Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
GERENCIAMENTO
DE RESÍDUOS DE
SERVIÇOS DE
SAÚDE (RSS)
MARÇO 2021
anahp
anos
anahp anos
Expediente
CONTEÚDO
Comitê de Sustentabilidade Anahp
Alessandra Azevedo
Ingrid Cicca
Victor Kenzo
Vitor Silva
Larissa Monteiro
Clayton Ribeiro
Marconi Freitas
EDIÇÃO
Érika Souza
Ingrid Cicca
REVISÃO
Ana Paula Machado
Gabriela Nunes
DIAGRAMAÇÃO
Luis Henrique de Souza Lopes
AVISO LEGAL
Este material foi produzido pelo Comitê de Sustentabilidade da Anahp –
Associação Nacional de Hospitais Privados. O documento pode conter
informações confidenciais e/ou privilegiadas. Se você não for o destinatário
ou a pessoa autorizada a receber este documento, não deve usar, copiar
ou divulgar as informações nele contidas ou tomar qualquer ação baseada
nessas informações, sob o conhecimento de que qualquer disseminação,
distribuição ou cópia deste conteúdo é proibida.
MARÇO 2021
SOBRE A ANAHP
A Associação Nacional de Hospitais Privados – Anahp é a entidade
representativa dos principais hospitais privados de excelência do país.
Criada em 11 de maio de 2001, durante o 1º Fórum Top Hospital, em
Brasília, e fundada em 11 de setembro do mesmo ano, a Anahp surgiu para
defender os interesses e necessidades do setor de saúde e expandir as
melhorias alcançadas pelas instituições privadas para além das fronteiras
da saúde suplementar, favorecendo a todos os brasileiros.
CONSELHO DE
ADMINISTRAÇÃO
Presidente: Eduardo Amaro | Hospital e Maternidade Santa Joana (SP)
Vice-presidente: Henrique Neves | Hospital Israelita Albert Einstein (SP)
ACONDICIONAMENTO 23
RESÍDUOS INFECTANTES 23
RESÍDUOS PERFUROCORTANTES 23
RESÍDUOS QUÍMICOS 23
OUTROS TIPOS DE RESÍDUOS 23
MONITORAMENTO E RASTREABILIDADE 33
DOCUMENTAÇÃO 34
AUDITORIAS AMBIENTAIS 38
TREINAMENTOS 39
GESTÃO DE INDICADORES 40
REQUISITOS LEGAIS 41
REFERÊNCIAS 45
INTRODUÇÃO
Os hospitais são reconhe-
cidos como instituições
que podem gerar grande
impacto ambiental, pois
operam ininterruptamente
durante todo o ano, sen-
do grandes consumidores
de materiais e de recursos
naturais (água e energia),
além de grandes gerado-
res de resíduos e efluentes
líquidos. Sem atuar com
responsabilidade sobre os
possíveis impactos am-
bientais, a operação de um (consumo de materiais e retamente por atividades
hospital pode contribuir financeiros), evitando des- ligadas ao gerenciamento
fortemente para o esgota- perdícios. de resíduos sólidos. Assim,
mento dos recursos natu- esperamos que estas orien-
rais e mudanças climáticas Dada a relevância do assun- tações sejam úteis para
e, consequentemente, pro- to, a Anahp – Associação o setor e que, de alguma
mover efeitos negativos à Nacional de Hospitais Priva- forma, possa auxiliar no en-
saúde humana. dos, desenvolveu esta carti- tendimento dos principais
lha contemplando concei- aspectos de gestão que
Um dos aspectos ambien- tos, definições, legislações, envolvem o gerenciamento
tais mais relevantes para o tecnologias, procedimentos ambientalmente adequado
setor de saúde é a gestão e melhores práticas de ges- e responsável de resíduos
dos resíduos, tendo em tão de resíduos em confor- de saúde. Entendemos que
vista a importância para a midade com as normas e equipes treinadas, cons-
saúde e segurança dos tra- resoluções ambientais. cientes e atualizadas quan-
balhadores, à saúde pública to a essa temática, bem
em geral e proteção ao meio A publicação foi desenvolvi- como o uso de ferramentas
ambiente. O bom gerencia- da pensando nos gestores de gestão, implementadas
mento de resíduos também e nos profissionais que atu- a partir de bases científicas,
contribui para a melhor am em estabelecimentos técnicas, normativas e le-
eficiência operacional e de assistência à saúde e gais, são fundamentais nes-
melhor gestão de recursos que são responsáveis di- te processo.
