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GESTÃO DE RESÍDUOS SÓLIDOS

EM SAÚDE
GESTÃO AMBIENTAL DOS
RESÍDUOS SÓLIDOS DE
SAÚDE
Autor: Me. Ronei Tiago Stein
Revisor: Carla Fernandes de Moura Caruso

INICIAR
introdução
Introdução
Os resíduos de saúde (RSS) são classificados em cinco diferentes classes (A, B, C, D
e E) conforme Resolução ANVISA RDC nº 306/2004 e Resolução CONAMA nº
358/2005. Cada uma dessas classificações apresenta particularidades em relação
à periculosidade e às formas de disposição final ou tratamento.

Entender a periculosidade de cada uma dessas classes de resíduos de saúde é


fundamental não apenas para os profissionais da área ambiental que venham a
trabalhar com a gestão desses resíduos, mas para a própria sociedade em si, visto
que, muitas vezes, RSS são descartados de qualquer maneira no ambiente, o que
provoca impactos ambientais e acarreta sérios riscos à saúde da população.

É fundamental que as unidades geradoras de RSS se preocupem com o correto


descarte dos RSS, pois estes apresentam grande periculosidade, principalmente
em relação a patologias. Neste capítulo, entenderemos melhor sobre as
classificações dos RSS, bem como formas/maneiras de diminuir a geração desses
resíduos.
Caracterização dos
Resíduos de Saúde

Os resíduos de saúde (também denominados de resíduos de serviços de saúde)


são todos os resíduos sólidos, líquidos ou semissólidos gerados por
estabelecimentos de assistência à saúde humana ou animal (BRASIL, 2006). Mas
se engana quem pensa que os resíduos de saúde são apenas os resíduos gerados
em hospitais ou clínicas.

Conforme a Resolução ANVISA RDC nº 306/2004, da Agência Nacional de Vigilância


Sanitária, e a Resolução CONAMA nº 358/2005, do Conselho Nacional do Meio
Ambiente, os seguintes estabelecimentos geram resíduos de saúde:

serviços de assistência domiciliar e de trabalhos de campo;


laboratórios analíticos de produtos para saúde;
necrotérios, funerárias e serviços onde se realizam atividades de
embalsamamento (tanatopraxia e somatoconservação);
serviços de medicina legal;
drogarias e farmácias;
estabelecimentos de ensino e pesquisa na área de saúde;
centros de controle de zoonoses;
distribuidores de produtos farmacêuticos, importadores, distribuidores e
produtores de materiais e controles para diagnóstico in vitro;
unidades móveis de atendimento à saúde;
serviços de acupuntura;
serviços de tatuagem, entre outros similares.

São exemplos de resíduos de saúde: materiais biológicos contaminados com


sangue (com alto risco de patologias ao homem), seringas, medicamentos e peças
anatômicas, entre outros. Além disso, muitos materiais e substâncias apresentam
riscos devidos a suas características tóxicas, inflamáveis, e até mesmo, radioativas
(mesmo sendo cada vez mais restritivos, muitos equipamentos, principalmente os
mais antigos, podem apresentar substâncias radioativas em sua composição). A
Figura 2.1 apresenta uma ilustração de diferentes tipos de resíduos de saúde.

Figura 2.1 - Exemplos de resíduos de saúde


Fonte: teeradej / 123RF.

#PraCegoVer : a imagem apresenta uma fotografia de resíduos de saúde, como


estopas sujas de sangue, materiais utilizados em cirurgias e que não podem ser
reaproveitados ou esterilizados, devido ao risco de patologias, e luvas usadas pelos
profissionais, entre outros.

Mas de quem é a responsabilidade de dar um destino ambientalmente adequado


aos resíduos de saúde? Conforme as legislações anteriormente citadas, bem
como Brasil (2006), a responsabilidade é dos próprios estabelecimentos de
serviços de saúde, os quais devem encontrar formas para promover o correto
gerenciamento de todos os resíduos sólidos de saúde (RSS).
Atenção: isso não quer dizer que o poder público não tenha responsabilidades
sobre esses RSS. Cabe aos órgãos públicos (federais, estaduais e municipais) a
gestão, regulamentação e fiscalização. Além disso, empresas responsáveis pela
coleta, tratamento e disposição final dos RSS se tornam responsáveis pela gestão
ambiental desses resíduos, a partir do momento que coletam os mesmos.

