Você está na página 1de 14

PGRSS – PLANO DE GERENCIAMENTO DE RESÍDUOS DE SERVICOS DE SAÚDE

PGRSS
PLANO DE GERENCIAMENTO DE RESÍDUOS

DE SERVIÇOS DE SAÚDE

EMPRESA: FISIOCARDIO – CLINICA DE FISIOTERAPIA E CARDIOLOGIA LTDA

2
AGOSTO DE 2023
PGRSS – PLANO DE GERENCIAMENTO DE RESÍDUOS DE SERVICOS DE SAÚDE

Sumário
1. INTRODUÇÃO ............................................................................................................................................. 4
2. OBJETIVOS GERAIS ..................................................................................................................................... 4
3. IDENTIFICAÇÃO DO ESTABELECIMENTO ...................................................................................................... 5
4. BASE LEGAL ................................................................................................................................................ 6
5. CLASSIFICAÇÃO DOS RESÍDUOS DE SERVIÇOS DE SAÚDE ............................................................................. 7
6. MANEJO DOS RSS ....................................................................................................................................... 8
7. MINIMIZAÇÃO DE RESÍDUOS DE SERVIÇOS DE SAÚDE .............................................................................. 11
8. CONCLUSAO ............................................................................................................................................ 11
9. ANEXOS ................................................................................................................................................... 12

3
PGRSS – PLANO DE GERENCIAMENTO DE RESÍDUOS DE SERVICOS DE SAÚDE

1. INTRODUÇÃO

O Plano de Gerenciamento de Resíduos de Serviço de Saúde (PGRSS) é


um instrumento essencial para promover a segurança, a saúde pública e a
preservação do meio ambiente. Este documento detalha as diretrizes,
procedimentos e ações que serão adotados para o adequado gerenciamento dos
resíduos gerados neste estabelecimento de saúde, assegurando a minimização dos
riscos à saúde humana e ao ecossistema.

A geração de resíduos nos serviços de saúde é uma consequência natural


das atividades desenvolvidas para a promoção, prevenção, diagnóstico, tratamento
e recuperação da saúde humana. Contudo, é imperativo reconhecer que esses
resíduos possuem características singulares, incluindo sua potencialidade para
abrigar agentes patogênicos e elementos contaminantes. Portanto, a manipulação
inadequada dos resíduos de serviço de saúde pode acarretar em sérios impactos à
saúde dos profissionais, pacientes e à comunidade em geral, além de comprometer
a integridade do meio ambiente.

Diante deste cenário, este estabelecimento assume o compromisso de


implementar um PGRSS eficiente, que atenda rigorosamente às normas,
regulamentos e legislações pertinentes, visando à preservação da saúde pública e
do meio ambiente. Este plano engloba ações que abrangem desde a segregação
correta dos resíduos na fonte de geração, passando pelo armazenamento seguro,
transporte adequado e tratamento final apropriado, até a destinação ambientalmente
adequada.

2. OBJETIVOS GERAIS
O Plano de Gerenciamento de Resíduos de Serviço de Saúde (PGRSS) é
elaborado com o propósito de estabelecer diretrizes claras e eficazes para a gestão
integral dos resíduos gerados em nosso estabelecimento de saúde. Por meio de
ações coordenadas e processos rigorosos, o PGRSS busca alcançar os seguintes
objetivos gerais:

Reduzir o volume gerado e a periculosidade de resíduos infectantes,


4
PGRSS – PLANO DE GERENCIAMENTO DE RESÍDUOS DE SERVICOS DE SAÚDE
primordialmente,

e também dos outros tipos de resíduos;


• Aumentar o nível de segurança dos funcionários, usuários e pacientes;
• Garantir adequada segregação dos resíduos, facilitando o reaproveitamento e o
descarte;
• Otimizar (recursos financeiros e pessoal) na coleta e transporte internos e
externos dos resíduos;
• Possibilitar um possível e eficiente gerenciamento de resíduos;
• Treinar e instruir todo o pessoal da clínica quanto ao manejo adequado dos
RSS, enfatizando a necessidade do cumprimento das normas.

