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COLÉGIO COSMOS

ELIENE LIMA DE SOUZA

ANSIEDADE

CAMPO LIMPO PAULISTA


DEZEMBRO/2022
INTRODUÇÃO

As constantes mudanças ocorridas no mundo e as pressões atuais vêm


influenciando diretamente a vida das pessoas e desencadeando diferentes
emoções negativas, em especial, a ansiedade. Todavia, é preciso considerar
que o a ansiedade faz parte da herança biológica das pessoas, tratando-se de
uma resposta normal e comum na vida de todos, sendo até mesmo importante
para a sobrevivência e adaptação do ser humano. Entretanto, esta reação
normal a certas situações pode evoluir para um transtorno mental que vem
acometendo constantemente os indivíduos, causando sofrimento psíquico e
prejuízos funcionais para a sua vida pessoal e profissional
Ansiedade é um sentimento vago e desagradável de medo, apreensão,
caracterizado por tensão ou desconforto derivado de antecipação de perigo, de
algo desconhecido ou estranho.
A ansiedade e o medo passam a ser reconhecidos como patológicos quando
são exagerados, desproporcionais em relação ao estímulo, ou qualitativamente
diversos do que se observa como norma naquela faixa etária e interferem com
a qualidade de vida, o conforto emocional ou o desempenho diário do
indivíduo.1 Tais reações exageradas ao estímulo ansiogênico se desenvolvem,
mais comumente, em indivíduos com uma predisposição neurobiológica
herdada
A maneira prática de se diferenciar ansiedade normal de ansiedade patológica
é basicamente avaliar se a reação ansiosa é de curta duração, autolimitada e
relacionada ao estímulo do momento ou não.
Os transtornos ansiosos são quadros clínicos em que esses sintomas são
primários, ou seja, não são derivados de outras condições psiquiátricas
(depressões, psicoses, transtornos do desenvolvimento, transtorno
hipercinético, etc.).
Sintomas ansiosos (e não os transtornos propriamente) são freqüentes em
outros transtornos psiquiátricos. É uma ansiedade que se explica pelos
sintomas do transtorno primário (exemplos: a ansiedade do início do surto
esquizofrênico; o medo da separação dos pais numa criança com depressão
maior) e não constitui um conjunto de sintomas que determina um transtorno
ansioso típico
O diagnóstico da ansiedade é realizado pela análise clínica com um médico
psiquiatra, o qual verificará os sintomas apresentados pelo paciente

TRATAMENTO

As principais formas de tratamento na ansiedade são:


– Medicamentos (sempre com acompanhamento e receita médica);
– Psicoterapia com psicólogo ou com médico psiquiatra;
– Combinação dos dois tratamentos (medicamentos e psicoterapia).
A maior parte das pessoas começa a ser sentir melhor e retoma suas
atividades depois de algumas semanas de tratamento, por isso é importante
procurar ajuda especializada na unidade de saúde mais próxima. O diagnóstico
precoce e preciso, um tratamento eficaz e o acompanhamento por um prazo
longo, são imprescindíveis para obter-se melhores resultados e menores
prejuízo
Durante o tratamento, o profissional tem a intenção de preparar os seus
pacientes para no futuro serem os seus próprios terapeutas
as intervenções cognitivo-comportamentais mais empregadas nos transtornos
ansiosos são: psicoeducação; identificação das crenças centrais e
intermediárias; reestruturação cognitiva; respiração diafragmática e
relaxamento muscular progressivo; dessensibilização gradual; resolução de
problemas e prevenção de recaída. O tratamento psicoterapêutico tem por
objetivo o trabalho colaborativo entre terapeuta e paciente, auxiliando-o a
administrar e não a eliminar completamente o sentimento de ansiedade, visto
que tal meta é inatingível, pois este sentimento faz parte da herança biológica
das pessoas.
Por conta disso, o terapeuta cognitivo-comportamental pode utilizar estratégias
comportamentais e cognitivas na resolução dos problemas expostos pelo
paciente. Alguns especialistas do assunto recomendam que, nos transtornos
de ansiedade, as técnicas comportamentais podem ser empregadas pelo
terapeuta como um recurso primário no tratamento psicoterápico.
Frente a isso, os métodos comportamentais têm por objetivo minimizar padrões
de atitudes compensatórias de fuga e esquiva, sendo que as intervenções
cognitivas podem ocorrer sem interferências específicas nesta área, permitindo
ao paciente que ele elabore novas conclusões e empregue novas atitudes, a
partir do enfrentamento dos eventos temidos por ele

PREVENÇÃO DA ANSIEDADE

Alguns hábitos podem auxiliar quem sofre de ansiedade, no intuito de evitar o


surgimento de crises, como veremos a seguir:

 Alimentar-se de forma saudável;


 Realizar atividades físicas;
 Evitar o consumo de álcool;
 Evitar o consumo exagerado de estimulantes, como café e
cigarro;
 Controlar o uso de aparelhos eletrônicos, como televisão e
celular, principalmente à noite;
 Dormir bem;
 Evitar o estresse.

