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Semiologia Psiquiátrica

Semiologia Psiquiátrica
Monitoria Habilidades IV
Parte 2
Monitora: Andressa Fernanda
teúdos Osce
on 2
C
Síndromes depressivas
Síndromes bipolares
Síndromes ansiosas
Depressão
Transtornos depressivos

Depressão unipolar Distimia


Transtorno depressivo maior
Transtorno disfórico pre-menstrual.
Devido outras condições médicas
Induzido por substancias

Etiologia do transtorno depressivo


relacionado com a baixa dos neurotransmissores: serotonina,
norepinefrina (neurônios nos receptores serotoninérgicas) e dopamina.
Pode ainda haver níveis anormais de Acetilcolina (Ach) e redução do
ácido y-aminobutírico (GABA).
Pode estar associado a outras condições psiquiátricas ou fisiopatológicas
(alterações hormonais, medicamentos, distúrbios imunológicos e
altercações da Neurofisiologia do sono).
Critérios diagnósticos da depressão maior
Critérios Diagnósticos
A.Cinco (ou mais) dos seguintes sintomas estiveram presentes durante o mesmo período de duas semanas e
representam uma mudança em relação ao funcionamento anterior; pelo menos um dos sintomas é (1) humor
deprimido ou (2) perda de interesse ou prazer.
Nota: Não incluir sintomas nitidamente devidos a outra condição médica
• Humor deprimido na maior parte do dia, quase todos os dias, conforme indicado por relato subjetivo (p. ex.,
sente-se triste, vazio, sem esperança) ou por observação feita por outras pessoas (p. ex., parece choroso).
(Nota: Em crianças e adolescentes, pode ser humor irritável.)
2. Acentuada diminuição do interesse ou prazer em todas ou quase todas as atividades na maior parte do dia,
quase todos os dias (indicada por relato subjetivo ou observação feita por outras pessoas).
3. Perda ou ganho significativo de peso sem estar fazendo dieta (p. ex., uma alteração de mais de 5% do peso
corporal em um mês), ou redução ou aumento do apetite quase todos os dias. (Nota: Em crianças, considerar o
insucesso em obter o ganho de peso esperado.)
4. Insônia ou hipersonia quase todos os dias.
5. Agitação ou retardo psicomotor quase todos os dias (observáveis por outras pessoas, não meramente
sensações subjetivas de inquietação ou de estar mais lento).
6. Fadiga ou perda de energia quase todos os dias.
• Sentimentos de inutilidade ou culpa excessiva ou inapropriada (que podem ser delirantes) quase todos os
dias (não meramente autorrecriminação ou culpa por estar doente).
8. Capacidade diminuída para pensar ou se concentrar, ou indecisão, quase todos os dias (por relato subjetivo
ou observação feita por outras pessoas).
Critérios diagnósticos da depressão maior
9. Pensamentos recorrentes de morte (não somente medo de morrer), ideação suicida recorrente sem um plano
específico, uma tentativa de suicídio ou plano específico para cometer suicídio.
B. Os sintomas causam sofrimento clinicamente significativo ou prejuízo no funcionamento social, profissional ou em
outras áreas importantes da vida do indivíduo.
C. O episódio não é atribuível aos efeitos fisiológicos de uma substância ou a outra condição médica.
Nota: Os Critérios A-C representam um episódio depressivo maior.
Nota: Respostas a uma perda significativa (p. ex., luto, ruína financeira, perdas por um desastre natural, uma doença
médica grave ou incapacidade) podem incluir os sentimentos de tristeza intensos, ruminação acerca da perda, insônia,
falta de apetite e perda de peso observados no Critério A, que podem se assemelhar a um episódio depressivo. Embora
tais sintomas possam ser entendidos ou considerados apropriados à perda, a presença de um episódio depressivo
maior, além da resposta normal a uma perda significativa, também deve ser cuidadosamente considerada. Essa decisão
requer inevitavelmente o exercício do julgamento clínico baseado na história do indivíduo e nas normas culturais para
a expressão de sofrimento no contexto de uma perda.
D. A ocorrência do episódio depressivo maior não é mais bem explicada por transtorno esquizoafetivo, esquizofrenia,
transtorno esquizofreniforme, transtorno delirante, outro transtorno do espectro da esquizofrenia e outro transtorno
