Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
o
l
ô
n
i
a
s
d
e
R
h
o
d
o
t
o
r
u
l
a
s
p
.
;
P
e
n
i
INSTRUÇÕES DE COMPORTAMENTO NO LABORATÓRIO
Práticas Extras
Estima-se que nosso planeta hospede uma ordem de 1030 células microbianas –
número esse, maior do que o de estrelas no universo observável – distribuídas em
aproximadamente 1 trilhão de espécies (1012). Apesar da sua importância clínica, sabe-se
que menos de 1 % dessa diversidade microbiana tem reconhecido potencial patogênico
em humanos, e hoje, passa-se a entender que essa enorme diversidade tem papel
fundamental para a manutenção do nosso estado saudável e na estabilidade de todos os
ecossistemas.
Durante as aulas práticas do curso de Microbiologia Geral utilizaremos técnicas
microbiológicas clássicas de isolamento, conservação e caracterização de
microrganismos que são aplicadas em diversas pesquisas, na indústria bioquímica, de
alimentos, na agricultura, na biotecnologia, entre outras áreas. Esses microrganismos
apresentam distribuição ampla, podendo ser encontrados em quaisquer ambientes,
superfícies ou mesmo em suspensão.
Um laboratório de microbiologia apresenta alguns equipamentos e vidrarias
comuns a outros laboratórios, como os de química ou de análises clínicas. No entanto,
algumas vidrarias são exclusivas para uso na área de microbiologia. Basicamente, um
laboratório deve possuir autoclave, microscópio, câmara de segurança biológica (câmara
de fluxo laminar), estufas de secagem e bacteriológica, BOD, refrigeradores e balanças
analíticas.
Nesta primeira aula, conheceremos as normas básicas, materiais e equipamentos
rotineiramente utilizados em um Laboratório de Microbiologia. Também, teremos a
oportunidade de verificar a presença de microrganismos no ambiente, justificando as
normas propostas.
Objetivos
1- Reconhecer materiais, equipamentos e normas do Laboratório de Microbiologia.
2- Averiguar a presença de microrganismos no ambiente.
1
Abaixo, a descrição dos principais EQUIPAMENTOS:
Autoclave - câmara de vapor com parede dupla, equipada com dispositivos que permitem
o enchimento da câmara com vapor saturado e sua manutenção em determinadas
temperatura e pressão por quaisquer períodos de tempo. A autoclave é um equipamento
indispensável ao laboratório de microbiologia na esterilização de meios de cultura, água,
suspensões e descarte de material contaminado.
Microscópio óptico - utilizado em observação de imagem ampliada até mil vezes por
meio de dois conjuntos de lentes: as objetivas, que ficam próximas do objeto e ampliam
a imagem real; e as oculares, próximas do olho do observador, que ampliam a imagem
novamente. É constituído por duas partes – uma parte mecânica e uma parte óptica. Cada
parte engloba uma série de componentes constituintes do microscópio. A parte mecânica
serve para dar estabilidade e suportar a parte óptica. É constituída por base ou pé,
parafusos macro e micrométricos, haste ou braço, mesa ou platina, charriot, presilha,
tambor ou revólver das objetivas e canhão. A parte óptica é constituída por fonte de
iluminação, lente condensadora ou condensador, botão do condensador, diafragma e pelas
lentes oculares e objetivas – o conjunto de lentes que permitem a ampliação do objeto. A
ampliação dada ao microscópio é igual ao produto da ampliação da objetiva pela
ampliação da ocular. Visto que esses componentes são de alta precisão e alto custo, o
microscópio requer cuidados especiais de transporte, utilização e manutenção.
2
Balança analítica: usada para se obter massas de sólidos e líquidos com alta exatidão.
Bico de Bunsen: é um bico de gás, alimentado por um tubo de borracha, fixado em uma
base metálica com entrada de ar, cuja chama é utilizada para técnicas de flambagem e
esterilização de materiais contaminados.
3
Os principais MATERIAIS e VIDRARIAS são:
Erlenmeyer (1), proveta (2), béquer (3), placas de Petri (4), tubos de ensaio (cultura) (5),
lâminas e lamínulas (6), alça de Drigaslky (7), pipeta de transferência (8), câmara de
Neubauer (9) alça de inoculação (ou de platina) (10), pipetas automáticas (11), pisseta
(12).
1) 2) 3) 4)
5) 6) 7) 8)
4
Procedimentos
- Averiguação da presença de microrganismos no ambiente:
1- Abrir uma placa de Petri, contendo o meio de cultura estéril, próximo à chama do Bico
de Bunsen, por 60 segundos e posteriormente, incubar à 25 ℃, por uma semana (até a
próxima aula). Mantenha uma placa estéril como Controle.
5
Resultados
Após o período de incubação, anotar a presença ou ausência de microrganismos nas
diversas condições, identificando os diferentes morfotipos encontrados.
6
Exercícios
1- Qual é a utilidade do Bico de Bunsen no Laboratório de Microbiologia?
4- Com base nos resultados, o que aconteceu com os Controles? Explique os resultados
dos Ensaios.
7
Prática 2 – Meios de cultura: utilização, preparo e esterilização
2. Meios quimicamente definidos: são os meios nos quais a composição exata de cada
nutriente ou elemento químico é conhecido (Ex: Tabela 1). Adicionar ou retirar um
determinado elemento do meio permite conhecer se aquele constituinte em particular é
essencial para o crescimento de determinado microrganismo (fator de crescimento).
9
3. Meios Especiais: são meios formulados com objetivos específicos, utilizados
principalmente nos trabalhos de isolamento e identificação de microrganismos. Podem
ser:
3.1. Meios seletivos: são designados para o aumento do crescimento de um determinado
microrganismo ou grupo de microrganismos em detrimento de outros. Alguns meios
seletivos possuem corantes na sua composição (ex. verde brilhante), feniletanol e
antibióticos, que inibem determinados grupos de microrganismos. Para o isolamento de
bactérias, pode-se utilizar meio apropriado para o crescimento de bactérias e contendo
também antibiótico contra fungos e vice-versa. Para o isolamento de fungos, pode-se
utilizar também meio cuja composição seja desfavorável para bactérias, em função de pH
e concentração de açúcares, como é o caso do meio Sabouraud para o crescimento de
fungos (Tabela 2).
3.2. Meios Diferenciais: são utilizados para diferenciar microrganismos entre vários tipos
em uma mesma placa. Muito utilizados para determinar qualidade de água e de alimentos
em geral.
