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UNIVERSIDADE FEDERAL DE JUIZ DE FORA

HOSPITAL UNIVERSITÁRIO DA UNIVERSIDADE


FEDERAL DE JUIZ DE FORA

Tipo do PROCEDIMENTO / ROTINA POP.UBC.CME.023 - Página 1/6


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Título do PROCESSAMENTO DE PRODUTOS PARA SAÚDE Emissão: 10/06/2020 Próxima revisão:
Documento UTILIZADOS NO ATENDIMENTO A PACIENTE COM
SUSPEITA OU INFECÇÃO CONFIRMADA PELO Versão: 01
COVID - 19

1. OBJETIVO
Orientar as equipes de profissionais para as boas práticas de processamento de
produtos para saúde contaminados com o vírus COVID 19, capacitando-os para o manejo
adequado.

2. MATERIAIS
• Instrumentos cirúrgicos
• Materiais de assistência ventilatória
• Caixa plástica rígida (container)
• Materiais recebidos para encaminhamento à empresa contratada (ETO)
• Lavadora Ultrassônica
• Termodesinfectora
• Água
• Detergente Enzimático
• Detergente neutro
• Álcool a 70%
• Compressa limpa
• EPI’s (descritos no subtítulo 4.5)

3. RESPONSÁVEL PELA EXECUÇÃO DOS PROCEDIMENTOS


• Técnicos em enfermagem e enfermeiros

4. DESCRIÇÃO DOS PROCEDIMENTOS

4.1 - Do Transporte dos Materiais Contaminados para a CME:

• As unidades consumidoras que estarão com pacientes suspeitos e/ou


confirmados para Covid-19 (UTI, Enfermarias, Ambulatórios, etc), deverão depositar os
materiais de assistência respiratória e/ou instrumentais nos sacos plásticos próprios para
contaminados; não necessitando fazer a limpeza prévia;
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• Inserir os sacos amarrados em contêineres plásticos rígidos com tampa,


usando os EPIs indicados;
• Se possível, quando tiver no leito de isolamento com a paramentação,
não sair pelo corredor com materiais contaminados; solicitar a outro colaborador que traga os
sacos plásticos e/ou caixas plásticas próximasà porta do quarto. Após acondicionar os
materiais, levar os contêineres para o expurgo da unidade, tampá-los e aguardar o colaborador
do CME recolher;
• Os contêineres devem estar identificados e fechados com a identificação
do setor e preferecialmente, com uma listagem de todos os ítens que constam no container;
casos inconformes, comunicar a unidade (CME Dom Bosco) para ajuste. O servidor não
recolherá material fora do saco plástico de material contaminado, fora do container e material
incompleto;
• O transporte deve acontecer dentro do contêiner (caixa plástica)
hermeticamente fechado, somente para esta finalidade, a fim de garantir o transporte seguro
do material potencialmente contaminado dentro de um carrinho, para evitar contato e para a
segurança do servidor;
• No carro de transporte (Unidade Santa Catarina para Unidade Dom
Bosco), o container deve ser posicionado de maneira segura para que evite balanço excessivo
das caixas, com risco de abertura das tampas, danos no atrito dos ítens e propagação do vírus
por aerossol;
• Na CME, o profissional do expurgo deve devidamente paramentado
(precaução por aerossol), fazer a separação dos materiais de acordo com cada processo de
limpeza;
• Os materiais para óxido de etileno deverão ser triados, registrados em
nota fiscal (previamente disponibilizado pela empresa) e inseridos dentro de caixas
hermeticamente fechadas; Apresentar a nota fiscal ao enfermeiro para ciência e autorização
dos materias destinados. A empresa processadora recolhe a caixa fechada e a nota
fiscalassinada pelo enfermeiro do CME com a descrição dos ítens (uma via da nota fica no
setor);
• Os materiais de assistência ventilatória que sofrem termodesinfecção de
alto nível ficam acondicionados dentro do contêiner (caixa plástica) hermeticamente fechado
no expurgo da CME, também identificados como COVID-19, aguardando a triagem para ínicio
da limpeza. Desta forma, não ficarão expostos à aeração;
• Os instrumentais devem, na hora da chegada, já serem submetidos à
limpeza automatizada (ultrassônica e/ou termodesinfectora) conforme rotina. Os instrumentais
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com sujidade encrustadas, com difícil remoção, ficarão de molho em solução de água com
detergente enzimático antes da limpeza automatizada;
• Após a separação total dos materiais, o profissional do expurgo, no caso
dos contêineres apresentarem sujidade visível, deve lavá-los com sabão neutro e finalizando
com detergente enzimático (diluição conforme instrução do fabricante). O profissional deverá
utilizar os EPIs apropriados para minimizar risco de contaminação e exposição;
• O colaborador da CME que efetuou o transporte e limpeza dos materiais
no expurgo deve desparamentar-se retirando avental e luvas dentro do expurgo e se necessário
remover a máscara cirúrgica fora do expurgo com as mãos higienizadas;
• Os horários de coletas de materiais contaminados, na unidade Santa
Catarina, acontecerão preferencialmente em dois turnos somente. Pela manhã, às 7 horas e no
período da tarde, às 14h30; a justificativa é reduzir ao máximo o manejo destes materiais.;
• Caso necessário e esporadicamente aconteça internação de suspeitos
em outra unidade, a CME deverá ser comunicada para fazer a coleta dentro destes horários já
estabelecidos.

