando a pessoa tem consciência de que
elas são induzidas por substância.
C. O distúrbio não se explica por um distúrbio psicótico não induzido por substância? São as seguintes as
evidências de que os sintomas se explicam por um distúrbio psicótico não induzido por substância: os sintomas
precedem o início do abuso ou dependência de substância; persistem por um grande espaço de tempo (ex.,
aproximadamente um mês) após a reação aguda de abstinência ou intoxicação severa; são significativamente
mais numerosos do que seria esperado dados o caráter, a duração ou a quantidade da substância usada; há
outras evidências que sugerem a existência de um distúrbio independente, não provocado por substância (ex.,
uma história de episódios recorrentes não relacionados a substância).