Existem meios que são diferenciais/seletivos, porque, além de permitir a
diferenciação entre diferentes grupos ou espécies, permitem a contagem de um grupo em
detrimento de outro. Estes podem distinguir entre grupos de organismos
morfologicamente e bioquimicamente relacionados, pois incorporam componentes
químicos que, seguindo inoculação e incubação, produzem mudança característica na
aparência do crescimento da colônia bacteriana e/ou no meio de cultura ao redor das
10
colônias, o que permite a diferenciação. Os meios de cultura a seguir são representativos
desses dois tipos
I. Ágar Sal Manitol: Este meio de cultura contém alta concentração de sal, 7,5 % NaCl,
que é inibitório ao crescimento da maioria das bactérias, mas não para estafilococos. O
meio de cultura também realiza função diferencial: contém o carboidrato manitol, que
alguns estafilococos são capazes de fermentar e vermelho de fenol (phenolred), que é um
indicador de pH para detectar ácido produzido pela fermentação do manitol. Colônias de
estafilococos exibem um halo amarelo ao redor da colônia; estafilococos que não
fermentam manitol não produzirão mudança na coloração.
II. Ágar Sangue: O sangue que é incorporado neste meio de cultura é um ingrediente de
enriquecimento para o cultivo de organismos exigentes como o Streptococcus spp. O
sangue também permite a demonstração de propriedades hemolíticas de alguns
microrganismos, particularmente estafilococos.
IV. Ágar EMB (Eosyn Methylene Blue Agar, Levine): a presença de lactose e os corantes
eosina e azul de metileno permitem diferenciação entre fermentadores e não
fermentadores de lactose. As colônias de E. coli apresentam coloração azul-preta com
brilho metálico esverdeado causado pela grande quantidade de ácido. Outra bactéria
coliforme, como a Enterobacter aerogenes, produz colônias espessas, mucoides e rosas
neste meio de cultura. Bactérias entéricas que não fermentam lactose produzem colônias
11
sem cor, que, devido à sua transparência, parecem adquirir a coloração roxa do meio de
cultura. Esse meio de cultura é também parcialmente inibitório ao crescimento de
organismos Gram-positivos e, portanto, o crescimento de gram-negativos é mais
abundante.
V. Ágar PEA (Phenyl ethyl alcohol agar): Esse meio de cultura é usado para o isolamento
da maioria de cocos Gram-positivos. O álcool fenil etílico inibe parcialmente bactérias
Gram-negativas, as quais podem formar colônias visíveis, cujos tamanho e número são
muito menores que em outros meios de cultura.
12
pressão de 1 atm acima da pressão atmosférica, atingindo uma temperatura de 121
ºC. No laboratório de microbiologia é usual sujeitar o material a ser esterilizado a
121ºC durante 15 minutos, de modo a assegurar a morte de todas as formas de
vida bacterianas, incluindo dos endósporos bacterianos, que são mais resistentes
ao calor do que as células vegetativas. Contudo, o tempo necessário para se
esterilizar convenientemente os materiais a esta temperatura depende da natureza
do material a esterilizar e/ou do seu volume. O calor úmido sob pressão é utilizado
na esterilização de meios de cultura que não contenham componentes termolábeis,
bem como na esterilização de materiais de laboratório utilizados nos estudos de
microbiologia.
Objetivos
1- Preparar os meios de cultura: caldo nutriente e ágar nutriente ou outro sugerido pelo
professor;
2- Executar esterilização em autoclave (calor úmido) dos meios de cultura;
3- Observação de placas com diferentes meios e culturas crescidas.
Materiais
Reagentes: Na2HPO4, NaCl, extrato de carne, peptona, água destilada.
Equipamentos e utensílios: espátulas, vidrarias (pipetas, provetas, béqueres, bastão de
vidro, frascos Erlenmeyer), tampões de algodão, autoclave.
Procedimento
Preparo de meios de cultura: caldo/ágar nutriente.
1- Pesar isoladamente nos béqueres os componentes do meio de cultura para o volume
final de 100mL de caldo nutriente;
2- Dissolva cada componente em béquer, adicionando um pequeno volume de água
destilada e agitando com bastão de vidro;
3- Transfira cada componente dissolvido para um frasco Erlenmeyer, misturando os
componentes;
4- Complete o volume com água destilada para 100mL, fazendo uso de uma proveta;
5- Para preparar o ágar nutriente adicione a um frasco Erlenmeyer contendo 50 mL do
Caldo Nutriente, 0.75 g de ágar (1,5 %).
13
Importante!
1º) O ágar não dissolve a temperatura ambiente e precisa ser fundido a 80-100 %;
2º) Nunca ocupar mais que 1/3 do volume do frasco; 3º) os meios precisam ser
esterilizados antes do uso.
Composição Quantidade
Na2HPO4 0,2 g
NaCl 0,3 g
Extrato de Carne 0,3 g
Peptona 0,5 g
Ágar 1,5 g
Água destilada 100 mL
Composição Quantidade
Caldo de Batata 50 mL
Dextrose 2g
Ágar 1,5 g
Água destilada 100 mL
14
Exercícios
1- Cite as funções dos componentes dos meios de cultura Ágar Nutriente que você
preparou.
3- Por que, algumas vezes, a esterilização de meios de cultura por calor sob pressão, em
autoclave, não é adequada? Qual seria a alternativa sugerida nesses casos?
15
Prática 3 – Observação microscópica de protistas e algas
Objetivos
1- Manusear adequadamente em microscópio óptico;
2- Distinguir, morfologicamente protistas e algas (ATENÇÃO: células clorofiladas
podem ser cianobactérias ou protistas clorofilados);
3- Preparar lâminas a fresco;
4- Observar lâminas permanentes de Oomicetos.
16
Materiais
Microrganismos: Amostras de água estagnada, suspensão de solo ou amostras de líquido
ruminal. Lâminas permanentes de Oomicetos.
Meios e Soluções: Solução de azul de metileno.
Equipamentos e utensílios: Microscópio ótico, lâminas, lamínulas e pipetas Pasteur,
alça de platina.
Procedimento
1- Protistas e algas- Colocar uma gota da suspensão utilizando uma pipeta Pasteur em
uma lâmina.
2- Encostando uma das bordas da lamínula na gota, deixe-a descer suavemente para evitar
a formação de bolhas de ar entre a lâmina e a lamínula.
3- Manuseie corretamente o microscópio ótico.
