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UNIVERDADE LICUNGO

FACULDADE DE CIÊNCIAS E TECNOLOGIA

LICENCIATURA EM INFORMÁTICA – 4ºANO/L

ALCINDO ANTÓNIO DA COSTA ASSARATE

CLÉLIO JOÃO EMÍLIO SAMO

DINELSE INROGA

DOMINIQUE DOMINGOS

FILTROS DE FREQUÊNCIA

Quelimane

2023
ALCINDO ANTÓNIO DA COSTA ASSARATE

CLÉLIO JOÃO EMÍLIO SAMO

DINELSE INROGA

DOMINIQUE DOMINGOS

FILTROS DE FREQUÊNCIA

Trabalho de carácter avaliativo a ser apresentado na


cadeira de Fundamentos de Comunicação no curso de
Licenciatura em Informática da Faculdade de Ciências e
Tecnologias.

Orientador:

Quelimane

2023
Índice
1.Introdução ................................................................................................................................ 4

2.Objectivo Geral........................................................................................................................ 4

2.1.Objectivo especifico ............................................................................................................. 4

3.1.Filtro passas baixas ............................................................................................................... 6

3.2.Banda Passante ou Faixa de passagem (BW) ....................................................................... 7

3.2.1.Tipo de aproximações (Resposta do Filtro) ....................................................................... 7

4.Função de Transferência (H(w)).............................................................................................. 9

4.1.Topologia de filtros passivos .............................................................................................. 10

4.2.Filtro Passa Altas ................................................................................................................ 10

4.3.Factor de Qualidade (Q) ..................................................................................................... 13

4.4.Filtros passivos passa-faixa ................................................................................................ 13

5.Filtros activos passa-faixa ..................................................................................................... 14

5.1.Frequência de ressonância (f0) ........................................................................................... 15

5.2. Banda de rejeição ou Faixa de rejeição (BW) ................................................................... 15

6.Conclusão .............................................................................................................................. 17

7.Referências Bibliográficas ..................................................................................................... 18


4

1. Introdução
De um modo introdutório, em geral, sistemas de comunicação incluem filtros, com a
finalidade de separar um sinal, contendo informação, de contaminações indesejáveis como
interferência, ruído e produtos de distorção. Os filtros separam sinais indesejados, bloqueiam
sinais de interferência, fortalecem sinais de voz e vídeo, e alteram sinais para outras
evoluções.

Um filtro deixa passar uma banda de frequência e rejeita outra.

Em suma nesta abordagem iremos falar dos filtros de frequência com aplicação a
fundamentos de comunicação, iremos classificar os filtros quanto ao seu tipo e como se
diferem entre si.

2. Objectivo Geral
 Realizar um estudo sobre filtros de frequência assim como projectar como eles são
apresentados graficamente.

2.1.Objectivo especifico
 Diferenciar os filtros de acordo com a banda passante e a banda de rejeição;

 Apresentar as topologias de cada tipo de filtro a partir de circuitos eléctricos.


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3. Filtros de frequência

A filtragem de sinais é utilizada para diversas aplicações tecnológicas e, por esse motivo, tem
sido foco de estudo em processamento de sinais a fim de realizar melhorias e optimização
desse processo. A filtragem de sinais é realizada por sistemas, denominados filtros, que são
utilizados para selecionar faixas de frequências de modo a deixar passar determinada banda de
frequência e rejeitar as indesejadas de um sinal (SADIKU; ALEXANDER; MUSA, 2014). A
banda em que apresenta as frequências que passam pelo filtro é denominada banda de
passagem, e a banda que apresenta as frequências rejeitadas pelo filtro é denominada de banda
de rejeição (NALON, 2009).

Um filtro passa-alta permite a passagem de altas frequências e rejeita as baixas frequências de


um sinal. O filtro passa-faixa permite a passagem de uma banda intermediária, enquanto
rejeita as componentes de baixa e alta frequência do sinal fora dessa banda. Já o filtro rejeita-
faixa rejeita as componentes de frequência dentro de uma determinada banda intermediária e
permite a passagem das frequências fora dessa banda (NALON, 2009). As frequências que
separam a banda de passagem da banda de rejeição de um filtro são denominadas de
frequências de corte. Define-se que na frequência de corte há a perda da metade da potência
do sinal, equivalente a -3 dB na amplitude (NALON, 2009).