Esse, na verdade, é o princípio da gestão compartilhada, que, de acordo com a Lei


nº 12.305/2010, refere-se ao:

Conjunto de atribuições individualizadas e encadeadas dos


fabricantes, importadores, distribuidores e comerciantes, dos
consumidores e dos titulares dos serviços públicos de limpeza urbana
e de manejo dos resíduos sólidos, para minimizar o volume de
resíduos sólidos e rejeitos gerados, bem como para reduzir os
impactos causados à saúde humana e à qualidade ambiental
decorrentes do ciclo de vida dos produtos (BRASIL, 2020, Lei nº 12.305,
art. XVII).

É de responsabilidade das instituições/empresas que geram resíduos de saúde


elaborar e apresentar o Plano de Gerenciamento de Resíduos Sólidos de Saúde
(PGRSS). Esse plano deve ser elaborado por profissionais capacitados em gestão
de resíduos (gestores ambientais, engenheiros, biólogos e químicos, entre outros)
levando-se em consideração critérios técnicos, legislações ambientais em vigor,
normas de coleta e transporte dos serviços locais de limpeza urbana e outras
orientações, conforme apresentado pela Resolução ANVISA RDC nº 306/2004.

Nesse plano, devem ser apresentados diferentes itens/critérios, por exemplo, os


tipos de resíduos gerados, local de geração, classificação, formas de
acondicionamento, responsabilidade e formas de coleta e transporte (internas e
externas) dos RSSs, armazenamento (interno e externo), tecnologias de
tratamento dos RSSs e formas de disposição final dos RSSs, entre outros.

Os profissionais da área ambiental têm grande importância e responsabilidades


na gestão dos resíduos sólidos. Os profissionais precisam estar familiarizados
com normativas/legislações ambientais em vigor, bem como tecnologias e formas
de redução/minimização dos resíduos.
Nem sempre é possível reduzir a quantidade de resíduos gerados; assim sendo,
os profissionais envolvidos na gestão de resíduos sólidos precisam encontrar
empresas que possuam tecnologias para tratamento ou destinação
ambientalmente corretos dos mesmos. Atualmente, redução e descarte correto
dos resíduos são dois dos principais desafios da humanidade, visto que a
população mundial tem aumentado e, consequentemente, cada vez mais
recursos naturais são consumidos, sendo rapidamente transformados em
resíduos.

praticar
Vamos Praticar
João é dono de um frigorífico com capacidade máxima diária de abate de 50 bois.
Recentemente, a Vigilância Sanitária Municipal realizou uma vistoria nas imediações da
empresa para verificar in loco se as legislações ambientais e de higienização têm sido
cumpridas. Não foram encontradas irregularidades, e o proprietário possui a licença
ambiental, além de realizar rigorosamente todos os protocolos de higiene.

O fiscal sanitário mencionou que a empresa não possui o Plano de Gerenciamento de


Resíduos de Saúde (PGRSS), visto que se trata de um frigorífico. Neste caso, a empresa
de João necessita apresentar o PGRSS?
Classificação dos
Resíduos de Saúde

Quando falamos de resíduos de saúde, é essencial compreendermos a


classificação dos mesmos, pois essa classificação interfere diretamente nas
formas de tratamento e disposição final dos resíduos. Dentre as legislações que
tratam das classes dos resíduos de saúde, merecem destaque a Resolução
ANVISA RDC nº 306/2004 e a Resolução CONAMA nº 358/2005.

Essas respectivas legislações classificam os resíduos sólidos de saúde (RSS) em


cinco grupos: A, B, C, D e E. Cada classificação possui uma simbologia padrão,
conforme os riscos relacionados aos resíduos de cada classe. Para um melhor
entendimento, acompanhe no Quadro 2.1 as classes de RSS e suas respectivas
simbologias.
Quadro 2.1 - Simbologias padrões e identificação dos grupos de resíduos de saúde
Fonte: Brasil (2006, p. 43).