17
Resultados
Observe as diferenças entre os microrganismos focalizados e desenhe-os,
considerando tamanho, forma, motilidade e coloração. Use as representações dos campos
abaixo. NAS PÁGINAS SEGUINTES EXISTEM EXEMPLOS DA MORFOLOGIA DE
PROTISTAS E ALGAS.
Oomicetos
18
Exercícios
1- Cite características de protistas e algas que os distinguem.
19
MORFOLOGIA DE PROTISTAS
20
MORFOLOGIA DE ALGAS FLAGELADAS
(1) Euglena (700X) (6) Trachelomonas (1000X) (11) Pyrobotrys (1000X) (16) Dinobyron (1000X)
(2) Euglena (700X) (7) Phacotus (1500X) (12) Chrysococcus (3000X) (17) Peridinium (350X)
(3) Phacus (1000X) (8) Chlamydomonas (1000X) (13) Synura (350X) (18) Ceratium (175X)
(4) Phacus (350X) (9) Carteria (1500X) (14) Pandorina (350X) (19) Gonium (350X)
(5) Lepocinclis (350X) (10) Chlorogonium (1000X) (15) Eudorina (175X) (20) Volvox (100X)
21
MORFOLOGIA DE ALGAS FILAMENTOSAS
22
MORFOLOGIA DE ALGAS NÃO FILAMENTOSAS E NÃO FLAGELADAS
23
MORFOLOGIA DE DIATOMÁCEAS
(1) Diatoma (1000X) (7) Nitschia (1500X) (13) Synedra (175X) (19) Asterionella (175X)
(2) Gomphonema (175X) (8) Pinnularia (175X) (14) Melosira (750X) (20) Asterionella (750X)
(3) Cymbella (175X) (9) Cyclotella (1000X) (15) Surirella (350X) (21) Navicula (750X)
(4) Cymbella (1000X) (10) Tabellaria (175X) (16) Stauroneis (350X) (22) Stephanodiscus (750X)
(5) Gomphonema (2000X) (11) Tabellaria (1000X) (17) Fragillaria (750X) (23) Meridion (750X)
24
MORFOLOGIA DE CIANOBACTÉRIAS
Obs: CIANOBACTÉRIAS SÃO PROCARIOTOS.
(1) Anabaena (350X) (7) Microcoleus (350X) (13) Entophysalis (1000X) (19) Rivularia (175X)
(2) Anabaena (350X) (8) Phormidium (350X) (14) Gomphosphaeria (1000X) (20) Anacystis (700X)
(3) Anabaena (175X) (9) Oscillatoria (175X) (15) Gomphosphaeria (350X) (21) Anacystis (175X)
(4) Nodularia (350X) (10) Aphanizomenon (175X) (16) Agmenellum (700X) (22) Anacystis (700X)
25
STRAMINIPILA – FILO OOMYCOTA
Características gerais
→ “Hifas” não septadas
→ Reprodução assexuada: Zoósporos
→ Reprodução sexuada: Oósporos
26
Prática 4 – Isolamento de fungos filamentosos e morfologia de micélios e leveduras
Objetivos
1- Treinar em técnicas para o isolamento de fungos filamentosos;
2- Reconhecer os diferentes modos de vida dos fungos na natureza
27
Materiais
Amostras: Frutas e vegetais em decomposição, folhas com fungos fitopatogênicos.
Meios e Soluções: Tubos com solução salina esterilizada, meio BDA (Batata Dextrose
Ágar), álcool 70 %, Hipoclorito 0,5 %.
Equipamentos e utensílios: incubadora, pinça, tubos de ensaio, Placas de Petri estéreis
e placas com BDA, alça de platina, alça de Drigalsky, pipetas, pipetadores, papel de filtro
e estilete
Procedimento
Isolamento de fungos filamentosos saprófitas
Isolamento de fungo saprófita a partir de material vegetal em decomposição.
1- Recolher com alça de platina esporos ou micélio de alimentos em decomposição.
2- Diluir a amostra em solução salina esterilizada.
3- Transferir 0,1 ml da suspensão para superfície do meio BDA.
4- Espalhar o inóculo com alça de Drigalsky.
5- Identificar as placas colocando o nome da amostra, turma e bancada.
6- Incubar a 25 oC por 7 dias ou até a formação visível de colônias.
28
Resultados
Avalie o crescimento dos fungos nos meios utilizados, e esquematize as colônias fúngicas
encontradas de cada isolado obtido.
29
Exercícios
1- Porque no isolamento de fungos fitopatogênicos utiliza-se uma amostra contendo parte
da lesão e parte saudável?
30
Parte 2: Morfologia de fungos filamentosos e leveduras
31
sofre meiose originando quatro núcleos haplóides e, então, quatro novas células se
formarão, cada uma com um dos quatro núcleos haplóides.
A biologia e a biodiversidade de fungos são importantes para a caracterização e
preservação de espécies, principalmente aquelas com potencial para aplicação
biotecnológica. As preparações microscópicas para a observação de fungos são de grande
importância para sua identificação, uma vez que características morfológicas dos micélios
e células (esta aula), juntamente com características dos esporos (próxima aula) são
rotineiramente utilizadas para tal fim.
Objetivos
1- Observar morfologia de fungos filamentosos (micélios) e de colônias de leveduras
2- Diferenciar leveduras de brotamento e fissão e conhecer as estruturas de formação de
ascos e pseudomicélio.
Materiais
Microrganismos: Lâminas de fungos filamentosos, isolados de leveduras que
apresentem reprodução assexuada e sexuada.
Meios e soluções: azul de metileno, água destilada
Equipamentos e utensílios: Microscópio ótico, lâminas, alça de repicagem, bico de
Bunsen, bandejas e suportes para lâminas.