6
CONCEITOS
EM GESTÃO E
GERENCIAMENTO
DE RESÍDUOS
Dentre os objetivos defi- parágrafo 2º, consta a sição final ambientalmente
nidos na Política Nacio- “não geração, redução, adequada dos rejeitos”, que
nal de Resíduos Sólidos reutilização, reciclagem e corresponde à priorização
(PNRS), estabelecido pela tratamento dos resíduos da gestão dos resíduos con-
Lei 12.305/10, artigo 7º, sólidos, bem como dispo- forme ilustrado a seguir.
7
Cartilha de Gerenciamento de Resíduos de Serviços de Saúde (RSS)
Logística
reversa
8
BENEFÍCIOS DO
GERENCIAMENTO
ADEQUADO DE
RESÍDUOS
O gerenciamento ade- aquática, através de emis-
quado dos resíduos de sões de GEE (Gases de
serviços de saúde confe- Efeito Estufa), como dióxi-
re benefícios como: do de carbono proveniente
do processo de incinera-
• Conformidade legal: ção. Realizar a destinação
que orienta sobre a correta adequada dos resíduos de
segregação, armazenamen- acordo com sua classifica-
to, tratamento, transporte ção, conforme especifica-
e disposição final dos resí- do no item a seguir Classifi-
duos de saúde. No Brasil, há cação de resíduos, e dentro perigosos. Assim, as boas
um conjunto de leis e nor- das condições de segu- práticas em gestão de re-
mas que orientam sobre as rança preconizadas pelas síduos, em todas as suas
diretrizes para a gestão de legislações, torna a gestão etapas, podem contribuir
resíduos sólidos da saúde de resíduos mais eficiente, para a redução de despe-
(confira na página 43). consequentemente, cau- sas e desperdícios;
sando menos impacto ao
• Impacto ambiental: meio ambiente. • Impacto social: o ma-
os resíduos hospitalares nuseio correto de resíduos
podem ser prejudiciais ao • Impacto financeiro: reduz o risco de exposição
meio ambiente e o seu tra- os custos associados aos e lesões a profissionais da
tamento pode envolver uso resíduos hospitalares in- saúde e pacientes, e a dis-
intensivo de energia (como fecciosos podem ser cin- seminação de micro-orga-
autoclavagem) ou promo- co vezes maiores do que nismos contaminantes no
ver poluição do ar, solo ou a de outros resíduos não meio ambiente.
9
CLASSIFICAÇÃO
DOS RESÍDUOS
A classificação é uma etapa A n o r m a A B N T N BR a estrutura e composi-
muito relevante no processo 10004:2004 c l a ssi - ção química;
de gerenciamento de resídu- f i c a o s re s í d uo s e m :
os, pois auxilia as etapas se- C l a s s e I – P e r i go so s a possibilidade de apro-
guintes do processo como e C l a s s e I I – Nã o p e - veitamento para trans-
segregação, identificação, r i g o s o s . N e s s a cl a s- formação;
acondicionamento, armaze- s i f i c a ç ã o s ã o l eva do s
namento, coleta, transporte e m c o n s i d e ra ç ã o o s os potenciais riscos
e disposição final ambiental- s e gu i n t e s a s p e c t o s : existentes para o meio
mente adequada. ambiente.
Resíduos
10
Cartilha de Gerenciamento de Resíduos de Serviços de Saúde (RSS)
Resíduos Classe
Gorduras Classe II A
Papel e papelão Classe II A
Orgânico/varrição (restos de comida, papel com gordura) Classe II A
Tijolos Classe II B
Vidros Classe II B
Metais ferrosos Classe II B
Madeira Classe II B
Sucata de metais ferrosos Classe II B
Sucata de metais não ferrosos Classe II B
11
ETAPAS DO MANEJO
DE RESÍDUOS
DE SERVIÇOS DE
SAÚDE (RSS)
Todas as etapas relativas ciamento ambiental de de resíduos, bem como
ao manejo dos resíduos todo e qualquer estabe- de todos os passos para
devem estar descritas no lecimento de saúde. Nele a segregação correta na
Plano de Gerenciamento deverão constar todos os fonte geradora, acondicio-
de Resíduos de Serviços processos utilizados pelo namentos, coletas, arma-
de Saúde (PGRSS). O do- estabelecimento de saú- zenamentos, transportes,
cumento é parte integran- de para a não-geração ou reciclagens, tratamentos e
te do processo de licen- minimização de geração disposições finais.
