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Bernarda Bernardo Luís Figueiredo

Tema: Fisiologia da Dor & Fisiologia Endócrina

Universidade Licungo

Quelimane, Abril de 2020


Bernarda Bernardo Luís Figueiredo

Licenciatura Psicologia – 1º Ano/Pós-Laboral

Tema: Fisiologia da Dor & Fisiologia Endócrina

Trabalho de carácter avaliativo a ser


apresentado na cadeira: Neurofisiologia

Docente: Dr. Paulo Nazaré Miguel

Universidade Licungo

Quelimane, Abril de 2020


Índice
Introdução....................................................................................................................................4
Fisiologia da Dor.........................................................................................................................5
Epidemiologia..............................................................................................................................5
Tipos de Dor................................................................................................................................5
Classificação quanto à duração....................................................................................................6
Dor Aguda...................................................................................................................................6
Dor Crónica.................................................................................................................................6
Classificação quanto ao tipo........................................................................................................7
Dor Nociceptiva...........................................................................................................................7
Dor não Nociceptiva....................................................................................................................7
Mecanismo da Dor.......................................................................................................................8
Nociceptores..............................................................................................................................10
Fisiologia Endócrina..................................................................................................................10
Constituição dos órgãos do sistema endócrino..........................................................................10
Sistema endócrino - Regulação e controle das funções do corpo..............................................11
Pineal.........................................................................................................................................11
Hipófise......................................................................................................................................11
Tireóide......................................................................................................................................12
Paratireóides..............................................................................................................................12
Supra-renais...............................................................................................................................13
Pâncreas.....................................................................................................................................13
Testículos...................................................................................................................................14
Conclusão..................................................................................................................................15
Bibliografia................................................................................................................................16

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Introdução

O conhecimento que se pretende brindar neste presente trabalho de Neurofisiologia tem


como tema Fisiologia da dor & Fisiologia endócrina. Portanto, no desenvolvimento
deste trabalho irei abordar os conceitos básicos e fundamentais do tema em alusão,
começando pela definição, características, tipos de dor, classificação quanto a duração
da, mecanismo da dor e por ultimo sistema endócrino.

O objectivo deste trabalho é de trazer conhecimentos teóricos e práticos relativos ao


tema em causa.

Para que fosse possível a realização do presente trabalho, o grupo teve como
metodologia de trabalho a consulta bibliográfica.

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Fisiologia da Dor

Epidemiologia

Segundo Inês M. Janeiro, (2017). A dor é um grave problema de saúde em todo o


mundo. Sejam países desenvolvidos ou não, é uma situação clínica que afecta grande
parte da população, sendo vários os estudos epidemiológicos realizados ao longo dos
últimos anos acerca da dor. Contudo, de acordo com a literatura, as conclusões retiradas
são muitas vezes consideradas de baixa credibilidade, devido a factores como
heterogeneidade das populações estudadas, diferentes métodos usados nas
investigações, e ainda à dificuldade em definir a dor.

A dor é umas das razões primárias para a procura de cuidados de saúde nos Estados
Unidos da América, onde aproximadamente 35 milhões de novas consultas médicas são
realizadas a cada ano em sua decorrência e, cerca de 70 milhões das visitas médicas são
devidas a dor. Na Europa, o maior relatório sobre prevalência da dor crónica, Pain in
Europe, mostra que cerca de 19% da população adulta europeia (75 milhões de
pessoas), sofre de dor crónica, sendo apenas 1-2% de origem oncológica (10).

As principais causas de dor na Europa incluem a dor oncológica (1%), lombalgias


(30%), dor músculo-esquelética e osteoarticular (30%), e dor de cabeça e enxaqueca
(10%).

Tipos de Dor

Segundo Inês M. Janeiro, (2017). Uma dor pode ter diversas causas, afectar diversos
tecidos e ter diferentes durações. A sua complexidade exige uma classificação
igualmente complexa. Por isso, para se classificar a dor tem que se ter em conta a
duração, a localização e a eventual associação a alguma patologia.

Na década de 1930, o neurocirurgião Wilder Penfield, operou vários pacientes com


epilepsia. Durante essas cirurgias, investigou e levantou dados, de forma a descobrir
quais as partes do córtex cerebral que controlavam cada um dos movimentos corporais
voluntários e sensações. Com todos os seus trabalhos descobriu uma visão muito
distorcida do corpo humano: o homúnculo cortical. O homúnculo cortical, representa a
forma como o nosso cérebro vê o nosso corpo a partir do interior, isto é, a importância
de várias partes do corpo determinadas pelo nosso próprio cérebro.