Referências

Organização Mundial da Saúde (OMS). CID-10 ¾ Classificação Internacional de Doenças,


décima versão. Genebra: Organização Mundial da Saúde; 1992.

Isolan L, Blaya C, Kipper L, Maltz S, Heldt E, Manfro GG. Ansiedade na infância:


implicações para a psicopatologia no adulto. Rev Psiquiatria RS.
Colégio Cosmos

Eliene Lima de Souza

Medicamentos usados na psiquiatria

Clonazepam
Clonazepam está indicado isoladamente ou como adjuvante no tratamento das
crises epilépticas mioclônicas, acinéticas, ausências típicas (pequeno mal),
ausências atípicas (síndrome de Lennox-Gastaut). Clonazepam está indicado
como medicação de segunda linha em espasmos infantis (Síndrome de West).

Em crises epilépticas clônicas (grande mal), parciais simples, parciais


complexas e tônico-clônico generalizadas secundárias, Clonazepam está
indicado como tratamento de terceira linha para os casos de:

 Transtornos de ansiedade:
o Como ansiolítico em geral.

o Distúrbio do pânico com ou sem agorafobia.

o Fobia social.

 Transtornos do humor:
o Transtorno afetivo bipolar: tratamento da mania.

o Depressão maior: como adjuvante


de antidepressivos (depressão ansiosa e na fase
inicial de tratamento).

Diazepam
Trata-se de um ansiolítico do grupo dos benzodiazepínicos. Esses
medicamentos são capazes de agir no SNC (Sistema Nervoso Central) e,
assim, possuem propriedades ansiolíticas, sedativas, relaxantes,
anticonvulsivantes, além de efeitos amnésicos.
Dada a utilização desse fármaco há mais de 50 anos, ele é considerado muito
seguro. Contudo, é importante que seja feito o uso racional desse remédio, ou
seja, utilizando-o de forma apropriada, na dose certa e por tempo adequado. A
medicação pode ser indicada para aliviar sintomas relacionados às seguintes
condições:
Distúrbios de ansiedade - ansiedade, tensão, agitação associada a desordens
psiquiátricas Espasmo muscular reflexo - quadro decorre de traumas locais
Espasticidade - aumento do tônus muscular decorrente de alterações
neurológicas Desintoxicação alcoólica - alivia a agitação, tremores, alucinações
e delírio. O diazepam também pode ser indicado para tratar a dor intensa, alívio
da tensão antes de cirurgias, na epilepsia ou nas convulsões agudas. A
literatura médica ainda descreve o uso do diazepam como sedativo para
pacientes internados em UTI, assim como na terapia de curto prazo da
espasticidade em crianças.

Clonazapina
A clozapina é um fármaco muito importante, uma vez que é um antipsicótico
atípico cujo uso se dá em casos refratários ao tratamento com outros
medicamentos da classe.
Ou seja, em caso de não haver sucesso com outras medicações neurolépticas
(por exemplo, risperidona), pode-se encontrar bons resultados com o uso da
clozapina.
No entanto, a clozapina é um remédio com o potencial de causar efeitos
colaterais sérios que podem matar. Por isso, é essencial ter um
acompanhamento psiquiátrico atento durante o tratamento.
O nome de referência da clozapina é o Leponex®, fabricado pela indústria
farmacêutica Novartis. Também há a opção do Pinazan® cujo fabricante é a
Cristália.
Embora no Brasil não haja muitos nomes comerciais do medicamento, dispõe-
se da versão genérica da clozapina, a qual é mais barata que os nomes
comerciais.
A clozapina é um remédio indicado para o tratamento de pessoas com:
Esquizofrenia, que já utilizaram outros medicamentos antipsicóticos e não
tiveram bons resultados com esse tratamento ou não toleraram outros
medicamentos antipsicóticos devido aos efeitos colaterais;
Esquizofrenia ou transtorno esquizoafetivo que podem tentar cometer suicídio
Distúrbios do pensamento, emocionais e comportamentais em pessoas com
doença de Parkinson, quando outros tratamentos não foram eficazes.

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