Você está na página 1de 12

Ansiedade

Alberth Gonçalves Ferreira


Ana Luiza Azevedo Fonseca
Ana Paula Barbosa leite da Silveira
Isabela Teixeira
Márcia Teixeira
O que é ansiedade ?

O termo tem várias definições nos dicionários não técnicos: aflição, angústia, perturbação do
espírito causada pela incerteza, relação com qualquer contexto de perigo, etc.
Levando-se em conta o aspecto técnico, devemos entender ansiedade como um fenômeno que ora nos
beneficia ora nos prejudica, dependendo das circunstâncias ou intensidade, podendo tornar-se patológica,
isto é, prejudicial ao nosso funcionamento psíquico (mental) e somático (corporal).
A ansiedade estimula o indivíduo a entrar em ação, porém, em excesso, faz exatamente o
contrário, impedindo reações. Os transtornos de ansiedade são doenças relacionadas ao funcionamento do
corpo e às experiências de vida. Pode-se sentir ansioso a maior parte do tempo sem nenhuma razão
aparente; pode-se ter ansiedade às vezes, mas tão intensamente que a pessoa se sentirá imobilizada. A
sensação de ansiedade pode ser tão desconfortável que, para evitá-la, as pessoas deixam de fazer coisas
simples (como usar o elevador) por causa do desconforto que sentem.
Os transtornos da ansiedade têm
sintomas muito mais intensos do que
aquela ansiedade normal do dia a
dia. Eles aparecem como:

● preocupações, tensões ou medos exagerados (a pessoa


não consegue relaxar);
● sensação contínua de que um desastre ou algo muito
ruim vai acontecer;
● preocupações exageradas com saúde, dinheiro,
família ou trabalho;
● medo extremo de algum objeto ou situação em
particular;
● medo exagerado de ser humilhado publicamente;
● falta de controle sobre os pensamentos, imagens ou
atitudes, que se repetem independentemente da
vontade;
● pavor depois de uma situação muito difícil
Diagnóstico

O diagnóstico da ansiedade é realizado


pela análise clínica com um médico
psiquiatra, o qual verificará os sintomas
apresentados pelo paciente. Leva em
conta a história de vida do paciente, a
avaliação clínica criteriosa e, quando
necessário, a realização de alguns
exames complementares. Como os
sintomas podem ser comuns a várias
condições clinicas diferentes que
exigem tratamento específico, é
fundamental estabelecer o diagnóstico
diferencial com TOC, síndrome do
pânico ou fobia social, por exemplo.
Sintomas da ansiedade

Fala acelerada; Palpitações e dores no peito; Agitação de pernas e


Respiração Sensação de tremor e vontade de braços;
ofegante e falta roer as unhas; Tensão muscular;
de ar;

Irritabilidade; Boca seca e


Tontura e sensação de
Enxaquecas; hipersensibilidad
desmaio;
Nervosismo; e de paladar;
Enjoo e vômitos;
Insônia; Preocupação
Suor frio;
Desequilíbrio dos pensamentos; excessiva;
Tipos de
tratamentos
Tratamentos medicamentosos

As intervenções farmacológicas são necessárias quando os sintomas são


graves e incapacitantes, embora estudos controlados documentando seu uso sejam
limitados. O uso de antidepressivos tricíclicos (imipramina) mostrou resultados
controversos.
Os benzodiazepínicos, apesar de poucos estudos controlados que
avaliem a sua eficácia, são utilizados para ansiedade antecipatória e para alívio dos
sintomas durante o período de latência dos antidepressivos.
Os inibidores seletivos da recaptura de serotonina podem ser efetivos para o alívio dos sintomas
de ansiedade, sendo considerados medicação de primeira escolha devido ao seu perfil
de efeitos colaterais, sua maior segurança, fácil administração e quando há
comorbidade com transtorno de humor.
Tratamentos com remédios

Antidepressivos
1 como Sertralina, Escitalopram, Paroxetina ou Venlafaxina: são medicamentos de primeira
escolha no tratamento da ansiedade, pois são eficazes para controlar os sintomas ao ajudar a
repor neurotransmissores cerebrais que estimulam o humor e o bem-estar;

Ansiolíticos
2 como Diazepam, Clonazepam, Lorazepam: apesar de serem remédios muito eficazes para
acalmar, não devem ser utilizados como primeira escolha, já que causam risco de dependência
e de efeitos colaterais como sonolência e quedas.