psicótico especificado ou transtorno da esquizofrenia e outro transtorno psicótico não especificado.
E. Nunca houve um episódio maníaco ou um episódio hipomaníaco.
Nota: Essa exclusão não se aplica se todos os episódios do tipo maníaco ou do tipo hipomaníaco são induzidos por
substância ou são atribuíveis aos efeitos psicológicos de outra condição médica.
Especificar a gravidade atual: Leve (p. 188), Moderada (p. 188) e Grave (p. 188).
Critérios da distimia
Transtorno Depressivo Persistente (Distimia)
Critérios Diagnósticos
Este transtorno representa uma consolidação do transtorno depressivo maior crônico e do transtorno distímico
definidos no DSM-IV.
A. Humor deprimido na maior parte do dia, na maioria dos dias, indicado por relato subjetivo ou por observação feita
por outras pessoas, pelo período mínimo de dois anos.
Nota: Em crianças e adolescentes, o humor pode ser irritável, com duração mínima de um ano.
B.Presença, enquanto deprimido, de duas (ou mais) das seguintes características:
1.Apetite diminuído ou alimentação em excesso.
2. Insônia ou hipersonia.
3. Baixa energia ou fadiga.
4. Baixa autoestima.
5.Concentração pobre ou dificuldade em tomar decisões.
6. Sentimentos de desesperança.
C. Durante o período de dois anos (um ano para crianças ou adolescentes) de perturbação, o indivíduo jamais esteve
sem os sintomas dos Critérios A e B por mais de dois meses.
D.Os critérios para um transtorno depressivo maior podem estar continuamente presentes por dois anos.
E. Jamais houve um episódio maníaco ou um episódio hipomaníaco e jamais foram satisfeitos os critérios para
transtorno ciclotímico.
F. A perturbação não é mais bem explicada por um transtorno esquizoafetivo persistente, esquizofrenia, transtorno
delirante, outro transtorno do espectro da esquizofrenia e outro transtorno psicótico especificado ou transtorno do
espectro da esquizofrenia e outro transtorno psicótico não especificado.
G. Os sintomas não se devem aos efeitos fisiológicos de uma substância (p. ex., droga de abuso,
medicamento) ou a outra condição médica (p. ex., hipotireoidismo).
Critérios da distimia
H. Os sintomas causam sofrimento clinicamente significativo ou rejuízo no funcionamento social, profissional ou em
outras áreas importantes da vida do indivíduo.
Nota: Como os critérios para um episódio depressivo maior incluem quatro sintomas que estão ausentes da lista de
sintomas para transtorno depressivo persistente (distimia), um número muito limitado de indivíduos terá sintomas
depressivos que persistiram por mais de dois anos, mas não irá satisfazer os critérios para transtorno depressivo
persistente. Caso tenham sido satisfeitos todos os critérios para um episódio depressivo maior em algum momento
durante o episódio atual da doença, tais indivíduos devem receber diagnóstico de transtorno depressivo maior. De
forma alternativa, um diagnóstico de outro transtorno depressivo especificado ou transtorno depressivo não
especificado é justificado.
Especificar se:
Em remissão parcial e em remissão completa
Especificar se:
Início precoce: Se o início ocorre antes dos 21 anos de idade.
Início tardio: Se o início ocorre aos 21 anos ou mais.
Especificar a gravidade atual:
Leve (p. 188)
Moderada (p. 188)
Grave (p. 188)
Semiotécnica
• Você teve períodos em que se sentiu muito triste ou desanimado? Fora
do habitual? Sem achar graça, perdendo prazer ou interesse pelas
coisas?
• Tem/Teve aumento ou diminuição de apetite? Perdeu ou ganhou peso?
• Você se sente/sentia irritado ou nervoso?
• Como está/estava seu sono?
• Sente-se/Sentia-se cansado? Perdeu a energia?
Semiotécnica das Síndromes Depressivas
• Tem/Tinha dificuldade para trabalhar ou estudar?
• Sente/Sentia dificuldade para se concentrar ou tomar decisões?
• Tem/Tinha ideias negativas? Pensamentos ruins?
• Já pensou em morrer?Em tirar a própria vida?
• Tem/Tinha sentimentos de culpa ou arrependimento?
> Questionar duração dos sintomas, se foi ou quando foi primeiro e
último episódio, quantos episódios, duração dos episódios e fatores
que afetavam os sintomas ( faziam melhorar ou piorar )
Depressão Bipolar
Transtornos depressivos