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Classificação quanto à duração

Dor Aguda

Segundo Inês M. Janeiro, (2017). A dor aguda é definida como “dor de início recente e
de provável duração limitada, havendo normalmente uma definição temporal e/ou
causal.

A dor rápida, também descrita como dor aguda é sentida logo após 0,1 segundos do
estímulo doloroso. É a dor mais comum, apresenta uma curta duração e é resultante de
uma causa claramente identificada. A dor aguda, até um certo ponto, pode trazer
benefícios ao organismo, funcionando como um sinal de alerta em casos como lesões,
cirurgia e doença aguda. É um sintoma muito importante no diagnóstico de várias
doenças. Quando não controlada, leva ao sofrimento, retarda a cura, aumenta o risco de
morbilidade, prolonga a hospitalização e pode evoluir para uma dor persistente crónica.

Dor Crónica

Segundo Inês M. Janeiro, (2017). A dor lenta ou dor crónica, como é mais conhecida,
está associada à destruição tecidual. É uma dor prolongada no tempo (duração igual ou
superior a 3-6 meses ou que persiste para além da cura da lesão que lhe deu origem),
pode levar a um tipo de sofrimento que parece quase insuportável. A dor crónica é, por
isso, de difícil identificação temporal e/ou causal podendo gerar diversos estádios
patológicos. É um problema multidimensional, com uma complexidade biológica,
psicológica e social, que necessita da associação de várias especialidades para o seu
tratamento.

A dor crónica tem repercussões na saúde física e mental do indivíduo, conduzindo por
exemplo a um aumento da susceptibilidade às infecções, insónias, ansiedade, depressão,
podendo mesmo levar ao suicídio. Tem muitos impactos para além do sofrimento
individual que provoca, nomeadamente, sequelas psicológicas, isolamento,
incapacidade e perda de qualidade de vida, envolvendo muitas vezes a família,
cuidadores e amigos. Desta forma, a dor crónica é encarada como uma doença por si só,
com enormes repercussões sobre o indivíduo e a sociedade, pelo sofrimento e custos
socioeconómicos que lhe estão associados.

As principais causas da dor crónica assentam nas patologias osteoarticulares, na


osteoporose, no trauma, na artrite reumatóide e na cefaleia. Em Portugal, estima-se que

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3 milhões de indivíduos padecem de dor crónica, cuja prevalência ronda os 36%. Em
16% dos doentes adultos, esta dor apresenta-se moderada a grave, tendo um impacto na
qualidade de vida e na actividade profissional em cerca de 50%. A prevalência da dor é
claramente maior nas mulheres e aumenta com a idade em ambos os sexos.

Classificação quanto ao tipo

Dor Nociceptiva

A dor nociceptiva surge devido a estímulos específicos a receptores da dor. Esses


receptores são sensíveis à temperatura, à vibração, à distensão e a substâncias químicas
libertadas por células danificadas. A dor nociceptiva pode ser classificada em dor
visceral ou dor somática.

Dor visceral

A dor visceral tem origem nos órgãos internos e pode revelar infecção, inflamação,
modificações da motilidade dos órgãos, neoplasia, alterações nos nervos transmissores
das sensações viscerais, ou isquemia. É descrita como uma dor subjectiva, profunda,
apresentada sob a forma de espasmos ou cãibras. A dor visceral é frequentemente
associada a efeitos no sistema nervoso autónomo, incluindo palidez, suores, náuseas,
distúrbios gastrointestinais, alterações na temperatura corporal, pressão arterial e
frequência cardíaca.

Dor Somática

A dor somática é uma dor proveniente da pele, músculos, articulações, ossos ou


ligamentos, dividindo-se ainda em dor superficial ou profunda. A dor superficial
apresenta uma instalação aguda e imediata, enquanto a dor profunda tem tendência a ser
uma dor inicialmente silenciosa. A dor superficial (dor cutânea) como pequenas feridas
ou queimaduras de primeiro grau ocorre ao nível da pele ou membranas mucosas; a dor
profunda é uma dor causada, por exemplo, por rupturas, fracturas ósseas e ocorre ao
nível dos músculos ossos, articulações, ligamento, tendões ou vasos sanguíneos.

Dor não Nociceptiva

A dor não nociceptiva é uma dor que não está associada a receptores específicos, sendo
produzida por disfunções nas células nervosas. Surge a partir do sistema nervoso
periférico e pode ser classificada em neuropática ou simpática.

