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ESQUIZOFRENIA

E OUTROS TRANSTORNO PSICÓTICOS


AULA 09
PROFETA GENTILEZA
A Esquizofrenia é o transtorno mais
importante do grupo dos transtornos
psicóticos.

Ela tem alguma relação com o transtorno


ESQUIZOFRENI esquizotípico que não apresenta os sintomas
mais graves da esquizofrenia – alucinações,
A delírios e perturbações grosseiras do
comportamento.

A maiorias dos transtornos delirantes não


estão relacionados a esquizofrenia mas, no
inicio das manifestações, é difícil realizar o
diagnóstico diferencial.
Transtornos psicóticos:

■ Transtorno esquizofreniforme: apresentam sintomas de esquizofrenia


somente durante alguns meses e voltam a vida normal.
■ Transtorno esquizoafetivo: apresentam sintomas de esquizofrenia e
características dos transtornos do humor (depressão, transtorno
bipolar, etc)
■ Transtorno delirante: apresentam delírios (crença persistente contrária
a realidade) sem atender todos os critérios para esquizofrenia.
■ Transtorno psicótico induzido por substância: intoxicação por
substância ou abstinência.
■ Transtorno psicótico breve: duração do episódio pelo menos 1 dia e
inferior a 1 mês.
É discutida como uma única
doença mas engloba um grupo
de transtornos com etiologia
heterogênea e pacientes com
apresentação clinica, resposta
ao tratamento e curso da doença
ESQUIZOFRENI muito variados.
A
O diagnóstico é feito
fundamentalmente pela história
psiquiátrica e pelo exame do
estado mental, pois não existe
exame laboratorial para tal
condição.
Epidemiologia:
■ Afeta 0,2 a 1,5% da
população geral.
■ Normalmente tem inicio antes
dos 25 anos.
■ Persiste por toda vida e afeta
ESQUIZOFRENI pessoas de todas as classes.
A ■ Igualmente prevalente em
homens e mulheres (25 e 35
anos), sendo que nos homens
o início é mais precoce (10 a
25 anos).
■ Inicio antes dos 10 anos e
depois dos 60 é extremamente
raro.
■ Pacientes e familiares
recebem cuidados
insuficientes e são
submetidos ao
ESQUIZOFRENI
ostracismo social
A
devido a ignorância a
respeito do
transtorno.
ARTUR BISPO DO ROSÁRIO
ESQUIZOFRENIA

Características clínicas:
■ Distorções fundamentais e características do pensamento e da
percepção.
■ Afeto inadequado ou embotado.
■ A consciência é clara e a capacidade intelectual estão
normalmente mantidas – déficits cognitivos podem surgir no
curso do tempo.
ESQUIZOFRENIA

■ Perturbação das funções básicas como o senso de


individualidade, unicidade e de direção de si mesmo.
■ Pensamentos, sentimentos e atos mais íntimos são sentidos como
conhecidos e partilhados por outros e podem desenvolver
delírios explicativos que podem ganhar formas bizarras.
■ O paciente pode ver a si mesmo como pivô de tudo que
acontece.
ESQUIZOFRENIA

■ As alucinações, principalmente auditivas, são comuns e podem


comentar sobre o comportamento e os pensamentos do paciente.
■ A percepção é frequentemente perturbada, cores ou sons podem
parecer excessivamente vívidos ou alterados em qualidade.
■ Perplexidade é comum no início e leva a crença de que situações
cotidianas possuem significado especial, usualmente sinistro,
destinado ao indivíduo.
ESQUIZOFRENIA

■ Nas perturbações do pensamento aspectos periféricos e


irrelevantes são trazidos para primeiro plano e utilizados no
lugar dos pensamentos adequados e relevantes a uma situação.
Por isso o pensamento é vago, elíptico e obscuro, com
expressões de palavras, algumas vezes, incompreensível.
■ É comum as interrupções e interpolações no curso do
pensamento.
ESQUIZOFRENIA