3. IDENTIFICAÇÃO DO ESTABELECIMENTO

Razão social: FISIOCARDIO – CLINICA DE CNPJ 08.530.454/0001-86


FISIOTERAPIA E CARDIOLOGIA LTDA

Avenida Agamenon Magalhães, 44. Empresarial


Endereço: Difusora (Sala 307 e 308) CEP: 55.012-290

Bairro: Maurício De Nassau Cidade: Caruaru UF: PE

Ramo de atividade: Atividades Médicas Ambulatoriais

Caracterização da empresa
Informações e Formulários do estabelecimento e dos Resíduos de Serviços de
Saúde, seguem no anexo I e anexo II.

5
PGRSS – PLANO DE GERENCIAMENTO DE RESÍDUOS DE SERVICOS DE SAÚDE

4. BASE LEGAL

No Brasil, o gerenciamento dos resíduos de saúde teve início com a publicação


da resolução do Conselho Nacional de meio Ambiente – CONAMA no 05/1993 que
estabelecia diretrizes gerais sobre o gerenciamento desse tipo de resíduo. Em
Pernambuco, a Prefeitura do Recife, iniciou ações relacionadas ao controle do RSS
com publicação da Lei no 16.479, em 1999. A partir de 2001, foram estabelecidas as
seguintes orientações de regulamentação:

- CONAMA 283/01, que trata sobre o tratamento e disposição final de RSS;


- CONAMA 316/02, que trata sobre padrões de emissões atmosféricas;
- ANVISA - RDC 33/03, que versa sobre classificação para os RSS;
- ANVISA - RDC 306/04, que dispõe sobre o gerenciamento dos RSS;
- CONAMA 358/05, que trata sobre o tratamento e disposição final do RSS.

Um dos elementos do processo de licenciamento ambiental de unidades de


saúde é a elaboração e implementação do Plano de Gerenciamento de Resíduos de
Serviços de Saúde -PGRSS
PGRSS – PLANO DE GERENCIAMENTO DE RESÍDUOS DE SERVICOS DE SAÚDE

5. CLASSIFICAÇÃO DOS RESÍDUOS DE SERVIÇOS DE SAÚDE

Os resíduos de serviço de saúde são classificados em cinco grupos, conforme


estabelecido na Resolução da Diretoria Colegiada (RDC) 306/2004 da Agência Nacional de
Vigilância Sanitária (ANVISA) no Brasil. Esses grupos refletem diferentes níveis de risco à
saúde humana e ao meio ambiente. Os grupos de classificação dos resíduos de serviço de
saúde são
CLASSIFICAÇÃO RSS
Grupo A - Resíduos Compreende os resíduos que contenham agentes
Infectantes biológicos que apresentam risco de infecção. Inclui
(Resíduos resíduos anátomo-patológicos, materiais
Biológicos) perfurocortantes, resíduos de sangue e
hemoderivados, resíduos de cultura e meios de
cultura e resíduos de medicamentos.
Grupo B - Resíduos Engloba os resíduos que contenham substâncias
Químicos químicas que podem apresentar risco à saúde ou ao
meio ambiente, como produtos químicos utilizados
em laboratórios de análises clínicas e de pesquisa,
medicamentos.
Grupo C - Resíduos Refere-se a resíduos que contenham materiais
Radioativos radioativos utilizados em diagnóstico, tratamento ou
pesquisa. Esses resíduos requerem cuidados
especiais devido à sua radioatividade.
Grupo D - Resíduos Inclui os resíduos que não apresentam risco
Comuns: biológico, químico ou radioativo, assemelhando-se
aos resíduos domiciliares. São resíduos como
papéis, plásticos, vidros, entre outros
Grupo E - Resíduos Esse grupo é específico para materiais
Perfurocortantes perfurocortantes, como agulhas, lâminas de bisturi e
outros objetos pontiagudos ou cortantes que podem
causar lesões. Eles apresentam risco de
contaminação principalmente por sangue

