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GESTÃO DE RESÍDUOS SÓLIDOS EM

SAÚDE
TRATAMENTO E
DESTINAÇÃO FINAL DOS
RESÍDUOS SÓLIDOS DE
SAÚDE
Autor: Me. Ronei Tiago Stein
Revisor: Ma. Carla Fernandes de Moura Caruso

INICIAR
introdução
Introdução
A cada ano, a geração de resíduos vem aumentando em nível mundial. O mesmo
ocorre com os resíduos de saúde (RSS), visto que a população mundial vem
crescendo. Devido aos riscos (principalmente de patologias) associados a esse
cenário, é fundamental encontrar formas de disposição final desses resíduos, uma
vez que muitos não podem ser reciclados/reaproveitados.

Aqui, vamos entender melhor como deve ocorrer o manejo dos RSS, desde sua
geração até a disposição final. Serão apresentadas as diferentes formas de
disposição final dos resíduos, desde os classificados como “não perigosos” até os
“perigosos”. Além disso, serão discutidos os principais desafios enfrentados pelo
poder público em relação à gestão ambiental e as etapas básicas para promover
uma gestão ambiental correta.
Manejo dos Resíduos
de Saúde

O manejo dos resíduos de serviços de saúde (RSS) refere-se ao conjunto de


ações/medidas voltadas ao gerenciamento dos resíduos gerados pelas
empresas/organizações. Esse gerenciamento dos RSSs não visa apenas evitar
acidentes, contaminação ou impactos ambientais, mas também busca evitar
contaminação de pessoas que possam ter contato com esses resíduos (BECHARA,
2013).

É fundamental que a instituição e os profissionais responsáveis pelo manejo dos


resíduos analisem todos os aspectos, tanto de intraestabelecimento (que ocorrem
dentro das imediações da empresa/instituição) como de extraestabelecimento (que
ocorrem fora das imediações da empresa/instituição). Filho (2015) menciona que
todas as etapas de geração dos resíduos devem ser analisadas, desde as fontes
geradoras até a disposição final.

Em relação ao manejo dos resíduos (sejam da saúde ou de outras fontes


geradoras), Moura (2008) menciona as etapas que devem ser analisadas e
apresentadas no Plano de Gerenciamento de Resíduos (PGRS):

Segregação : refere-se à descrição do local em que ocorre a geração dos


resíduos, bem como à forma como os resíduos são separados
(segregados). Essa segregação deve levar em conta as características
químicas, físicas e biológicas dos resíduos. Além disso, é fundamental
separar os resíduos classificados como “perigosos” dos “não perigosos”.
Acondicionamento : busca apresentar as formas como os resíduos são
embalados até o momento de sua coleta. Existem diferentes formas de
acondicionamento, como sacos de lixo, lixeiras, a granel, locais
cobertos/fechados, com ou sem piso impermeabilizante, dentre outras.

Um acondicionamento inadequado compromete a segurança do


processo e o encarece. Recipientes inadequados ou improvisados (pouco
resistentes, mal fechados ou muito pesados), construídos com materiais
sem a devida proteção, aumentam o risco de acidentes de trabalho. Os
resíduos não devem ultrapassar 2/3 do volume dos recipientes (BRASIL,
2006, p. 44).

É importante mencionar que alguns resíduos têm armazenamento específico, como


é o caso, por exemplo, dos materiais perfurocortantes ou escarificantes
(classificados no grupo E), conforme apresentado pela Resolução Anvisa RDC nº
306/2004 (BRASIL, 2004) e a Resolução Conama nº 358/2005 (BRASIL, 2005). Esses
resíduos devem ser armazenados em recipientes específicos (Figura 3.1).
Figura 3.1 – Forma de armazenamento dos resíduos de classe E
(materiais perfurocortantes ou escarificantes)
Fonte: Howard Brian Klaaste / 123RF.

#PraCegoVer : a imagem apresenta uma fotografia de armazenamento de resíduos do


grupo E (materiais perfurocortantes ou escarificantes). Há uma lixeira na coloração
amarela, com identificação ou simbologia de contaminação dos resíduos.

Uma grande parcela dos resíduos acaba sendo destinada em sacos plásticos, porém
esses materiais devem apresentar algumas características: ser resistentes tanto em
relação à ruptura como ao vazamento, ser impermeáveis (não pode haver
infiltração de líquidos externos para o interior dos sacos), deve-se respeitar o limite
de peso de cada saco (é importante consultar as informações técnicas do
fabricante) e os sacos não devem ser reaproveitados (BRASIL, 2006).
saiba
mais
Saiba mais
Em relação ao acondicionamento dos resíduos
sólidos em sacos plásticos, seja da saúde ou
proveniente de outras formas de geração, deve-
se respeitar algumas características/normativas,
visando evitar contaminação ambiental e/ou
contaminação humana. Para isso, é importante
que os profissionais consultem a NBR 9191/2008,
normativa que apresenta as características dos
sacos plásticos para acondicionamento de
resíduos. Saiba mais lendo a norma:

ACESSAR

É fundamental que os profissionais que vão trabalhar com a gestão dos resíduos
estejam familiarizados e consultem as legislações/normativas em vigor, que têm o
intuito de auxiliá-los na gestão correta, diminuindo os riscos de contaminação. Além
da segregação e do acondicionamento, as próximas etapas do manejo correto dos
resíduos são:

Identificação : os resíduos armazenados em sacos, lixeiras, dentre outras


formas, devem obrigatoriamente ser identificados, visando seu correto
manejo. Essa identificação deve estar em local aparente, de fácil
visualização. Além disso, é fundamental fazer uso de símbolos, cores e
frases (caso necessário), conforme apresentado pela NBR 7500/2020
(ABNT, 2020).
Transporte Interno : refere-se ao transporte dos resíduos do ponto de
geração até o local de armazenamento temporário dentro da
empresa/instituição. Dependendo do tamanho da empresa, o uso de
veículos para o transporte interno dos resíduos pode ser necessário. Nesse
caso:
Os veículos devem ser constituídos de material rígido, lavável,
impermeável, resistente ao processo de descontaminação determinado
pelo laboratório, provido de tampa articulada ao próprio corpo do
equipamento, cantos e bordas arredondados, e identificados com o
símbolo correspondente ao risco do resíduo neles contido (FIOCRUZ,
2020, on-line).

Armazenamento temporário : as empresas que geram RSS devem


apresentar um local específico de armazenamento desses resíduos, com
piso impermeabilizante e em local fechado (com cobertura), visando evitar
que as intempéries (sol, chuva) tenham contato com esse material. Em
relação ao armazenamento temporário de produtos químicos ou resíduos
classificados como “perigosos”, é fundamental que os profissionais
responsáveis pela gestão dos resíduos consultem a NBR 12235, de 1992
(ABNT, 1992). Além disso, é essencial rotular os resíduos, principalmente os
classificados como “perigosos”, conforme a NBR 14725-3, de 2012 (ABNT,
2012).
Tratamento preliminar : alguns locais (principalmente de maior porte ou
que gerem resíduos com grande risco de contaminação de doenças)
podem apresentar uma etapa específica do manejo dos resíduos, que
consiste em realizar um tratamento preliminar desses resíduos. Esse
tratamento tem como objetivo principal eliminar agentes patogênicos.
Dentre as técnicas utilizadas nesse procedimento, está a autoclavação: os
resíduos são esterilizados com auxílio de vapor de água muito quente.
Somente após esse tratamento os resíduos são destinados para disposição
externa. Outra forma de tratamento preliminar é a incineração (menos
comum no Brasil): os resíduos são queimados e as cinzas são
encaminhadas para disposição final ambiental segura (normalmente em
aterros controlados). É importante mencionar que o local de tratamento
preliminar está sujeito à fiscalização ambiental e da vigilância sanitária,
conforme Resolução Conama nº 237/1997 (BRASIL, 1997).
Coleta e transporte externos : refere-se à remoção dos RSS do local de
armazenamento temporário (armazenamento interno dentro da
empresa/instituição) até a unidade de tratamento ou disposição final. Essa
coleta ocorre pelas empresas externas específicas na coleta, no transporte
e no tratamento/destino dos resíduos. É fundamental que essas empresas
apresentem tecnologias próprias para coleta e transporte. Além disso, os
funcionários envolvidos nessa etapa devem estar munidos de EPIs
(Equipamentos de Proteção Individual). Existem algumas normas que
regulamentam o transporte e a coleta dos resíduos de Saúde, como é o
caso da NBR 12810/2020 e da NBR 14652/2019 (BRASIL, 2019).
Disposição final : refere-se às formas de disposição e tratamento final dos
resíduos de saúde. Dentre essas, podemos citar incineração, aterros
controlados e reciclagem (dependendo do tipo de resíduo).

O manejo dos resíduos de saúde busca evitar a contaminação ambiental da


população. É necessário analisar a realidade de cada empresa/instituição de forma
isolada, pois cada uma apresenta particularidades e tipos de resíduos diferentes. Os
profissionais envolvidos na gestão dos resíduos devem entender essas
particularidades, buscando encontrar soluções para promover sua correta
destinação.

Conhecimento
Teste seus Conhecimentos
(Atividade não pontuada)

Muitos resíduos de saúde são considerados perigosos. Em se tratando de produtos


perigosos, esses são identificados por diferentes símbolos, os quais definem, de forma
universal, as características e os perigos associados aos produtos/resíduos químicos
perigosos.
Fonte: arducha / 123RF.