■ O humor é superficial, caprichoso ou incongruente


(inadequado).
■ Ambivalência e perturbação da volição podem parecer inércia,
negativismo e estupor.
■ Catatonia pode estar presente.
■ O começo pode ser agudo com comportamento muito
perturbador e gradual desenvolvimento de ideias e condutas
estranhas.
■ O curso da doença é variável mas, inevitavelmente, crônico e
deteriorante.
ESTAMIRA
Critérios ■ Os sintomas estão divididos em
grupos especiais para diagnóstico
diagnósticos mas, frequentemente, ocorrem
juntos:
CID – 10. A. Eco do pensamento, inserção ou
Esquizofrenia roubo do pensamento, irradiação
do pensamento;
F20
B. Delírios de controle, influência,
passividade claramente
referindo-se ao corpo ou
movimento dos membros ou
pensamentos específicos, ações
ou sensações, percepção
delirante;
Critérios C. Vozes alucinatórias comentando o
comportamento do paciente ou
diagnósticos discutindo entre elas sobre o
paciente ou outros tipos de vozes
CID – 10. alucinatórias vinda de alguma parte
do corpo;
Esquizofrenia
F20 D. Delírios persistentes de outros tipos
que são culturalmente
inapropriados e completamente
impossíveis, tais como identidade
política ou religiosa ou poderes e
capacidade sobre-humanas (ex.
controlar o tempo, se comunicar
com alienígenas)
Critérios E. Alucinações persistentes de qualquer
modalidade, quando acompanhada
diagnósticos por delírios “superficiais” ou
parciais, sem claro conteúdo
CID – 10. afetivo, ou por idéias
sobrevaloradas persistentes ou
Esquizofrenia quando ocorrem todos os dias
durante semanas ou meses
F20 continuamente;

F. Intercepção ou interpolação no curso


do pensamento resultando em
discurso incoerente, irrelevante ou
neologismo;
Critérios G. Comportamento catatônico, tal como
diagnósticos excitação, postura inadequada ou
flexibilidade cérea (paralisação dos
CID – 10. membros), negativismo, mutismo,
estupor;
Esquizofrenia
F20 H. Sintomas negativos, tais como apatia
marcante, pobreza no discurso e
embotamento ou incongruência de
respostas emocionais, usualmente
resultando em retraimento social e
diminuição do desempenho social.
Deve ficar claro que esses
sintomas não são decorrentes de
depressão ou medicação
neuroléptica.
Critérios I. Uma alteração significativa e
consistente na qualidade
diagnósticos global de alguns aspectos do
comportamento pessoal,
CID – 10. manifestada por perda de
Esquizofrenia interesse, falta de objetivos,
inatividade, uma atitude
F20 ensimesmada e retraimento
social.
Critérios ■
1.
Diretrizes diagnósticas:
Exigência de 01 sintoma claro ou
diagnósticos 02 ou mais não tão claros,
pertencente A e D, ou sintomas,
CID – 10. pelo menos 02, dos grupos E e H,
devem estar presentes pela maior
Esquizofrenia parte do tempo durante 01 mês ou
mais.
F20 2. O diagnóstico não deve ser feito
na presença de sintomas
depressivos ou maníacos nítidos, a
menos que fique claro que os
sintomas esquizofrênicos
precederam o transtorno afetivo.
Quando ambos os sintomas
aparecem juntos diagnóstico de
Transtorno esquizoafetivo F25
■ Outras informações
importantes/curiosidades:
ESQUIZOFRENI
A
■ Apesar dos avanços importantes nas
formas de tratamento, a recuperação
completa da esquizofrenia é rara.

■ O psiquiatra Kraepelin (1899) foi o


primeiro a fazer uma descrição mais
precisa sobre os principais sinais e
identificou: Catatonia (imobilidade
alternante com agitação), Hebefrenia
(emocionalidade infantil e imatura), e
Paranoia (delírios de grandeza ou
perseguição
ESQUIZOFRENIA

■ Kreapelin entendeu que estes sintomas partilhavam


características similares e englobou os sinais num grupo
chamado Demência precoce.
■ Numa segunda avaliação Kreapelin distinguiu a demência
precoce da doença maníaco-depressiva (transtorno bipolar)
■ Também identificou na demência precoce sintomas como
alucinações, delírios, negativismo e comportamento
estereotipado.
ESQUIZOFRENIA

■ O termo Esquizofrenia foi cunhado por


Breuler que pensou essa patologia como uma
divisão associativa das funções básicas da
personalidade, o que fez com que muitos
tivessem a compreensão errada da
esquizofrenia como personalidade dividida ou
mutipla.
ESQUIZOFRENIA

■ Os profissionais da saúde mental tendem a fazer uma


divisão entre sintomas positivos, negativos e
desorganizados.
■ Sintomas positivos se referem a realidade distorcida
■ Sintomas negativos envolvem déficit de
comportamento como o discurso e embotamento
afetivo
■ Sintomas desorganizados incluem fala desconexa,
comportamento errático e afeto inadequado
ESQUIZOFRENIA

■ No DSM V, para diagnóstico de Esquizofrenia, exige-se que


pelo menos 2 ou mais sintomas positivos, negativos ou
desorganizados esteja presente, por pelo menos 1 mês, com 1
dos sintomas sendo delírios, alucinações ou discurso
desorganizado.
■ O DSM V abandonou a divisão que existia entre os subtipos:
paranoide, desorganizada, catatônica indiferenciada e residual.
Utiliza uma nova divisão:
■ Transtorno esquizofreniforme, esquizoafetivo, delirante,
psicótico por uso de substância, psicótico breve.

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