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TRANSTORNOS DE HUMOR
DSM-V
Separou em dois Capítulos: não usa mais o termo “transtornos do humor”
1. transtorno bipolar e relacionados
transtorno bipolar tipo I
transtorno bipolar tipo II
transtorno ciclotímico
transtorno bipolar e transtorno relacionado induzido por
substância/medicamento
transtorno bipolar e transtorno relacionado devido a outra condição médica
outro transtorno bipolar e transtorno relacionado especificado e
transtorno bipolar e outro transtorno relacionado não especificado
2. transtornos depressivos
transtorno disruptivo da desregulação do humor
transtorno depressivo maior (incluindo episódio depressivo maior),
transtorno depressivo persistente (distimia)
transtorno disfórico pré-menstrual
transtorno depressivo induzido por substância/medicamento
transtorno depressivo devido a outra condição médica
outro transtorno depressivo especificado e
transtorno depressivo não especificado
Depressão:
Um transtorno depressivo maior ocorre sem uma história de um episódio maníaco,
misto ou hipomaníaco. O episódio depressivo maior deve durar pelo menos duas
semanas, e normalmente uma pessoa com esse diagnóstico também experimenta
pelo menos quatro sintomas de uma lista que inclui alterações no apetite e peso,
alterações no sono e na atividade, falta de energia, sentimentos de culpa, problemas
para pensar e tomar decisões e pensamentos recorrentes de morte ou suicídio.
Dayana Mara - MEDICINA/M2
Mania:
Um episódio maníaco é um período distinto de humor anormal e persistentemente
elevado, expansivo ou irritável que dura pelo menos uma semana, ou menos se o
paciente tiver de ser hospitalizado
Hipomania:
OBS: Tanto a mania como a hipomania estão associadas com autoestima inflada,
necessidade de sono diminuída, distratibilidade, grande atividade física e mental e
envolvimento excessivo em comportamento prazeroso.
Diistimia
Caracterizada por pelo menos dois anos de humor deprimido não grave o suficiente
para receber o diagnóstico de episódio depressivo maior
Transtorno ciclotímico
Caracterizado por pelo menos dois anos de ocorrência frequente de sintomas
hipomaníacos que não podem ser diagnosticados como um episódio maníaco e de
sintomas depressivos que não podem ser diagnosticados como um episódio
depressivo maior.
Fatores Biológicos:
Norepinefrina:
A correlação sugerida por estudos das respostas clínicas aos antidepressivos é
provavelmente a evidência isolada mais convincente indicando um papel direto do sistema
noradrenérgico na depressão.
Outras evidências implicaram também os receptores B2 pré-sinápticos na depressão,
visto que sua ativação resulta em redução da quantidade de norepinefrina liberada. Esses
receptores também estão localizados nos neurônios serotonérgicos e regulam a quantidade
de serotonina liberada. A eficácia clínica dos antidepressivos com efeitos noradrenérgicos
Dayana Mara - MEDICINA/M2
Serotonina
Com o forte efeito que os inibidores seletivos da recaptação de serotonina (ISRSs) – por
exemplo, a fluoxetina – têm tido sobre o tratamento da depressão, a serotonina se tornou
a amina biogênica neurotransmissora mais comumente associada à depressão. A
identificação de múltiplos subtipos de receptores serotonérgicos também aumentou a
expectativa da comunidade de pesquisa sobre o desenvolvimento de tratamentos ainda
mais específicos para depressão. Além do fato de os ISRSs e outros antidepressivos
serotonérgicos serem eficazes no tratamento da depressão, outros dados indicam que a
serotonina está envolvida na fisiopatologia desse transtorno. A depleção da serotonina
pode precipitar depressão, e alguns pacientes com impulsos suicidas têm concentrações
baixas de metabólitos da serotonina no líquido cerebrospinal (LCS) e concentrações baixas
de zonas de captação de serotonina nas plaquetas.Com o forte efeito que os inibidores
seletivos da recaptação de serotonina (ISRSs) – por exemplo, a fluoxetina – têm tido sobre
o tratamento da depressão, a serotonina se tornou a amina biogênica neurotransmissora
mais comumente associada à depressão. A identificação de múltiplos subtipos de
receptores serotonérgicos também aumentou a expectativa da comunidade de pesquisa
sobre o desenvolvimento de tratamentos ainda mais específicos para depressão. Além do
fato de os ISRSs e outros antidepressivos serotonérgicos serem eficazes no tratamento da
depressão, outros dados indicam que a serotonina está envolvida na fisiopatologia desse
transtorno. A depleção da serotonina pode precipitar depressão, e alguns pacientes com
impulsos suicidas têm concentrações baixas de metabólitos da serotonina no líquido
cerebrospinal (LCS) e concentrações baixas de zonas de captação de serotonina nas
plaquetas.
