1. O documento discute o manejo adequado dos resíduos de serviços de saúde (RSS), incluindo etapas como segregação, acondicionamento, identificação, classificação, transporte, armazenamento e descarte final.
2. Os RSS são classificados em 5 grupos (A a E) dependendo de seus riscos biológicos, químicos ou radiológicos.
3. O descarte final varia de acordo com o grupo, podendo incluir incineração, enterramento em aterro sanitário ou outros métodos
1. O documento discute o manejo adequado dos resíduos de serviços de saúde (RSS), incluindo etapas como segregação, acondicionamento, identificação, classificação, transporte, armazenamento e descarte final.
2. Os RSS são classificados em 5 grupos (A a E) dependendo de seus riscos biológicos, químicos ou radiológicos.
3. O descarte final varia de acordo com o grupo, podendo incluir incineração, enterramento em aterro sanitário ou outros métodos
1. O documento discute o manejo adequado dos resíduos de serviços de saúde (RSS), incluindo etapas como segregação, acondicionamento, identificação, classificação, transporte, armazenamento e descarte final.
2. Os RSS são classificados em 5 grupos (A a E) dependendo de seus riscos biológicos, químicos ou radiológicos.
3. O descarte final varia de acordo com o grupo, podendo incluir incineração, enterramento em aterro sanitário ou outros métodos
Também chamados de Resíduo Hospitalar, Resíduo de Serviços
Médicos, Resíduos Infectantes, entre outros. O manejo dos RSS é o conjunto de ações voltadas ao gerenciamento dos resíduos gerados por todo e qualquer estabelecimento de saúde. Deve focar os aspectos intra e extra-estabelecimento, indo desde a geração até a disposição final, incluindo as seguintes etapas: 1 – Segregação Separação dos resíduos no momento e local de sua geração, de acordo com as características físicas, químicas, biológicas, o seu estado físico e os riscos envolvidos. 2 – Acondicionamento Ato de embalar os resíduos segregados, em sacos ou recipientes que evitem vazamentos e resistam às ações de queda e rotura da embalagem. A capacidade dos recipientes de acondicionamento deve ser compatível com a geração diária de cada tipo de resíduo e não deve ultrapassar 2/3 de sua capacidade. Os resíduos sólidos devem ser acondicionados em sacos resistentes à rotura e vazamento e devem ser impermeáveis, de acordo com a Norma Regulamentadora da ANVISA. Deve ser respeitado o limite de peso de cada saco, além de ser proibido o seu esvaziamento ou reaproveitamento. Colocar os sacos em coletores de material lavável, resistente ao processo de descontaminação utilizado pelo laboratório, com tampa provida de sistema de abertura sem contato manual, e possuir cantos arredondados. Os resíduos perfurocortantes devem ser acondicionados em recipientes resistentes à rotura e vazamento. 3 – Identificação Esta etapa permite o reconhecimento dos resíduos contidos nos sacos e recipientes, fornecendo informações ao correto manejo dos RSS. Os sacos de acondicionamento, os recipientes de coleta interna e externa, os recipientes de transporte interno e externo, e os locais de armazenamento devem ser identificados de tal forma a permitir fácil visualização, utilizando-se símbolos, cores e frases, atendendo aos parâmetros referendados na NR, além de outras exigências relacionadas à identificação de conteúdo e ao risco específico de cada grupo de resíduos. O Grupo A de resíduos é identificado pelo símbolo internacional de risco biológico, com rótulos de fundo branco, desenho e contornos pretos. O Grupo B é identificado através do símbolo de risco associado à substâncias químicas e frases de risco. O Grupo C é representado pelo símbolo internacional de presença de radiação ionizante em rótulos de fundo amarelo e contornos pretos, acrescido da expressão “Radioativo”. O Grupo E possui a inscrição de RESÍDUO PERFUROCORTANTE, indicando o risco que este apresenta. 