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UNIVERSIDADE FEDERAL DO

TRIÂNGULO MINEIRO
HOSPITAL DE CLÍNICAS
Tipo do ROP.UBC.001 - Página 1/14
ROTINA OPERACIONAL PADRÃO
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Título do NORMAS E ROTINAS PARA PROCESSAMENTO Emissão: 04/03/2021 Próxima revisão:
Documento DE ARTIGOS MÉDICO-HOSPITALARES Versão: 4 04/03/2023

INTRODUÇÃO
A Central de Material e Esterilização (CME) é um setor destinado à limpeza, ao acondicionamento,
à esterilização, à guarda e à distribuição dos produtos para a saúde. A Resolução da Diretoria
Colegiada, nº 15/2012, da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), dispõe sobre requisitos
de boas práticas para o processamento de produtos para saúde, estabelecendo os requisitos de
boas práticas para o funcionamento dos serviços que realizam o processamento de produtos para
a saúde visando à segurança do paciente e dos profissionais envolvidos.
Incisos III e IV do Artigo 4º da RDC/Anvisa, nº 15/2012:
III - centro de material e esterilização - CME: unidade funcional destinada ao
processamento de produtos para saúde dos serviços de saúde;
IV – centro de material e esterilização de funcionamento centralizado:
unidade de processamento de produtos para saúde que atende a mais de um
serviço de saúde do mesmo gestor.
Segundo a RDC 50, as atividades que devem ser desenvolvidas na CME são:
 Receber, desinfetar e separar os produtos para a saúde;
 Realizar a limpeza dos produtos para a saúde passíveis de reprocessamento;
 Receber os pacotes de têxtil cirúrgicos limpos vindas da lavanderia;
 Realizar o empacotamento dos conjuntos de instrumentais e outros produtos;
 Esterilizar esses produtos por meio de métodos físicos;
 Realizar o monitoramento dos processos realizados no processamento de produtos para a
saúde;
 Acondicionar e distribuir os instrumentais e os pacotes têxteis cirúrgicos esterilizados.

1. OBJETIVOS

1.1. Geral
 Estabelecer normas e rotinas, conforme atribuições e atividades de cada profissional da
equipe de enfermagem no processamento de artigos médico-hospitalares e colaborar no
desenvolvimento do cuidade terapêutico com qualidade aos clientes do Hospital de Clinicas da
Universidade Federal do Triangulo Mineiro (HC-UFTM).

1.2. Específicos
 Estabelecer e catalogar as atribuições de cada profissional da equipe de enfermagem da
CME;
 Planejar, executar e avaliar o processamento de artigos médico-hospitalares, conforme a
legislação vigente para o processamento de produtos para saúde;
 Promover a organização do serviço e as atividades técnicas e auxiliares.

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2. TERMINOLOGIA
 Esterilização: conjunto de operações destinadas a eliminar ou matar todas as formas de
micro-organismos na forma vegetativa e esporulada, de um material ou substância.
 Limpeza: processo manual ou mecânico de remoção de sujidade, mediante o uso da água,
sabão e detergente neutro ou detergente enzimático para manter em estado de asseio os artigos e
superfícies reduzindo a população microbiana. A limpeza constitui ainda o primeiro passo nos
procedimentos técnicos de desinfecção e esterilização, considerando que a presença de matéria
orgânica protege os micro-organismos do contato com agentes desinfetantes e esterilizantes.
 Descontaminação: processo de redução dos micro-organismos de artigos e superfícies,
tornando-os seguros para o manuseio.
 Desinfecção: processo físico ou químico de destruição de micro-organismos, exceto os
esporulados. A desinfecção é realizada por meio físico, através da água quente (60 a 90ºC) ou em
ebulição e pelo meio químico, através de produtos denominados de desinfetantes.
 Esterilização: processo de destruição de todos os micro-organismos, inclusive esporulados,
a tal ponto que não seja mais possível detectá-los através de testes microbiológicos padrão. A
probabilidade de sobrevida do micro-organismo no item submetido ao processo de esterilização é
menor que um em um milhão (10/6). A esterilização é realizada por calor, germicidas químicos,
óxido de etileno, radiação e outros.
 Artigos médico-hospitalares: compreendem instrumentos cirúrgicos, objetos e acessórios de
equipamentos utilizados no tratamento de pacientes, instrumental odontológico e outros.
 Detergente enzimático: solução detergente composta basicamente de enzimas,
surfactantes, solubilizantes e álcoois, cuja função é a remoção de matéria orgânica através da ação
de decomposição do sangue e fluídos corpóreos aderidos.