Procedimento
Lâminas de fungos filamentosos
1- Manuseie corretamente o microscópio ótico (se você tem dúvida quanto à utilização
do equipamento, pergunte ao professor como usá-lo). Focalize a lâmina de fungo
filamentoso, sequencialmente, com as objetivas de 4X, 10X e 40X;
2- Observe a organização das hifas e a presença ou ausência de septo;
3- Terminada a observação, desligue a luz; gire o revólver para encaixar a objetiva de
menor aumento, passando pela objetiva de 10X; abaixe a platina e retire a lâmina;
Lâminas de leveduras
1- Limpe bem uma lâmina com papel;
2- Esterilize a alça de repicagem, aquecendo-a ao rubro no bico de Bunsen;
32
3- Quando a levedura estiver em meio líquido, transfira assepticamente com a alça de
repicagem uma gota da cultura de leveduras para o centro da lâmina. Se a cultura estiver
em meio sólido, prepare uma suspensão de células da seguinte maneira: Coloque uma
gota de água destilada ou azul de metileno sobre a lâmina e colete o material
assepticamente, raspando, levemente a superfície do ágar com a alça de repicagem (com
cuidado para não retirar pedaços do meio de cultura, pois o crescimento do
microrganismo ocorre somente na superfície);
4- Manuseie corretamente o microscópio ótico (se você tem dúvida quanto à utilização
do equipamento, pergunte ao professor como usá-lo). Focalize o material,
sequencialmente, com as objetivas de 4X, 10X e 40X;
5- Terminada a observação, desligue a luz; gire o revólver para encaixar a objetiva de
menor aumento, passando pela objetiva de 10X; abaixe a platina e retire a lâmina;
6- Após a observação, descarte a lâmina e a lamínula nas bandejas com detergente e
desinfetante, colocadas na bancada lateral.
33
Resultados
Desenhe as hifas fúngicas (fungos filamentosos), cenocíticas ou septadas, observadas no
microscópio.
Observações
Morfologia da Colônia Morfologia das células Tipo de reprodução
34
Prática 5 – Esporos fúngicos assexuados e sexuados
35
Reino Fungi - Filos
36
Objetivos
Observar as estruturas mais importantes para a identificação de alguns fungos, com ênfase
nas estruturas que caracterizam cada divisão, como tipo de esporo e estrutura onde os
esporos são formados. Atente para o tipo de hifa, cenocítica ou septada (como visto na
aula passada), pois também é uma característica importante para a classificação.
Materiais
Amostras: Lâminas prontas (permanentes) de fungos filamentosos e/ou suas estruturas
reprodutivas.
Meios e Soluções: lactofenol ou azul de metileno.
Equipamentos e utensílios: microscópios.
Procedimento
Visualizar lâminas permanentes de fungos filamentosos, da seguinte maneira:
1- Manuseie corretamente o microscópio ótico (se você tem dúvida quanto à utilização
do equipamento, pergunte ao professor como usá-lo). Focalize a lâmina de fungo
filamentoso, sequencialmente, com as objetivas de 4X, 10X e 40X;
2- Observe a organização das hifas e a presença ou ausência de septo (quando possível);
3- Observe as estruturas reprodutivas;
4- Terminada a observação, desligue a luz; gire o revólver para encaixar a objetiva de
menor aumento, passando pela objetiva de 10X e abaixe a platina.
37
Resultados
Filo Zygomycota
Filo Glomeromycota
38
Filo Ascomycota - Reprodução sexuada
39
Filo Basidiomycota - Reprodução sexuada
40
Exercícios
1- Descreva as etapas da reprodução sexuada em fungos.
3- Complete o quadro abaixo dando as principais características dos filos do reino Fungi.
Zygomycota
Glomeromycota
Ascomycota
Basidiomycota
41
REINO FUNGI
CARACTERÍSTICAS GERAIS DE FUNGOS
42
Filo Zigomycota
Características gerais
→ Hifas não septadas
→ Reprodução assexuada: esporangiósporos ou aplanósporos
→ Reprodução sexuada: zigósporo
Ex: Rhizopusstolonifer
Zigósporo
43
Filo Glomeromycota
Fungos endomicorrízicos
44
Filo Ascomycota
Características gerais
→ Hifas septadas
→ Reprodução sexuada: ascósporo
→ Reprodução assexuada: conídios
→ Corpos de frutificação: Peritécio, Apotécio, Cleistotécio e Ascostroma
Peritécio
Peritecio Cleistotécio
Cleistotécio
45
Alternaria
Conidióforos pigmentados, normalmente curtos ou alongados, produzindo em cadeia
simples ou ramificada de conídios. A forma do conídio é variável, grosseiramente elíptica
a ovalada. Causa a pinta preta do tomateiro e da batata.
Aspergillus
Conidióforos longos terminando em projeção tipo clava, lembrando baquetas. Da
projeção irradiam-se fiálides, dispostas em camada simples ou dupla, das quais se
projetam cadeias de conídios esféricos. Massa de conídios pode apresentar coloração
variada. São saprófitas comuns em produtos armazenados. Alguns podem produzir
toxinas
46
Cladosporium
Conidióforos escuros ramificando-se vigorosamente no topo ou acima da porção
mediana. Forma variável: oval, cilíndrica ou irregular. Causa queima em curcubitáceas.
Colletotrichum
Acérvulos circulares, conidióforo simples. Conídios hialinos, ovais, a oblongos ou
falcados. Massa de conídios com coloração rósea. Podem estar presentes no acérvulo
setas longas, septadas e pigmentadas. Causa antracnose em vários hospedeiros
Curvularia
Conídios escuros geralmente com três septos transversais, curvos em ângulo. Os
segmentos internos são normalmente maiores e mais pigmentados que os dois extremos.
Causa mancha de folha de milho
47
Fusarium
Conidióforos hialinos de forma variável simples ou ramificados, neste caso curtos e
irregulares ou terminando em tufos de fiálides. Conidióforos isolados ou reunidos em
esporodóquio. Macroconídio com vários septos transversais, levemente curvos,
lembrando uma canoa. Microconídios sem septos e hialinos. As diferentes espécies
causam diferentes doenças em plantas.
Nigrospora
Conidióforos curtos, com septos e inter-septos mais ou menos dilatados, normalmente
pigmentados. Conídio esférico e negro localizando-se em uma vesícula situada no ápice
do conidióforo.
Penicillium
Conidióforos longos, ramificando-se na parte terminal. Conídios esféricos e catenulados
produzidos em fiálides dispostas em número variável na ramificação terminal do
conidióforo (conjunto lembra uma vassoura). Massa de conídios com coloração
esverdeada. Causa podridão em frutos cítricos.
Pestalotiopsis
48
Conídios com 4 septos transversais, apresentando três secções intermediárias
pigmentadas e as duas das extremidades, hialinas
49
Filo Basidiomycota
Características gerais
→ Hifas septadas
→ Reprodução sexuada: basidiósporo
→ Reprodução assexuada: conídios
Basidiósporos
50
Agaricus bisporus Lentinula edodes
(Champignon) (Shiitake)
51
MORFOLOGIA DE COLÔNIAS DE LEVEDURAS
Características macroscópicas
52
Características microscópicas
54
Prática 6 – Isolamento e enumeração de microrganismos
55
Drigalsky (“Spread Plate”). Outra opção é a utilização da técnica “Pour Plate”, na qual
aplica-se primeiro a alíquota (normalmente 1 mL) e, depois verte-se o meio liquefeito e
resfriado a 50 oC, fazendo-se movimentos rotatórios até que a suspensão de células fique
bem distribuída no meio de cultura. O resultado será expresso como UFC (Unidades
Formadoras de Colônias) por mililitro da amostra.