#PraCegoVer : o quadro apresenta as simbologias padrões para os resíduos


classe A (com rótulos de fundo branco, desenho e contornos pretos), classe B
(discriminação de substância química e frases de risco), classe C (rótulos de
fundo amarelo e contornos pretos, acrescido da expressão MATERIAL
RADIOATIVO), classe D (simbologia universal de reciclagem) e Grupo E
(rótulos de fundo branco, desenho e contornos pretos, acrescido da inscrição
de RESÍDUO PERFUROCORTANTE).

Entender a classificação dos resíduos (não apenas de saúde, mas de demais


fontes geradoras) é essencial, pois o mesmo interfere diretamente na elaboração
dos Planos de Gerenciamento de Resíduos (PGRS). Conforme a classe de resíduos,
diferentes formas de armazenamento, coleta e destinação final devem ser
empregadas, sempre a fim de evitar a contaminação ambiental e do próprio
homem.

Resíduos Classificados como


Perigosos para Saúde Humana
Em relação ao armazenamento dos resíduos perigosos (não apenas de saúde,
mas todos os resíduos de modo geral), os quais são classificados como classe I,
deve respeitar a ABNT NBR 12.235/1992. Essa norma dispõe que o
armazenamento deve ser feito de modo a não alterar a quantidade e/ou
qualidade do resíduo. O resíduo deve ser acondicionado até reciclagem,
recuperação, tratamento e/ou disposição final, em contêineres, tambores,
tanques e/ou a granel, a fim de ser evitar a contaminação do ambiente e de
pessoas que possam ter contato com os mesmos.

Quais seriam os resíduos classificados como perigosos na área da saúde? São


todos os grupos de resíduos apresentados no Quadro 2.1, com exceção do grupo
D. A NBR 12.235/92 menciona a importância de realizar uma análise das
propriedades físicas e químicas dos resíduos gerados, antes de seu armazenado,
para que se saibam exatamente os riscos relacionados. Mas como deve ser esse
local de armazenamento?

O local utilizado para o armazenamento de resíduos sólidos de classe I deve:


evitar/minimizar os possíveis efeitos de contaminação ambiental; estar a uma
distância segura de recursos hídricos, para evitar contaminação das águas; estar
distante de núcleos habitacionais, devido aos riscos de contaminação para a
população; não ser condicionado a céu aberto, devido aos riscos potenciais de
fenômenos naturais como chuva, ventanias, inundações, marés altas, queda de
barreiras, deslizamentos de terra, afundamento do terreno, erosão etc. O local
também deve ser isolado, de forma que impeça o acesso de pessoas estranhas e
não autorizadas, e sinalizado, de forma que indique o risco de contaminação.

É fundamental mencionar que a periculosidade de resíduo está relacionada a


diferentes fatores, como inflamabilidade, corrosividade, reatividade, toxicidade e
patogenicidade. Além disso, fatores como concentração, mobilidade, persistência,
bioacumulação e degradação também devem ser levados em conta ao classificar
um resíduo em perigosos ou não (ABNT NBR 10.004:2004).

Logo, a gestão ambiental dos resíduos perigosos de saúde (classes A, B, C e E),


devido aos riscos químicos, patológicos e até mesmo radioativos (dependendo do
resíduo), deve ocorrer por pessoas e empresas treinadas e com conhecimento no
gerenciamento desses resíduos. Normalmente, esses resíduos (com exceção da
classe C – radioativos) são destinados para incineração ou aterros sanitários
controlados.

Os resíduos de classe C devem ser armazenados em recipientes específicos,


lacrados e identificados com a simbologia padrão mundial de radioatividade, e
encaminhados a depósitos específicos para esse tipo de resíduos. Infelizmente,
até o momento, em nível mundial, ainda não foram encontradas formas
consideradas seguras para descarte desses materiais (BARSANO; BARBOSA, 2014).

Resíduos de Saúde do Grupo D


É importante darmos a atenção especial ao grupo D dos resíduos de saúde, pois
este tem grande potencial de reciclagem: trata-se de resíduos comuns gerados
em instituições de saúde, como plásticos, alumínio, papel e papelão, resíduos
orgânicos (restos de alimentos) e vidros, entre outros. Tais resíduos são gerados
normalmente em áreas administrativas, refeitórios ou restaurantes, e, dessa
forma, não estão contaminados e não apresentam riscos de patologias.