Dopamina
Há a teoria de que a dopamina também desempenhe um papel. Dados indicam que sua
atividade pode estar reduzida na depressão e aumentada na mania
Os medicamentos que reduzem as concentrações da dopamina – por exemplo, a reserpina
– e as doenças que também têm esse efeito (p. ex., doença de Parkinson) estão associados
com sintomas depressivos. Em contraste, medicamentos que aumentam suas
concentrações, como a tirosina, a anfetamina e a bupropiona, reduzem os sintomas de
depressão. Duas teorias recentes sobre dopamina e depressão são que a via mesolímbica
da dopamina pode ser disfuncional e que seu receptor D1 pode ser hipoativo na depressão
Acetilcolina
Níveis anormais de colina, que é um precursor de ACh, foram encontrados na necropsia de
cérebros de alguns pa cientes deprimidos
Agentes agonistas e antagonistas colinérgicos têm efeitos clínicos diferentes sobre
depressão e mania. Os agonistas podem produzir letargia, falta de energia e retardo
psicomotor em indivíduos saudáveis, exacerbar os sintomas na depressão e reduzir os
sintomas na mania
Dayana Mara - MEDICINA/M2
Fatores neuroendócrinos
Alterações dos hormônios tireoidianos podem causar tanto depressão quanto mania. Por
este motivo, preconiza-se a investigação da função tireoidiana em todos os pacientes com
transtorno do humor, mesmo que não apresentem queixas típicas de acometimento da
glândula.
HORMÔNIO DO CRESCIMENTO. Também foram descritas alterações no GH e alterações
adrenais, principalmente relacionadas ao cortisol, podendo afetar o estado imunológico
destes pacientes. O hormônio do crescimento (GH) é secretado da hipófise anterior após
estimulação por norepinefrina (NE) e dopamina. A secreção é inibida por somatostatina, um
neuropeptídeo hipotalâmico, e por CRH. Níveis de somatostatina do LCS diminuídos foram
relatados na depressão e níveis aumentados foram observados na mania
Imagem cerebral estrutural e funcional
A tomografia computadorizada (TC) e a ressonância magnética (RM) têm permitido
métodos sensíveis e não invasivos para avaliar o cérebro vivo, incluindo os tratos cortical e
subcortical, bem como lesões da substância branca. A anormalidade mais consistente
observada nos transtornos depressivos é a maior frequência de hiperintensidades anormais
nas regiões subcorticais, tais como as regiões periventriculares, os gânglios da base e o
tálamo. Mais comuns no transtorno bipolar I e entre idosos, essas hiperintensidades
parecem refletir os efeitos neurodegenerativos prejudiciais de episódios afetivos
recorrentes. Aumento ventricular, atrofia cortical e alargamento sulcal também foram
relatados em alguns estudos. Alguns pacientes deprimidos também podem ter volumes
reduzidos do hipocampo ou do núcleo caudado, ou de ambos, sugerindo defeitos mais
focais em sistemas neurocomportamentais relevantes. Áreas de atrofia difusas e focais
foram associadas com maior gravidade da doença, bipolaridade e aumento dos níveis de
cortisol
Fatores psicossociais
Os acontecimentos vitais estressantes precedem mais frequentemente os primeiros
episódios de humor, tanto depressivos quanto maníacos, do que subsequentes. A presença
de agentes estressores permanentes precipita e influencia o curso dos transtornos de
humor, interfere na sintomatologia e na recuperação, independente das estratégias
terapêuticas adotadas. O acontecimento vital mais associado com o desenvolvimento de
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depressão é a perda de um dos pais antes dos onze anos de idade. As síndromes e reações
depressivas surgem com muita frequência após perdas significativas: de uma pessoa
querida, de um emprego, de um local de moradia, de uma situação socioeconômica ou de
algo puramente simbólico. Não há nenhum traço ou tipo de personalidade
Diagnóstico:
Critérios diagnósticos do DSM-5
A. Cinco (ou mais) dos seguintes sintomas estiveram presentes durante o mesmo
período de duas semanas e representam uma mudança em relação ao
funcionamento anterior; pelo menos um dos sintomas é (1) humor deprimido ou (2)
perda de interesse ou prazer.