3. MATERIAL

3.1 Esterilização a vapor


 Autoclaves de esterilização a vapor;
 Incubadoras para o teste biológico específica para esterilização a vapor;
 Teste de bomba de vácuo BOWIE & DICK;
 Teste pacote desafio com Indicador Biológico específico para este tipo de esterilização;
 Teste pacote desafio com Integrador químico classe V, específico para este tipo de
esterilização.

3.2 Esterilização de baixa temperatura


 Agente esterilizante;
 Ampolas de Teste de Indicador Biológico específico para este tipo de esterilização;
 Autoclave de baixa temperatura;
 Incubadoras para o teste biológico, específicas para esterilização de baixa temperatura.
 Indicador químico específico para este tipo de esterilização.

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3.3 Limpeza
 Detergente enzimático e neutro;
 Escovas específicas para limpeza de artigos médicos;
 Lavadoras ultrassônicas;
 Lupas de aumento;
 Pistolas de ar/água pressurizada;
 Teste monitor de limpeza.

3.4 Desinfecção
 Desinfetante quimico na forma líquida;
 Reprocessadoras de endoscópio;
 Termodesinfectadoras;
 Teste monitor de concentração do desinfetante químico padronizado;
 Teste monitor de processo de termodesinfecção.

3.5 Preparo e acondicionamento


 Campos de algodão duplo, confeccionados conforme a padronização ABNT para esterilização
a vapor;
 Campos de algodão fenestrado;
 Campos operatórios de 50 x 40 cm de algodão;
 Embalagem específica para processo de esterilização de baixa temperatura;
 Etiquetas de identificação;
 Fita adesiva branca ou crepe nas dimensões de 16 mm x 50 m;
 Fita adesiva para autoclave nas dimensões de 16 mm x 50 m;
 Lupas de aumento;
 Mantas de SMS (spunbond, meltblown, spunbond) de tamanhos variados;
 Pacotes com 2 unidades de Avental cirúrgico/OPA (fechamento em transpasse lateral);
 Pacotes com 5 unidades de campos simples de algodão, nas medidas 1,40 x 1,40 m;
 Papel Grau Cirurgico (PGC) de larguras variadas;
 Pincel permanente;
 Pistolas de ar comprimido;
 Tecido de material absorvível de cor clara.

3.6 Armazenagem
 Etiquetas adesivas de identificação;
 Pinçel Permanente;
 Campo operatório 50 x 50 cm.

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4. ÂMBITO DE APLICAÇÃO
 Nas áreas que compõe a CME do HC- UFTM.
 A CME é composta por áreas separadas por barreira física, conforme as funções
desempenhadas, cujo fluxo deve ser unidirecional:
 Área suja: destinada ao recebimento e separação dos materiais sujos advindos dos setores
de assistência. Local onde é realizado o processo de limpeza, desinfecção e secagem dos
instrumentais. Deve ser de acesso restrito ao fluxo de pessoas e os profissionais da saúde deverão
trabalhar paramentados com gorro, máscara, luva de borracha cano longo, avental de brim manga
longa, avental impermeável, óculos de proteção e sapato fechado.
 Área limpa: local destinado aos processos de separação dos instrumentais, conferência da
limpeza, funcionalidade e integridade dos artigos. Assim como empacotamento, selagem das
embalagens e esterilização. Local de acesso restrito ao fluxo de pessoas e os profissionais deverão
trabalhar paramentados com gorro, avental, luva de procedimento e sapato fechado.
 Área de guarda e distribuição de artigos esterilizados: local destinado à guarda dos
instrumentais esterilizados e dispensação dos mesmos, com fluxo restrito de pessoas e à lavagem
das mãos, realizada rigorosamente, para manipulação dos materiais esterilizados.