Figura 1,2 e 3: frequência para filtro: passa-baixa, passa-alta, passa-faixa e rejeita banda
6

Um filtro é um sistema destinado a atenuar ou amplificar determinadas componentes de um


sinal. De acordo com a aplicação, um filtro pode ser um circuito eléctrico (activo ou passivo)
ou um programa de computador. Uma categoria muito importante de filtros é aquela que pode
ser modelizada por sistemas lineares e invariantes no tempo dentro destes, os filtros com
resposta impulsional real representam a esmagadora maioria dos filtros. Os filtros podem ser
classificados como filtro: passa-baixa, passa-alta, passa-faixa e rejeita-faixa (SADIKU;
ALEXANDER; MUSA, 2014). apresenta a resposta em frequência de um filtro ideal de cada
tipo.

3.1.Filtro passas baixas


Os filtros passa baixas são circuitos que não atenuam os sinais cujas frequências estão abaixo
da frequência de corte (fc ou wc), e que atenuam as frequências acima dessa frequência de
corte. A resposta em frequência do ganho é caracterizada pelo gráfico a seguir:

Gv[dB]

x-3dB

w[rd/s]

Wc

fc f[Hz]

Figura 4: Resposta dos filtros passa-baixas

Frequência de corte (fc)

Os sinais cujas frequências são maiores que fc são atenuados. Na frequência de corte existe
uma atenuação de 3 dB (ou Gv = 0.707). No caso de filtros PB de 1a ordem temos:

e wc= ou fc=
7

3.2.Banda Passante ou Faixa de passagem (BW)


É a faixa de frequência em que os sinais passam pelo filtro “sem” serem atenuados.

BW =fc−0 ou BWrd= − 0

Ordem do filtro (n)

Cada conjunto de componentes RC ou RL apresentam uma constante de tempo. A ordem do


filtro corresponde ao número de constantes de tempo que atuam sobre o filtro. A ordem do
filtro influencia directamente na taxa de actuação a partir da frequência de corte. Cada
aumento de grau na ordem resulta em uma atenuação de 6dB/oitava1 (20dB/década2), e uma
mudança de fase de 180º.

3.2.1. Tipo de aproximações (Resposta do Filtro)


Descreve a função de transferência do filtro em relação a amplitude e fase. As respostas
padrões mais usadas são Butterworth, Chebyshev, Cauer (ou Eliptica), Bessel.

Butterworth: Essa resposta é maximamente plana na faixa de passagem.

Figura 5: resposta tipo Butterworth

Chebyshev: apresenta ondulações uniformes na banda de passagem, mas em contrapartida


apresenta uma atenuação mais abrubta após a frequência de corte, resultando em uma menor
faixa de transição.
8

Figura 6 e 7: resposta tipo chebyshev

Cauer ou Elíptico: apresenta ondulações uniformes tanto na banda de passagem com na


banda de rejeição. Este é o tipo de filtro que apresenta a maior atenuação após a frequência de
corte para uma ordem dada.

Figura 8: filtro elíptico

Bessel: É um filtro optimizado para obter a melhor resposta a transitório, devido a sua fase
linear (atraso constante). Como consequência este tipo de aproximação apresenta a pior
resposta em frequência (pior discriminação de amplitude).
9

Figura 9: resposta tipo bessel

4. Função de Transferência (H(w))


É a equação matemática que relaciona a tensão de saída com a tensão de entrada do filtro
(Vs/Ve). No caso de filtro passa baixas de 1a ordem temos:

No caso de filtro passa baixas de 2a ordem temos:

Onde α é o factor de amortecimento do filtro.

A partir do conhecimento dessas características, podemos resolver alguns problemas simples


com filtros PB. Inicialmente utilizarão o mesmo circuito RL séries já utilizado, para
demonstrar que conhecendo-se a frequência de corte desejada, podemos determinar
directamente a resposta em frequência (diagrama de bode aproximado).