4 – Classificação Grupo A: resíduos com a possível presença de agentes biológicos que, por suas características, podem apresentar risco de infecção. A1: culturas e estoques de agentes infecciosos de laboratórios industriais e de pesquisa; resíduos de fabricação de produtos biológicos, meios de cultura, resíduos de laboratório de engenharia genética. A2: bolsas contendo sangue ou hemocomponentes vencidas, contaminadas, com volume superior a 50 ml. A3: peças anatômicas e produto de fecundação com peso menor que 500g ou estatura menor que 25 cm. A4: carcaças, peças anatômicas e vísceras de animais de estabelecimentos de tratamento de saúde animal, de universidades, de centros de experimentação. A5: resíduos provenientes de pacientes suspeitos de ou que contenham agentes de risco ou relevância epidemiológica ou risco de disseminação de doenças. A6: kits de linhas arteriais e venosas e dialisadores descartados, filtros de ar e gases oriundos de áreas críticas, como UTI e Centro Cirúrgico. A7: órgãos, tecidos e fluidos orgânicos com suspeita de contaminação e resíduos sólidos resultantes da atenção à saúde de indivíduos com suspeita de contaminação (materiais e instrumentais descartáveis, indumentária que tiveram contato com os agentes acima identificados). Sangue, saliva, secreção, urina, esperma, material biológico de coleta para análises clínicas. Grupo B: resíduos contendo substâncias químicas que podem apresentar risco à saúde pública ou ao meio ambiente. Medicamentos vencidos, antineoplásicos, medicamentos hormonais, imunossupressores, antibióticos, reagentes, entre outros. Grupo C: resíduos contaminados com radiação, provenientes de laboratório de análises clínicas, serviços de medicina nuclear e radioterapia. Grupo D: resíduos que não apresentem risco biológico, químico ou radiológico à saúde ou ao meio ambiente, podendo ser equiparados aos resíduos domiciliares, ou seja, lixo comum. Grupo E: materiais perfurocortantes ou escarificantes, tais como agulhas e lâminas de vidro, contaminados ou não. Lâminas de barbear, bisturi, escalpes, ampolas, vidros de medicamentos, entre outros. 5 – Transporte Interno Translado dos resíduos dos pontos de geração até local destinado ao armazenamento temporário ou armazenamento externo com a finalidade de apresentação para a coleta. Deve ser realizado atendendo roteiro previamente definido e em horários não coincidentes com a distribuição de roupas, alimentos e medicamentos, períodos de visita ou de maior fluxo de pessoas ou de atividades. Deve ser feito separadamente de acordo com o grupo de resíduos e em recipientes específicos a cada grupo de resíduos. Os carros para transporte interno devem ser constituídos de material rígido, lavável, impermeável, resistente ao processo de descontaminação determinado pelo laboratório, provido de tampa articulada ao próprio corpo do equipamento, cantos e bordas arredondados, e identificados com o símbolo correspondente ao risco do resíduo neles contidos. Devem ser providos de rodas revestidas de material que reduza o ruído. 6 – Armazenamento Temporário Consiste na guarda temporária dos recipientes contendo os resíduos já acondicionados, em local próximo aos pontos de geração, visando agilizar a coleta dentro do estabelecimento e otimizar o deslocamento entre os pontos geradores e o ponto destinado à apresentação para coleta externa. Não pode ser feito armazenamento temporário com disposição direta dos sacos sobre o piso, sendo obrigatória a conservação dos sacos em recipientes de acondicionamento. O armazenamento temporário pode ser dispensado nos casos em que a distância entre o ponto de geração e o armazenamento externo justifiquem. A área destinada à guarda dos carros de transporte interno de resíduos deve ter pisos e paredes lisas, laváveis e resistentes ao processo de descontaminação utilizado. Deve possuir ponto de iluminação artificial e área suficiente para armazenar, no mínimo, dois carros coletores, para translado posterior até a área de armazenamento externo. Quando a sala for exclusiva para o armazenamento de resíduos, deve estar identificada como “Sala de Resíduos”. Os resíduos de fácil putrefação que venham a ser coletados por período superior a 24 horas de seu armazenamento, devem ser conservados sob refrigeração. 7 – Tratamento O tratamento preliminar consiste na descontaminação dos resíduos (desinfecção ou esterilização) por meios físicos ou químicos, realizado em promover a redução, a eliminação ou a neutralização dos agentes nocivos à saúde humana, animal e ao ambiente. O processo de esterilização por vapor úmido, ou seja, autoclavação; substâncias químicas desinfetantes e degermantes que devem ser registrados.; também podem ser utilizados os sistemas de tratamento térmico por incineração. 8 – Armazenamento Externo Guarda dos recipientes de resíduos até a realização da etapa de coleta externa, em ambiente exclusivo com acesso facilitado para os veículos coletores. Neste local não é permitido a manutenção dos sacos de resíduos fora dos recipientes. 