4.2- Da Limpeza dos Produtos para a Saúde

Não há uma orientação especial quanto ao processamento de equipamentos,


produtos para saúde ou artigos utilizados na assistência a casos suspeitos ou confirmados do
novo COVID. O processamento deve ser realizado de acordo com as características, finalidade
de uso e orientação dos fabricantes e dos métodos escolhidos. Além disso, devem ser seguidas
as determinações previstas na RDC nº 15, de 15 de março de 2012, que dispõe sobre os
requisitos de boas práticas para o processamento de produtos para a saúdee dá outras
providências.
Fonte: http://bvsms.saude.gov.br/bvs/saudelegis/anvisa/2012/rdc0015_15_03_2012.html

• Sendo assim, reforçamos as melhores práticas:


✓ Na área de recepção e limpeza, os profissionais de Centro de Material e
Esterilização devem utilizar máscara PFF2/N95, aventais impermeáveis de manga longa, luvas
emborrachadas de cano alto, sapatos impermeáveis e fechados, toucas e protetor facial do tipo
“Face Shield”;
✓ As máscaras PFF2/N95 devem ser avaliadas quanto a sua integridade. A
validade da máscara é de 15 dias, se tiver em condições perfeitas para uso, conforme a
integridade da mesma; Trocar quando úmidas, sujas, rasgadas, amassadas ou com vincos. Com
o objetivo de minimizar a contaminação da máscara PFF2/N95 o profissional de saúde deve
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utilizar um protetor facial (Face Shield), pois este protegerá a máscara e o profissional da
exposição a respingos de sangue e secreções corporais.
✓ O uso da “face Shield” evita o contato com gotículas, recomendada para
a realização de procedimentos com maior risco a quem está realizando o procedimento
gerador de aerossóis ou fluidos corporais. Ao colocar a face shild ela deve ficar bem ajustada na
cabeça;

✓ Ao término do turno o profissional do expurgo deverá desparamentar- se


seguindo a ordem de desparamentação conforme rotina da instituição. Para higienizar a Face
Shield, higienizar as mãos, retirá-la pelas laterais evitando contaminar o elástico. Remover o
elástico e proceder a limpeza com água e sabão seguido de desinfecção com álcool a 70%
conforme POP específico;
✓ Evitar métodos de limpeza e secagem que causem aerossolização de
partículas tais como pistolas de ar comprimido.
✓ Sempre que possível, optar por métodos automatizados de limpeza
(utilizar preferencialmente, a termodesinfetadora ou ultrassônica) para reduzir riscos à saúde
dos profissionais de saúde no manuseio de materiais potencialmente contaminados com
COVID-19;
✓ A limpeza deverá ser realizada com rigor, a fim de garantir a máxima
redução de carga microbiana e assegurar um processamento seguro.

4.3 - Da Termodesinfecção de Alto Nível

• Utilizar preferencialmente métodos automatizados de desinfecção de


dispositivos, que permitam o adequado monitoramento do processo;
• Não há necessidade de ciclo específico para o COVID. O material
respiratório do COVID pode ser disposto junto aos demais materiais respiratórios;
• A secagem do material pode ser realizada normalmente, pois o material
está limpo. Pode ser utilizado o ar comprimido medicinal;
• Na manipulação da separação e empacotamento dos materiais
respiratórios termodesinfectados, mantem-se o uso dos EPIs conforme POP existente.

4.4 - Da EsterIlização

• Proceder aos métodos usuais de esterilização de PPS considerados


críticos.
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4.5 - Dos EPI’S na CME

Área do Expurgo Área do Preparo Área do arsenal


- Touca; - Touca; - Roupa privativa do
- Protetor facial (face shield); - Roupa privativa do setor; setor;
- Máscara PFF2/N95; - Máscara cirúrgica para
- Roupa privativa do setor; manipulação dos materiais - Touca;
- Avental de manga longa respiratórios no
impermeável; empacotamento; - Máscara Cirúrgica.
- Luvas nitrílicas de cano longo; - Luvas de procedimento
Calçado fechado impermeável. para secar e empacotar o
material na janela de
recebimento.

5. REFERÊNCIAS

Associação Brasileira de Enfermeiros de Centro Cirúrgico, Recuperação Anestésica e


Centro de Material e Esterilização (SOBECC). Recomendações relacionadas ao fluxo de
atendimento para pacientes com suspeita ou infecção confirmada pelo COVID-19 em
procedimentos cirúrgicos ou endoscópicos. 2 ed., 19 de março de 2020.

ANVISA. Nota Técnica GVIMS/GGTES/ANVISA Nº 06/2020 - orientações para a prevenção


e o controle das infecções pelo novo coronavírus (SARS-CoV-2) em procedimentos
cirúrgicos. Gerência
deVigilânciaeMonitoramentoemServiçosdeSaúde;GerênciaGeraldeTecnologiaemServiçosd
e Saúde e Agência Nacional de Vigilância Sanitária.29.04.2020.

SOBECC. Práticas Recomendadas SOBECC/Sociedade Brasileira de Enfermeiros de Centro


Cirúrgico, Recuperação Anestésica e Centro de Material Esterilizado. 7ª edição. São Paulo:
SOBECC, 2017.

6. HISTÓRICO DASREVISÕES

VERSÃO DATA DESCRIÇÃO DA ALTERAÇÃO


01 06/2020 Elaboração do documento

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Elaboração:
Data: 10/06/2020
Tamila Cristiny Silva Ribeiro Portes

Análise/Revisão:

Francismeire Moreira Siqueira


Chefe da Unidade de Bloco Cirúrgico/RPA/CME Data: 11/06/2020

Flávia Cristina Rodrigues


Enfermeira so Serviço de Controle e Infecção Hospitalar

Validação:
Data:
Núcleo de Qualidade Hospitalar

Aprovação:
Data:

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