#PraCegoVer : A imagem apresenta a ilustração de símbolos contidos em um triângulo


com fundo amarelo e bordas em preto, as ilustrações inseridas são: dois tubos de ensaio
inclinados um para o lado direito e outro para o lado esquerdo, contendo duas gotas
saindo de cada tubo em direção a uma superfície no lado esquerdo e a uma mão no
lado direito. As imagens possuem um contorno em preto.

Assinale a alternativa que indica corretamente a qual tipo de perigo químico a simbologia
da imagem se refere:

a) Material carcinogênico.
b) Material comburente.
c) Material radioativo.
d) Material corrosivo.
e) Material explosivo.
Formas de
Disposição Final dos
Resíduos de Saúde

Antes de falarmos sobre as formas de disposição final dos resíduos de saúde,


precisamos compreender a diferença entre deposição e disposição de resíduos.
Conforme o art. VII do Plano Nacional de Resíduos Sólidos – PNRS (Lei nº
12.305/2010) (BRASIL, 2010), a deposição refere-se à “reutilização, reciclagem,
compostagem, recuperação e aproveitamento energético ou outras destinações
admitidas pelos órgãos competentes” (BRASIL, 2010). Quando nos referimos à
disposição final dos resíduos, estamos falando da “Distribuição ordenada de rejeitos
em aterros, observando normas operacionais específicas de modo a evitar danos ou
riscos à saúde pública e à segurança e a minimizar os impactos ambientais
adversos'' (BRASIL, 2010).

Apesar de a Lei nº 12.305/2010 mencionar que a disposição final está atrelada


apenas a aterros sanitários, existem outras formas/técnicas de disposição que
merecem destaque. Em relação aos resíduos sólidos (RSS), eles não contam com
formas de disposição exclusivas; resíduos domiciliares, industriais, de construção
civil, dentre outros também podem ser dispostos nesses locais. O que se deve levar
em consideração é a classificação dos resíduos.

No Brasil, as principais formas de disposição final dos resíduos sólidos (seja da área
da saúde ou das demais) classificados como não perigosos são:
Aterros sanitários : tida como a solução mais econômica para os resíduos
considerados não perigosos, ou seja, os resíduos domiciliares que não
podem ser reciclados/reaproveitados. Os aterros sanitários são
construídos dentro de critérios de engenharia e normas operacionais
específicas, proporcionando confinamento seguro dos resíduos. Porém,
apenas resíduos que não têm tecnologia ou viabilidade econômica de
reciclagem devem ser destinados aos aterros sanitários. “O propósito de
um aterro é enterrar o lixo de modo a que fique isolado dos lençóis
freáticos, seja mantido seco e não entre em contato com o ar. Quando
essas condições são atendidas (o que basicamente jamais acontece), não
se decompõe tanto, e esta é a parte ‘sanitária’ do processo” (LEONARD,
2011, p. 168).

O aterro sanitário é a forma de disposição final dos resíduos mais empregada no


Brasil. Porém, os riscos de contaminação do solo e da água são elevados. Dessa
forma, é fundamental respeitar as normativas em vigor. De forma sucinta, as etapas
que ocorrem em um aterro sanitário são:

1. O lixo (material que não pode ser reciclado/reaproveitado) é lançado sobre


o terreno e recoberto com solo do local, visando isolá-lo do ambiente,
formando câmaras (células).
2. A movimentação das máquinas de terraplanagem acarreta a compactação
do lixo, visando diminuir o volume.
3. O chorume (resíduo líquido formado pela degradação do lixo) deve ser
escoado para locais específicos. Para evitar contaminação do solo e do
lençol freático, é essencial realizar um revestimento adequado do solo (uso
de geomembranas).
4. A fração gasosa, predominantemente metano, tende a cumular-se nas
porções superiores da câmera, devendo ser drenada para queima ou
beneficiamento e utilização como energia.

Atualmente, a maior parcela dos resíduos orgânicos é encaminhada para aterros


sanitários. Entretanto, esses resíduos podem ser transformados em húmus, pela
compostagem. Claro que, devido aos riscos patológicos, nem todos os resíduos
orgânicos podem ser encaminhados para centrais de compostagem, mas restos de
alimentos, além de ocupar espaço em aterros sanitários, são excelentes fontes de
matéria orgânica.
Compostagem : processo de tratamento biológico aeróbio que transforma
resíduos orgânicos em material estabilizado, chamado “composto” e
“húmus” (Figura 3.2). Esse método pode ser utilizado para tratar a fração
orgânica dos resíduos, como os gerados em restaurantes/lancherias, ou os
resíduos orgânicos domiciliares. A compostagem reduz o volume e o peso
do lixo, permitindo recuperar a energia associada a ele, gerando um
produto final aplicável ao solo para melhorar suas características físicas e
químicas, não comprometendo o ambiente.

Figura 3.2 – Representação do processo de compostagem


Fonte: Elaborada pelo autor.