1. Humor deprimido na maior parte do dia, quase todos os dias, conforme indicado
por relato subjetivo (p. ex., sente-se triste, vazio, sem esperança) ou por
observação feita por outras pessoas (p. ex., parece choroso). (Nota: Em crianças e
adolescentes, pode ser humor irritável.)
2. Acentuada diminuição do interesse ou prazer em todas ou quase todas as
atividades na maior parte do dia, quase todos os dias (indicada por relato subjetivo
ou observação feita por outras pessoas).
3. Perda ou ganho significativo de peso sem estar fazendo dieta (p. ex., uma
alteração de mais de 5% do peso corporal em um mês), ou redução ou aumento
do apetite quase todos os dias.
4. Insônia ou hipersonia quase todos os dias.
5. Agitação ou retardo psicomotor quase todos os dias (observáveis por outras
pessoas, não meramente sensações subjetivas de inquietação ou de estar mais
lento).
6. Fadiga ou perda de energia quase todos os dias.
7. Sentimentos de inutilidade ou culpa excessiva ou inapropriada (que podem ser
delirantes) quase todos os dias (não meramente autorrecriminação ou culpa por
estar doente).
8. Capacidade diminuída para pensar ou se concentrar, ou indecisão, quase todos
os dias (por relato subjetivo ou observação feita por outras pessoas).
9. Pensamentos recorrentes de morte (não somente medo de morrer), ideação
suicida recorrente sem um plano específico, uma tentativa de suicídio ou plano
específico para cometer suicídio.
B. Os sintomas causam sofrimento clinicamente significativo ou prejuízo no
funcionamento social, profissional ou em outras áreas importantes da vida do
indivíduo.
C. O episódio não é atribuível aos efeitos fisiológicos de uma substância ou a outra
condição médica
D. A ocorrência do episódio depressivo maior não é mais bem explicada por
transtorno esquizoafetivo, esquizofrenia, transtorno esquizofreniforme, transtorno
delirante, outro transtorno do espectro da esquizofrenia e outro transtorno psicótico
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Quadro Clínico:
Tratamento
A trazodona tem sido utilizada nos casos de depressão com insônia, devido às suas
propriedades sedativas, sem potencial de dependência. Deve-se ter cautela no uso
em homens, devido ao risco de priapismo, apesar de ser um efeito colateral raro
O tratamento de manutenção com antidepressivos por pelo menos seis meses
auxilia na prevenção de recaídas. O tratamento em longo prazo pode ser indicado
em pacientes com transtorno depressivo recorrente, podendo ser feita associação
com carbonato de lítio;
A retirada do antidepressivo deve ser gradual, ao longo de uma a duas semanas,
dependendo da meia-vida do composto
Preconiza-se manter a dose eficaz por 1 ano para evitar recaídas e durante anos, se
a depressão for recorrente.