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Dor neuropática

A dor neuropática é definida como: “dor que ocorre como consequência directa de uma
lesão ou doença do sistema nervoso somatossensorial”. Esta lesão poderá ser parcial ou
total e pode localizar-se a qualquer nível do sistema nervoso, tanto a nível central como
periférico. Um bom diagnóstico deve apresentar uma lesão demonstrável ou uma
doença neurológica evidente.

No entanto, trata-se de um processo patológico difícil de caracterizar pelo facto de


possuir uma etiologia múltipla e variada. Considerando tal complexidade, este tipo de
dor é muitas vezes camuflado por diagnósticos equívocos, consequentes da dificuldade
de avaliar a origem das alterações das vias sensitivas.

A dor neuropática está normalmente associada a diferentes sintomas neurológicos que


podem reduzir a sensação ou até mesmo levar à anestesia completa ou, pelo contrário, à
hiperexcitabilidade. Quem sofre de dor neuropática descreve sensações de queimadura,
formigueiro, dormência, picadas, choque eléctrico, etc. O impacto da dor neuropática no
quotidiano do doente pode ser extremamente expressivo. Alterações nos movimentos,
perturbações do sono e concentração, entre outras patologias derivadas do próprio
processo doloroso como a depressão, são motivos que levam a uma menor qualidade de
vida. É portanto, um tipo de dor problemática pelo facto de ser crónica, de possuir uma
etiologia diversa e não responder às terapêuticas analgésicas convencionais.

Dor simpática

A dor simpática é causada pela hiperactividade da parte simpática do sistema nervoso


vegetativo, que controla o fluxo sanguíneo nos tecidos. A dor simpática é um tipo de
dor nervosa (neuropatia, nevralgia, neurite). Ocorre frequentemente após fractura ou
lesões do tecido mole, o que resulta na denominada Síndrome Dolorosa Complexa
Regional. Essa dor é não-nociceptiva, ou seja, não existem receptores de dor
específicos. É descrita como hipersensibilidade cutânea à volta do local lesionado e
perifericamente em direcção aos membros, sudação e temperatura local aumentada.

Mecanismo da Dor

Segundo Inês M. Janeiro, (2017). O sistema sensorial consiste em células receptoras


sensoriais que recebem estímulos do ambiente e conduzem as informações dos

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receptores ao encéfalo ou à medula espinal. Estas informações, atingindo ou não a
consciência, são chamadas de “informação sensorial”. Se a informação atinge a
consciência, pode também ser chamada de “sensação”. O entendimento dessa sensação
é chamado de “percepção”. Por exemplo, sentir dor é uma sensação, mas a consciência
de que a dor é numa parte do corpo (por exemplo, perna, braço, dente), é percepção.
Existem vários factores que afectam as nossas percepções como mecanismos receptores
sensoriais como por exemplo, a adaptação, processamento da informação, emoções,
personalidade, experiência e antecedentes sociais. Em resumo, para a percepção ocorrer,
os três processos incluídos – tradução da energia do estímulo em potenciais de acção
pelo receptor, transmissão dos dados ao longo do sistema nervoso e interpretação dos
dados – não podem ser separados.

Figura1-Tradução do estímulo, 2- Transmissão, 3- Interpretação, adaptado de Robinson ME.

O fenómeno doloroso é um processo neurológico complexo que resulta da influência


entre neurónios, isto é, os neurónios que conduzem os estímulos nociceptivos estão
sujeitos à influência modulatória de outros neurónios que libertam mediadores
inibitórios ou excitatórios. Na grande maioria dos casos, a dor resulta da activação de
neurónios aferentes primários específicos, os nociceptores, da lesão ou disfunção desses
nociceptores ou do sistema nervoso central (SNC). A dor causada por uma excessiva
estimulação dos nociceptores localizados na pele, vísceras e outros órgãos designa-se
dor nociceptiva, enquanto a dor que resulta de uma disfunção ou lesão do sistema
nervoso central ou periférico é chamada dor não nociceptiva.

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Nociceptores

Os receptores da dor são conhecidos como nociceptores, são os neurónios do sistema


nervoso periférico responsáveis pela detecção e transmissão dos estímulos dolorosos,
sendo através da libertação de transmissores, neurotransmissores, que a célula é capaz
de comunicar com os seus adjacentes pós-sinápticos.

São três os estímulos nociceptivos que excitam os receptores para a dor: estímulos
mecânicos, químicos e térmicos. Os receptores para transmitirem esses sinais dolorosos
para o SNC utilizam duas vias separadas que correspondem principalmente aos dois
tipos de dor: a via para a dor aguda e a via para a dor crónica.

