Você está na página 1de 6

CENTRAL EDUCACIONAL E TECNOLÓGICO

CENETEC

JOSECLEIA FERREIRA PADILHA DE OLIVEIRA

RELATÓRIO

PONTA GROSSA PR
2023
A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA) e o Conselho Nacional do Meio Ambiente
(CONAMA) possuem resoluções para serem aplicadas em conjunto com o PGRSS. As diretrizes
da RDC no306/04 e resolução no358/05, são postos objetivos referente ao descarte de lixo
hospitalar, sendo eles:
Melhorar a segurança e higiene no ambiente de saúde;
Controlar o número de infecção hospitalar e acidentes ocupacionais;
Minimizar a produção de resíduos e encaminhá-los de forma segura e eficiente.
Nelas há os tipos de resíduos, que são categorizados em grupos. Confira abaixo a diferença
entre cada um.

Grupo A: Potencialmente infectantes

Esse é representado pelos agentes biológicos que possuem risco de infecção, e por conta disso
normalmente seu destino é a incineração. Suas subdivisões são:

Grupo A1
São os materiais que apresentam algum tipo de manipulação, seja ela de:
Microorganismos; Inoculação;
Genética;
Ampolas e Frascos; Laboratorial;
Sangue e Hemocomponentes; Vacinação.
O descarte desse grupo deve ser feito através de sacos brancos leitosos e impermeáveis,
contendo um símbolo de risco infectante. Após encher 2⁄3 da capacidade ou se passar 24h
desde o primeiro lixo descartado, ele deve ser recolhido pela empresa especializada e levado
ao tratamento adequado.

Grupo A2
Resíduos hospitalares com alto grau de risco que fazem parte do corpo humano ou animal,
como:

 Carcaças;
 Peças Anatômicas;
 Vísceras Animais.
Para jogá-los fora, é preciso embalá-los em sacos vermelhos que contenham o símbolo de risco
infectante.

Grupo A3
Esse é para os casos de produtos de fecundação sem sinais vitais, que possuam peso inferior a
500 gramas e tenham menos que 25 cm, ou que apresentem idade gestacional menor que 20
semanas.
Caso haja solicitação, eles podem ser encaminhados para o sepultamento em cemitério (após
autorização do órgão competente). Ou também há possibilidade de tratamento térmico por
incineração específica ou cremação.
Nessa última opção, o envio para a empresa especializada deve ser através de sacos vermelhos
com o símbolo de risco infectante.

Grupo A4
São os objetos que possam estar contaminados com excreções humanas ou animais, como:
 Linhas Arteriais, Endovenosas e Dialisadores;
 Filtros de Ar e Gases de Áreas Contaminadas;
 Sobras Laboratoriais contendo fezes, urina e secreções;
 Tecidos e Materiais utilizados para assistência humana ou animal que não apresentem
sangue ou líquidos;
 Bolsas Transfusionais vazias ou com volume residual pós-transfusão; E outros resíduos
sem suspeita ou contaminação.
A identificação desse lixo é feita por meio de sacos brancos leitosos com símbolo de risco
infectante.

Grupo A5
Por fim, esses são os materiais que possuem suspeita ou certeza de contaminação por príons.
Os órgãos, tecidos, fluidos ou outro tipo de resíduo deve ser posto em dois sacos vermelhos
(um dentro de outro) onde tenha o símbolo de risco infectante. Por fim, devem ser
encaminhados para empresa especializada realizar a incineração.

Grupo B: Químicos

Os materiais deste grupo contêm substâncias químicas que podem causar risco a saúde
humana, animal ou ambiental, como:
 Resíduos Saneantes;
 Desinfetantes e Desincrustante;
 Medicamentos para Tratamento de Câncer;
 Reagentes para Laboratório e Substâncias de Exames.
Para o descarte, eles devem ser acomodados nas embalagens originais, separados por espécies
químicas, colocados dentro de um recipiente resistente e devolvido ao fabricante.

Grupo C: Rejeitos radioativos

São os resíduos como exames de medicina nuclear ou radioterapia que possuem carga
radioativa acima do normal. Devem ser levados ao depósito de lixo radioativo em um
recipiente blindado, conforme a Comissão Nacional de Energia Nuclear.

Grupo D: Resíduos comuns

Lixo hospitalar que não possua risco biológico, químico ou radioativo, como:
 Gessos;
 Luvas;
 Gazes;
 Materiais passíveis de reciclagem e papéis.
Para jogá-los fora basta fazer o descarte em lixeiras seletivas que enviam o material para a
reciclagem, reutilização ou aterramentos

