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Daiane Alaniz | Material gratuito - Venda proibida

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saúde do próximo.

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O que são óleos essenciais
Os óleos essenciais são substâncias vegetais voláteis, lipofílicas (afinidade com óleo, mas
não tem aspecto oleoso, gorduroso), constituídas por moléculas químicas complexas e
extremamente concentradas extraídas a partir dos órgãos de flores, frutos, sementes, folhas,
raízes e outras partes das plantas, é mais comumente extraída através de destilação a vapor
ou prensagem da casca de cítricos.

São subprodutos do metabolismo secundário e servem para a manutenção da vida, proteção e


reprodução das células.

Quando a substância ainda está dentro da planta, ela é chamada de fitovolatiloma, ou seja, O
ÓLEO ESSENCIAL não está dentro do óleo, mas sim seu volatiloma, sua fração volátil.

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Tricomas glandulares,
glândulas de armazenamento dos óleos
Pelo fato de as plantas serem imóveis, criaram estratégias para sobreviver e otimizar a
reprodução. Os OEs servem para proteção, atração de insetos para polinizar e reproduzir,
função de reserva energética em momentos de alteração climática em casos de seca extrema,
insolação, dentre outros.

Como estão em pequenas concentrações nas plantas, utiliza-se quilos e até mesmo toneladas
para extração de alguns litros do óleo essencial.

Alguns exemplos:

» Folhas de eucalipto: ~350kg para produzir 1kg de OE


» Rosa damascena: ~1 tonelada de pétalas de rosa para 1 kg de OE
» Citronela: ~100kg das folhas para 1kg de OE

Podem ter efeitos analgésicos, antissépticos, anti-inflamatórios, antibacterianos, calmantes,


higienizadores, expectorantes, diuréticos, reguladores hormonais, endócrinos, entre outros.
São utilizados pelas vias respiratórias, atmosférica, cutânea, oral e retal (outros países como
frança), etc.

Atuam no nível psíquico desencadeando uma profunda conexão com o interior do indivíduo
equilibrando os sistemas límbico-hipotalâmico através do bulbo olfatório.

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É importante não confundir óleos essenciais (substâncias naturais e concentradas) com
essências (substâncias sintéticas que não têm efeito terapêutico algum, apenas um cheiro
agradável). Na França por exemplo, o termo é utilizado quando o óleo essencial ainda está
dentro da planta, normalmente em prensagem de cítricos.

Os óleos essenciais interagem de forma inteligente com o nosso organismo. Eles foram
formados há milhares de anos ao longo da evolução do planeta, por isso tem uma parceria
evolutiva com toda forma de vida. Após entrarem em contato com o organismo vivo,
apresentam biocompatibilidade, tolerância e eficiência em restaurar o equilíbrio corporal,
resultado muitos erros e acertos bioquímicos chamados de EVOLUÇÃO – mas desde que usemos
da forma correta, não é porque é derivado do natural que É natural. Eles são compostos
químicos, com ativos farmacológicos e se utilizados incorretamente, geram muitos problemas.

Óleos essenciais não tem vitaminas, nem minerais, nem hormônios humanos!

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O que é aromaterapia
Ela significa coisas diferentes para pessoas diferentes.

Para mim, significa AUTOCONHECIMENTO.

Como disse o Dr Kurt Schnaubelt:

A aromaterapia pode induzir os primeiros passos de uma viagem que


enfim o conduzirá a tornar-se o mestre da própria saúde.

Mas no geral...

Pode ser definida como a utilização de óleos essenciais a fim de assegurar o cuidado
complementar, preventivo ou curativo a uma grande variedade de afecções humanas, animais
ou vegetais.

É a ciência que estuda as propriedades medicinais das plantas aromáticas. É um sistema


terapêutico natural que utiliza os OEs para equilibrar a saúde, o corpo e a mente no dia a
dia. Pode ser utilizada sozinha em conjunto com outros métodos tradicionais ou em terapias
complementares.