Fisiologia Endócrina

O sistema endócrino compreende os harmónios que são substâncias formadas por


proteínas ou aminoácidos ou esteróides, sendo secretadas por glândulas especializadas e
que quando lançadas na corrente sanguínea, apresentam acção local ou sistémica. Os
harmónios atuam, juntamente com o sistema nervoso, controlando diferentes respostas
do organismo, como função reguladora, hemostática, desenvolvimento, reprodução,
dentre outras.

Constituição dos órgãos do sistema endócrino

Os tecidos epiteliais de secreção ou epitélios glandulares formam as glândulas, que


podem ser uni ou pluricelulares. As glândulas pluricelulares não são apenas
aglomeradas de células que desempenham as mesmas funções básicas e têm a mesma
morfologia geral e origem embrionária - o que caracteriza um tecido. São na verdade
órgãos definidos com arquitectura ordenada. Elas estão envolvidas por uma cápsula
conjuntiva que emite septos, dividindo-as em lobos. Vasos sanguíneos e nervos
penetram nas glândulas, fornecendo alimento e estímulo nervoso para as suas funções.

Os harmónios influenciam praticamente todas as funções dos demais sistemas corporais.


Frequentemente o sistema endócrino interage com o sistema nervoso, formando
mecanismos reguladores bastante precisos. O sistema nervoso pode fornecer ao
endócrino a informação sobre o meio externo, ao passo que o sistema endócrino regula
a resposta interna do organismo a esta informação. Dessa forma, o sistema endócrino,
juntamente com o sistema  nervoso,  atuam na coordenação e regulação das funções
corporais.

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Sistema endócrino - Regulação e controle das funções do corpo

O sistema endócrino, em conjunto com o sistema nervoso, regula e controla todas as


funções de nosso organismo. Só para citar alguns poucos exemplos, o sistema endócrino
atua no crescimento de tecidos, no equilíbrio hídrico do corpo, na reprodução e no
metabolismo de carboidratos. Ele é formado por uma série de glândulas, chamadas de
glândulas endócrinas. As glândulas endócrinas secretam os harmónios, substâncias que
são lançadas na corrente sanguínea, atingindo as células dos diversos tecidos do corpo
humano. Os harmónios podem estimular ou inibir as funções metabólicas. Cada
harmónio atua apenas sobre algumas células específicas, são as chamadas células-alvo.

As principais glândulas endócrinas humanas são: a pineal, a hipófise, a tireóides, as


paratireóides, as supra-renais, o pâncreas, os ovários (nas mulheres) e os testículos (nos
homens).

Pineal

A pineal é uma pequena glândula situada no centro do cérebro. Sua principal função é o
controlo dos ciclos diários de sono e vigília. Durante a noite, a escuridão estimula a
secreção de um harmónio da pineal, a melatonina, que induz ao sono. Já a claridade
inibe a produção de melatonina.

Hipófise

A hipófise, ou pituitária, é uma pequena glândula, situada sob o encéfalo e ligada ao


hipotálamo. Além de controlar directamente diversas funções metabólicas, a hipófise
também estimulam ou inibe a acção de outras glândulas. Ela é dividida em duas regiões,
uma posterior, chamada de neuro-hipófise, e outra anterior, a adeno-hipófise.

A neuro-hipófise secreta principalmente dois harmónios: a ocitocina e o harmónio


antidiurético (ADH). A oxitocina atua sobre o útero, promovendo as contracções do
parto, e sobre as glândulas mamárias, estimulando a secreção do leite. O ADH controla
o equilíbrio hídrico do organismo. Ele atua sobre os rins aumentando a reabsorção de
líquidos.

Os adeno-hipófise secreta diversos harmónios. Alguns deles são: a somatotrofina (GH),


o harmónio folículo estimulante (FSH), o harmónio latinizante (LH), a prolactina e o
harmónio tireotrófico (TSH.

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A somatotrofina estimula a multiplicação celular e o desenvolvimento de tecidos.
Consequentemente, o GH estimula o crescimento do corpo, sendo, por isso, conhecido
também como "harmónio do crescimento.

Nas mulheres, o FSH atua sobre os ovários, promovendo o amadurecimento dos


folículos e estimulando a liberação de estrogénio. Nos homens, o FSH atua sobre os
testículos, estimulando a produção de testosterona.