Grupo E: Perfurocortantes
Neste último grupo estão inclusos os objetos que podem causar cortes ou perfurações, como:
 Agulhas;
 Escalpes;
 Lancetas;
 Ampolas.
Ao descartá-los é preciso usar embalagens resistentes e que contenham símbolos de material
infectante. Normalmente eles são recolhidos pela empresa especializada e levados para a
incineração.
Para onde vai o lixo hospitalar?
Agora que já entendemos como funciona o descarte de lixo hospitalar, chegou o momento de
saber o que acontece com ele depois de jogá-lo fora. Em resumo, há duas opções de
tratamento: esterilização e incineração.
Esterilização dos resíduos
Os instrumentos e equipamentos utilizados diariamente em hospitais, clínicas e outras
instituições podem ser esterilizados e reutilizados. A exceção está apenas nas lâminas de
bisturi ou agulhas de injeção de vidro.
Porém, estes e demais resíduos hospitalares que não podem ser reutilizados (como é o caso de
algodão, luvas, máscaras, entre outros) precisam passar por outro processo. Após embalados
adequadamente para o descarte, é feita a coleta pela empresa especializada dentro de 48
horas.
Ao ser recolhido, o material vai para a máquina de compactação que o transforma em um
bloco rígido. Em seguida, ele é mandado para um forno que esteriliza o material, que após isso
pode ser triturado e enviado para um aterro sanitário para descarte comum.
Incineração dos resíduos
Segundo a Abrelpe, 59% das instituições de saúde brasileiras utilizam esse método para o
tratamento de resíduos químicos. O processo consiste em embalar, identificar o lixo hospitalar
e encaminhar para a empresa especializada.
Lá, é aberto o material e contabilizado os resíduos, para assegurar que nenhum material foi
extraviado no caminho. Após averiguar os números, ele segue para o incinerador. A fumaça
gerada é tratada através de filtros, e as cinzas são enviadas para um aterro especializado.

Nele, há diversas etapas de proteção que impedem o material de entrar em contato com o
solo ou natureza
Como fazer o descarte de lixo hospitalar?
O primeiro passo é seguir o PGRSS da sua instituição, para assim conseguir separar os resíduos
por grupo. Depois é só fazer o agendamento da coleta específica, que irá realizar por fim o
tratamento adequado.

Oque fazer em caso de acidente com perfuro cortante?


Quanto as ocorrências de exposição a material biológico pelo profissional de saúde, segundo
MS(1) pode-se agir da seguinte forma:

1- Acolhimento e registro do atendimento ao profissional acidentado;

2- Identificar fatores de maior e menor gravidade durante histórico do acidente de trabalho e


risco da exposição;

3- Avaliar dados epidemiológicos do ambiente onde ocorreu a exposição e os dados


epidemiológicos e sorológicos do paciente-fonte, se conhecido;

4- Realizar teste rápido (TR) HIV do paciente-fonte;

5- Coletar exames laboratoriais da pessoa exposta – momento zero:

• Sorologias: Anti-HIV, Anti-HCV, HBsAg, anti-HBs, VDRL;

• Bioquímicos: Hemograma, AST, ALT, Ureia, Creatinina ( se indicação de PEP);

6- Status da pessoa-fonte:

• Se TR ou sorologia reagente para HIV – indicado PEP;


• Se TR ou sorologia não reagente para HIV – sem indicação de PEP;

• Se status desconhecido para HIV – avaliar caso a caso;

• Se TR ou sorologia reagente para HCV – indicado acompanhamento pós exposição;

• Se TR ou sorologia não reagente para HCV – sem indicação para acompanhamento pós
exposição;

• Se status desconhecido para HCV – avaliar caso a caso;

• Se TR ou sorologia reagente para HBV – indicar profilaxia;

• Se TR ou sorologia não reagente para HIV, HCV, HBV: sem indicação de profilaxia e
acompanhamento pós exposição – Fechamento do protocolo de atendimento como: Alta –
Paciente=fonte negativo.

7- Avaliar indicação de acompanhamento e profilaxias de acordo com status sorológico da


pessoa fonte e/ou dados epidemiológicos da exposição;

8- Checar Fluxograma se Indicação de PEP ao HIV;

9- Indicação e prescrição da PEP – Esquema antirretroviral preferencial;

10- Se atendimento pelo enfermeiro, proceder interconsulta com médico, quando indicação
de TARV para prescrição de esquema;

11- Registrar dados de identificação e da exposição em ficha Acidente de Trabalho com


Material Biológico SINAN (Sistema de Informação de Agravos de Notificação) – Notificação
Compulsória;

12- Registrar Comunicação de Acidente de Trabalho (CAT) de acordo com o encaminhamento


da empresa e vínculo empregatício do profissional (o empregador deve fazer a CAT).

13- Programar retornos ambulatoriais pós exposição para acompanhamento/seguimento;

Em uso de PEP:

• 07 dias: avaliar sinais, sintomas e reação adversa, adesão a PEP, avaliação de exames
laboratoriais;

• 14 dias: caso necessário;

• 30 dias: avaliar soroconversão – Anti-HIV, avaliar adesão profilaxia PEP por 28 dias, avaliar
exames laboratoriais: Hemograma, AST, ALT, Uréia, Creatinina, Anti-HIV e Anti-HBs (se houve
indicação de vacinação para Hepatite B);

• 90 dias: avaliar soroconversão – Anti-HIV, Anti-HCV; outros exames de acordo com quadro
clínico (avaliação caso a caso);
• 180 dias: avaliar soroconversão – Anti-HIV, Anti-HCV; outros exames de acordo com quadro
clínico (avaliação caso a caso);

14- Preencher ficha SINAN (inicio, acompanhamento e fechamento do atendimento).

Conclusão
Temos que ter consciência e conhecimento de todas as formas de descarte,pra q não haja
danos a natureza, não haja acidentes causando infecções .Devemos prestar atenção em tudo q
se refere a descarte correto.

Você também pode gostar