Armazenamento Tratamento
temporário
Identificação
12
SEGREGAÇÃO
DOS RESÍDUOS
A segregação dos resídu- rísticas físicas, químicas, 358/2005, estabelecem
os consiste na separação biológicas, o seu estado que os resíduos de serviços
dos resíduos no momento físico e os riscos envolvi- de saúde devem ser clas-
e local de sua geração, de dos. As resoluções ANVISA sificados em cinco grupos,
acordo com as caracte- RDC 222/2018 e CONAMA conforme citação a seguir:
Classe Grupo
(ABNT NBR 10004:2004) (RDC 222/2018) Característica
13
Cartilha de Gerenciamento de Resíduos de Serviços de Saúde (RSS)
14
Cartilha de Gerenciamento de Resíduos de Serviços de Saúde (RSS)
15
Cartilha de Gerenciamento de Resíduos de Serviços de Saúde (RSS)
Acondicionamento
Sacos Recipientes
Sob hipótese alguma os sacos devem Os resíduos líquidos devem ser acon-
ser reaproveitados ou esvaziados. dicionados em recipientes resistentes,
rígidos e estanques, com tampa ros-
Quanto à cor do saco para os resíduos queada e vedante e compatível com o
infectantes (Grupo A), o uso deve es- líquido armazenado.
tar embasado nos art. 15 e 16 da RDC
222/2018.
16
Cartilha de Gerenciamento de Resíduos de Serviços de Saúde (RSS)
QUÍMICOS (GRUPO B)
17
Cartilha de Gerenciamento de Resíduos de Serviços de Saúde (RSS)
Riscos químicos
18
Cartilha de Gerenciamento de Resíduos de Serviços de Saúde (RSS)
COMUNS (GRUPO D)
19
Cartilha de Gerenciamento de Resíduos de Serviços de Saúde (RSS)
Garrafas Espelhos
Frascos em geral Porcelana e cerâmica
Copos Lâmpada
VIDRO Cacos Cristal e vidro plano
Folhas
Flores
Sementes
Ossos
ORGÂNICO Sobras de alimentos
Restos de podas de árvore e
jardinagem
20
Cartilha de Gerenciamento de Resíduos de Serviços de Saúde (RSS)
PERFUROCORTANTES (GRUPO E)
21
Cartilha de Gerenciamento de Resíduos de Serviços de Saúde (RSS)
Explantes
22
ACONDICIONAMENTO
Resíduos infectantes
O art. 16 da RDC
222/2018 estabelece
que sempre que hou-
ver a obrigação do tra-
tamento dos RSS do
Grupo A, estes devem
ser acondicionados em
sacos vermelhos com
simbologia de risco bio-
lógico. O saco vermelho Resíduos químicos de forma a não possibili-
pode ser substituído tar vazamentos;
pelo saco branco leitoso Para o acondicionamen-
com simbologia de risco to seguro de substâncias Embalagens vazias de
biológico sempre que as químicas, o recipiente produtos químicos pe-
regulamentações esta- deve atender aos seguin- rigosos devem ser tra-
duais, municipais ou do tes critérios: tados da mesma forma
Distrito Federal exigi- que a substância que
rem o tratamento indis- Ser quimicamente com- as contaminou.
criminado de todos os patível com a substân-
RSS do Grupo A, exceto cia a ser acondicionada;
para acondicionamento
dos RSS do subgrupo A5. Ser estanque, ou seja, ter Outros tipos de
capacidade de conter os resíduos químicos
Em relação aos resíduos resíduos em seu interior;
do Grupo A que não pre- Ainda em relação aos resídu-
cisam ser obrigatoria- Ter resistência física a os químicos, citamos a seguir
mente tratados, confor- pequenos choques; alguns tipos comumente pre-
me art. 15 da resolução, sentes no setor de manuten-
devem ser acondiciona- Ter durabilidade; ção dos estabelecimentos
dos em saco branco lei- de saúde e que, devido ao ris-
toso com simbologia de As embalagens conten- co à saúde pública e ao meio-
risco biológico, a exem- do resíduos químicos -ambiente, faz-se necessário
plo dos resíduos do sub- perigosos devem estar alguns cuidados especiais,
grupo A4. íntegras e bem vedadas, detalhados a seguir.