Na Europa é utilizada há mais de 60 anos. Praticada por médicos, enfermeiros e outros


profissionais da área de saúde e bem-estar e também por leigos. Porém há 40 mil anos,
as tribos aborígenes da Austrália já conheciam algumas funções das plantas aromáticas,
queimando eucaliptos e tea tree aspirando as fumaças para tratar afecções respiratórias.
Preparavam unguentos e pastas com argilas e de folhas esmagadas de tea tree para tratar
machucados e outras feridas cutâneas.

O termo surgiu na França com René-Maurice Gattefossé, o “pai da Aromaterapia”, em 1937 e


foi explorada cada vez mais ao longo do tempo, fornecendo evidências sólidas e resultados
consistentes.

É uma prática que visa estabelecer a saúde e o bem-estar integral.

Diferença entre OE e essência

ESSÊNCIA ≠ ÓLEO ESSENCIAL


Sintética Natural

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Essência
Fragrâncias criadas com produtos químicos sintéticos e artificiais.

São utilizados em praticamente todos os itens de consumo: alimentos, cosméticos, perfumes,


fralda de bebê, absorventes, sacos de lixo, canetas, tintas...

DIFERENÇA ENTRE ESSÊNCIA E ÓLEO ESSENCIAL

Essência Óleo Essencial


» Baixo preço, baixo custo; » Valor mais elevado;
» Sem benefícios; » Inúmeros benefícios terapêuticos;
» Facilmente desenvolvido em laboratórios; » Componentes complexos, sinérgicos e difíceis
» Contêm centenas de componentes sintéticos de serem reproduzidos;
químicos não identificados; » Contém inúmeros compostos químicos naturais
» Normalmente derivados do petróleo, com que interagem entre si, identificáveis por
diversos compostos agressivos ao ser humano e cromatografia;
ao meio ambiente; » Derivam de plantas aromáticas;
» Contêm corantes artificiais; » Contêm cores naturais da extração;
» Contêm diversos compostos desconhecidos; » No rótulo contêm apenas o óleo essencial puro;
» Normalmente vendidos em frascos plásticos; » Vendido em frasco de vidro escuro;
» Normalmente hidrossolúveis; » Lipossolúvel;
» Pouco voláteis, fixam mais na pele. » Altamente voláveis.

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O que é quimiotipo
O quimiotipo vai basicamente determinar qual molécula bioquímica está em maior
concentração no OE em comparação com outros da mesma espécie, consequentemente
poderá ser o maior benefício observado no óleo (não é uma regra fixa, lembre-se que a
combinação de vários compostos dá o benefício final do óleo).

Como na aromaterapia tudo está interligado e o conhecimento deve ser amplo, se a empresa
que fornece o óleo, não informar o QUIMIOTIPO (qt), no mínimo você precisa saber ler a
cromatografia oferecida pelo fornecedor.

Exemplo de quimiotipos ou raças químicas. Fonte: Laszlo

Tipos de alecrim

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O que é cromatografia
Ao pé da letra, cromatografia significa: uma análise de laboratório que permite separar,
quantificar a concentração e identificar as moléculas contidas no óleo essencial analisado.

Eu defino como: o DNA do óleo essencial.

É ali que encontramos todos os seus efeitos, benefícios, indicações, toxicidade, propriedades,
enfim. Tudo o que precisamos saber, a nível molecular e científico, está descrito na
cromatografia.

Dominique Baudoux, em seu livro “O grande manual da aromaterapia”, diz que: aprender
a reconhecer os elementos químicos dos aromas, nos dará a chave da compreensão da
aromaterapia científica, que é a terapêutica de ponta da medicina natural.

Mas precisamos sempre lembrar que a aromaterapia vibracional e sutil também deve ser
considerada nos tratamentos, não podemos alopatizar ou olhar a aromaterapia apenas de forma
química e científica, a mágica está justamente em sua complexidade que vai além do físico.

Exemplo de Cromatografia

Mas é importante saber que a cromatografia por si só não comprova se o óleo é confiável e
puro. São necessários outros testes para ter essa real comprovação. A cromatografia é apenas
um deles.