O LH estimula a ovulação nas mulheres e a produção de testosterona nos homens. A


prolactina atua sobre as glândulas mamárias, estimulando a produção de leite após o
parto. O TSH atua sobre a tireóides, outra glândula do sistema endócrino, regulando a
sua actividade.

Tireóide

A tireóide é uma glândula situada na região frontal do pescoço. Os principais harmónios


secretados pela tireóide são: a tiroxina (T4), a tiroxina (T3) e a calcitonina. O T4 e o T3
regulam o metabolismo celular. Já a calcitonina regula a concentração de cálcio,
elemento importante para a contracção muscular.

Tanto a falta quanto o excesso de harmónios tiroidianos provocam doenças. O primeiro


caso é conhecido como hipotiroidismo. Nesta disfunção, a baixa concentração de
harmónios tiroidianos provoca uma redução do metabolismo, levando a consequências
como ganho de peso, cansaço e disfunções intestinais.

Já no hipertiroidismo, o excesso de harmónios tiroidianos provoca um aumento do


metabolismo, levando a sintomas como perda de peso, aumento de apetite, agitação e
taquicardia.

Paratireóides

Ligadas à parte posteriores da tireóide, existem quatro pequenas glândulas endócrinas,


chamadas paratireóides. As paratireóides secretam o paratormônio (PTH), que atua na
regulação da concentração de cálcio no organismo.

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Supra-renais

As glândulas supra-renais, ou ad-renais, estão localizadas sobre os rins. Internamente,


são divididas em duas regiões, uma externa, o córtex ad-renal, e outra interna, a medula
ad-renal.

Dois dos principais harmónios secretados pelo córtex ad-renal são o cortisol e a
aldesterona. Ambos são derivados do colesterol e, por isso, são chamados de esteróides.
A principal função do cortisol é regular a permeabilidades dos capilares sanguíneos. Já a
aldesterona atua sobre os rins, aumentado a absorção de sais durante o processo de
filtração do sangue.

Os principais harmónios secretados pela medula ad-renal são a adrenalina e a


noradrenalina. A adrenalina prepara o organismo para situações de perigo ou estreses.
Entre outros efeitos, ela aumenta os batimentos cardíacos e a pressão arterial,
preparando o indivíduo para uma reacção rápida. A noradrenalina controla a pressão
sanguínea do corpo.

Pâncreas

O pâncreas é uma glândula mista localizada na região abdominal. Ele é chamado de


glândula mista pelo fato de possuir tanto funções endócrinas quanto exócrinas. A função
endócrina é realizada por diversos conjuntos de células chamadas de ilhotas de
Langerhans.

Dois dos principais harmónios produzidos pelas ilhotas de Langer Hans são a insulina e
o glucagon, ambos relacionados ao controle da concentração de glicose no sangue. A
insulina estimula a absorção da glicose presente no sangue e o seu armazenamento no
fígado, na forma de glicogénio. Já o glucagon estimula o aumento da concentração de
glicose no sangue e a quebra do glicogénio.

A deficiência de insulina provoca uma doença conhecida como diabete melito. A baixa
concentração de insulina dificulta a absorção de glicose, afectando o metabolismo
celular e, consequentemente, provocando um aumento dessa substância no sangue.

Ovários

Os ovários secreta os harmónios sexuais femininos, o estrógeno e a progesterona. O


estrógeno, entre outras funções, está relacionado ao ciclo menstrual e ao

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desenvolvimento de características sexuais secundárias femininas, como os seios e o
acúmulo de gordura em certas regiões do corpo. A progesterona promove alterações
necessárias para a manutenção de uma possível gravidez. No útero, por exemplo, o
harmónio promove a formação do endométrio, tecido sobre o qual o embrião se fixa.

Testículos

Os testículos secreta o harmónio sexual masculino, a testosterona. Este harmónio, entre


outras funções, promove o desenvolvimento de características sexuais secundárias
masculinas, tais como voz grossa e barba.

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Conclusão

Com base no estudo do tema realizado sobre Neurofisiologia, conclui-se que, a


fisiologia da dor quanto a fisiologia endócrina envolvem orgãos bastantes importantes e
vitais para ser o humano.

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Bibliografia

INÊS M. Janeiro, (2017). Fisiologia da dor. Universidade Lusófona de Humanidades e


Tecnologias (Escola de Ciências e Tecnologias da Saúde)

Direção-Geral da Saúde. A Dor como 5o sinal vital. Registo sistemático da intensidade


da Dor. A Dor como 5o sinal vital. Registo sistemático da intensidade da Dor. 2003.

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