#PraCegoVer : a imagem apresenta a ilustração de uma usina de compostagem, na qual


os resíduos orgânicos são colocados sobre geomembranas, para evitar a contaminação
do solo. Além disso, a imagem mostra que os resíduos orgânicos são cobertos com
geomembranas, criando células. Essa cobertura visa manter uma temperatura estável
no interior. O líquido gerado nesse processo (chorume) deve ser coletado e
encaminhado para posterior tratamento. A figura mostra canos de PVC saindo da base
das células, indicando que o chorume está sendo coletado.

Em relação a resíduos da saúde, muitos são classificados como “perigosos”, devido


aos riscos patológicos e ao meio ambiente. Dentre as principais formas de
disposição final dos resíduos (seja da área da saúde ou demais) classificados como
perigosos , tem-se:
Aterros sanitários industriais : também denominados “aterros sanitários
de resíduos perigosos”, são destinados a armazenar os resíduos sólidos
gerados pelas indústrias ou pela área da saúde. Seu funcionamento é
muito similar ao do aterro sanitário de resíduos domiciliares, porém
recebem apenas resíduos classificados como “perigosos”. As
geomembranas utilizadas têm espessuras mais rígidas, além do
tratamento do chorume ser mais complexo, visto a grande quantidade de
metais pesados presente.
Incineração : no Brasil, essa forma de disposição final dos resíduos não é
muito empregada, devido aos elevados custos na implantação de usinas de
incineração (Figura 3.3).

Os defensores da incineração alegam que o processo de queima faz com


que o lixo desapareça. Mas isso não é exatamente verdade: ele é
simplesmente transformado em cinzas e poluição. Em geral, para cada
três toneladas que entram em um incinerador, uma tonelada de cinzas
precisa ser enterrada. E elas são mais tóxicas que o lixo original, devido
à alta concentração de metais pesados, que não podem ser destruídos
(LEONARD, 2011, p. 168).

A incineração consiste em simplesmente diminuir rapidamente o volume de lixo.


Claro que os incineradores devem ser construídos dentro de normas específicas de
engenharia e respeitar uma série de exigências legais visando evitar a contaminação
ambiental. O calor gerado pela queima do lixo pode ser utilizado como fonte de
energia elétrica. Em relação às cinzas geradas pela queima, elas devem ser
destinadas a aterros sanitários controlados, devido aos poluentes (principalmente
metais pesados) que estão contidos nelas.
Figura 3.3 – Representação de uma usina de incineração de resíduos
Fonte: tele52 / 123RF.

#PraCegoVer : a imagem apresenta uma ilustração de usina de incineração de resíduos.


São mostradas duas torres: na primeira, o lixo é queimado. Na segunda torre, ocorre o
reaproveitamento do calor gerado, transformando-o em energia elétrica.

Em relação aos incineradores, eles buscam basicamente diminuir o volume de lixo


e, principalmente, eliminar agentes patogênicos. Os incineradores são utilizados,
por exemplo, para queima de cadáveres (humanos ou animais), mas, para isso,
existe um rígido controle do tipo de material que está sendo “queimado” e da sua
quantidade. É fundamental que empresas que operam incineradores respeitem a
Resolução do Conselho Nacional do Meio Ambiente (Conama) nº 316 de 2002
(BRASIL, 2002).

Percebe-se que existem diferentes formas de disposição final dos resíduos, seja da
saúde ou de outras fontes geradoras. Essa disposição leva em conta a classificação
dos resíduos; apenas resíduos que não têm tecnologia de reciclagem/tratamento
devem ser encaminhados para disposição final.
reflita
Reflita
Infelizmente, muitos resíduos de saúde
não têm gestão e disposição final
ambientalmente corretas. Muitos resíduos
classificados como “perigosos” acabam
sendo encaminhados para aterros
sanitários, ou até mesmo para lixões. Isso
ocorre, dentre outros fatores, devido à
falta de conhecimento, à fiscalização falha
e até mesmo à má-fé por parte da
administração/gerência dos locais que
geram os RSS. É essencial investir em
treinamentos e na educação ambiental,
pois essas são medidas básicas para
garantir o sucesso da gestão correta dos
resíduos.

Infelizmente, o homem ainda não criou uma forma de disposição final de resíduos
100% livre de causar contaminação ambiental. Medidas como “enterrar” ou
“queimar” o lixo (por mais que exista um controle rígido para evitar contaminação
ambiental) ainda não são eficazes. Barbosa e Ibrahin (2014) mencionam que o
desafio da humanidade é encontrar formas de tratar e dispor os resíduos, visto que
o volume anual vem aumentando consideravelmente.

praticar
Vamos Praticar
Um rapaz sofreu um acidente de moto e teve que passar por uma cirurgia de emergência.
Nessa cirurgia, infelizmente os médicos optaram por amputar a perna do rapaz. Os
médicos fizeram uso de bisturis, tesoura, bandeja cirúrgica, dentre outros. Como resíduos
dessa cirurgia, originaram-se seringas, luvas e a própria perna que precisou ser amputada.