5. DESCRIÇÃO DOS PROCEDIMENTOS

5.1 Limpeza
Quem realiza: Auxiliar de enfermagem/Técnico de enfermagem/Auxiliar de saúde
Responsável: Enfermeiro
Indicação: Imediatamente após o uso do artigo; caso não seja possível, colocar o material
totalmente submerso em água potável.
Material: detergente enzimático, detergente neutro, escovas de limpeza e equipamentos
Recomendações para limpeza:
 Utilizar Equipamentos de Proteção Individual (EPIs) adequados: luva de borracha,
preferencialmente cano longo, avental de brim manga longa, avental impermeável, gorro,
máscara e óculos de proteção, sapato fechado;
 Identificar os produtos para saúde específicos dos ambulatórios com o nome, quantidade e
setor do ambulatório;
 Verificar a presença das caixas nomeadas como prioritárias e iniciar a limpeza por estas
caixas;
 Verificar o modo de diluição, o prazo de validade após a diluição, o tempo de imersão e o
método de utilização do produto, conforme recomendações do fabricante;
 Realizar o monitoramento diário dos equipamentos de termodesinfecção e lavadoras
ultrassônicas; 
 Em todo o instrumental ortopédico deve ser realizada a limpeza manual, complementada
por limpeza mecânica (ultrassom) em ciclo específico.

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Limpeza manual
 Motores pneumáticos elétricos e cabos:
 Paramentar com os EPIs para a área;
 Verificar a presença de todas as peças do motor (chaves de travamento de brocas e serrilhas,
mandril de brocas, tampas de motor);
 Comunicar ao enfermeiro do turno do CME, a falta de algumas das peças;
 Realizar a limpeza, conforme a rotina padronizada de cada modelo de motor;
 Encaminhar para a área de preparo.
 Instrumental cirúrgico:
 Paramentar com os EPIs para a área;
 Verificar se há caixas nomeadas como prioritárias e iniciar o processo por elas;
 Abrir todos os instrumentais e desmontar os de conformação complexa que impeça o
contato do detergente enzimático em toda a superfície;
 Submergir os artigos, como bacias de banho e frascos de aspiração do Centro Cirúrgico, em
solução de detergente enzimático;
 Desmontar as peças, sempre que possível, para realizar a limpeza;
 Lavar peça por peça com escova apropriada, friccionando delicadamente o artigo, dentro de
uma solução de detergente para evitar a formação de aerossóis com micro-organismos; 
 Os instrumentais Backaus devem ser abertos, limpos com cuidado, enxaguados e fechados;
 Realizar o enxágue;
 Verificar a presença de sujidades e repetir a limpeza na presença de sujidades;
 Encaminhar para a área de preparo.
 Aparelho endoscópico flexível:
 Paramentar com os EPIs para a área;
 Verificar no momento da recepção a presença de todas as peças avulsas do equipamento
(tampa da entrada de vídeo, tampa do canal de biopsia, válvulas do canal de água e tampa do
canal de ar). Na ausência dessas peças cobrar do profissional responsável pelo transporte e
enfermeiro do turno do CME;
 Realizar a limpeza conforme a rotina padronizada.

Limpeza mecânica
 Paramentar com as EPIs para a área;
 Posicionar os instrumentais abertos nos cestos por caixa e jatear com as pistolas de agua
pressurizadas e instrumental, principalmente o lúmen dos instrumentais canulados;
 Colocar os cestos nas lavadoras ultrassônicas e programar o ciclo conforme o instrumental;
 Retirar os cestos das lavadoras e complementar o enxágue com jatos de água pressurizada
todo o instrumental;
 Encaminhar para a área de preparo e acondicionamento

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Limpeza de produtos para saúde contaminado por Príons


 Paramentar com os EPIs para a área;
 Calçar luvas duplas e posicionar os instrumentais abertos nos cestos;
 Lavar os instrumentais canulados com jatos de água com o instrumental submerso para
evitar a formação de aerossóis com Príons;
 Posicionar na Termodesinfectadora e programar o instrumental par ciclo de Príons e
comunicar ao enfermeiro;
 Trocar de EPI ao término do carregamento e descartar avental, luvas.

5.2 Preparo e empacotamento


Esta fase consiste na secagem, preparo e acondicionamento dos materiais, de acordo com o
processamento escolhido, em invólucro compatível com o processo e o material. Tem como
objetivo manter a esterilidade do artigo, a vida útil, condição para transporte e o armazenamento
até sua utilização, favorecendo transferência asséptica, sem risco de contaminação.
Quem realiza: Auxiliar de enfermagem/técnico de enfermagem Auxiliar de saúde.
Responsável: Enfermeiro.
Indicação: Todos os artigos que passam processo de desinfecção e esterilização.