23
Cartilha de Gerenciamento de Resíduos de Serviços de Saúde (RSS)
Baterias
24
Cartilha de Gerenciamento de Resíduos de Serviços de Saúde (RSS)
Lâmpadas fluorescentes
São lâmpadas de alta efici- interior mercúrio, sódio ou Podem ser tubulares, circu-
ência que possuem no seu outros vapores metálicos. lares ou compactas.
Acondicione as
lâmpadas separa-
das dos coletores
de vidros.
25
Cartilha de Gerenciamento de Resíduos de Serviços de Saúde (RSS)
Deve-se dar atenção es- podem possuir materiais no meio ambiente, podem
pecial à destinação des- de caráter tóxico ao ser ter esses elementos libe-
ses resíduos, pois seus humano, logo, se lança- rados em solos e cursos
componentes internos dos de maneira indevida da água.
Não quebre, picote, Acondicione equi- Não armazene re- O transporte deve-
amasse ou desmonte pamentos e placas síduos eletrônicos rá ser efetuado por
resíduos de equipa- de tamanho peque- a céu aberto ou em empresa devida-
mentos eletrônicos. no em recipientes contato com água mente licenciada
rígidos (ex.: bom- ou outros líquidos. para tal atividade.
Caso esteja visível, bonas, caixas etc.),
remova baterias e para facilitar seu
pilhas dos equipa- manuseio.
mentos eletrônicos
e os descarte con-
forme orientação
específica.
26
Cartilha de Gerenciamento de Resíduos de Serviços de Saúde (RSS)
27
TRATAMENTO
DE RESÍDUOS
DE SERVIÇOS DE
SAÚDE (RSS)
Tecnologias de
tratamento serviços de saúde estão tratamento de resíduos
o processo de desinfec- de serviços de saúde
O tratamento de resídu- ção química ou térmica. permitem um encami-
os de serviços de saúde As tecnologias de desin- nhamento dos resíduos
consiste na redução ou fecção mais conhecidas tratados para o circuito
eliminação de contamina- são a autoclavagem, o normal de resíduos sóli-
ção por meio de processo uso do micro-ondas e dos urbanos (RSU), sem
que modifique a caracte- a incineração. Estes re- qualquer risco para a
rística do risco associado cursos alternativos de saúde pública.
ao resíduo. Pode ser feito
diretamente no estabe-
lecimento gerador ou em
outro local devidamen-
te licenciado pelo órgão
competente, observados,
nestes casos, os poten-
ciais de contaminação e as
condições de segurança
para o transporte entre o
estabelecimento gerador
e o local do tratamento.
28
Cartilha de Gerenciamento de Resíduos de Serviços de Saúde (RSS)
DESINFECÇÃO TÉRMICA
29
Cartilha de Gerenciamento de Resíduos de Serviços de Saúde (RSS)
mica em que os materiais resultando na formação de ECP, bem como efluentes lí-
orgânicos combustíveis são gases que são processados quidos gerados da atividade
gaseificados, num período na câmara de combustão. desse sistema de tratamen-
to. Além da emissão atmos-
férica, a incineração gera cin-
zas provenientes da queima.
Essas cinzas e escórias, em
geral, contêm metais pesa-
dos em alta concentração e
não podem, por isso, ir para
aterros sanitários, sendo ne-
cessário um aterro especial
para resíduos perigosos. Os
efluentes líquidos gerados
pelo sistema de incineração
devem atender aos limites
de emissão de poluentes
estabelecidos na legislação
ambiental vigente.