Supondo que você seja responsável pelo Plano de Gerenciamento de Resíduos de Saúde, o
que deve ser feito com os materiais utilizados na cirurgia e qual a disposição final que
deverá ser dada aos resíduos gerados?
Programas de Gestão
de Resíduos da
Saúde

Infelizmente a gestão dos resíduos, seja da área da saúde ou de demais fontes


geradoras, ainda é um grande entrave em território nacional. A quantidade de
resíduos vem aumentando ano após ano, porém a porcentagem de reciclagem não
acompanha esse crescimento.

De acordo com a Associação Brasileira de Empresas de Limpeza Pública e Resíduos


Especiais (ABRELPE, 2019), ao longo de 2018 foram gerados 79 milhões de toneladas
de lixo no Brasil, e estimativas apontam que apenas 3% foram de fato reciclados;
porém, 30% dos resíduos gerados têm grande potencial de reciclagem. Isso significa
que 27% dos resíduos que foram parar em lixões, aterros controlados ou aterros
sanitários poderiam ser utilizados como matéria-prima para novos
produtos/embalagens.

Percebe-se, portanto, que a gestão dos resíduos no Brasil apresenta falhas, e


precisa urgentemente de melhorias. Leonard (2011) apresenta alguns pontos
importantes que devem ser levados em consideração em um programa de gestão
de resíduos:

1. Reduzir o consumo e o descarte.


2. Reutilizar os materiais descartados (isso se refere aos resíduos
classificados como “não perigosos”).
3. Responsabilidade estendida do produtor.
4. Reciclagem abrangente.
5. Compostagem abrangente ou biodigestão de materiais orgânicos.
6. Participação do cidadão.
7. Melhoria do projeto industrial.
8. Apoio político, legal e financeiro a programas de gestão ambiental.

Especificamente falando do apoio político no que se refere à gestão dos resíduos,


deve-se criar políticas públicas que busquem o correto manejo, a deposição e a
disposição dos resíduos. A disponibilização adequada dos rejeitos gera impactos;
quando esses impactos são causados a terceiros e não são incorporados dentro dos
custos de produção, é gerada uma externalidade.

Sobre as externalidades, pode-se dizer que elas são os efeitos econômicos positivos
e negativos de atividades econômicas e sociais de um grupo de atores
(pessoas/firmas) que afeta outro grupo de atores, com efeitos fora (externos) do
sistema de preços. Por esse motivo, são bens não valorados. O ideal é tentar reduzi-
los quando negativos, por se acreditar que sua incorporação dentro do processo
produtivo contribui para um desenvolvimento mais sustentável. Nesse contexto, as
políticas públicas surgem como mecanismo fundamental para controlar e
eventualmente evitar a geração de externalidades.

Segundo a abordagem feita por Pereira e Barbosa Júnior (2018), é necessária, para a
criação de uma política pública, a formação de uma agenda governamental, que é
um conjunto de assuntos aos quais o governo e as pessoas ligadas a ele
concentram atenção em determinado momento (Figura 3.4). Após a formação da
agenda, é feita a delimitação do problema e sua análise. Só assim as alternativas
poderão ser formuladas, adotando, por fim, uma política pública.
Figura 3.4 – O Governo deve criar políticas públicas promovendo a gestão de
resíduos
Fonte: Donatas Dabravolskas / 123RF.

#PraCegoVer : a imagem apresenta a sede do Governo Federal em Brasília. Na


fotografia, há um prédio branco, com 8 colunas brancas; logo após, há uma rampa,
dando acesso à sede do Governo.

Mas quem é responsável por formular as políticas públicas em relação à gestão dos
resíduos sólidos? Existem inúmeros atores que formulam as políticas públicas. De
acordo com Pereira e Barbosa Júnior (2018), tem-se:

Atores governamentais: presidente da República, alto e médio escalão,


funcionários eleitos, parlamentares, funcionários do Legislativo e membros
do Judiciário, governadores de Estado e prefeitos municipais, empresas
públicas, fundações e autarquias públicas.
Atores não governamentais: grupos de pressão, instituições de pesquisa,
acadêmicos, consultores, organismos internacionais (Organização das
Nações Unidas, Organização Mundial do Comércio, Organização das
Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura, dentre outros),
sindicatos e associações civis de representação de interesses, partidos
políticos e organizações privadas não governamentais.

Uma forma de promover políticas públicas na gestão de resíduos se dá por meio da


aplicação de recursos financeiros. Muitas instituições que geram resíduos de saúde
são mantidas com verbas públicas, como é o caso de hospitais públicos, postos de
saúde, dentre outras. Porém, conforme apresenta a Abrelpe (2019):

Em relação aos recursos aplicados em 2017, houve queda de 1,47% em


2018. Quando se consideram outros serviços, como varrição, limpeza,
manutenção de parques e jardins e limpeza de córregos, a queda é
maior: 2,17%. O mercado de limpeza urbana movimentou, em 2018,
1,3% menos recursos que em 2017. Isso se refletiu na redução da força
de trabalho: o setor perdeu cerca de 5 mil postos, uma diminuição de
1,4% em relação ao ano anterior (ABRELPE, 2019, on-line).