Nesta aula prática será realizado o procedimento de isolamento e enumeração de
microrganismos, por meio do método de diluição em placas.
Objetivos
1- Realizar diluições seriadas de culturas microbianas ou amostras de solo, para
plaqueamento e contagem de colônias, expresso em UFC/mL ou g (Unidades Formadoras
de Colônias por mililitro ou grama) da suspensão ou amostra de solo original;
2- Executar rotina de plaqueamento.
Materiais
Meios e culturas: Ágar nutriente fundido, culturas de bactéria ou amostras de solo,
Equipamentos e utensílios: Placas de Petri estéreis, bico de Bunsen e alças de
repicagem, pipetas para inoculação, tubos de ensaio com 9 mL de solução salina estéril,
agitador do tipo vortex para homogeneizar as diluições.
Procedimento
Contagem de microrganismos pelo método das diluições em placas
1- A partir da suspensão de cultura bacteriana ou obtida de amostras de solo, realizar
diluições sucessivas, de 10-1 até 10-6, da seguinte maneira: transferir 1 mL da suspensão
original para tubo contendo 9 mL de solução salina estéril. Homogeneizar. Essa é a
diluição 10-1. A partir desse tubo repetir o procedimento para obter os tubos com as
diluições 10-2, 10-3, e assim sucessivamente até 10-6;
2- A partir da diluição 10-4, proceder a inoculação de 0,1 mL em placa de Petri contendo
meio Ágar Nutriente, em triplicata;
3- Espalhar o inóculo com o auxílio de uma alça de Drigalsky;
4- Incubar as placas a temperatura ambiente durante 24-48 horas. No caso de se desejar
o isolamento de microrganismos que cresçam em temperaturas específicas, será
necessário fazer a incubação em estufas ou incubadoras que permitam o controle da
temperatura.
56
Esquema do procedimento:
Fonte: Adaptado de Microbiologia de Brock Michael T. Madigan ... [et al.], 2016. ISBN 978-85-8271-298-6
57
Resultados
Faça a contagem das colônias obtidas em cada placa, esquematizando os resultados nos
círculos abaixo, e calcule a população total da amostra expressando a contagem em
UFC/mL ou (g):
População total
Grupo Diluição Número de colônias
na amostra
1
2
3
4
5
6
58
Exercícios
1- Por que os meios sólidos são preferidos para o isolamento dos microrganismos?
4- Em uma amostra de água contendo 108 cels/mL, qual seria a diluição necessária de
modo que a estimativa de contagem na placa final seja de 100 colônias?
59
Prática 7 – Obtenção de culturas puras: estrias simples e compostas
Objetivo:
Realizar a técnica de isolamento/purificação por estrias simples e compostas de isolados
obtidos na aula anterior.
Procedimento:
1- Esterilize a alça de repicagem e espere esfriar atrás da chama;
2- Transfira assepticamente a suspensão bacteriana contida na alça de repicagem para a
superfície do meio de cultura;
3- Espalhe conforme uma das técnicas: estria simples ou estria composta;
4- Flambe novamente a alça, deixe-a esfriar no suporte;
5- Incube as placas em posição invertida, a temperatura ambiente, por 24 horas. Observe
o crescimento de colônias isoladas.
60
61
Resultados
Esquematize o crescimento obtido na superfície da placa estriada.
Exercício
1 - Indique uma colônia que você selecionaria para o isolamento. Se você não obteve uma
colônia isolada, sugira as possíveis razões para essa falha e o que faria para corrigi-la.
62
Prática 8 – Preparações microscópicas fixadas (coloração de Gram) e
Antibiograma
63
ser diferenciados, com base no corante que é retido. Técnicas de coloração diferencial
permitem não só a visualização de estruturas como flagelo, cápsula, esporo e núcleo, mas
também a separação de microrganismos em grupos. A técnica diferencial mais importante
em bacteriologia é a coloração de Gram, que separa as bactérias em dois grandes grupos,
Gram-positivo e Gram-negativo, sendo importante para o diagnóstico e classificação das
bactérias. A coloração de Gram envolve a aplicação de quatro soluções, conforme
descrito a seguir.
Cristal violeta (CV), primeiro corante que cora as células de roxo escuro.
Lugol ou solução de Iodo (I), é a segunda solução, um mordente que aumenta a
interação entre a célula bacteriana e o primeiro corante, formando um complexo
insolúvel, Cristal violeta-Iodo (CV-I).
Álcool, a terceira solução, é um descolorante. As bactérias Gram positivas, quando
lavadas com descolorante, retêm o complexo CV-I e as bactérias Gram negativas perdem
o complexo CV-I, ficando incolores. A ação do álcool com removedor do complexo CV-
I da célula depende da concentração de lipídeos e da espessura da parede celular
bacteriana.
O último reagente é o corante de contraste, Safranina ou Fucsina, diferente da cor do
cristal-violeta, corando as bactérias Gram-negativas de rosa-avermelhado, mas não altera
a cor roxo-escura (azulada) das bactérias Gram-positivas.
Objetivos
1- Realizar a técnica de coloração diferencial de Gram e porterior visualização em
microscópico;
2- Diferenciar bactérias de acordo com sua a forma e arranjo predominante, além da
resposta a coloração de Gram.
Materiais
Microrganismos: Cultura de bactérias em meio líquido ou sólido.
Meios e Soluções: Fucsina ou safranina, cristal violeta, água destilada.
Equipamentos e utensílios: Microscópio ótico, lâminas, alça de repicagem, bico de
Bunsen, bandejas e suportes para lâminas.
64
Procedimento
1- Limpe bem uma lâmina com papel toalha ou higiênico. Nunca passe sobre a chama.
Deixe-a sobre um papel na bancada.
2- Esterilize a alça de repicagem, aquecendo-a ao rubro no bico de Bunsen e espere
esfriar;
3- Quando a bactéria estiver em meio líquido, transfira assepticamente com a alça de
repicagem uma gota da cultura de bactérias para o centro da lâmina. Se a cultura estiver
em meio sólido, prepare uma suspensão de células da seguinte maneira: Coloque uma
gota de água destilada sobre a lâmina e colete o material assepticamente, raspando,
levemente a superfície do ágar com a alça de repicagem (com cuidado para não retirar
pedaços do meio de cultura, pois o crescimento do microrganismo ocorre somente na
superfície);
4- Prepare o esfregaço, espalhando a suspensão com a alça de repicagem;
5- Deixe o esfregaço secar ao ar. Nunca passe a lâmina ainda úmida sobre o fogo do bico
de Bunsen.