A Resolução CONAMA nº 275, de 24 de abril de 2001, dispõe sobre o código de


cores para os diferentes tipos de resíduos a ser adotado na identificação de
coletores e transportadores. Os recipientes utilizados no acondicionamento
deverão estar etiquetados, seguindo o código de cores. A Figura 2.2 mostra a
classificação de cores para cada tipo de resíduo.
Figura 2.2 - Classificação de tipos de cores para diferentes tipos de resíduos
Fonte: Adaptada de Universidade Federal de Sergipe e Hospital Universitário de
Sergipe (2019).

#PraCegoVer : a imagem apresenta o padrão universal de cores para cada tipo de


resíduo. Lixeiras laranjas devem armazenar resíduos perigosos; lixeiras cinzas,
resíduos não recicláveis; lixeiras marrons, resíduos orgânicos; lixeiras amarelas,
metais; lixeiras azuis, papel/papelão; lixeiras pretas, resíduos de madeira; lixeiras
brancas, resíduos ambulatoriais (saúde); lixeiras roxas, resíduos radioativos; lixeiras
verdes, vidros; e lixeiras vermelhas, resíduos plásticos.

Logo, deve haver uma triagem desses resíduos que vise separar resíduos com
potencial de reciclagem e reaproveitamento dos resíduos considerados “lixo”. É
importante que as próprias instituições de saúde realizem esta triagem, adotando
lixeiras com identificação de cada tipo de resíduos (por exemplo).

Conhecimento
Teste seus Conhecimentos
(Atividade não pontuada)

Leia o trecho a seguir.

“Os principais critérios para a classificação dos resíduos são quanto sua origem e
periculosidade. Tal mapeamento é importante para saber onde, como e quais impactos
ambientais podem estar determinando o aumento da poluição e suas consequências”.

BARBOSA, R. P.; IBRAHIN, F. I. D. Resíduos Sólidos : impactos, manejo e gestão


ambiental. São Paulo: Érica, 2014. p. 20.

Considerando o excerto apresentado sobre resíduos sólidos, analise as afirmativas a


seguir.

i. É fundamental diminuir a geração de resíduos de saúde, a fim de aumentar a


vida útil dos materiais, principalmente de classes A, B e D. Exemplo disso é
reaproveitar Equipamentos de Proteção Individual.
ii. É importante que empresas e instituições que geram resíduos de saúde
disponibilizem lixeiras nas imediações das mesmas, mas a distribuição por cor
somente é necessária em empresas de grande porte.
iii. Os hospitais são responsáveis pelos seus resíduos gerados. Para comprovar a
correta destinação, devem elaborar um Plano de Gerenciamento de Resíduos
Sólidos de Saúde (PGRSS).
iv. As empresas devem destinar os seus resíduos a empresas especializadas no
tratamento e beneficiamento desses resíduos, sendo necessário possuírem
licenciamento ambiental.

Está correto o que se afirma em:

a) I, apenas.
b) I e II, apenas.
c) I, II e III, apenas.
d) III e IV, apenas.
e) IV, apenas.
Riscos Relacionados
aos Resíduos de
Saúde

Os resíduos de saúde constituem grave e direta ameaça para a saúde humana e


para o meio ambiente. Cerca de 25% dos resíduos de saúde apresentam alta
periculosidade aos trabalhadores da área da saúde e, consequentemente, para a
comunidade de modo geral, caso sejam descartados de forma incorreta no
ambiente (SOOD; SOOD, 2011).

Em 2018, o Brasil possuía cerca de 6.000 hospitais espalhados em todo o


território Nacional. Desses, 4.400 são privados, e o restante, públicos (SILVEIRA,
2018). Porém, se considerarmos todas as unidades que geram resíduos de saúde
(RSS), têm-se em território Nacional mais de 30 mil unidades (PEREIRA et al. ,
2013).