Infelizmente, o Brasil não tem políticas públicas específicas para gestão de resíduos
sólidos de saúde. Existem, sim, legislações específicas que tratam sobre cuidados
em etapas como separação, coleta, transporte, destinação e disposição final. Além
disso, muitas instituições passam por constantes fiscalizações, principalmente de
órgãos ambientais e sanitários, visando verificar in loco a gestão dos resíduos.

Porém, apesar de o governo investir enormes quantias em dinheiro para manter as


instituições de saúde pública, na maioria dos casos esse investimento não é
destinado (ou, então, não é suficiente) a realizar o correto descarte dos resíduos,
visto que esse processo pode apresentar custos elevados.

Para destinar os resíduos a aterros sanitários de resíduos perigosos ou


incineradores, visto pertencerem a empresas particulares, deve-se realizar o
pagamento. Dependendo da quantidade de resíduos ou do tipo de resíduos, os
valores podem ser elevados. Muitas instituições não têm condições financeiras de
arcar com esses custos, e acabam destinando os resíduos de saúde a locais não
indicados, como aterros sanitários, onde não há custos (ou os custos são baixos),
visto que são mantidos com recursos públicos.

Dessa forma, além de garantir recursos financeiros destinados especificamente a


promover a correta gestão dos resíduos de saúde, o governo deve criar mais locais
para disposição final desse tipo de resíduo, mantendo-os com recursos públicos, ou
arcar com uma parcela desses custos, ou pagá-los.

Além disso, devem ser aprimoradas e criadas novas medidas/ações voltadas à


educação ambiental, seja nas escolas (para crianças/adolescentes), no próprio
governo (para conscientizar os políticos e agentes públicos da importância do
tratamento correto dos resíduos), em empresas/instituições (para que todos saibam
os riscos ambientais e para a saúde humana relacionados aos RSS) e na
comunidade em geral (que tem o dever de cobrar ações e medidas mais eficazes),
conforme menciona o Inea (2014).

Conhecimento
Teste seus Conhecimentos
(Atividade não pontuada)

No ano de 1975, a União Europeia estabeleceu uma hierarquia a ser empregada referente
à gestão dos resíduos, a qual é utilizada ainda nos dias atuais. Inclusive, em 2010 o
Decreto nº 7.404, que regulamenta a Política Nacional de Resíduos Sólidos, também
adotou essa mesma hierarquia, visando o gerenciamento correto dos resíduos sólidos.

Fonte: BRASIL. Decreto nº 7.404, de 23 de dezembro de 2010 . Regulamenta a Lei nº


12.305, de 2 de agosto de 2010, que institui a Política Nacional de Resíduos Sólidos, cria o
Comitê Interministerial da Política Nacional de Resíduos Sólidos e o Comitê Orientador
para a Implantação dos Sistemas de Logística Reversa, e dá outras providências. Brasília,
DF: Presidência da República, 2010. Disponível em:
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2007-2010/2010/decreto/d7404.htm . Acesso em:
3 dez. 2020.

Assinale a alternativa correta, conforme as importâncias empregadas:

a) Prevenção e redução da geração – reutilização – reciclagem – outros tipos de


valorização (energia) – disposição final (aterros).
b) Reutilização – reciclagem – destinação final (aterro) – prevenção e redução da
geração – outros tipos de valorização (energia).
c) Prevenção e redução da geração – reciclagem – reutilização – outros tipos de
valorização (energia) – destinação final (aterro).
d) Reutilização – prevenção e redução da geração – reciclagem – outros tipos de
valorização (energia) – disposição final (aterro).
e) Reciclagem – fiscalização e sanções – reutilização – destinação final (aterro) –
outros tipos de valorização (energia).
Etapas dos
Programas de Gestão
dos Resíduos

O primeiro passo para implantar um sistema de gestão ambiental é promover a


educação ambiental na população e na própria empresa/instituição. As pessoas
devem buscar maneiras de diminuir a quantidade de resíduos gerados. Além disso,
é essencial investir em formas de promover o reuso e a reciclagem dos materiais.
Apenas materiais que não têm tecnologia de tratamento (ou no caso em que isso se
torne financeiramente não viável) devem ser destinados aos aterros sanitários (em
relação aos resíduos classificados como “não perigosos”). A Figura 3.5 apresenta as
bases fundamentais para uma boa gestão dos resíduos não perigosos.
Figura 3.5 – Bases para uma boa gestão dos resíduos não perigosos
Fonte: Elaborada pelo autor.