30
DISPOSIÇÃO FINAL
DE RESÍDUOS
As formas de disposição fi- tes líquidos e emissões procedimentos específicos
nal dos resíduos de serviços gasosas. Seu recobrimento de engenharia para o confi-
de saúde atualmente utili- é feito diariamente com ca- namento destes.
zadas são: aterro sanitário, mada de solo, compactada
aterro de resíduos perigo- com espessura de 20 cm,
sos Classe I (para resíduos para evitar proliferação de
industriais, resíduos quími- moscas; aparecimento de Lixão ou vazadouro
cos etc.), aterro controlado, roedores, moscas e baratas;
lixão ou vazadouro e valas. espalhamento de papéis, Este é considerado um mé-
lixo, pelos arredores; polui- todo inadequado de dispo-
ção das águas superficiais e sição de resíduos sólidos e
subterrâneas. se caracteriza pela simples
Aterro sanitário descarga sobre o solo, sem
O principal objetivo do medidas de proteção ao
É um processo utilizado aterro sanitário é dispor os meio ambiente e à saúde.
para a disposição de re- resíduos no solo de forma A ação é altamente prejudi-
síduos sólidos no solo de segura e controlada, garan- cial devido ao aparecimen-
forma segura e controlada, tindo a preservação am- to de vetores indesejáveis,
garantindo a preservação biental e a saúde. mau cheiro, contaminação
ambiental e a saúde pública. das águas superficiais e
subterrâneas, presença de
O sistema está funda- catadores, risco de explo-
mentado em critérios de Aterro de resíduos sões, devido à geração de
engenharia e normas ope- perigosos - Classe I gases (CH4) oriundos da
racionais específicas. Este (aterro industrial) degradação do lixo.
método consiste na com-
pactação dos resíduos em Técnica de disposição fi-
Importante! O Projeto de
camada sobre o solo devi- nal de resíduos químicos
Lei nº 4162/2019, em trami-
damente impermeabiliza- no solo, sem causar danos tação no Senado Federal,
do (empregando-se, por ou riscos à saúde pública, estabelece novos prazos,
exemplo, um trator de estei- minimizando os impactos entre 2021 e 2024, para o
encerramento dos lixões.
ra) e no controle dos efluen- ambientais e utilizando
31
Cartilha de Gerenciamento de Resíduos de Serviços de Saúde (RSS)
Valas sépticas
32
MONITORAMENTO
E RASTREABILIDADE
Para atendimento da cor- trole documental e au- mas sempre tendo em
responsabilidade pelos ditorias in loco. Com um mente o grau de risco a ser
resíduos gerados prevista check list definido e cri- submetido.
na Política Nacional de Re- térios estabelecidos, ava-
síduos Sólidos, é necessá- liando o nível de compro- Hoje, há disponível no
rio monitorar toda a cadeia metimento dos parceiros mercado dispositivos de
de destinação de resíduos. e fornecedores com a rastreabilidade de cami-
Desde os procedimentos legislação ambiental. No nhões, mas, na impos-
internos de segregação entanto, é possível ir além, sibilidade de adotá-los,
e acondicionamento, o checando também a le- é possível incorporar
transporte correto e res- gislação trabalhista, se- pequenas ações, como
ponsável até a destinação gurança do trabalho, res- acompanhar um cami-
adequada deve ser garan- ponsabilidade social, boas nhão de resíduos por
tido pelo gerador. Assim práticas, entre outros. amostragem para verifi-
sendo, é importante de- car o seu percurso, soli-
senvolvermos procedi- A partir desta primeira citar um relatório fotográ-
mentos próprios que as- avaliação, é possível aju- fico, ou seja, há diversas
segurem o monitoramento dar no desenvolvimento formas de buscar uma
destes serviços. de fornecedores, abrindo destinação de resíduos
planos de ações para ade- correta e que vai além das
O monitoramento pode quar possíveis não con- responsabilidades das
ser feito através do con- formidades encontradas, instituições de saúde.
33
Cartilha de Gerenciamento de Resíduos de Serviços de Saúde (RSS)
DOCUMENTAÇÃO
Etapas Etapas
intraestabelecimento extraestabelecimento
Armazenamento temporário
Disposição final
Tratamento intraestabelecimento
(quando necessário)
Abrigo externo
34
Cartilha de Gerenciamento de Resíduos de Serviços de Saúde (RSS)
Responsabilidades - PGRSS
Importante!
CONAMA 358/2005:
LEI 12.305/2010
35
Cartilha de Gerenciamento de Resíduos de Serviços de Saúde (RSS)
Transportador
Destinador final
36
Cartilha de Gerenciamento de Resíduos de Serviços de Saúde (RSS)
Importante!