Infelizmente, muitas dessas unidades (sejam hospitais, clínicas e farmácias, entre


outras) não possuem uma gestão de resíduos de saúde correta, e o descarte
desses ocorre com o lixo comum, que, por sua vez, vai a centrais de triagem,
aterros sanitários a lixões (locais de disposição a céu aberto de resíduos),
conforme Figura 2.3. Muitos profissionais da área da saúde (médicos, enfermeiros
e até mesmo gestores de hospitais/clínicas) não sabem informar o destino dos
resíduos de saúde gerados em suas unidades.
Figura 2.3 - Resíduos de saúde lançados diretamente no ambiente
Fonte: familylifestyle / 123RF.

#PraCegoVer : a imagem apresenta resíduos de saúde (seringas) jogados na areia de


uma praia.

Mesmo que os RSSs não representem parcela significativa de resíduos gerados


(em comparação aos demais setores da economia e sociedade), apresentam
elevado risco às saúdes ambiental e coletiva (RAMOS et al., 2011), principalmente
devido:

A falta de adoção de procedimentos técnicos adequados no manejo


dos diferentes resíduos, como material biológico contaminado, objetos
perfurocortantes, peças anatômicas, substâncias tóxicas, inflamáveis e
radioativas (CAFURE; PATRIARCHA-GRACIOLLI, 2015, p. 2).

Quais as consequências e os riscos relacionados ao descarte incorreto de RSS? Em


relação aos impactos ambientais, podemos citar a contaminação de recursos
hídricos (superficiais e subterrâneos), solo, atmosfera, alterações e impactos na
fauna, entre outros. Essa contaminação, bem como o grau de contaminação,
dependerá do tipo de resíduo lançado no ambiente, e suas respectivas
características físicas, químicas e biológicas.

Em relação às consequências ao homem, estas estão relacionadas principalmente


às patologias. Por exemplo, se uma pessoa com alguma doença contagiosa lançar
de qualquer forma no lixo uma seringa que tenha utilizado, poderá transmitir a
enfermidade a outra pessoa, que eventualmente venha a se perfurar com essa
seringa.

A transmissão de doenças por meio de resíduos de saúde se dá por duas vias


(BRASIL, 2013):

via direta : ocorre por meio de micro-organismos patogênicos, que


podem ser bactérias, vírus, protozoários e vermes presentes em resíduos
de saúde. Muitos desses micro-organismos são resistentes e podem
permanecer vivos durante dias ou semanas. Ou seja, a via direta ocorre
quando uma pessoa tem contato direto com o próprio resíduo de saúde;
via indireta : normalmente atinge uma quantidade maior de pessoas,
visto que a mesma ocorre por contaminação do ar, água e solo. Além
disso, vetores como ratos e insetos contribuem para aumentar as
patologias por via indireta.

Dentre as patologias relacionadas a vetores e que podem ser transmitidas


mediante descarte incorreto de resíduos, seja de saúde ou não, têm-se (BRASIL,
2013):

moscas : febre tifoide, cólera, amebíase, disenteria, giardíase,


ascaridíase;
baratas : febre tifoide, cólera, giardíase, alergia, dermatite, pneumonia,
intoxicação alimentar, hepatite, gastroenterite, poliomielite e verminose;
mosquitos : leishmaniose, febre amarela, dengue, malária;
ratos : leptospirose, peste bubônica, salmonelose (tipo de intoxicação
alimentar) e hantavírus.

Nazar, Pordeus e Werneck (2005) descrevem que o risco de contaminação pelo


manuseio dos RSS é alto, seja na geração, acondicionamento ou descarte final.
Esse risco elevado deve-se às características físicas, químicas e, principalmente,
biológicas, sendo elevado o potencial de contaminação através de micro-
organismos patogênicos. Logo, é fundamental seguir e respeitar as normas de
manuseio e acondicionamento, bem como fazer uso de Equipamentos de
Proteção Individual (EPIs).
Conhecimento
Teste seus Conhecimentos
(Atividade não pontuada)

O Plano de Gerenciamento de Resíduos de Serviços de Saúde (PGRSS) refere-se a um


documento integrante do processo de licenciamento ambiental baseado nos princípios
da não geração de resíduos e na minimização da geração de resíduos.