6- Fixe o esfregaço três vezes, passando o lado oposto ao esfregaço acima da chama do
bico de Bunsen. Evite o aquecimento excessivo, para não queimar e distorcer as células;
7- Deixe a lâmina esfriar;
8- Inicie a coloração de Gram.
Respeite o tempo indicado para cada reagente!
9- Cubra o esfregaço com Cristal Violeta, deixando em repouso por 1 minuto; em seguida,
utilizando a piseta, lave com água destilada, gotejando sempre acima do esfregaço e não
diretamente sobre o mesmo;
10- Cubra com solução de Lugol, por um minuto. Lave a preparação, utilizando a piseta
com água destilada (evite jato de água sobre o esfregaço, para não o desprender);
11- Lave a lâmina com etanol 95 %, rapidamente, até que não se desprenda mais corante
da preparação;
12- Lave o excesso de álcool com água;
13- Cubra o esfregaço com solução de Fucsina, durante 30 segundos;
14- Lave a lâmina com água. Em seguida deixe secar ao ar.
15- Manuseie corretamente o microscópio ótico (se você tem dúvida quanto a utilização
do equipamento, pergunte ao professor como usá-lo).
Focalize o material corado, sequencialmente, com as objetivas de 4X, 10X e 40X;
65
16- Trave o microscópio; adicione uma gota de imersão sobre o esfregaço e visualize com
a objetiva de 100X, usando o micrométrico.
17- Terminada a observação, desligue a luz, gire o revólver para encaixar a objetiva de
menor aumento, passando pela objetiva de 10X; abaixe a platina e retire a lâmina.
18- Após a observação, descarte a lâmina e a lamínula nas bandejas com detergente e
desinfetante, colocadas na bancada lateral.
66
Coloração diferencial de Gram
67
Resultados
Desenhe os campos observados, fazendo distinção entre a forma e o arranjo das bactérias.
68
Exercícios
1- Qual é o propósito da fixação do esfregaço pelo calor?
69
Parte 2: Antibiograma
70
Objetivos
1- Demonstrar a atividade antimicrobiana de alguns antibióticos;
2- Realizar o teste de antibiograma pelo método de difusão em meio sólido (método de
Kirby-Bauer), para determinar a sensibilidade de bactérias a alguns antibióticos.
Materiais
Meios e culturas: Placas de Petri contendo ágar nutriente; culturas de bactérias obtidas
na aula anterior.
Reagentes: discos de papel de filtro contendo diferentes antibióticos.
Procedimento
1- Transfira, assepticamente, 0,1 mL da suspensão de células para as placas contendo
meio sólido. Espalhe a alíquota uniformemente sobre o meio de cultura, com o auxílio da
alça de Drigalsky, previamente flambada com álcool.
2- Transfira, de forma asséptica, os discos de papel contendo os antibióticos para a
superfície do meio de cultura previamente inoculado com a bactéria. Utilize uma pinça
previamente flambada para realizar esse procedimento.
3- Incube as placas a 37 oC, por 16 a 18 h.
4- Observe o crescimento da bactéria nas placas, identificando os halos de inibição em
torno do disco de papel. Com o auxílio de uma régua, registre o diâmetro (mm) dos halos
no quadro disponível nos Resultados.
5- Compare os resultados obtidos com o quadro de referência abaixo (Quadro 1), e avalie
se a bactéria é sensível ou resistente a cada um dos antibióticos testados.
71
Resultados
Esquematize o crescimento obtido na superfície da placa. Indique os discos de
antibióticos e as zonas de inibição se foram observadas.
Exercício
1- Existem diferenças do modo de ação dos antibióticos contra bactérias Gram positivas
e Gram negativas?
72
Prática 9 – Metabolismo microbiano: fermentação alcoólica
Objetivos
1 – Demonstrar a fermentação realizada por leveduras;
2 – Observar o efeito de diferentes variáveis, físicas e químicas, no processo fermentativo.
Materiais
Microrganismo: Saccharomyces cerevisiae (fermento biológico comercial)
Soluções: solução vermelho de congo a 0,02 % (m/v), solução de sacarose a 16 % (m/v)
e álcool absoluto.
Equipamentos e utensílios: Banho-maria a 35 oC, tubos de ensaio, pipetas, ponteiras e
balões de látex.
73
Procedimento
1- Enumere os tubos disponíveis na bancada, de 1 a 4.
2- Faça as adições indicadas no quadro abaixo, na sequência indicada e agitando o tubo
em cada etapa.
3- Cubra a boca do tubo de ensaio com o balão para verificação da produção de gás.
4- Anote a cor inicial do material em cada tubo.
5- Coloque os 4 tubos no banho-maria a 35 oC.
6- Após 30 min., observe e registre os resultados.
74
Resultados
Tubo Cor inicial Cor final Formação de gás*
1
2
3
4
*indique a presença (+, ++ ou +++) ou ausência (-) de gás.
Exercícios
1- Explique a cor final observada no Tubo 2.
b) 2 e 3
c) 2 e 4
75
Pratica 10 – Alterações genotípicas e fenotípicas em microrganismos
Objetivos
1 – Demonstrar a obtenção de mutantes morfológicos de Penicillium griseoroseum
induzidos por luz UV;
2 – Observar o efeito da temperatura na produção do pigmento prodigiosina por Serratia
marcescens.
76
Materiais
Microrganismos: Penicillium griseoroseum e Serratia marcescens.
Soluções: Ágar nutriente, solução de Tween 80 (0,1 %, v/v) e solução salina (0,85 %,
m/v).
Equipamentos e utensílios: Placas de Petri, alça de Drigalsky, alça de platina, tubos de
ensaio, pipetas, ponteiras, vortex, fonte de luz UV e estufas de incubação.