EMBALAGENS POR TIPO DE ESTERILIZAÇÃO/DESINFECÇÃO


TIPO DE ESTERILIZAÇÃO/DESINFECÇÃO TIPOS DE EMBALAGEM
Esterilização a vapor Tecido de Algodão
Papel grau cirúrgico
Mantas de SMS
Campos duplos de tecido de algodão
Esterilização de baixa temperatura Mantas de SMS
TYVEK
Desinfecção Papel Grau Cirúrgico

Recomendações para preparo e empacotamento dos artigos:


 Realizar higienização das mãos antes de iniciar o procedimento;
 Utilizar EPI – luva de procedimento não estéril, avental, gorro e sapato fechado;
 Verificar a presença das caixas nomeadas como prioritárias e iniciar o preparo por elas;
 Utilizar a pasta com a listagem dos materiais/ou os arquivos digitais a serem colocados em
cada pacote;
 Separar e conferir peça por peça, estado de conservação para detectar se há sujidade,
ferrugem, trincas, manchas e outros defeitos;
 Selecionar a embalagem de acordo com o processo em que será submetido o produto para
a saúde;
 Arrumar os instrumentais com as peças mais leves e menores sobre os maiores e mais
pesados;
 Pinças curvas com a curvatura voltada para a tampa da caixa ou parte plastificada do papel
grau cirúrgico;
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 Cubas com a abertura voltadas para parte de papel;


 Cabos dos instrumentais voltados para a abertura de selamento do papel grau cirúrgico;
 Avaliar a necessidade de utilização de embalagem dupla (materiais pesados ou pontiagudos);
 Materiais perfurocortantes e com pontas delicadas deverão receber capa de proteção em
suas extremidades;
 Realizar o ajuste das embalagens duplas, verificando se elas não apresentam dobras internas
e se estão acomodadas às partes externas;
 Selar a embalagem de PGC –deixar 3cm de borda;
 Embalar os pacotes ou caixas utilizando a manta de SMS ou campos tecidos duplo de algodão
utilizando a técnica de envelope;
 Fixar os pacotes envoltos em mantas de SMS e campos de tecido duplo com auxílio de fita
adesiva crepe e fita de autoclave;
 Identificar o material com etiqueta contendo nome da peça e/ou conjunto, número de
peças, data e nome do responsável pela limpeza, data e nome do responsável pelo preparo;
 Encaminhar para esterilização.

5.3 Esterilização
Esterilização, manutenção da esterilidade e redução do número de micro-organismos ao nível
seguro em que as formas sobreviventes ao processo de esterilização sejam incapazes de
desenvolvimento durante a conservação e a utilização de um produto.
Quem realiza: Auxiliar de enfermagem /técnico de enfermagem/ Auxiliar de saúde.
Responsável: Enfermeiro.
Indicação: Indicada para esterilização de artigos críticos termo resistentes e termo sensíveis.
Tipos de equipamentos esterilizadores existentes na instituição:
 Plasma de Peróxido de Hidrogênio com temperatura de 52°C e ciclos de 52 mim e 1h20min;
 Pré-vácuo pulsátil com ciclos de temperaturas de 121°C e 135°C.

Recomendações para esterilização:


 Não esterilizar materiais têxteis e caixas de instrumentais na mesma carga. Caso isso não seja
possível, os materiais têxteis deverão ser colocados na parte superior e os instrumentais na
inferior;
 Dispor os pacotes de modo vertical para facilitar a entrada e a circulação do vapor, permitindo
a exposição do agente esterilizante à temperatura e ao tempo previsto, bem como a eliminação
do ar. Essa disposição correta na autoclave evita a ineficiência da secagem da carga;
 A carga na autoclave deve ser distribuída de uma maneira uniforme e não deve tocar as
paredes internas;
 Se possível, utilizar cestos aramados para a colocação de pacotes;
 Os pacotes com grau cirúrgico devem ser posicionados para que o lado do filme esteja em
contato com o lado filme do outro pacote. Da mesma forma as superfícies de papel devem estar
em contato entre si. Isso evita a absorção no papel da água condensada no lado plástico;

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 As caixas com tampa não perduradas devem estar destampadas para facilitar a penetração
do vapor e envoltas em mantas de SMS/campos de tecido/PGC;
 Utilizar no máximo 80% da capacidade da câmara do equipamento;
 Seguir as normas de funcionamento do equipamento;
 Realizar anotações de todos os parâmetros durante o ciclo no arquivo digital disponibilizado;
 Os pacotes, após um ciclo completo de esterilização, devem ser resfriados naturalmente,
antes do manuseio, para reduzir o risco de obtenção de pacote molhado;
 Não colocar os pacotes sobre superfícies frias após a esterilização para que não haja
condensação;
 Desligar o equipamento para a limpeza semanal da câmara interna com água e sabão,
conforme a rotina estabelecida, e registrar a realização da rotina.