TRANSTORNO BIPOLAR
Fisiopatologia:
Alterações neuropsicológicas
Pacientes com TB apresentam dificuldades em vários domínios cognitivos, mesmo
eutímicos, sendo as funções executivas (que regulam e monitoram processos cognitivos
e envolvem planejamento, memória operacional, atenção, resolução de problemas,
controle inibitório e flexibilidade mental) as mais frequentemente encontradas. As
disfunções executivas podem, em parte, explicar as dificuldades na adaptação
psicossocial dos pacientes com TB. Durante as alterações de humor, mesmo que sejam
discretas, é comum o prejuízo em atenção, memória, velocidade psicomotora e
aprendizado. Portanto, a etiopatogenia do TB parece envolver, além de alterações em
neurotransmissores, complexas alterações estruturais e funcionais de plasticidade
neuronal e de circuitos cerebrais influenciadas por fatores genéticos e ambientais
Transtorno bipolar tipo I: episódios depressivos leves a graves, intercalados com fases
de normalidade e fases maníacas bem caracterizadas.
Transtorno bipolar tipo II: episódios depressivos leves a graves, intercalados com
períodos de normalidade e seguidos de fases hipomaníacas. O paciente não apresenta
episódios maníacos.
Transtorno bipolar de ciclagem rápida: episódios maníacos e depressivos alternados,
separados por intervalos de 48-72 horas
Episódio Hipomaníaco
A. Um período distinto de humor anormal e persistentemente elevado, expansivo ou
irritável e aumento anormal e persistente da atividade ou energia, com duração mínima
de quatro dias consecutivos e presente na maior parte do dia, quase todos os dias.
B. Durante o período de perturbação do humor e aumento de energia e atividade, três (ou
mais) dos seguintes sintomas (quatro se o humor é apenas irritável) persistem,
representam uma mudança notável em relação ao comportamento habitual e estão
presentes em grau significativo:
1. Autoestima inflada ou grandiosidade.
2. Redução da necessidade de sono (p. ex., sente-se descansado com apenas três horas
de sono).
3. Mais loquaz que o habitual ou pressão para continuar falando.
4. Fuga de ideias ou experiência subjetiva de que os pensamentos estão acelerados.
5. Distratibilidade (i.e., a atenção é desviada muito facilmente por estímulos externos
insignificantes ou irrelevantes), conforme relatado ou observado.
6. Aumento da atividade dirigida a objetivos (seja socialmente, no trabalho ou escola, seja
sexualmente) ou agitação psicomotora.
7. Envolvimento excessivo em atividades com elevado potencial para consequências
dolorosas (p. ex., envolvimento em surtos desenfreados de compras, indiscrições sexuais
ou investimentos financeiros insensatos).
C. O episódio está associado a uma mudança clara no funcionamento que não é
característica do indivíduo quando assintomático.
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D. A perturbação do humor e a mudança no funcionamento são observáveis por outras
pessoas.
E. O episódio não é suficientemente grave a ponto de causar prejuízo acentuado no
funcionamento social ou profissional ou para necessitar de hospitalização. Existindo
características psicóticas, por definição, o episódio é maníaco. F. O episódio não é
atribuível aos efeitos fisiológicos de uma substância (p. ex., droga de abuso,
medicamento, outro tratamento).
A. Cinco (ou mais) dos seguintes sintomas estiveram presentes durante o mesmo período
de duas semanas e representam uma mudança em relação ao funcionamento anterior;
pelo menos um dos sintomas é (1) humor deprimido ou (2) perda de interesse ou prazer.
Nota: Não incluir sintomas que sejam claramente atribuíveis a outra condição médica.
1. Humor deprimido na maior parte do dia, quase todos os dias, conforme indicado por
relato subjetivo (p. ex., sente-se triste, vazio ou sem esperança) ou por observação feita
por outra pessoa (p. ex., parece choroso). (Nota: Em crianças e adolescentes, pode ser
humor irritável.)
2. Acentuada diminuição de interesse ou prazer em todas, ou quase todas, as atividades
na maior parte do dia, quase todos os dias (conforme indicado por relato subjetivo ou
observação feita por outra pessoa).
3. Perda ou ganho significativo de peso sem estar fazendo dieta (p. ex., mudança de mais
de 5% do peso corporal em um mês) ou redução ou aumento no apetite quase todos os
dias. (Nota: Em crianças, considerar o insucesso em obter o ganho de peso esperado.)
4. Insônia ou hipersonia quase diária.
5. Agitação ou retardo psicomotor quase todos os dias (observável por outras pessoas;
não meramente sensações subjetivas de inquietação
o ou de estar mais lento).