Procedimento
- Isolamento de mutantes morfológicos de P. griseoroseum
1- Ligar a lâmpada de luz UV 15 min. antes do procedimento;
2- Preparar uma suspensão de conídios de P. griseoroseum em solução de Tween 80 (3
mL) e agitar no vortex;
3- Determinar o número de conídios por mL, utilizando a câmara de Neubauer;
4- Diluir a suspensão até a obtenção de aproximadamente 1.000-2.000 conídios/mL;
5- Plaquear 0,1 mL dessa solução em placa contendo meio de cultura e espalhar
uniformemente com a alça de Drigalsky;
6- Utilize a suspensão inicial para obter uma diluição de 10.000 – 20.000 conídios/mL,
transfira para uma placa de Petri vazia e estéril e exponha (aberta) à luz UV por 5 min.
7- Plaquear uma alíquota de 0,1 mL da suspensão irradiada em placa contendo meio de
cultura e espalhar uniformemente com a alça de Drigalsky;
8- Incube as placas a 28 oC, durante 5 dias;
9- Após o tempo de incubação, registe o número de colônias que cresceram nas placas e
calcule a porcentagem de sobrevivência após o tratamento com luz UV e o número de
mutantes morfológicos.
77
Resultados
Complete a tabela abaixo, com o número de colônias de P. griseoroseum em cada placa,
calcule a porcentagem de sobrevivência e registre o número de mutantes morfológicos.
Número de Porcentagem de Número de mutantes
Tratamento
colônias sobrevivência morfológicos
Sem UV 100 %
Com UV
Exercícios
1- Por que o tratamento com a luz UV levou a diminuição no número de colônias de P.
griseoroseum?
2- Por que os mutantes morfológicos aparecem em maior número na placa com conídio
tratados com luz UV?
3-Por que as colônias não pigmentatas de S. marcescens não são consideradas mutantes?
78
PRÁTICAS EXTRAS
79
Antissepsia: Semelhante a desinfecção, porém relacionada a tecidos vivos. É feita,
também, por meio de agentes químicos, denominados antissépticos, em concentrações
adequadas para estes tecidos.
Métodos de esterilização/desinfecção/assepsia.
80
Tempo e temperatura para esterilização de artigos e substâncias segundo recomendações
do Ministério da Saúde.
Materiais Temperatura (oC) Tempo (minutos)
Vidrarias 170 120
Aço inoxidável e outros metais 160 120
170 60
Vaselina líquida e outros óleos 160 120
Pós (100 gramas) 160 120
81
Baixas temperaturas: Métodos de controle dos microrganismos porque causa
diminuição na taxa de crescimento e na atividade enzimática. Exemplos: refrigeração e
congelamento.
Filtração: normalmente utilizada para esterilização de meios líquidos e gases que são
sensíveis ao calor (proteínas, aminoácidos, antibióticos, vitaminas). Os filtros mais
usados são: acetato, policarbonato, porcelana, cerâmica, papel-celulose e filtros de
membrana (éster de celulose) com poros de diâmetro conhecidos.
82
Outros métodos físicos de controle do crescimento microbiano: Dessecação,
Liofilização, Defumação, Remoção de Oxigênio, Vibração Ultrassônica.
Agentes Químicos: são substâncias químicas de origem natural ou sintética usadas para
eliminar ou inibir o crescimento dos microrganismos. Visam esterilização,
descontaminação, desinfecção, antissepsia de materiais ou ambientes (salas cirúrgicas,
câmaras assépticas, bancadas de laboratório). Sua ação depende de vários fatores como
concentração, tempo de contato, pH, temperatura, tipo de microrganismos, etc. Podem
variar quanto ao efeito sobre os microrganismos:
Objetivo
1- Verificar a eficácia de um método químico no controle do crescimento microbiano:
Avaliar o efeito do iodo como antisséptico.
83
Materiais
Microrganismos: Culturas de bactérias e leveduras padronizadas a 0.5 a 600 nm,
esfregaço de pele.
Meios e soluções: Ágar nutriente, solução de iodo, solução salina, pipetas de 10 mL,
micropipetas de 0,1 a 1 mL, barra magnética, tubos de ensaios com 9 mL de solução
salina (diluição).
Equipamentos e utensílios: Autoclave, câmara de fluxo laminar, bico de Bunsen, alça
de repicagem, swabs, alça de Drigalsky.
Procedimento
Efeito de solução de iodo sobre o crescimento microbiano
1. Dividir o fundo da parte externa de uma placa de Petri contendo Ágar Nutriente em
duas partes. Escrever “controle” em um parte e “iodo” na outra metade.
2. Utilizar swab e molhar de forma asséptica na solução salina e esfregá-lo no dorso de
uma das mãos, em uma área de aproximadamente 4 cm2.
3. Inocular com o auxílio do swab, sobre a superfície do meio de cultura, metade da
placa identificada como “controle”.
4. Utilizar outro swab e proceder de modo semelhante ao item 2, utilizando a solução
de iodo, esfregando o swab na pele e aguardar 5 minutos.
5. Pegar outro swab mergulhar na solução salina e esfregá-lo na pele na área onde foi
esfregado o swab com solução de iodo. Utilizar este swab para inocular a outra
metade da placa identificada como “iodo”.
6. Incubar em temperatura ambiente/ 24h.
7. Anotar os resultados obtidos considerando o número de colônias formadas e
morfotipos.
84
Resultados
85
Exercício
1- Explique como agem o iodo, calor e a radiação UV para ser efetivos no controle do
crescimento microbiano.
86
Prática 12 – Seleção de microrganismos para aplicação em biotecnologia
Objetivos
Realizar testes de seleção de microrganismos com potencial aplicação biotecnológica
bem como estabelecer critérios de seleção.
Materiais
Cultura de bactérias e leveduras em meio líquido crescidas por 24 horas, Ágar Nutriente,
solução de glicose, meio para teste de produção enzimática, meio de fermentação,
reagentes para coloração de Gram, óleo de imersão, tubos de ensaio, tubos de Duhran.
87
Procedimentos
Teste de fermentação
1- Inocular 1 mL da suspensão microbiana nos tubos de ensaio contendo a solução
contendo glicose e o tubo de Duhran
Resultados
e e
s s
t t
e e
f p 88
e r
r o
m d
e u
Exercícios
1- Cite aplicações do uso de microrganismos nas áreas ambiental e industrial (alimentos,
farmacêutica, etc).
89
Prática 13 – Análise bacteriológica de água
Materiais
Frascos esterilizados para coleta de amostras; Pipeta de 10 mL, 1 mL e 0,1 mL
esterilizadas; Tubos com caldo lactose para fermentação; ágar nutriente; Placas de Petri
estéreis vazias; Tubos de Durhan.