A classificação em grupos orienta as práticas de segregação, acondicionamento,


coleta, transporte, tratamento e destinação final dos resíduos de serviço de saúde. Cada
grupo possui diretrizes específicas para a manipulação segura dos resíduos e busca
minimizar os riscos associados à exposição a agentes patogênicos, substâncias químicas
perigosas e materiais radioativos, além de contribuir para a preservação do meio ambiente.
Os recipientes de armazenamento de resíduos devem ser identificados segundo a
simbologia abaixo:

7
PGRSS – PLANO DE GERENCIAMENTO DE RESÍDUOS DE SERVICOS DE SAÚDE

6. MANEJO DOS RSS

Segundo a Resolução ANVISA RDC no 306/04, “o manejo dos RSS é entendido


como a ação de gerenciar os resíduos em seus aspectos intra e extra- estabelecimento,
desde a geração até a disposição final”.

1. Segregação
É uma das operações fundamentais para permitir o cumprimento dos objetivos de um sistema
eficiente de manuseio de resíduos, e consiste em separá-los ou selecioná-los, apropriadamente,
segundo a classificação adotada. Essa operação deve ser realizada na fonte de geração,
condicionada à prévia capacitação do pessoal de serviço.
De acordo com os resíduos gerados na clínica médica, os rejeitos são segregados da
seguinte forma:

8
PGRSS – PLANO DE GERENCIAMENTO DE RESÍDUOS DE SERVICOS DE SAÚDE

GRUPO RESÍDUOS RESÍDUOS


Grupo A - Resíduos Infectantes Algodão/ Gaze
(Resíduos Biológicos)
Grupo B - Resíduos Químicos Frascos de medicamentos com
expiração do prazo de validade, com
conteúdo inutilizado vazios ou com
restos de produtos,
Grupo D - Resíduos Comuns: Papeis, plásticos, restos de
alimentos.
Grupo E - Resíduos Agulhas descartáveis.
Perfurocortantes

2. Acondicionamento
É o ato de dispor os resíduos em recipientes apropriados. Nesta operação é essencial
acondicionar diferentemente os resíduos segregados na origem, em recipientes com
características apropriadas a cada grupo específico, observando a padronização de cor e
simbologia apresentadas. Os sacos de acondicionamento sempre devem ser
fechados/lacrados sempre ao final de cada jornada ou quando estiver com 2/3 de seu
volume preenchido.
Resíduos de densidade elevadas podem romper os sacos plásticos. Casos como
estes podem ser evitados por meio de coletas com quantidades de resíduos adequadas,
evitando a ruptura das embalagens. Ocorrendo o derramamento, deve-se imediatamente
recolher o resíduo, lavar a superfície com água e sabão, fazer a desinfecção, conforme
orientação da higienização para acidentes com resíduos e comunicar a chefia da unidade.
Os resíduos do subgrupo A, devem ser acondicionados em sacos brancos leitoso,
com identificação “resíduo infectante”, o subgrupo B devem ser acondicionados em
bambonas ou caixa de papelão, identificados com “resíduos químicos”, o subgrupo D,
devem ser acondicionados em sacos pretos ou azuis comuns.
O subrgrupo E, os perfuro cortantes devem ser acondicionados em recipientes rígidos
e resistentes a umidade (Ex. Coletor de Perfuro Cortante/Descarpack) e, conter
internamente saco plástico de proteção, lacrados, quando estiver com preenchimento de
2/3 da capacidade (FIGURA 01).
Figura 01 - Caixa para descarte de perfuro cortante (tipo descarpack)

9
PGRSS – PLANO DE GERENCIAMENTO DE RESÍDUOS DE SERVICOS DE SAÚDE

No acondicionamento de resíduos deve-se:

• Evitar o rompimento do saco;


• Retirar o excesso de ar, tomando-se cuidado para não se expor ao fluxo de ar;
• Torcer e amarrar sua abertura com barbante ou com a própria abertura do saco,
usando a técnica de enrolar as bordas e dar dois nós bem apertados, com cuidado para
não romper o saco;
• Fechar os recipientes verificando a existência de vazamento e;
• Identificar os recipientes.
Depois de fechado o saco plástico, deve ser retirado da unidade geradora e levado até o
abrigo temporário interno.