CONAMA – CONSELHO NACIONAL DO MEIO AMBIENTE. Resolução CONAMA nº 358, de


29 de abril de 2005. Dispõe sobre o tratamento e a disposição final dos resíduos dos
serviços de saúde e dá outras providências. Diário Oficial da União , Brasília, 4 maio
2005. Disponível em: http://www.siam.mg.gov.br/sla/download.pdf?idNorma=5046 .
Acesso em: 21 nov. 2020.

Especificamente sobre resíduos de saúde, assinale a alternativa que apresenta o


profissional habilitado a elaborar e colocar em prática o PGRSS.

a) Médico, desde que tenha registro no seu Conselho de Classe.


b) Enfermeiro, desde que tenha registro no seu Conselho de Classe.
c) Advogado do hospital, desde que tenha registro no seu Conselho de Classe.
d) Químico, desde que tenha registro no seu Conselho de Classe.
e) Diretor do hospital, desde que formado em administração.
Formas de Diminuir
os Resíduos de
Saúde

Em 2010, a Lei nº 12.305 institui a Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS),


sendo um marco no Brasil ao apresentar diferentes mecanismos relacionados à
gestão dos resíduos sólidos (da saúde ou não). Essa legislação apresenta formas
de disposição e cuidados necessários e define responsabilidades, entre outros
critérios.

Dentre os objetivos da Lei nº 12.305/2010 estão:

diminuir a quantidade de resíduos sólidos gerados em território


nacional;
diminuir a quantidade de material aterrado em território nacional, visto
que muitos resíduos podem ser reaproveitados e reciclados.

Conforme a Resolução CONAMA nº 358/2005, os serviços que geram resíduos de


saúde devem promover:

Redução da fonte: atividade que reduza ou evite a geração de resíduos


na origem, no processo, ou que altere propriedades que lhe atribuam
riscos, incluindo modificações no processo ou equipamentos, alteração
de insumos, mudança de tecnologia ou procedimento, substituição de
materiais, mudanças na prática de gerenciamento, administração
interna do suprimento e aumento na eficiência dos equipamentos e
dos processos (CONAMA, Resolução nº 358/2005, art. 2, inciso XIV).

Como é possível reduzir os resíduos de saúde? Cada vez mais, empresas,


organizações (e a própria população) têm promovido a conscientização ambiental
em seus colaboradores com relação à questão dos descartes, com foco ambiental
(MOURA, 2008). Uma das ferramentas mais utilizadas é o Programa 5Rs, os quais
são apresentados por Silva Filho (2015):

reduzir , mediante hábitos de consumo, a geração de resíduos;


reutilizar materiais a fim de evitar que novos materiais se tornem
resíduos;
repensar , ou seja, colocar a mão na consciência, é fundamental. Será
que realmente precisamos adquirir determinado produto? Será que esse
produto ou material pode ser substituído por outro mais sustentável?
reciclar , por meio de processos artesanais ou industriais, a fim de
transformar materiais usados em novos produtos;
recusar materiais que possuam alto risco de contaminação ambiental ou
empresas que não se preocupam com o ambiente.
reflita
Reflita
As instituições e empresas que geram
RSS podem vender os resíduos
recicláveis a fim de aumentarem sua
renda ou investir em melhorias. Além
disso, resíduos classificados como não
recicláveis (perigosos) devem ser
encaminhados a empresas com
tecnologia para tratamento, sendo que
as mesmas cobram para coletar e dar
um destino correto.

O programa 5R contribui para controlar


e gerenciar a quantidade de resíduos,
mas também visa evitar gastos
desnecessários. Por exemplo, o Hospital
Grupo Santa Casa BH (de Belo Horizonte,
Minas Gerais), em 2018, reciclou cerca
de 111 toneladas de resíduos e
arrecadou R$ 37.194,00 com a sua
venda. Caso a reciclagem não fosse
realizada, haveria um custo estimado em
R$ 26.580,00 para a correta destinação.
Logo, o hospital em questão, além de
realizar a correta gestão dos resíduos,
obteve lucro com sua venda.

Fonte: Grupo Santa Casa BH (2020).


