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UNIVERSIDADE FEDERAL DE JUIZ DE FORA

HOSPITAL UNIVERSITÁRIO DA UNIVERSIDADE


FEDERAL DE JUIZ DE FORA

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PROCEDIMENTO / ROTINA
Documento
Título do LIMPEZA E DESINFECÇÃO DE BRINQUEDOS Emissão: 05/03/2020 Próxima revisão:
Documento Versão: 7 05/03/2020

1. OBJETIVO(S)
Orientar e padronizar a limpeza e desinfecção dos brinquedos para prevenir
infecção cruzada de microrganismos.
2. MATERIAL
Documentos e formulários utilizados:
Não há
Equipamentos e materiais necessários:
Não há
Equipamento de proteção individual obrigatório:
Não há
3. DESCRIÇÃO DOS PROCEDIMENTOS
Enfermeiro da unidade: Estabelecer uma rotina para a limpeza dos brinquedos e
comunicar à equipe sobre a importância de acordo com as orientações da instrução de trabalho;
Brinquedos de plástico: Lavar com água e sabão neutro uma vez por semana ou
sempre que necessário (funcionário da limpeza);
 Fazer a desinfecção com álcool 70% após cada manipulação (profissional que
estiver acompanhando a criança no momento);
• Na escolha dos brinquedos devem ser considerados alguns aspectos: Os
riscos de transmissão de microrganismos para os pacientes, a natureza do material do qual é
confeccionado o brinquedo e se este é possível de limpeza e desinfecção;
• Se o brinquedo não puder ser lavado, não é apropriado para a utilização em
instituições de saúde;
A seguir, a classificação dos artigos hospitalares descrita por Spaulding, a qual pode
auxiliar na escolha do processo de limpeza e desinfecção dos brinquedos:
 Artigos críticos: todos aqueles que penetram através da pele e mucosas
atingindo os tecidos subepiteliais e sistema vascular. Estes artigos devem ser esterilizados;
 Artigos semicríticos: todos aqueles que entram em contato com mucosa
íntegra do paciente. Estes artigos requerem desinfecção (destruição de microrganismos na forma
vegetativa, com exceção dos esporos);
 Artigos não críticos: todos aqueles que entram em contato com a pele íntegra
do paciente. A maioria destes artigos requer apenas limpeza (remoção mecânica da sujidade e
consequente redução da população microbiana);
 Diante disso, os brinquedos podem ser considerados artigos semicríticos e
não críticos, conforme utilização. Qualquer que seja o processo a ser submetido um determinado
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artigo, a primeira etapa, que garantirá a eficácia do processo, é a limpeza;


 Para este procedimento podemos citar: detergente neutro para limpeza
manual; detergente para a limpeza (pouca espuma) em casos de se utilizar máquina de lavar;
detergente enzimático, cujas enzimas facilitam a remoção de sujidade e ação mecânica, não
danifica, são atóxicas, biodegradáveis, de fácil manipulação e reduzem os riscos ocupacionais;
 No processo de desinfecção, os métodos indicados são:
 Físico: uso de termodesinfecção (temperatura de 63° a 95° C por 10 a 30
minutos);
 Químico: uso de solução germicida através da imersão (hipoclorito de sódio)
ou fricção;
 No final das brincadeiras: colocar em local reservado para brinquedos sujos,
higienizá-los e retorná-los posteriormente à brinquedoteca; Brinquedos de plástico rígido; escovar
com água e sabão: enxaguar em água corrente; imergir em solução de hipoclorito (1:10) por 10 a 20
minutos; remover e enxaguar em água fria; secar. Limpeza de bolas e equipamentos plásticos de
fisioterapia: Realizar limpeza com água e detergente neutro, enxaguar com água, fazer desinfecção
com álcool 70%
Observações:
• É nosso papel garantir um ambiente seguro para os pacientes. Devemos
ressaltar que existem alguns vírus respiratórios que podem sobreviver horas em superfícies e outros
microrganismos, que causam diarreia, podem sobreviver por dias nos brinquedos.
• Muitos vírus são transmitidos pelos brinquedos, especialmente por aqueles
pequenos o suficiente para que as crianças os coloquem na boca. Por isso, brinquedos utilizados por
bebês e crianças pequenas não devem ser compartilhados.
• Não se recomenda brinquedos de pelúcia, pois o seu reprocessamento é de
difícil operacionalização e principalmente controle.
• Uma rotina institucional deve ser elaborada, especificando a periodicidade da
limpeza e desinfecção dos brinquedos. Materiais como videogame e computadores, que são
manipulados com as mãos sucessivamente, devem ser higienizados com maior frequência.
• Deve existir uma política clara sobre o manejo dos brinquedos utilizados por
crianças em Precauções Específicas/Expandidas(contato, gotículas ou áreas). A criança sob
Precauções Específicas/Expandidas consequentemente está proibida de frequentar a
Brinquedoteca, mas poderá realizar as atividades recreativas dentro do próprio quarto. Porém, ao
término da brincadeira ou na sua alta, os brinquedos deverão ser limpos e desinfetados antes de
retornarem à Brinquedoteca.
• O trabalho integrado entre a equipe multidisciplinar da Unidade Pediátrica, a
Equipe da Brinquedoteca e o Serviço de Controle de infecção Hospitalar constituem a base para a
adesão às práticas de prevenção e controle das infecções veiculadas pelos brinquedos.
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4. REFERÊNCIAS
Prática Hospitalar – Nov-Dez/2005 – A Higienização dos Brinquedos no Ambiente Hospitalar
Maria Fátima dos Santos Cardoso - Dra. Luci Corrêa - Ana Carolina Takenaka Medeiros / SPAULDING
E H.Chemical disinfection of medical and surgical materials. In: BLOCK, S S. Disinfection,sterilization
and preservation. Lea Fabiger. Philadelphia. 1968;517-531.

VERSÃO DATA DESCRIÇÃO DA ALTERAÇÃO


02 03/2010 Atualizada por: Serviço de Controle de Infecção Hospitalar – HU/UFJF
03 03/2011 Atualizada por: Serviço de Controle de Infecção Hospitalar – HU/UFJF
04 05/2014 Atualizada por: Serviço de Controle de Infecção Hospitalar – HU/UFJF
05 07/2019 Atualizada por: Serviço de Controle de Infecção Hospitalar – HU/UFJF
06 12/2019 Atualizada por: Serviço de Controle de Infecção Hospitalar – HU/UFJF
07 01/2020 Atualizada por: Serviço de Controle de Infecção Hospitalar – HU/UFJF

Elaboração
Renata Fiuza Cruz Data:20/01/2020

Revisão
Rodrigo Daniel de Souza
Flávia Cristina Rodrigues Data: 04/02/2020
Bruna Arethusa C. Fróis Canedo
Gíulia Tácilla A. da Silva Gondim

Validação Data: 02/03/2020


Núcleo de Gestão da Qualidade

Aprovação
Drº Rodrigo Daniel de Souza
Chefe do Setor de Gestão da Qualidade e Vigilância em Saúde
Drº Sérgio Paulo Pinto
Gerente de Atenção à saúde

Permitida a reprodução parcial ou total, desde que indicada a fonte.

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