#PraCegoVer : a imagem apresenta as etapas de uma boa gestão dos resíduos de classe
“não perigosa”. Há quatro caixas de textos, e cada caixa traz uma etapa. Da esquerda
para a direita, temos os seguintes textos dentro de cada caixa: redução da geração de
resíduos; reutilização dos resíduos; reciclagem dos resíduos; disposição final do material
classificado como lixo.

Segundo Philippi, Roméro e Bruna (2004), a gestão ambiental consiste na análise e


tomada de decisões, considerando as diferentes variáveis ambientais de um
sistema/empresa. Essa tomada de decisão consiste em escolher as melhores
opções, por parte dos líderes do sistema, buscando encontrar as melhores soluções
para diminuir os impactos ambientais. Um SGA (Sistema de Gestão Ambiental) pode
ser aplicado em qualquer empreendimento, indiferentemente do ramo que está ou
do seu porte (BARSANO; BARBOSA, 2014). É fundamental analisar os aspectos e
impactos ambientais que as atividades empresariais podem ocasionar, segundo
menciona Marinha (2017).

Diferentes atividades e setores da economia utilizam produtos químicos com as


mais diversas composições. Por exemplo, as indústrias farmacêuticas utilizam
reagentes químicos para fabricação de medicamentos, limpeza dos equipamentos e
esterilização do ambiente. Porém, é fundamental manusear esses produtos com
cautela, a fim de evitar riscos e contaminações químicas. Existem alguns
métodos/cuidados de controle no manuseio de produtos/resíduos perigosos.
Confira no infográfico a seguir:
Entender a
classificação
dos resíduos de saúde é essencial para
os profissionais da área ambiental, pois
cada classificação possui diferentes
formas de segregação,
acondicionamento e identificação.
Acompanhe a seguir, as classificações freepik.com
dos resíduos de saúde conforme
Resolução nº 358/05 do CONAMA .
#PraCegoVer : o infográfico apresenta quatro tópicos em linha horizontal sobre os
métodos de controle no manuseio de resíduos perigosos. Ao clicar no primeiro tópico, é
apresentado o título “Eliminação”; logo abaixo, segue o texto “A empresa/instituição deve
analisar a possibilidade de eliminar ou substituir determinado produto, visando evitar a
geração de resíduos perigosos, ou deve modificar a forma/processo de trabalho”; ao
lado, há a imagem do torso de um homem, que estica o braço para frente, com a palma
da mão aberta. Ao clicar no segundo tópico, é apresentado o título “Substituição”; logo
abaixo, segue o texto: “Caso não seja possível eliminar o uso de determinado produto
nocivo (e consequentemente a geração de resíduo perigoso), deve-se analisar sua
substituição por outro menos perigoso”; ao lado, há a imagem de um sinal de
verificação, na cor verde, e um X, na cor vermelha. Ao clicar no terceiro tópico, é
apresentado o título “Controle”; logo abaixo, segue o texto: “A empresa/instituição deve
adotar sinalizações e avisos sobre os riscos de saúde e ao ambiente dos
materiais/resíduos classificados como “perigosos”. É essencial consultar a NBR 14725-3
de 2012, pois ela apresenta as simbologias dos materiais/resíduos classificados como
‘perigosos’”; ao lado, há a imagem de duas figuras: a primeira contém três barris. Um na
cor verde, com o símbolo do risco biológico. O outro, na cor amarela, com o símbolo da
radioatividade. O último, na cor vermelha, com o símbolo do veneno. A segunda contém
a imagem de uma placa sinalizadora, que apresenta um círculo, com uma linha diagonal
vermelha. Embaixo da linha, há um cigarro. Ao clicar no quarto tópico, é apresentado o
título “Proteção”; logo abaixo, segue o texto: “A empresa/instituição deve oferecer EPIs
(Equipamentos de Proteção Individual) para os colaboradores que manipulam os
materiais/resíduos perigosos, como luvas, óculos de proteção, máscaras, dentre outros.
Além disso, deve promover treinamentos visando evitar acidentes”; ao lado, há a
imagem de dois homens, garis, diante de um cesto de lixo.

Quando falamos de “Sistema de Gestão Ambiental”, não podemos deixar de falar da


ISO 14.000, constituída por um grupo de 28 normas para a padronização na gestão
ambiental (TIBOR; FELDMAN, 1996; SCHWANKE, 2013). Porém, Silva (2011)
apresenta seis diferentes especificações, cada uma tratando/abordando diferentes
aspectos relacionados à gestão ambiental:

ISO 14.001: Sistema de Gestão Ambiental


ISO 14.010, 14.011 e 14.012: Auditorias ambientais
ISO 14.031: Avaliação do desempenho ambiental
ISO 14020, 14021 e 14024: Rotulagem ambiental
ISO 15.060: Aspectos ambientais em normas de produtos
ISO 14.040: Análise do ciclo de vida do produto