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Via inalação
Modo de ação, metabolização e excreção

1. Cílios olfatórios > Bulbo olfatório > Sistema límbico > Sistema nervoso > Sistema endócrino
O OE evapora e a partícula entra no nariz com o ar. Na cavidade superior das narinas, existe
um revestimento que se chama mucosa nasal/amarela, são nelas que chegam as células neurais
vindas do cérebro, nesta mucosa, temos cerca de 100 milhões de células nervosas olfatórias
(além de ter em outros órgãos do corpo). Em uma extremidade do neurônio, está o cílio olfatório,
inserido na mucosa, que possui os receptores. Na outra extremidade, está o bulbo, que irá
transmitir a sinalização até o sistema límbico do cérebro (integra olfato, emoções, memória
e aprendizado). O estímulo olfatório através da inalação, por atingir esse sistema, tem efeito
imediato e direto sobre o sistema nervoso. É neste único lugar do corpo humano onde o sistema
nervoso central está exposto e em contato direto com o ambiente.

2. O nariz aquece o ar e as partículas do OE, que se dissolvem na mucosa que cobre o epitélio
olfatório.

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3. Após se acoplarem aos receptores e acionarem uma mensagem via bulbo, são exaladas. As
moléculas enviam impulsos elétricos através de potenciais de ação, mas isso não significa

4.
que a molécula será carregada para o cérebro através do nariz. Esse caminho será feito pela
corrente sanguínea.

Nas membranas dos cílios, as substâncias aromáticas são fixadas, facilitando o reconhecimento
e dando início ao processo específico de sinalização. Temos aproximadamente 350 genes
de receptores olfatórios presentes em quase todos os cromossomos, em média 2% do nosso
código genético, perdendo apenas para o sistema imunológico.

5. Na região límbica, existem várias áreas ligadas à percepção do aroma, às sensações de prazer
e dor, emoções como raiva, medo e sensações sexuais. Os OEs ativam a memória, sentimentos

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e cria uma resposta emocional, pois as áreas do sistema límbico como hipocampo e amígdala
são relacionadas à memória e à emoção;

Além disso, age sobre o sistema nervoso, ativando ou relaxando, de forma sistêmica (corpo
todo) ou local. Pode expressar sentimentos como euforia, relaxamento, concentração,
coragem, força, etc...

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7. O olfato distingue apenas um aroma por vez, numa sinergia, é reconhecido a união dos aromas.

No processo de inspiração, algumas moléculas não se acoplam aos receptores dos cílios,
ficando livres na mucosa, podendo ligar-se aos átomos de oxigênio e chegar até os pulmões.
No pulmão, essas moléculas são absorvidas e passarão para a corrente sanguínea, onde
poderão atuar de forma local como expectoração de catarro ou de forma sistêmica, no alívio
de inflamações.

Depois de serem absorvidos e metabolizados, eles serão biotransformados e excretados pela


saliva, suor, lágrimas, leite materno, bile, fezes e urina.

No pulmão, essas moléculas são absorvidas e passarão para a corrente sanguínea, onde
poderão atuar de forma local como expectoração de catarro ou de forma sistêmica, no alívio
de inflamações.

Depois de serem absorvidos e metabolizados, eles serão biotransformados e excretados pela


saliva, suor, lágrimas, leite materno, bile, fezes e urina.

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Via tópica
Modo de ação, metabolização e excreção

Como os óleos contém moléculas extremamente pequenas (menor que 300 daltons), e a pele
aceita em média, moléculas com no máximo 500 daltons, a permeabilidade é muito mais
facilitada.

Também tem afinidade com a barreira cutânea e por serem lipossolúveis, acumulam-se nas
gorduras e liberam as moléculas gradativamente.

O ideal é utilizar uma base carreadora vegetal (óleos vegetais graxos, puros e prensados
a frio) ou cremes, até mesmo produtos bifásicos para facilitar atravessar a barreira,
evitando completamente sintéticos ou óleo mineral (que pode ocasionar oclusão e
prejudicar a absorção do OE). O uso da base carreadora permitirá que o óleo demore
para evaporar e penetre as moléculas no local de aplicação mais profundamente.