Depressão Bipolar TAB 1


TAB 2
Ciclotimia
Induzido por substancias

Etiologia do transtorno bipolar


A depressão é associada com a baixa dos neurotransmissores:
serotonina, norepinefrina (neurônios nos receptores serotoninérgicas) e
dopamina. Pode ainda haver níveis anormais de Acetilcolina (Ach) e
redução do ácido y-aminobutírico (GABA).
Enquanto que a mania é associada com alta atividade de dopamina e
níveis aumentados de somatostatina (inibidor do GH).Fora isso, há
também alterações da neurofisiologia do sono.
Critérios diagnósticos do transtorno bipolar
Episódio maníaco
A. Um período distinto de humor anormal e persistentemente elevado, expansivo ou irritável e aumento anormal e persistente da
atividade dirigida a objetivos ou da energia, com duração mínima de uma semana e presente na maior parte do dia, quase todos os
dias (ou qualquer duração, se a hospitalização se fizer necessária).
B. Durante o período de perturbação do humor e aumento da energia ou atividade, três (ou mais) dos seguintes sintomas (quatro
se o humor é apenas irritável) estão presentes em grau significativo e representam uma mudança notável do comportamento
habitual:
1. Autoestima inflada ou grandiosidade
2. Redução da necessidade de sono (p. ex., sente-se descansado com apenas três horas de sono).
3. Mais loquaz que o habitual ou pressão para continuar falando.
4. Fuga de ideias ou experiência subjetiva de que os pensamentos estão acelerados.
5. Distratibilidade (i.e., a atenção é desviada muito facilmente por estímulos externos insignificantes ou irrelevantes), conforme
relatado ou observado.
6. Aumento da atividade dirigida a objetivos (seja socialmente, no trabalho ou escola, seja sexualmente) ou agitação psicomotora
(i.e., atividade sem propósito não dirigida a objetivos).
7. Envolvimento excessivo em atividades com elevado potencial para consequências dolorosas (p. ex., envolvimento em surtos
desenfreados de compras, indiscrições sexuais ou investimentos financeiros insensatos).
C. A perturbação do humor é suficientemente grave a ponto de causar prejuízo acentuado no funcionamento social ou profissional
ou para necessitar de hospitalização a fim de prevenir dano a si mesmo ou a outras pessoas, ou existem características psicóticas.
D. O episódio não é atribuível aos efeitos fisiológicos de uma substância (p. ex., droga de abuso, medicamento, outro tratamento)
ou a outra condição médica.
Nota: Um episódio maníaco completo que surge durante tratamento antidepressivo (p. ex., medicamento, eletroconvulsoterapia),
mas que persiste em um nível de sinais e sintomas além do efeito fisiológico desse tratamento, é evidência suficiente para um
episódio maníaco e, portanto, para um diagnóstico de transtorno bipolar tipo I.
Nota: Os Critérios A-D representam um episódio maníaco. Pelo menos um episódio maníaco na vida é necessário para o
diagnóstico de transtorno bipolar tipo I.
Critérios diagnósticos do transtorno bipolar
Episódio hipomaníaco
A. Um período distinto de humor anormal e persistentemente elevado, expansivo ou irritável e aumento anormal e persistente da
atividade ou energia, com duração mínima de quatro dias consecutivos e presente na maior parte do dia, quase todos os dias.
B. Durante o período de perturbação do humor e aumento de energia e atividade, três (ou mais) dos seguintes sintomas (quatro se o
humor é apenas irritável) persistem, representam uma mudança notável em relação ao comportamento habitual e estão presentes em
grau significativo:
1. Autoestima inflada ou grandiosidade.
2. Redução da necessidade de sono (p. ex., sente-se descansado com apenas três horas de sono).
3. Mais loquaz que o habitual ou pressão para continuar falando.
4. Fuga de ideias ou experiência subjetiva de que os pensamentos estão acelerados.
5. Distratibilidade (i.e., a atenção é desviada muito facilmente por estímulos externos insignificantes ou irrelevantes), conforme
relatado ou observado.
6. Aumento da atividade dirigida a objetivos (seja socialmente, no trabalho ou escola, seja sexualmente) ou agitação psicomotora.
7. Envolvimento excessivo em atividades com elevado potencial para consequências dolorosas (p. ex., envolvimento em surtos
desenfreados de compras, indiscrições sexuais ou investimentos financeiros insensatos).
C. O episódio está associado a uma mudança clara no funcionamento que não é característica do indivíduo quando assintomático.
D. A perturbação do humor e a mudança no funcionamento são observáveis por outras pessoas.
E. O episódio não é suficientemente grave a ponto de causar prejuízo acentuado no funcionamento social ou profissional ou para
necessitar de hospitalização. Existindo características psicóticas, por definição, o episódio é maníaco.
F. O episódio não é atribuível aos efeitos fisiológicos de uma substância (p. ex., droga de abuso, medicamento, outro tratamento).
Nota: Um episódio hipomaníaco completo que surge durante tratamento antidepressivo (p. ex. medicamento, eletroconvulsoterapia),
mas que persiste em um nível de sinais e sintomas além do efeito fisiológico desse tratamento, é evidência suficiente para um
diagnóstico de episódio hipomaníaco. Recomenda-se, porém, cautela para que 1 ou 2 sintomas (principalmente aumento da
irritabilidade, nervosismo ou agitação após uso de antidepressivo) não sejam considerados suficientes para o diagnóstico de episódio
hipomaníaco nem necessariamente indicativos de uma diátese bipolar.
Nota: Os Critérios A-F representam um episódio hipomaníaco. Esses episódios são comuns no transtorno bipolar tipo I, embora não
necessários para o diagnóstico desse transtorno.
Semiotécnica
Especialmente importante para distinguir Depressão
Unipolar de Bipolar
Questionar período de aceleração,
hiperprodutividade, bem estar excessivo,
irritabilidade, megalomania, auto-confiança
excessiva, pensamento acelerado, incapacidade de
foco ( inclusive visão dos familiares )
Questionar quando ocorreu, primeiro e último
episódio, frequência e duração da crise, se
necessitou tratamento medicamentoso ou
hospitalar
Semiotécnica
Macete
Para investigar o humor:
Depressão; tristeza, choro, sono,
apetite, energia, concentração, função
sexual, culpa, agitação ou lentidão
psicomotoras, interesse. Um
mnemônico comum usado para lembrar
os sintomas de depressão maior:
SIGECAPS (Sono, Interesse, Culpa
(Guilt), Energia, Concentração, Apetite,
agitação ou lentidão Psicomotoras,
Suicídio).
Transtornos de ansiedade
Transtornos de ansiedade