Atividades do operador de autoclave a vapor:


 Realizar higienização das mãos antes de iniciar o procedimento;
 Verificar o estoque de material nos arsenais 1 (do CME) e arsenal 2 (centro cirúrgico);
 Verificar a presença de caixas prioritárias prontas para esterilizar;
 Ler nas planilhas as numerações dos últimos ciclos e carga (lotes) por equipamento e anotar
em rascunho;
 Etiquetar os pacotes com o número do lote ao carregar no rack das autoclaves e confirmar
se todos os pacotes foram etiquetados;
 Posicionar os pacotes, conforme recomendação descrita acima;
 Registrar em um rascunho a descrição da carga, número do ciclo e carga (lote);
 Programar o equipamento, conforme o fabricante;
 Registrar no formulário digital os dados do ciclo (parâmetros atingidos, descrição da carga,
número do ciclo e carga);
 Aguardar o tempo de autoclave aberta conforme a carga (40 min para material comum e 1
hora para material ortopédico);
 Retirar os pacotes do rack e carregar a monta carga;
 Registrar os pacotes enviados para o Centro Cirúrgico no impresso próprio.

Atividades do operador de autoclave de plasma peróxido de hidrogênio:


 Realizar higienização das mãos antes de iniciar o procedimento;
 Verificar a presença de caixas prioritárias prontas para esterilizar;
 Preparar os artigos compatíveis para esterilização de plasma peróxido de hidrogênio;
 Identificar com caneta ou pincel os nomes dos conjuntos;
 Ler nas planilhas as numerações dos últimos ciclos e carga (lotes) por equipamento e anotar
em rascunho;
 Fazer um rascunho com os nomes dos conjuntos, número de peças para registro no
formulário digital;
 Carregar o equipamento posicionando os pacotes, conforme recomendação descrita acima;

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 Realizar o registro da carga nos formulários digitais;


 Descarregar o equipamento com as mãos enluvadas;
 Realizar a identificação dos pacotes com etiquetas contendo nome da peça e/ou conjunto,
número de peças, data e nome do responsável pela limpeza, data e nome do responsável pelo
preparo, número da carga e nome do equipamento;
 Encaminhar para as áreas de armazenamento (arsenal 2) e armazenar os produtos
pertencentes ao arsenal 1;
 Realizar o registro dos materiais encaminhados para o arsenal 2.

5.4 Desinfecção de alto nível


Processo que elimina micro-organismos presentes em superfícies e artigos, porém com menor
poder letal que a esterilização, pois não destrói todas as formas de vida microbiana,
principalmente esporos. A desinfecção leva em consideração o espectro de ação e de acordo com
RUTALA, 2000, pode ser classificada em:
 Alto nível: elimina todos os micro-organismos em forma vegetativa alguns esporos,
Mycobacterium tuberculoses, enterovírus, maioria das bactérias vegetativas, fungos e vírus
pouco resistentes. Produto utilizado: glutaraldeído 2%;
 Nível intermediário: elimina bactérias vegetativas, bacilo da tuberculose, fungos, vírus
lipídicos e alguns não lipídicos, mas não elimina as bactérias esporuladas. Produto: álcool 70%;
 Baixo nível: elimina a maioria das bactérias vegetativas, alguns vírus fungos. O processo não
é indicado para micro-organismos resistentes como o bacilo da tuberculose ou os esporos
bacterianos. Produto: quaternário de amônia.
Quem realiza: Auxiliar de enfermagem/Técnico de enfermagem/Auxiliar de saúde.
Responsável: Enfermeiro.
Indicação: Artigos semicríticos, ou seja, aqueles que entram em contato com membrana mucosa
ou pele não íntegra, exemplo: inaladores, artigos de fisioterapia respiratória.