Os óleos atravessam a barreira da pele facilmente, podendo ser armazenados por até 72h ou
atravessar a derme e atingir a corrente sanguínea de acordo com a aplicação e concentração.

A fricção ocasionada pela massagem, estimula a circulação sanguínea e melhora ainda mais a
absorção cutânea.

Como durante a aplicação do OE, moléculas são evaporadas, o emocional também será
atingido, atuando de maneira física e mental.

Cobrir a pele, após uma massagem faz com que as moléculas penetrem ainda mais, pela
abertura dos poros e aquecimento, além de evitar a evaporação.

Os OEs tem milhares de componentes benéficos em uma gota apenas, portanto, utilize com
sabedoria e nunca mais precisará de tanto produto pra cuidar da pele ou da saúde.

A pele é o maior órgão do corpo e é uma das vias através das quais os óleos essenciais podem
chegar à corrente sanguínea, e dessa forma percorrer o corpo; a outra via é a dos pulmões e
olfativa.

Descrita como semipermeável, o fator que determina se uma substância em particular


conseguirá ou não atravessá-la é o tamanho das moléculas constituintes.

A pele é composta de camadas de diferentes tipos de células, glândulas sebáceas, folículo


piloso, canais linfáticos, capilares sanguíneos, entre outros. Abaixo da grossa camada externa
de queratina (epiderme), todas as células contêm lipídios, substância para a qual as moléculas
dos óleos essenciais são atraídas. O pequeno tamanho das moléculas de óleos essenciais e sua
bioatividade permitem que penetrem na epiderme, atraídas por substâncias lipídicas, e entrem
na circulação sanguínea e linfática, sendo então distribuídos para todo o organismo.

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A capacidade de vários agentes de se submeter a penetração transdérmica é uma questão
essencial na farmácia. Administração transdérmica de drogas é uma via alternativa útil para
agentes terapêuticos que são propensos a decompor-se no trato gastrointestinal e permite a
obtenção de concentrações relativamente elevadas de drogas locais sem efeitos secundários
sistêmicos.

A absorção pela pele, ao invés da absorção pelo sistema digestivo por via oral, oferece a
vantagem da penetração imediata dos óleos essenciais na corrente sanguínea, sem passar
pelo fígado, onde seriam filtradas partes de seu conteúdo farmacoquímico. Além disso,
por serem lipossolúveis, os óleos essenciais são capazes de atravessar a barreira hemato-
encefálica, e dessa maneira penetrar o cérebro.

É importante lembrar que quando o OE entra em nosso organismo, ele já não é mais um óleo
essencial íntegro, nós iremos encontrar os compostos dos óleos essenciais dentro do corpo.

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Existe uma grande diferença de resultados de acordo com a pessoa que usou o óleo essencial.

Esse tempo varia, portanto, de acordo com a molécula, com a concentração, com a pessoa
que irá utilizar o OE.

Para o OE atuar de forma sistêmica, ele precisa chegar na corrente sanguínea e, para chegar
na corrente sanguínea, precisa atravessar as barreiras da pele.

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A absorção é, em média, 10% do OE que foi aplicado – ele pode evaporar, não atravessar a
barreira, ser metabolizado na pele, acumular na gordura da pele.

Fatores que afetam a absorção do OE na pele:


» Componente:
Tamanho, lipossolubilidade.

» Pele:
Parte do corpo, espessura, temperatura, hidratação do estrato córneo, metabolismo,
dano na pele.

» Veículo carreador:
Solubilidade, volatilidade, pH, distribuição no estrato córneo.

» Dosagem:
Concentração, tamanho total de pele aplicada, duração da exposição.

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ELABORADO POR
DAIANE ALANIZ

• Engenheira de Bioprocessos e Biotecnologia

• Aromatóloga

• Naturopata e Especialista em Óleos Essenciais pela


Academia Europeia de Medicina Natural A.E.M.N

• Co-fundadora da marca Bioneví - Cosméticos Naturais

@daianealaniz

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