Outros
3 como a Buspirona, Pregabalina, Hidroxicina e antipsicóticos também podem ajudar a diminuir
os sintomas de ansiedade.
PSICOTERAPIA

A psicoterapia, como a terapia cognitivo-comportamental ou psicodinâmica, orientadas por


um psicólogo, são importantes formas de tratamento da ansiedade. Muitas vezes,
especialmente nos casos mais leves ou iniciais, somente estas estratégias podem ser
suficiente para controlar e evitar os sintomas, sem a necessidade de remédios.
A terapia cognitivo-comportamental consiste basicamente em provocar uma mudança na
maneira alterada de perceber e raciocinar sobre o ambiente e especificamente sobre o que
causa a ansiedade (terapia cognitiva) e mudanças no comportamento ansioso (terapia
comportamental). Esse método pode ter eficácia duradoura sobre os transtornos ansiosos em
geral.
Tratamentos naturais

Para controlar a ansiedade Algumas opções eficazes incluem,


existem muitas alternativas exercícios físicos, como caminhada,
naturais, utilizadas para natação e dança, yôga, Pilates, tai chi, poi
complementar o tratamento, que proporcionam relaxamento e bem-estar.
podem sem muito importantes Além disso, é recomendado investir em
para reduzir os atividades de lazer e hobbies, como ler,
sintomas e diminuir a pintar, tocar algum instrumento ou ouvir
necessidade de medicamentos. música, por exemplo, pois ajudam a
aliviar o estresse e a preocupação.
CUIDADOS DE ENFERMAGEM Á PESSOA COM TRANSTORNO DE
ANSIEDADE
O envolvimento da equipe de enfermagem é imprescindível no processo de humanização, citando os cuidados de
enfermagem ao paciente com transtornos ansiosos. Desde a anamnese até o último processo da sistematização de enfermagem,
o enfermeiro deve compilar não somente seus conhecimentos teóricos e práticos, como também o acolhimento e a escuta
qualificada, desenvolvendo uma comunicação saudável com o paciente e seus familiares presentes (LANDIM et al., 2013).
A assistência de enfermagem é essencial à pessoa com transtornos de ansiedade. Além de fazer uma avaliação geral do
paciente cuidado somente em questões clínicas, mas também às suas necessidades psicológicas, o identifica, especialista em
saúde mental e capaz de compreender e identificar os sinais e sintomas mesmo em suas manifestações iniciais.
Para traçar um plano de cuidados de enfermagem ao paciente com transtorno de ansiedade, são realizadas algumas
intervenções, tais como orientações sobre os efeitos colaterais das medicações, abordagens tranquilizantes, atenção e escuta
para promover o encorajamento do paciente, encorajar a participação da família durante todo o tratamento, ensinar técnicas de
relaxamento e respiração, encorajar a prática de exercícios para alívio dos sintomas físicos, identificar mudança nos níveis de
ansiedade e auxiliar o paciente a identificar situações que sejam gatilhos para ansiedade (OLIVEIRA; MARQUES; SILVA,2020).
A escuta ativa ou terapêutica é utilizada como ferramenta para o cuidado, analisando não somente as características
mediante ao sofrimento do indivíduo, como também tem o objetivo de minimizar a apreensão e angústia, focando em outras
vertentes além da queixa principal, onde são coletadas informações, muitas vezes desconexas, de forma acolhedora e
humanizada (LIMA; VIEIRA; SILVEIRA,2015).
Referencias Bibliograficas

American Psychiatry Association. (2014). Diagnostic and Statistical Manual of Mental disorders – DSM-5. 5th.ed.
Washington: American Psychiatric Association

Dugas, M.J., Robichaud, M. (2009). Tratamento Cognitivo-Comportamental para o Transtorno de Ansiedade


Generalizada: da ciência a prática. Rio de Janeiro. Editora Cognitiva.

https://www.tuasaude.com/tratamento-para-ansiedade/

https://www.scielo.br/j/rbp/a/8zzzJyFPhyQ8hRwYKLvV58r/?format=html

https://www.revista.ajes.edu.br/index.php/sajes/article/download/380/299

Você também pode gostar