Recomendações para uso das desinfetantes:


 Certificar-se de que o desinfetante é compatível com o artigo a ser processado;
 Preparar a solução, de acordo com o rótulo do fabricante; 
 O uso de EPI é obrigatório na manipulação do agente desinfetante, nas trocas da solução
(máscara, óculos, avental impermeável e luvas de borracha); 
 O equipamento (REPROCESSADORA DE ENDOSCÓPIO) deve ser programado com a data de
ativação do desinfetante utilizado;
 A concentração do agente desinfetante deve ser monitorada a cada ciclo e o resultado
registrado;
 Trocar a solução do desinfetante se o monitor acusar baixa concentração;
 Antes de dar o comando de abertura da porta de descarga do equipamento
Termodesinfectadora, observar se há algum produto mal posicionado que irá impedir a abertura
da porta; se houver, solicitar que a equipe abra a porta de carregamento, reposicione o produto
e repita o ciclo;
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 Os materiais após desinfecção devem ser embalados em PGC para serem guardados, a fim
de protegê-los de recontaminação.

Termodesinfecção:
 Realizar higienização das mãos antes de iniciar o procedimento;
 Calçar as luvas de procedimento;
 Retirar os produtos para a saúde do rack;
 Verificar a presença de sujidade (devolver para a área de limpeza a carga com sujidade);
 Acondicionar os nos cestos os produtos para a saúde e colocar na secadora de traqueia;
 Posicionar os chicotes, traqueias e bolsa de reanimador pulmonar (Ambu) nos suportes da
secadora;
 Programar o equipamento para secagem;
 Realizar a limpeza da bancada e aplicar álcool a 70% por três vezes, cobrir a bancada com
tecido estéril ou campo esterilizado;
 Retirar os produtos para a saúde da secadora e apoiar no tecido;
 Complementar a secagem com jatos de ar comprimido;
 Montar os produtos de assistência ventilatória;
 Embalar os produtos em PGC;
 Identificar com etiqueta adesiva contendo: nome da peça e/ou conjunto, número de peças,
data e nome do responsável pela limpeza, data e nome do responsável pelo preparo, número da
carga e nome do equipamento.
 Armazenar no arsenal 1 no local destinado para cada artigo.

Desinfetadora reprocessadora de endoscópio:


 Realizar higienização das mãos antes de iniciar o procedimento;
 Calçar as luvas de procedimento;
 Cobrir a bancada com tecido limpo, apoiar o aparelho endoscópico flexível;
 Aplicar jatos de ar comprimido nos canais do aparelho endoscópico flexível e verificar a
presença de sujidades; confirmada a presença de sujidade retornar o aparelho para nova
limpeza;
 Medir a concentração da solução desinfetante no reservatório da reprocessadora;
 Posicionar o aparelho na reprocessadora de endoscópio e conectar as entradas de canais;
 Ligar a reprocessadora de endoscópio;
 Realizar a secagem e acondicionamento do aparelho endoscópico flexível, conforme a rotina
padronizada;
 Encaminhar e armazenar no arsenal 1 no local destinado para o aparelho.

5.5 Monitoramento dos processos de limpeza, desinfecção e esterilização


O controle dos processos se dá através do monitoramento mecânico e físico dos equipamentos
e soluções por testes de monitoramento químico e biológico.
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Responsável: Enfermeiro do turno.


Indicação: Nos ciclos de esterilização, desinfecção, termodesinfecção e primeiro ciclo de limpeza
nas lavadoras ultrassônicas.
Tipos de monitoramento:
O monitoramento deve ser realizado, conforme rotina padronizada para cada monitor, e os tipos
de monitoramento por processos são:

 Limpeza mecânica (para avaliar o efeito de ultrassom das lavadoras):


 Realizar no primeiro ciclo do dia por equipamento;
 Desativar o equipamento cujo monitor que acusar mau funcionamento e acionar a
manutenção pela engenharia clinica no portal de serviços;
 Realizar o registro em impresso próprio.

 Limpeza manual (para avaliar o grau de sujidade não visível):


 Padronizado para os instrumentais de cirurgia ortopédica, cardíaca e neurológica;
 Aplicar o swabs nos instrumentais padronizados e realizar a leitura conforme orientação do
fabricante;
 Retornar para a limpeza o conjunto de instrumental cujo resultado que acuse a limpeza
imprópria;
 Repetir o processo após a limpeza;
 Registrar o resultado no impresso próprio.

