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Analépticos
Também conhecidos como estimulantes respiratórios, os analépticos são os fármacos
que possuem atividade estimulante seletiva sobre os centros bulbares, ou seja, sobre
o centro respiratório e, ação secundária sobre o centro vasomotor, importante na
regulação da frequência cardíaca. Promovem o aumento da ventilação pulmonar e
aceleram o restabelecimento dos reflexos normais.
Os analépticos mais antigos são convulsivantes, não sendo seguros, já que a margem
entre a dose eficaz e a convulsiva é estreita. Exemplos são a niquetamida, a
picrotoxina e o pentetrazol
O doxapram é um dos poucos analépticos utilizados na clínica, tendo sua maior ação
em situações de depressão do centro respiratório por morfina e barbitúricos. Não
apresenta ação estimulante cardíaca.
Psicoestimulantes
Esta classe é constituída principalmente pelas xantinas, derivados anfetamínicos e
cocaína.
Esses fármacos possuem ação principal sobre os centros superiores e ação
psicotrópica sobre mecanismos mentais ou emocionais, produzindo diversos efeitos.
Devido a capacidade de atravessar a barreira hematoencefálica, exercem efeitos
centrais. Também, possuem ação sobre o sistema cardiovascular, hipertérmicas e
anorexígenas. Assim, são usados para inibir o apetite, mas com tendência em causar
dependência física ou psíquica.
O metilfenidato é indicado como adjuvante a medidas psicológicas, educacionais e
sociais, direcionadas a pacientes, principalmente crianças, estáveis com uma
síndrome comportamental caracterizada por déficit de atenção, hiperatividade,
labilidade emocional e impulsividade.
Nootrópicos
Esses fármacos afetam de forma seletiva as funções cerebrais superiores,
estimulando a atenção, a memória e o pensamento. Úteis no tratamento de distúrbios
cognitivos.
Pertencem a esta classe a citicolina, codergocrina, donepezila, galantamina,
piracetam, rivastigmina e vimpocetina.
A citicolina atua como neuroprotetor, promovendo resultados positivos nas alterações
bioelétricas cerebrais existentes em quadros traumáticos. Assim, é indicada no
tratamento do coma pós-traumatismo craniano. Também possui efeitos na melhoria
da memória e na recuperação de tecidos que sofreram lesão em decorrência de infarto
cerebral ou demais lesões ocasionadas por hipoxemia.
Assim como a donepezila, a galantamina também atua como um inibidor da
colinesterase, havendo aumento da acetilcolina, um neurotransmissor importante para
a memória. Com isto, esses fármacos são indicados no tratamento da doença de
Alzheimer leve a moderada. A rivastigmina, por atuar de forma seletiva na inibição da
colinesterase, possui ação nas áreas mais afetadas pela doença.
O piracetam é indicado no tratamento da perda de memória, atenção e direção, no
controle da vertigem e em processos de aprendizagem para crianças.
Já a vimpocetina é um derivado do alcalóide vincamina, com ação anticonvulsivante,
neuroprotetora e antioxidante
ANTIPSICÓTICOS
O termo “psicose”, de acordo com a Associação Americana de Psiquiatria, é utilizado
para descrever o estado mental de um indivíduo que apresenta perda de contato com
a realidade, comprometendo a habilidade do paciente de comportar-se, sentir-se e até
mesmo de pensar. O quadro psicótico pode acarretar diversas complicações para a
vida da pessoa, como por exemplo dificuldades de convívio familiar e profissional.
Além disso, atualmente esse transtorno afeta cerca de 60 milhões de pessoas ao redor
do mundo. A pessoa neurótica possui sintomas graves como ansiedade e depressão.
No entanto, esse quadro não interfere no lado racional da pessoa. Ou seja, na maneira
de pensar e agir. Em um quadro neurótico, a pessoa possui controle sobre suas
atitudes. Já o paciente psicótico não possui o controle de suas ações, uma vez que
esteve em uma outra realidade. Essa característica é encontrada em pacientes que
apresentam esquizofrenia.
A esquizofrenia é um distúrbio cerebral crônico que afeta em torno de um por cento
da população mundial. Quando a esquizofrenia está ativa, os sintomas podem incluir
delírios, alucinações, fala desorganizada, problemas de raciocínio e falta de
motivação. No entanto, com o tratamento, a maioria dos sintomas da esquizofrenia
melhora bastante e a probabilidade de recorrência dos surtos pode ser diminuída.
Embora não haja cura para a esquizofrenia, a pesquisa está levando a tratamentos
inovadores e mais seguros. Os especialistas também estão desvendando as causas
da doença estudando genética, realizando pesquisas comportamentais e usando
imagens avançadas para observar a estrutura e a função cerebral. Essas abordagens
prometem terapias novas e mais eficazes. O diagnóstico é baseado no
comportamento observado, nas experiências relatadas pela pessoa e nos relatórios
de terceiros que são familiarizados com a pessoa. A esquizofrenia não implica uma
personalidade dividida ou transtorno de personalidade múltipla condições com as
quais geralmente é confundida.
A medicação antipsicótica, juntamente com aconselhamento, treinamento profissional
e reabilitação social são a vital assistência do tratamento. Não se sabe claro se os
antipsicóticos típicos ou atípicos são melhores. Naqueles pacientes que não
melhoram com outros antipsicóticos, a clozapina pode ser usada. Em situações mais
graves – em que existem riscos para si ou para os outros – pode ser necessária
hospitalização involuntária, embora as internações hospitalares sejam agora mais
curtas e menos frequentes. Cerca de 1% da população são afetadas pela
esquizofrenia durante a vida. Em 2013, havia aproximadamente 23,6 milhões de
casos no mundo todo. A expectativa de vida média das pessoas com o transtorno é
de dez a vinte e cinco anos menos do que a população em geral.
Os antipsicóticos (ou neurolépticos) são medicamentos que combatem a psicose,
indicados no tratamento da esquizofrenia, mas também são eficazes em outros
estados psicóticos e estado de mania. Eles agem diretamente no neurônio,
bloqueando receptores de dopamina e impedindo que o excesso da substância,
alteração química mais comum na doença, continue provocando os sintomas positivos
e as alterações de comportamento. Os antipsicóticos não são curativos e não
eliminam o transtorno crônico do pensamento, mas com frequência diminuem a
intensidade das alucinações e ilusões, permitindo que a pessoa com esquizofrenia
conviva em um ambiente de apoio. Os antipsicóticos são divididos em primeira e
segunda gerações. A primeira geração é subdividida em potência baixa e potência
alta. Essa classificação não indica a eficácia clínica dos fármacos, mas especifica a
afinidade pelo receptor de dopamina D2, que, por sua vez, pode influenciar o perfil
dos efeitos adversos do fármaco.