90
Procedimento
1- Colher as amostras de água, observando os cuidados requeridos para cada caso em
particular;
2- Agitar a amostra por 25 vezes;
3- Transferir com assepsia, 10 mL; 1 mL e 0,1 mL da amostra para os tubos com caldo
lactose formando 3 séries de 5 tubos (ver esquema).
4- Incubar os tubos a 37 °C por 24 e 48 horas.
5- Transferir 1 mL e 0,1 para as placas de Petri e adicionar ágar nutriente fundido e
resfriado a 45°C. Incubar, uma placa com 1 mL e uma com 0,1 mL a 22 °C e as duas
restantes a 37 °C por 24 a 48 horas.
Resultados
Examinar os tubos com caldo lactose quanto a produção de gás. Anotar o número de tubos
positivos para cada diluição e determinar o número mais provável pela tabela.
Classificar a água.
Exercícios
1- Enumerar algumas doenças que podem ser transmitidas pela água bem como seu agente
etiológico.
91
Análise de água - Ficha
Caldo
lactosado
24 h.
Caldo
lactosado
48 h.
TESTE CONFIRMATIVO
Bile verde
brilhante
NMP= 2- Água boa - NMP= de 2 a 11- Água suspeita - NMP= 11- Água ruim
92
Conclusão do Exame Bacteriológico:
Tabela do NMP de coliformes por 100 ml da amostra e os limites de confiança de 95%,
quando são usados 5 tubos para cada volume de 10; 1 e 0,1 ml.
93
REFERENCIAS
CARLILE, M.J.; WATKINSON, S.C. The Fungi. San Diego: Academic, 1994. 482 p.
Dias, Disney R.; Schwan, Rosane Freitas. Leveduras. In: Moreira, F.M.S.; Cares, J. E.;
Zanetti, R.; Stürmer, S. L. (Org.). O ecossistema solo: componentes, relações ecológicas
e efeitos na produção vegetal. Lavras: UFLA, 2013, p. 311-324.
Dias, Disney R.; Schwan, Rosane Freitas. Isolamento e identificação de leveduras. In:
Fatima M. S. Moreira; E. JeroenHuising; David E. Bignell. (Org.). (Org.). Manual de
Biologia dos Solos Tropicais - Amostragem e Caracterização da Biodiversidade. Lavras:
UFLA, 2010, p. 227-277.
HUNGRIA, M., ARAÚJO, R.S., ARAÚJO, F.F. & JAMES, E. Princípios básicos em
um laboratório de Microbiologia. In: Hungria, M.; Araújo, R. (eds) Manual de
métodos empregados em estudos de Microbiologia Agrícola. Brasília: EMBRAPA.
1994. 542p.
94
LOURES, E. G. & GUIMARÃES, W. V. Microbiologia. Técnicas de laboratório.
Principais provas Empregadas para Identificação de Bactérias. Viçosa, Imprensa
Universitária, U. F. V. 1981.
KRUGNER, T.L. & BACCHI, L.M.A. Fungos. In: BERGAMIN FILHO, A., KIMATI,
H., AMORIM, L. (eds.). Manual de Fitopatologia. São Paulo: Ceres, 1995, v. 1. p. 46-
96.
MALIK, K.A. Some Universal media for the isolation, growth and purity checking of a
broad spectrum of microorganisms. World Journal of Microbiology and
Biotechnology, v. 8, p. 453-456, 1992.
TORTORA, G.J.; FUNKE, B.R. & CASE, C.L. Microbiologia. Artes Médicas Sul,
Porto Alegre, 2000
95
ANEXO I – PREPARO DE CORANTES, REAGENTES E MEIOS
Solução A:
Azul de metileno 0,3 g
Álcool etílico 30,0 mL
Solução B:
Hidróxido de potássio 0,01 g
H2O destilada 1.000 mL
Misturar Solução A e B
2. Cristal Violeta
Solução A:
Cristal de Violeta (85%) 2,0 g
Álcool etílico 20,0 mL
Solução B:
Oxalato de Amônia 0,8 g
H2O destilada 80,0 mL
Misturar Solução A e B
3. Fucsina de Ziehl
Solução A:
Fucsina básica (90%) 0,3 g
Álcool etílico (95%) 10,0 mL
Solução B:
Fenol 5,0 g
H2O destilada 95,0 mL
Misturar Solução A e B
4.Lugol
Iodo 1,0 g
Iodeto de potássio 2,0 g
H2O destilada 300 mL
96
Dissolver o iodeto de potássio em água e acrescentar o iodo.
5. Eritrosina Fenicada
Eritrosina 1,0 g
Fenol (5% solução aquosa) 100 mL
Solução A:
Alfa-naftol 6,0 g
Álcool etílico 100,0 mL
Solução B
Hidróxido de potássio 16 g
H2O destilada 1000 mLq.s.p.
Conservar as soluções em frascos separados
7. Vermelho de Metila
Vermelho de metila 0,1 g
Álcool etílico 300,0 mL
Hidróxido de sódio (0,1N) 3,7 mL
H2O destilada q.s.p. 500 mL
8. Caldo Glucose
Extrato de carne 3,0 g
Peptona 5,0 g
Glucose 10,0 g
H2O destilada 1.000 mL
9. Caldo Sacarose
Extrato de Carne 3,0 g
Peptona 5,0 g
Sacarose 10,0 g
H2O destilada 1.000 mL
97
10. Ágar amido
Amido solúvel 200,0 g
Ágar nutritivo 1000 mL
98
H2O destilada 1000 mL
14. MB - 2 (Catalase)
Sacarose 10,0 g
Caseína Ácida hidrol. 8,0 g
Extrato de levedura 4,0 g
K2HPO 2,0 g
Mg SO4 7H2O 0,3 g
H2O destilada 1000 mL
18.BDA (Batata-Dextrose-Ágar)
Batata 200 g
Dextrose 15 g
Ágar 15 g
Água destilada (q.s.p.) 1.000 mL
99
Peptona 5,0 g
Água destilada (q.s.p.) 1.000 mL
21.Solução Sulfo-Crômica
Ácido Sulfúrico Conc. 460 mL
Dicromato de potássio 60,0 g
H2O destilada 1.000 mL
Para isolamento de Streptomyces pode-se utilizar 1,0 mL de uma solução padrão de 100
mg/mL de estreptomicina para inibição de bactérias.
100
Fosfato dipot. (K2HPO4) 2,0 g
Ágar 15,0 g
Eosina Y 0,4 g
Azul de metileno 0,065 g
H2O destilada 1.000 mL
Esterilizar 115 °C por 15 a 20 minutos.
101