 Termodesinfecção:
 Posicionar o monitor no suporte e fixar no rack do equipamento;
 Realizar a leitura do monitor e registrar o resultado;
 Desativar o equipamento cujo monitor que acusar mau funcionamento e acionar a
manutenção pela engenharia clinica no portal de serviços.

 Desinfecção química na forma líquida:


 Aplicar o monitor de concentração na solução desinfetante;
 Aguardar o tempo de leitura conforme orientação do fabricante;
 Registrar o resultado em impresso próprio;
 Realizar a troca da solução desinfetante cujo monitor acusar baixa concentração.

 Esterilização a vapor saturado sob pressão:


 Monitoramento mecânico das bombas de vácuo através dos testes de Bowie & Dick deverão
ser realizados:
o Diariamente após pausa superior a 6 horas;
o Após realização de manutenção;
Os equipamentos devem ser desativados sempre que o houver falha no teste de bomba de vácuo
e a manutenção deve ser acionada pela engenharia clinica pelo portal de serviços.

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 Monitoramento físico:
o Deverá ser feito registro do tempo, temperatura e pressão durante todo o ciclo de
esterilização, em impresso próprio, pelo responsável pela esterilização, com especial atenção à
fase de esterilização propriamente dita;
o Cancelar o ciclo e reprocessar em outro equipamento todos os produtos presentes em
cargas cujos parâmetros não foram atingidos.
o Desativar o equipamento e acionar a manutenção do equipamento pela engenharia clinica
pelo portal de serviços.
 Monitoramento químico:
o Fitas de autoclave: indicador químico classe 1 (de processo), impregnadas de tintas
termocrômicas (substância que sofre reação em mudança de ambiente térmico) que têm o
objetivo de identificar e diferenciar os produtos para a saúde que foram processados e os que
não foram. Estão presentes nas bordas do papel grau cirúrgico.
o Os responsáveis deverão conferir a viragem deste integrador na retirada do material da
autoclave e na distribuição dos mesmos aos setores da unidade. Toda a equipe da unidade deve
ser treinada a conferir esse indicador antes de utilizar o material. Caso esse indicador não esteja
presente no pacote ou não apresentou a viragem, o produto deve ter sua embalagem trocada e
o material ser processado em outro equipamento.
o Avaliar os demais produtos que compõem a mesma carga para constatar se é falha do
indicador classe 1 ou do equipamento.
 Monitoramento biológico:
o É o realizado por meio de indicadores biológicos contendo uma população de 105 a 106 de
micro-organismos esporulados, resistentes ao agente esterilizante;
o A recomendação é que seja realizado diariamente em cada equipamento de esterilização e
em todos os ciclos com artigos implantáveis (ortopedia). Sendo a leitura realizada 3 horas após a
incubação, só após a análise destes monitoramentos, as cargas serão liberadas.
o Desativar o equipamento e acionar a manutenção do equipamento pela engenharia clinica
pelo portal de serviços do HC-UFTM, disponível em todos os computadores.

As cargas não devem ser liberadas quando:


 Houver alteração nos parâmetros físicos (tempo, temperatura e pressão);
 Os indicadores químicos presentes no papel grau cirúrgico sugerem que os materiais não
foram expostos à esterilização;
 Indicador biológico der resultado positivo.
Observação: se a carga for liberada antes dos resultados do indicador biológico e,
posteriormente, esse indicar falha no processo, todos os materiais, desde a última carga, deverão
ser recolhidos e considerados não estéreis, além da obrigatoriedade de notificação à Comissão
de Controle de Infecção Hospitalar (CCIH), para acompanhamento de surtos de infecção.
Os resultados devem ser arquivados por 5 anos e com ciência do enfermeiro.

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5.6 Rastreabilidade de artigos processados da CME