3. Coleta Interna e Armazenamento Temporário


A coleta interna é a etapa em que os resíduos acondicionados são recolhidos dos
diversos pontos de geração e centralizados em locais adequados, como áreas de
armazenamento temporário. Essa coleta é realizada pelos funcionários da clínica médica.
Os resíduos coletados internamente devem são armazenados temporariamente em
áreas apropriadas, que atendam às normas de segurança e higiene. Área esta
devidamente sinalizadas e restritas apenas a pessoal autorizado do condomínio.

4. Coleta Externa e Destinação Final

Esta etapa é totalmente terceirizada, onde a empresa Stericycle realiza a coleta dos resíduos
infectantes, perfuro cortantes e químicos; a Coleta Pública de Caruaru – Gestão de Resíduos
coletaos resíduos comuns.
A coleta é realizada pelas próprias empresas diretamente no armazenamento do prédio que a
clínca é lotada. Instituição utilizando-se de carros e/ou caminhões especiais. Os resíduos comuns e
são coletados pela Coleta Pública de Caruaru – Gestão de Resíduos, ao realizar a coleta dos
rejeitos do prédio Empresarial Difusora. Os contaminados são coletados de forma mensal, 1 vez
por mês pela empresa terceirizada, Stericycle.

Atividades Médica
Resíduo Transporte Destino

Grupo D Caminhão de Coleta Publica de


limpeza Urbana Caruaru – Aterro
Sanitário.

Grupo A, B, E Veículo de Stericycle – A


empresa (autoclavagem e micro-
Terceirizada ondas) / B e E
(Incineração)
10
PGRSS – PLANO DE GERENCIAMENTO DE RESÍDUOS DE SERVICOS DE SAÚDE

7. MINIMIZAÇÃO DE RESÍDUOS DE SERVIÇOS DE SAÚDE

A minimização de resíduos de serviços de saúde é uma abordagem fundamental


para reduzir o volume de resíduos gerados e, consequentemente, os riscos associados
à sua manipulação e descarte. Aqui estão algumas medidas que podem ser adotadas
para minimizar a geração de resíduos de serviços de saúde:
• Revisão de Processos
• Treinamentos e Conscientização da equipe
• Uso racional de Medicamentos
• Reutilização de Materiais
• Uso eficiente de Energia e Água
• Gerenciamento de Estoque
• Digitalização de Documentos

8. CONCLUSAO

Ao finalizar este Plano de Gerenciamento de Resíduos de Serviço de Saúde


(PGRSS), reafirmamos nosso compromisso com a segurança, a saúde pública e a
preservação do meio ambiente. Por meio desta estratégia de gerenciamento, delineamos
procedimentos rigorosos e ações direcionadas que garantirão a manipulação, o
tratamento e a destinação final responsáveis dos resíduos gerados em nosso
estabelecimento.
Este PGRSS representa um marco importante em nossa busca contínua pela
excelência e pelo cuidado integral. Por meio do engajamento ativo de todos os membros
da equipe, estamos determinados a garantir que cada etapa do ciclo de vida dos resíduos
seja conduzida de acordo com os mais altos padrões de segurança, conformidade legal e
práticas sustentáveis.
\
Responsável pela Implementação
FISIOCARDIO – CLINICA DE FISIOTERAPIA E CARDIOLOGIA LTDA
CNPJ. 08.530.454/0001-86

PGRSS ELABORADO POR


Ayane Ailza Vieira Marinho Ferraz
CREA/PE: 1818490234
11
PGRSS – PLANO DE GERENCIAMENTO DE RESÍDUOS DE SERVICOS DE SAÚDE

9. ANEXOS

12
PGRSS – PLANO DE GERENCIAMENTO DE RESÍDUOS DE SERVICOS DE SAÚDE

13
PGRSS – PLANO DE GERENCIAMENTO DE RESÍDUOS DE SERVICOS DE SAÚDE

14

Você também pode gostar