Obviamente, na área da saúde, muitas vezes, é difícil substituir ou evitar o uso de
certos materiais. Porém, a alta direção (diretores, médicos, gestores,
administradores) deve promover a educação ambiental aos colaboradores, pois
pequenas atitudes, em longo prazo, fazem muita diferença.

É importante que os serviços de saúde criem uma política ambiental segundo a


qual empresas se comprometam com as questões ambientais. Essas decisões são
elaboradas pela alta direção (gestores, administradores, diretores etc.), e
disseminadas a todos os colaboradores. Especialmente em momentos em que a
população é acometida por riscos maiores, como períodos de endemia ou
pandemia, torna-se mais grave e urgente o cuidado com descarte de resíduos de
saúde, intensificando-se o treinamento dos envolvidos e a atenção à política
ambiental em questão. A política ambiental possui diferentes etapas, sendo estas:

Criar a política
ambiental
Visa estabelecer um senso geral de
orientação na área ambiental, e fixa os
princípios de ação para organização. 123rf.com

#PraCegoVer : o infográfico apresenta cinco tópicos em linha horizontal com as


etapas da Política Ambiental. Ao clicar no primeiro tópico, é apresentado o título “Criar
a política ambiental”, logo abaixo, segue o texto “visa estabelecer um senso geral de
orientação na área ambiental e fixa os princípios de ação para organização”; ao lado,
há a imagem de uma bússola, o ponteiro da bússola aponta para cima, local que está
escrito “mission”. Ao clicar no segundo tópico, é apresentado o título “Planejamento”,
logo abaixo, segue o texto “é elaborado/formulado um plano para cumprir a política
ambiental”; ao lado, há a imagem de algumas pessoas sentadas à mesa, montando
um quebra-cabeça. A imagem desse quebra-cabeça é uma lâmpada acesa. Ao clicar no
terceiro tópico, é apresentado o título “Implementação e operação”, logo abaixo,
segue o texto “são desenvolvidos mecanismos de apoio necessários para colocar em
práticas critérios e itens definidos na política ambiental”; ao lado, há a imagem
ilustrativa de duas pessoas. Sobre elas há dois balões de conversa. O balão sobre a
pessoa da esquerda contém a linha de um novelo todo enroscado. Essa linha está
ligada ao balão sobre a pessoa da direita, que tem um novelo perfeito dentro dele. Ao
clicar no quarto tópico, é apresentado o título “Verificação e ação corretiva”, logo
abaixo, segue o texto “identificam-se aspectos e problemas não desejáveis ou
incorretos, no intuito de diminuí-los e mitigá-los”; ao lado, há a imagem de um sinal de
verificação verde e um X vermelho. Ao clicar no quinto tópico, é apresentado o título
“Auditorias”, logo abaixo, segue o texto “podem ocorrer tanto por uma equipe interna
como externa, e seu objetivo é verificar se a empresa ou instituição têm cumprido a
política ambiental e demais legislações em vigor”; ao lado, há a imagem ilustrativa de
uma lupa que é formada por pessoas.

Observação: a política ambiental é cíclica, ou seja, cada etapa deve passar por
revisão e atualizações, se necessárias.

Na área da saúde, é muito comum existirem comissões internas (principalmente


em hospitais) que avaliem diferentes questões e verifiquem se realmente as
legislações em vigor têm sido respeitadas (TAJRA, 2014). Podem existir diferentes
comissões:

Para avaliar o gerenciamento de resíduos sólidos gerados.


Comissão de Controle e Infecção Hospitalar (CCIH).
Para avaliar a biossegurança.
Comissão de Higienização.
saiba
mais
Saiba mais
Muitas vezes, em um mesmo serviço de saúde,
podem existir várias comissões, as quais em
conjunto analisam e verificar conformidades e
não conformidades com legislações ambientais
e a própria política ambiental definida para a
empresa ou organização. Em relação aos
resíduos, essas comissões realizam toda a
política de descarte e verificam sua
conformidade com o Manual de Gerenciamento
de Resíduos de Saúde.

