Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
br/gastronomia/2017/11/09/gosto-sabor-cheiro-aroma/
Inicialmente, vou falar sobre os conceitos básicos sobre sabor, gosto e aroma.
Quem já ficou com o nariz entupido devido a uma forte gripe deve ter sentido o
impacto da ausência de cheiro na percepção do sabor.
Isso ocorre porque o nosso olfato recebe estímulos vindos do que chamamos
de aroma dos alimentos.
O que nem todo mundo sabe é que também percebemos o cheiro por via oral,
ou seja, a partir da boca, exemplo disso são os enólogos ao degustarem o
vinho, eles precisam destas duas dimensões para avaliarem o sabor por inteiro e
por isso eles abrem a boca é da combinação entre gosto e aroma que
identificamos o que chamamos de sabores.
Você perceberá o gosto doce, mas não saberá distinguir o sabor (se é de
morango ou hortelã, por exemplo).
E mais irritante do que ter o nariz invadido pelos terpenos de alguém que
decidiu abrir uma sobremesa.
O isopreno nunca foi isolado como produto natural. Sabe-se atualmente que o
verdadeiro precursor dos terpenos é o ácido mevalónico, isolado em 1956.
Há substâncias artificiais que não causam dano à saúde, e há naturais que são
perigosíssimas.
Estrutura e Síntese
Como tal, a molécula pode ser vista como um derivado da acroleína. Sua cor é
devida à transição π → π *: o aumento da conjugação em comparação com a
acroleína desloca essa banda em direção ao visível.
PAL catalisa essa reação por uma desaminação não oxidativa. Essa desaminação
depende do grupo prostético MIO de PAL. PAL dá origem ao ácido trans-
cinâmico.
Síntese
Não se preocupe, não vai ser necessário entender de química orgânica para
continuar a ler o meu artigo.
Basta saber que a química está por todos os lados de uma cozinha.
Quem nunca chupou uma bala de canela, ou descascou uma tangerina cujo
cheiro era capaz de empestear até o maior dos latifúndios?
Todo mundo sabe que comida tem sabor, e que esse sabor vem dos
ingredientes dela, não só de ingredientes de receitas, mas da própria estrutura
química que compõe tudo aquilo que você está ingerindo.
Uma mordida numa maçã libera nada menos que 130 compostos orgânicos na
sua boca.
No mel, são mais de 200. O café é um exemplo ainda mais brutal: são 1.500
estruturas diferentes.
A ciência define sabor como uma mistura do que é detectado pelos receptores
básicos de gosto e textura na boca, somados às informações que o cérebro
recebe do nariz.
As proporções entre elementos de uma substância não podem ser alterados por
processos físicos e ligados numa proporção fixa e definida.
Em geral, esta razão fixa deve-se a uma propriedade física (formada por
moléculas com ligações químicas estáveis ) e não a uma seleção arbitrária.
Por este motivo o bronze ou o chocolate são misturas ou ligas metálicas e não
compostos.
Por exemplo, a fórmula H2O (água) indica que a molécula desta substância é
constituída de dois átomos de hidrogênio para cada átomo de oxigênio, e a
fórmula do sal de cozinha (NaCl) indica que na sua estrutura cristalina existe
uma proporção fixa de um íon de sódio para cada um íon de cloro.
Compostos iônicos
Compostos moleculares
Existem três tipos de ligações químicas: covalentes, iônicas e metálicas.
Eles libertam-se na boca, por mastigação e interação com a saliva, e
viajam até a sua cavidade retronasal.
Não fosse pelos receptores que ficam atrás do seu nariz, não existiria
sabor – ou melhor, tudo ficaria um tanto igual.
Receptor sensorial
Na virada do século 20, quando o estudo da química por trás dos alimentos
começou a ganhar corpo, surgiram os primeiros aromas sintéticos: tentativas de
imitar, em laboratório, os voláteis mais marcantes no sabor e no odor dos
alimentos.
É provável que os primeiros aromas não naturais tenham surgido por acidente,
com reações químicas que perfumavam o laboratório de cientistas com cheiros
de frutas e flores toda vez que eles produziam compostos chamados ésteres e
aldeídos, cadeias de carbono ligadas a moléculas de oxigênio e hidrogênio.
Não demorou para que alguém visse nesses cheirosos acidentes uma
oportunidade de negócio e começasse a obter aquelas reações de propósito, a
partir de derivados de petróleo.
Se o cheiro for capaz de aguçar o paladar, é quase certo que o prato estará
saborosíssimo e que vai render elogios.
Aromaticidade
Geralmente considera-se que ela ocorre devido aos elétrons estarem livres para
circular por arranjos circulares de átomos, os quais se ligam um ao outro por
uma ligação simples e uma ligação dupla alternadamente.
O benzeno é uma molécula mais estável do que seria esperado, sem contar-se
com deslocalização da carga.
Sabor dos alimentos; propriedade de alimentos e substâncias relacionada com o
paladar.
Pela primeira vez, era possível simular o que acontece na boca e no nariz:
alimentavam a máquina com pequenas doses de um produto e viam seus
compostos aromáticos separados por meio de um gás neutro.
Para ser realista, um aroma de morango deve conter não só polpa, mas notas
ácidas das folhas e das sementes.
O aroma infantil
Produtos voltados para crianças têm aromas mais distantes do real, baseados
nos voláteis do morango maduro, vermelhinho e tão docinho quanto possível.
Modulação de sabor
Você começa com um ingrediente, e uma solução de água com açúcar. Vai
pingando e provando, até começar a sentir o efeito do aroma na água.
Sabe quando lançam uma versão zero açúcar ou zero gordura de algum iogurte
grego?
Em um iogurte sem açúcar, por exemplo, é possível usar o aroma de mel, mas
abaixo da concentração necessária para que ele seja perceptível como mel.
Posso combinar uma série de aromas doces para formar um perfil doce,
encorpado, mas sem dar o gosto desses ingredientes todos no produto final.
Por mais rebuscada que seja a ilusão, porém, é claro que a experiência de comer
um iogurte integral, ou qualquer outro alimento saboroso, parece ser
impossível de reproduzir por completo.
O seu paladar, que evoluiu por milênios, não vai ceder tão fácil à alquimia dos
aromistas, pelo menos por enquanto.