A ISO 14.000 apresenta ferramentas e caminhos que visam auxiliar os profissionais


(e população de modo geral), não apenas na gestão de resíduos, mas na diminuição
dos impactos ambientais negativos que determinada empresa possa ocasionar. É
fundamental estar atento às normas que englobam a ISO 14.000.

saiba
mais
Saiba mais
“A globalização dos negócios, a
internacionalização dos padrões de qualidade
ambiental descritos na série ISO 14000, a
conscientização crescente dos atuais
consumidores e a disseminação da educação
ambiental nas escolas permitem antever que a
exigência futura que farão os futuros
consumidores em relação à preservação do meio
ambiente e à qualidade de vida deverão se
intensificar”

Fonte: Donare e Oliveira (2018, p. 51).

Saiba mais, assistindo ao vídeo a seguir:

ACESSAR

A gestão ambiental busca diminuir a quantidade de resíduos gerados e de


poluentes lançados no ambiente (solo, ar, água), procurando fazer uso de
energias/tecnologias mais limpas. O Sistema de Gestão Ambiental objetiva evitar
que acidentes ou incidentes ocorram em determinado empreendimento. Caso
ocorram, é preciso saber exatamente o que deve ser feito e quem deve ser avisado,
visando minimizar os impactos ambientais.
praticar
Vamos Praticar
Uma grande rede farmacêutica tem como meta dobrar de tamanho em no máximo 5
anos. A diretoria decidiu implantar um Sistema de Gestão Ambiental (SGA), porém, como
não tem colaboradores especializados, decidiu contratar uma empresa externa.

Você, especialista em Gestão Ambiental, foi contratado para auxiliar a rede farmacêutica, e
os diretores querem saber qual é o primeiro passo para implantar o SGA. Além disso, a
diretoria quer saber se a auditoria ambiental consiste em uma ferramenta de gestão
ambiental ou um instrumento de controle ambiental. Outro ponto abordado refere-se à
dúvida: com a implantação do SGA, é possível dizer que a rede farmacêutica dobrará de
tamanho em 5 anos?
indicações
Material
Complementar

LIVRO

A história das coisas: da natureza ao lixo, o que


acontece com tudo que consumimos
Editora : Zahar
Autor : Annie Leonard
ISBN : 9788537807286
Comentário : O livro apresenta a história por trás das
coisas e do consumismo. Traz de forma didática e simples
os impactos ambientais relacionados à produção e ao
consumo de diferentes objetos, além das suas formas de
disposição final.
WEB

Sistema de Gestão Ambiental


Ano : 2017
Comentário : A norma ISO 14.000 é a base para promover a
gestão ambiental em empresas/instituições. É fundamental
que os profissionais que trabalharão nessa área estejam
familiarizados e atentos às fases de um SGA, definidas pela
ISO 14.000. Confira no vídeo a seguir quais são as fases para
implantar um SGA.

ACESSAR
conclusão
Conclusão
Mesmo havendo formas de disposição final dos RSS classificados como “perigosos”,
como a incineração e os aterros sanitários de resíduos perigosos, esses resíduos
ainda acarretam poluentes para o ambiente. Simplesmente queimar ou enterrar o
lixo, mesmo adotando cuidados e critérios rígidos de engenharia, ainda não são as
formas mais eficazes de disposição final. Porém, a disposição nesses locais é, sem
dúvida, muito melhor do que simplesmente depositar os resíduos diretamente no
ambiente.

Infelizmente, o descarte incorreto de RSS ainda é uma realidade no Brasil. As


autoridades precisam criar mecanismos e políticas públicas para impedir essa ação.
Investir em Sistemas de Gestão de Resíduos, aumentar a fiscalização ambiental,
auxiliar com recursos financeiros e promover incentivos fiscais são alguns exemplos
de melhoria na gestão dos resíduos.

referências
Referências
Bibliográficas
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para o transporte terrestre, manuseio, movimentação e armazenamento de
produtos. Rio de Janeiro: ABNT, 2020.
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ABNT, 2008.

ABNT – ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 12235 .


Armazenamento de resíduos sólidos perigosos: procedimento. Rio de Janeiro: ABNT,
1992.

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serviços de saúde: gerenciamento extraestabelecimento: requisitos. Rio de Janeiro:
ABNT, 2020.

ABNT – ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 14725-3 . Produtos


químicos: informações sobre segurança, saúde e meio ambiente: parte 3:
Rotulagem. Rio de Janeiro: ABNT, 2012.

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RESÍDUOS ESPECIAIS. 2019. Os descaminhos do lixo. Disponível em:
https://abrelpe.org.br/brasil-produz-mais-lixo-mas-nao-avanca-em-coleta-seletiva/ .
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Manole, 2004.

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TIBOR, T.; FELDMAN, I. ISO 14000 : a guide to the new environmental management
standards. Chicago: Irwin Professional Publishing, 1996.

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