ACESSAR

Especificamente falando da gestão dos resíduos sólidos hospitalares, os gestores


devem levar em consideração diferentes critérios e itens, os quais são
apresentados por Brasil (2006):

acondicionamento : refere-se à forma de embalar os resíduos


segregados (em sacos ou recipientes). Cada setor hospitalar deve
apresentar formas específicas de acondicionamento, a depender dos
resíduos gerados;
coleta e transporte interno : refere-se ao traslado de resíduos dos
pontos de geração até o local de armazenamento temporário ou
armazenamento externo, caso os resíduos sejam destinados à coleta
seletiva (apenas resíduos de classe D). O local deve ter acesso restrito e
possuir, de preferência, cobertura que proteja contra intempéries (chuva,
vento, sol etc.) os resíduos;
coleta e transporte externo : os resíduos perigosos devem ser
destinados a empresas licenciadas ambientalmente e com tecnologias
adequadas de transporte e destinação de resíduos. Os veículos
responsáveis pela coleta dos resíduos devem apresentar sinalizações
que indiquem os riscos em caso de acidentes.

Mesmo sendo difícil reduzir os RSS, é importante que a administração e


proprietários de locais que os geram tenham preocupação com o meio ambiente
e a sustentabilidade. Escolher produtos de qualidade, fornecedores e empresas
comprometidos com o meio ambiente e analisar a origem dos produtos são
exemplos de como a gestão de resíduos pode ser melhorada, visto que, quanto
menores desperdício e substituição de materiais, menor será a quantidade de
resíduos gerados.

praticar
Vamos Praticar
Leia o trecho a seguir.

“A gestão ambiental é a ciência que que estuda e administra o exercício de atividades


econômicas e sociais de forma a utilizar de maneira racional os recursos naturais,
renováveis ou não, visando preservar um meio ambiente saudável a todas as gerações.
Essa ciência deve almejar o uso de práticas que garantam a conservação e preservação
da biodiversidade, a reciclagem de matérias-primas e a redução do impacto ambiental
das atividades humanas sobre os recursos naturais”.

BARSANO, P. R.; BARBOSA, R. P. Gestão Ambiental . São Paulo: Érica, 2014. p. 91.

A partir do apresentado, elabore uma reflexão para responder se é possível traçar uma
política ambiental única a todos os hospitais públicos do Brasil.
indicações
Material
Complementar

FILME

Resíduos Hospitalares
Ano : 2016
Comentário : acompanhe, no vídeo a seguir, uma
entrevista sobre a gestão dos resíduos de saúde no Brasil
com a pós-doutora em Saúde Coletiva Eliana Napoleão
Cozendey da Silva.
Fonte: Resíduos... (2016).

TRAILER
LIVRO

Resíduos Sólidos: cenário e mudanças de


paradigmas
Editora : Intersaberes
Autores : Augusto Lima da Silveira, Rodrigo Berté e Maciel
Pelanda Pelanda
ISBN : 978-85-5972-753-1
Comentário : existem diferentes tipos de resíduos, por
exemplo, domiciliares/domésticos, de construção civil,
industriais, de saúde, e agrícolas, entre outros. Entender
as características e a periculosidade relacionadas a cada
um desses resíduos é fundamental para a elaboração do
Plano de Gerenciamento de Resíduos Sólidos. Nesse livro,
os critérios mencionados e outros são apresentados de
forma mais ampla.
conclusão
Conclusão
Diminuir os resíduos de saúde não é tarefa fácil, devido aos riscos patológicos
relacionados aos mesmos. Muitos materiais precisam ser descartados após uso
único, para evitar contaminação de outros pacientes.

Porém, é fundamental que os locais que gerem os resíduos de saúde criem uma
política ambiental a fim de definir objetivos, metas e responsabilidade, entre
outros, em relação à gestão dos resíduos. Muitos resíduos possuem potencial de
reciclagem, como os de classe D (plásticos, alumínio, vidro, papel e papelão etc.),
não apresentando riscos de patologias.

Para os resíduos de saúde de classe A, B, C e E, é fundamental respeitar as


normas ambientais em vigor, para evitar contaminação ambiental e humana.
Logo, investir na educação e treinamento de colaboradores é essencial, sempre
em prol da melhoria contínua.

referências
Referências
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