6. Fadiga ou perda de energia quase todos os dias. 7. Sentimentos de inutilidade ou culpa
excessiva ou inapropriada (que podem ser delirantes) quase todos os dias (não
meramente autorrecriminação ou culpa por estar doente).
8. Capacidade diminuída para pensar ou se concentrar, ou indecisão quase todos os dias
(por relato subjetivo ou observação feita por outra pessoa).
9. Pensamentos recorrentes de morte (não somente medo de morrer), ideação suicida
recorrente sem um plano específico, tentativa de suicídio ou plano específico para cometer
suicídio.
B. Os sintomas causam sofrimento clinicamente significativo ou prejuízo no
funcionamento social, profissional ou em outras áreas importantes da vida do indivíduo.
C. O episódio não é atribuível aos efeitos fisiológicos de uma substância ou a outra
condição médica.
Tratamento:
O tratamento de escolha para transtorno bipolar baseia-se no uso de agentes
estabilizadores de humor, principalmente, carbonato de lítio, ácido valproico e
carbamazepina
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Compêndio de Psiquiatria:
Carbonato de lítio: carbonato de lítio é considerado o protótipo do “estabilizador
do humor”. Contudo, visto que o início de sua ação antimaníaca é lento, ele
geralmente é suplementado nas fases iniciais do tratamento por antipsicóticos
atípicos, anticonvulsivantes estabilizadores do humor ou benzodiazepínicos de alta
potência. Os níveis terapêuticos do lítio estão entre 0,6 e 1,2 mEq/L..
Valproato: (ácido valproico ou divalproex sódico) é indicado apenas para mania
aguda, embora a maioria dos especialistas concorde que ele também tem efeitos
profiláticos. Os níveis de dose típicos de ácido valproico são 750 a 2.500 mg por
dia, alcançando níveis sanguíneos entre 50 e 120 mcg/mL. A dose de carga oral
de 15 a 20 mg/kg de divalproex sódico a partir do primeiro dia de tratamento tem
sido bem tolerada e está associada com um início rápido da resposta. Uma série
de exames laboratoriais é necessária durante o tratamento com essa substância
Carbamazepina e oxcarbazepina. A carbamazepina tem sido usada no mundo
todo por décadas como tratamento de primeira linha para mania aguda. Suas doses
típicas para tratar mania aguda variam entre 600 e 1.800 mg por dia associadas
com níveis sanguíneos entre 4 e 12 mcg/mL. É possível que o congênere keto da
carbamazepina, a oxcarbazepina, tenha propriedades antimaníacas semelhantes.
Doses mais altas do que as de carbamazepina são necessárias porque 1.500 mg
de oxcarbazepina equivalem a aproximadamente 1.000 mg de carbamazepina
Clonazepam e lorazepam. Os anticonvulsivantes benzodiazepínicos de alta
potência usados na mania aguda incluem clonazepam e lorazepam. Ambos podem
ser eficazes e são amplamente utilizados para tratamento adjuvante de agitação
maníaca aguda, insônia, agressividade e disforia, bem como de pânico. A
segurança e o perfil de efeito colateral benigno desses agentes os tornam
adjuvantes ideais ao lítio, à carbamazepina ou ao valproato
Antipsicóticos atípicos e típicos.
Todos os antipsicóticos atípicos – olanzapina, risperidona, quetiapina,
ziprasidona e aripiprazol – demonstraram efeitos antimaníacos e são
aprovados pela Food and Drug Administration para essa indicação.
Comparados com agentes mais antigos, como haloperidol e clorpromazina,
os antipsicóticos atípicos estão menos sujeitos a potencial pós-sináptico
excitatório e discinesia tardia; muitos não aumentam a prolactina. Entretanto,
eles têm uma ampla variação de substancial a nenhum risco para ganho de
peso com seus problemas associados de resistência a insulina, diabetes,
hiperlipidemia, hipercolesterolemia e comprometimento cardiovascular.
Alguns pacientes, todavia, requerem tratamento de manutenção com um
medicamento antipsicótico.