Finalidade: Rastrear os processos em que foram submetidos os artigos nos casos de suspeita de
origem de infecção e falhas de processo.
Quem realiza: Enfermeiro, técnico/auxiliar de enfermagem e auxiliar administrativo.
Responsável: Enfermeiro.
Indicação: Em casos de surtos de infecção e detecção tardia de falha de processos nos
equipamentos.
Ações do técnico ou auxiliar de enfermagem:
 Comunicar ao enfermeiro falhas no ciclo das autoclaves, lavadoras ultrassônicas e
termodesinfetadoras;
 Suspender as atividades do equipamento até a realização da manutenção e liberação pelo
enfermeiro;
 Realizar os testes solicitados pelo enfermeiro, registrar os resultados e comunicar os
enfermeiros;
 Recolher no arsenal/distribuição e enfermarias os artigos submetidos nos ciclos com falha.
Ações do enfermeiro:
 Nos casos de surtos de infecção:
 Localizar no prontuário, a ficha de evolução com as etiquetas de registro de esterilização dos
artigos utilizados no processo;
 Levantar nas pastas de registro de ciclos das autoclaves, teste biológico e mapa de controle
do setor de lavação existente dentro do CME;
 Levantar na pasta de resultado de culturas, as culturas das saídas de água da área de expurgo
(lavação); cultura dos instrumentais, realizada no período de processamentos dos artigos
utilizados nos casos;
 Identificar as falhas observadas e as correções realizadas de forma documentada;
 Montar um documento com as cópias dos impressos referentes aos casos e encaminhar à
CCIH.
 Nos casos de falhas de Processo:
 Localizar os artigos processados cujo ciclo que apresentou falha, baseado no impresso do
ciclo do equipamento;
 Acionar a manutenção do equipamento no Setor de Engenharia Clínica pelo portal de
serviços;
 Notificar a CCIH os casos de clientes em que não foi possível o recolhimento do artigo;
 Arquivar cópia do documento emitido para a CCIH e o registro da manutenção do
equipamento (cópia);
Ações gerais:
 Auxiliar o enfermeiro na localização dos impressos;
 Encaminhar os documentos protocolados.

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4. REFERÊNCIAS
 BRASIL. Ministério da Saúde. Orientações gerais para central de esterilização. Brasília, 2001.
 BRASIL. Ministério da Saúde. Agência Nacional de Vigilância Sanitária. RE n.º 2.605, de 11 de
agosto de 2006. Estabelece a lista de produtos médicos enquadrados como de uso único proibidos
de ser reprocessados.
 BRASIL. Ministério da Saúde. Agência Nacional de Vigilância Sanitária. RE Nº 15, de 15 de
março de 2012. Dispõe sobre requisitos de boas práticas para o processamento de produtos para
saúde e dá outras providências.
 BRASIL. Ministério da Saúde. Agência Nacional de Vigilância Sanitária. RE n.º 2.606, de 11 de
agosto de 2006. Estabelece parâmetros que orientem a elaboração, validação e implantação de
protocolos de reprocessamento de produtos médicos por serviços de saúde e empresas
reprocessadoras com objetivo de garantir a segurança e eficácia dos produtos.
 BRASIL. Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo. Nota Técnica: Orientações para o
reprocessamento de artigos utilizados em cirurgias endoscópicas. São Paulo, dezembro de 2007.
 BRASIL. SOBEEG, Manual de Limpeza e Desinfecção de Aparelhos Endoscópicos.
 City Wide Infection Control Team Leeds North East PCT. Guidelines for the Local
Decontamination of Reusable Medical Equipament. 2005.
 Sociedade Brasileira de Enfermeiros do Centro Cirúrgico, Recuperação Anestésica e Centro
de Material de Esterilização. Práticas Recomendadas –SOBECC. São Paulo 2013.

5. HISTÓRICO DE ELABORAÇÃO/REVISÃO
VERSÃO DATA DESCRIÇÃO DA AÇÃO/ALTERAÇÃO
1 22/05/2007 Alteração para inclusão do processo de esterilização de baixa temperatura. no
modelo padronizado pela Ebserh
2 07/10/2012 Alteração para inclusão de medidas determinadas pela RDC/Anvisa 15/2012
3 2018 Inserção dos monitores de limpeza e termodesinfecção
4 29/01/2021 Alteração para o modelo de Rotina Operacional Padrão (ROP), padrão Ebserh

Revisão e atualização– versão 4 Data: 29/01/2021


Janaína Jussara Souza, responsável técnica da CME

Registro, análise e revisão Data: 12/02/2021


Ana Paula Corrêa Gomes, chefe da Unidade de Planejamento

Validação Data: 29/01/2021


Ana Claudia de Moraes Faquim, chefe da Unidade de Bloco Cirúrgico/CME/RPA (UBC)
Rodrigo Juliano Mollina, chefe do Setor de Vigilância em Saúde e Segurança do Pacientes substituto Data: 25/02/2021

Aprovação Data: 01/03/2021


Marina Casteli Rodrigues Monteiro, chefe da Divisão de Apoio Diagnóstico e Terapêutico

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