Transtornos de ansiedade TAG


TP
Fobia social
Fobias específicas
TEPT
Ansiedade normal X patológica
manifestações da ansiedade patológica: vertigem, diarreia, reflexos
aumentados, dilatação da pupila, inquietação, síncopes, taquicardia,
formigamento nas extremidades, tremores, perturbação estomacal,hesitação,
urgência urinária.
Etiologia: estimulação nervosa autônoma explicam os sintomas
cardiovasculares (taquicardia), musculares, gastroinestinais e respiratória.
Neurotransmissores: aumento da norapinefrina, disfunção de serotonina e o
aumento de ácido y-aminobutírico (GABA). Também tem relação hormonal
com maior síntese e liberação do cortisol.
Aumento da atividade da amígdala.
Sintomas do ataque de pânico
Critérios diagnósticos do TAG
A. Ansiedade e preocupação excessivas (expectativa apreensiva), ocorrendo na maioria dos dias por pelo menos seis meses.
com diversos eventos ou atividades (tais como desempenho escolar ou profissional).
B. O indivíduo considera difícil controlar a preocupação.
C. A ansiedade e a preocupação estão associadas com três (ou mais) dos seguintes seis sintomas (com pelo menos alguns
deles presentes na maioria dos dias nos últimos seis meses).
Nota: Apenas um item é exigido para crianças.
1. Inquietação ou sensação de estar com os nervos à flor da pele.
2. Fatigabilidade.
3. Dificuldade em concentrar-se ou sensações de "branco" na mente.
4. Irritabilidade.
5. Tensão muscular.
6. Perturbação do sono (dificuldade em conciliar ou manter o sono, ou sono insatisfatório e inquieto).
D. A ansiedade, a preocupação ou os sintomas físicos causam sofrimento clinicamente significativo ou prejuízo no
funcionamento social, profissional ou em outras áreas importantes da vida do indivíduo
E. A perturbação não se deve aos efeitos fisiológicos de uma substância (p. ex., droga de abuso, medicamento) ou a outra
condição médica (p. ex., hipertireoidismo).
F. A perturbação não é mais bem explicada por outro transtorno mental (p. ex., ansiedade ou preocupação quanto a ter
ataques de pânico no transtorno de pânico, avaliação negativa no transtorno de ansiedade social fobia social], contaminação
ou outras obsessões no transtorno obsessivo-compulsivo, separação das figuras de apego no transtorno de ansiedade de
separação,lembranças de eventos traumáticos no transtorno de estresse pós-traumático, ganho de peso na anorexia nervosa,
queixas físicas no transtorno de sintomas somáticos, percepção de problemas na aparência no transtorno dismórfico
corporal, ter uma doença séria no transtorno de ansiedade de doença ou o conteúdo de crenças delirantes na esquizofrenia ou
transtorno delirante).
Semiotécnica
• Questionar sobre angústia, medo intenso, crises de
ansiedade,
somatizações
• Questionar Agorafobia, Fobias, Episódios
Dissociativos, Conversivos
e ocorrência de sintomas hipocondríacos
• Se respostas positivas: Frequência, ocorrência,
períodos e fatores de
melhora e piora.
• OS OUADROS OBSESSIVOS COMPULSIVOS FAZEM
PARTE DESTAS SÍNDROMES:
• Questionar ideias obsessivas, pensamentos
intrusivos/obsessivos
•Questionar atos compulsivos e rituais
Obrigada!!
Obrigada!!

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