9 – Coleta e Transporte Externos Consistem na remoção dos RSS do abrigo de resíduos (armazenamento externo) até a unidade de tratamento ou disposição final, utilizando-se técnicas que garantam a preservação das condições de acondicionamento e a integridade dos trabalhadores, da população e do meio ambiente, devendo estar de acordo com as orientações dos órgãos de limpeza urbana. 10 – Disposição Final Consiste na disposição de resíduos no solo, previamente preparado para recebê-los, obedecendo a critérios técnicos de construção e operação, e com licenciamento ambiental de acordo com a Resolução CONAMA nº.237/97. Descarte: GRUPO A A1: Tratamento prévio na unidade geradora. Incineração. A2: Acondicionamento em saco branco leitoso e aterro sanitário. Autoclavação na unidade (se não houver aterro sanitário). A3: Enterramento em saco branco leitoso em aterro sanitário. A4: Enterramento em saco branco leitoso em aterro sanitário. A5: Autoclavação na unidade geradora e incineração. Manuseio com EPI para classe de risco. A6: Acondicionamento em saco branco leitoso e disposição em aterro sanitário. A7: Os resíduos devem ser acondicionados em sacos brancos leitosos, contendo o símbolo universal de risco biológico de tamanho compatível com a quantidade. Há um lacre próprio para o fechamento, sendo terminantemente proibido esvaziar ou reaproveitar os sacos. A substituição do saco ocorrerá quando forem atingidos 2/3 de sua capacidade, e pelo menos uma vez a cada 24 horas. É de fundamental importância que TODOS os sacos estejam devidamente identificados e preenchidos contendo as seguintes informações: nome do responsável, nome do Departamento (campo “Unidade”) e data do descarte do saco (campo “Data”). Posteriormente, serão coletados pelo órgão municipal competente e submetidos a tratamento de inativação microbiana (desativação eletrotérmica). Encaminhados para o aterro sanitário licenciado para disposição final de RSS, exceto carcaças de animais, que serão encaminhadas para cremação e peças anatômicas humanas que serão enviadas ao SVOC - Serviço de Verificação de Óbitos da Capital. GRUPO B Deverão ser usados galões e bombonas de plástico rígido fornecidos aos laboratórios, resistentes e estanques, com tampa rosqueada e vedante. Encher o frasco somente até 90% da sua capacidade. Cada recipiente deve ser corretamente identificado e rolhado. * * CUIDADO COM INCOMPATIBILIDADE QUÍMICA – VER TABELA ANVISA Serão, então, armazenados em local protegido até o recolhimento de resíduos químicos. Os demais medicamentos, uma vez descaracterizados (retirados da embalagem e triturados ou dissolvidos), podem ser descartados como Resíduos Comuns na rede de esgoto. GRUPO C Eliminação especificada nas normas da Comissão Nacional de Energia Nuclear-CNEN e para os quais a reutilização é imprópria ou não prevista. GRUPO D O lixo comum, como o das copas, escritórios e mesmo dos laboratórios, desde que não estejam contaminados por produtos químicos, radioativos ou materiais infectantes, devem ser acondicionados em sacos PRETOS, identificados com etiqueta para RESÍDUO COMUM. Deverão ser depositados em recipientes rígidos e protegidos no laboratório até o recolhimento pela empresa limpadora. Acondicionamento em saco plástico preto. GRUPO E Todos os materiais, limpos ou contaminados por resíduo infectante deverão ser acondicionados em recipientes com tampa, rígidos e resistentes à roptura e vazamento. Em geral, são utilizadas caixas tipo DESCARTEX, DESCARPACK. Ao atingir a marca tracejada no recipiente, o mesmo deverá ser fechado e acondicionado em sacos BRANCOS, devidamente lacrados e identificados. É expressamente proibido o esvaziamento desses recipientes para o seu reaproveitamento. Incineração. Todos os materiais que temos dúvidas, devemos tratar como infectantes e incinerar! PLANO DE GERENCIAMENTO DE RESÍDUOS DE SERVIÇOS DE SAÚDE – PGRSS O PGRSS é um conjunto de procedimentos de gestão que visam o correto gerenciamento dos resíduos produzidos no estabelecimento. Esses procedimentos devem ser planejados e implementados a partir de bases científicas e técnicas, normativas e legais, com o objetivo de minimizar a produção de resíduos e proporcionar aos resíduos gerados, um encaminhamento seguro, de forma eficiente, visando a proteção dos trabalhadores, a preservação da saúde pública, dos recursos naturais e do meio ambiente, seguindo, rigorosamente as legislações ANVISA, na RDC 306. O PGRSS gerenciamento deve abranger todas as etapas de planejamento dos recursos físicos, dos recursos materiais e da capacitação dos recursos humanos envolvidos no manejo dos RSS.