37
AUDITORIAS
AMBIENTAIS
38
TREINAMENTOS
Os treinamentos das equi- que atuam diretamente no desperdícios e processo
pes são essenciais para atendimento a pacientes operacional.
garantir o bom gerencia- (assistencial e corpo clí-
mento dos resíduos de nico), assim como tercei- Especialmente no caso de
saúde. Importante envol- ros. Além de contribuírem posições que se verificam
ver todos os colaborado- com a correta segregação maior turnover, o treina-
res da instituição, inclusi- dos resíduos, podem con- mento deve ser realizado
ve administrativo, e todos tribuir com ideias e alter- com regularidade.
os profissionais da saúde nativas para redução de
39
GESTÃO DOS
INDICADORES
Para melhor gerenciamen- kg por paciente-dia por tunidades de redução de
to dos resíduos, é funda- tipo de resíduos; desperdícios e alterna-
mental que a instituição tivas para destinação de
defina indicadores e metas Participação percentu- resíduos. Deve buscar
corporativas, que também al de cada tipo de resí- como objetivo enviar a
sejam acompanhados pela duo no total; menor quantidade possí-
liderança da empresa. vel para o aterro sanitá-
% de reciclagem. rio e, deste modo, avaliar
Sugestões de indicadores: alternativas para reutili-
A partir da melhor gestão zação ou reciclagem dos
kg por leito operacional da informação, a empre- resíduos gerados pela
por tipo de resíduo; sa pode identificar opor- instituição.
40
REQUISITOS LEGAIS
Para os serviços de cole- A licença de operação é im- documentos pertinentes. No
ta, transporte, tratamen- prescindível, pois é o docu- caso da destinação de resí-
to e disposição final de mento emitido pelo órgão duos perigosos em que haja
resíduos de serviços de ambiental competente, auto- transporte do resíduo para
saúde, a empresa respon- rizando a empresa a executar outros estados, é preciso que
sável deve apresentar as suas atividades. Para qualquer a empresa responsável pela
devidas licenças e outras operação de destinação de logística possua a Autorização
autorizações necessárias, resíduos é necessário que Ambiental para o Transporte
conforme exemplificados a contratada apresente a li- Interestadual de Produtos Pe-
na tabela abaixo. cença de operação e demais rigosos , emitido pelo IBAMA.
CNPJ CNPJ
41
Cartilha de Gerenciamento de Resíduos de Serviços de Saúde (RSS)
42
Cartilha de Gerenciamento de Resíduos de Serviços de Saúde (RSS)
Uma série de leis federais, Sólidos (PNRS), instituída principais leis e normas que
estaduais e municipais, em 2010. Especificamen- devem ser seguidas por es-
decretos, resoluções (AN- te sobre gerenciamento tabelecimentos de saúde.
VISA, CONAMA), normas de resíduos de serviços de Importante salientar que
técnicas, instruções nor- saúde, as referências são cada instituição observe,
mativas e portarias do IBA- a Resolução ANVISA nº em complemento a essas
MA tratam da gestão dos 222/2018 e CONAMA 358. referências, às legislações
resíduos sólidos no Brasil. A locais dos municípios onde
lei mais abrangente é a Po- No quadro a seguir, apre- operam e ocorre a geração
lítica Nacional de Resíduos sentamos um resumo das dos resíduos.
Legislação Descrição
Instrução Normativa
IBAMA 13/2012 Lista Brasileira de Resíduos Sólidos
43
Cartilha de Gerenciamento de Resíduos de Serviços de Saúde (RSS)
44
REFERÊNCIAS
ALMEIDA, V. L. DAES. Modelo para diagnóstico ambiental em estabelecimen-
tos de saúde. 2003. 131 f. Dissertação (Pós-Graduação em Engenharia de Produ-
ção) – Universidade Federal de Santa Catarina, Florianópolis. Disponível em:
http://www.abepro.org.br/biblioteca/TN_STP_234_366_28905.pdf
45
Cartilha de Gerenciamento de Resíduos de Serviços de Saúde (RSS)
WEST, E.; WOOLRIDGE, A.; IBARROLA, P. How to manage healthcare waste and
reduce its environmental impact. In Practice. Volume 42, Número 2, pp. 303—
308, Junho 2020.
46
anahp
anos
anahp anos
www.anahp.com.br