A partir do cálculo de Vs podemos obter a função de transferência H(w) = Vs/Ve:

Vs =

Dividindo o numerador e denominador por R obtermos a função de transferência padronizada


H(ω) na qual é simples encontrar a frequência de corte

onde por comparação obtemos que:

𝜏=

Considerando os valores dos componentes (R = 10 e L = 10 mH), podemos calcular


directamente a frequência de corte sem calcularmos os valores de ganho para um conjunto de
frequências.

Como o filtro é de 1a ordem, sabemos que a atenuação após a frequência de corte é de 20


dB/década.
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4.1.Topologia de filtros passivos


A implementação dos filtros pode ser realizada de diversas formas diferentes: com
componentes passivos (circuitos RLC), com amplificadores operacionais (filtros activos), com
circuitos de capacitores chaveado (filtros amostrados), e filtros digitais. Entre os filtros
activos as topologias mais utilizadas são: Sallen Key: Essa é uma das topologias mais usadas
em projectos de baixa ordem, pois apresenta uma menor dependência do desempenho do
filtro.

Figura 10: topologia filtro passa-baixa

Circuito de estado-variável (State-Variable): é uma opção para a implementação mais precisa


da resposta desejada, porém apresenta um custo maior em função da maior quantidade de
ampops e componentes passivos. Nesta topologia todos os parâmetros do filtro podem ser
ajustados independentemente. O circuito apresenta simultaneamente saídas do tipo passa-
baixas, passa-altas e passa-faixa.

4.2.Filtro Passa Altas


Os filtros passa altas são circuitos que atenuam os sinais cujas frequências estão abaixo da
frequência de corte (fc ou wc), e que não atenuam as frequências acima dessa frequência de
corte. A resposta em frequência do ganho é caracterizada pelo gráfico a seguir:
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Gv[dB]

wc w[rd/s]

fc f[Hz]

figura 11: Gráfico filtro passa altas

Frequência de corte (fc)

Os sinais cujas frequências são menores que fc são atenuados. No caso de filtros PA de 1a
ordem temos:

fc=

Filtro activos passa-altas

As topologias utilizadas são as mesmas em empregadas nos filtros passa-baixas, trocando-se


basicamente a posição dos resistores pelos capacitores. No caso do filtro biquadrado, sempre
existe uma saída do tipo passa-alta.

Figura 11: Filtro activo passa-baixas


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Filtro Passa Faixa

Os filtros passa faixa são circuitos que permitem a passagem dos sinais cujas frequências
estão situadas na faixa delimitada pela frequência de corte inferior (fi) e pela frequência de
corte superior (fs). A resposta em frequência é caracterizada pelo gráfico a seguir:

Gv[dB]

x-3db BW

Wi W0 Ws W[rd/s]

fi f0 fs f[Hz]

Figura 13: filtros passa-faixa

Frequências de corte

A frequência de corte inferior (fi) é aquela abaixo da qual os sinais são atenuados. A
frequência de corte superior (fs) é aquela acima da qual os sinais são atenuados.

Frequência de ressonância (f0)

É a frequência central do filtro, na qual o ganho é máximo. É a média geométrica de fi e fs


portanto:

√ ou wo=√

Em circuitos LC série e LC paralelo, a ressonância ocorre quando:

XL= X C w0L =1/ w0C w0 =1/ LC .

No circuito LC série, a impedância na frequência de ressonância é nula (0 Ω), e no LC


paralelo a impudência é infinita (∞ Ω).
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4.3.Factor de Qualidade (Q)


Indica o grau de selectividade do filtro, isto é, quanto maior o valor de Q mais selectivo é o
filtro (tem resposta em frequência mais aguda). Observe os dois filtros passa faixa abaixo. O
segundo filtro possui uma melhor selectividade, portanto deve possuir um melhor factor de
qualidade.

Figura 14: factor de qualidade de filtro passa-faixa

O cálculo de Q pode ser feito directamente a partir da banda passante e da frequência de


ressonância.

Q= ou Q= com α=

No exemplo dos filtros FPF1 e FPF2 teremos respectivamente os seguintes factores de


qualidade:

Q1 = 1k/1k = 1 e Q2 = 1k/10 = 100

…….

4.4.Filtros passivos passa-faixa


A seguir mostramos dois circuitos muito utilizados como filtros PF.

a) Circuito LC série
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RC BWrd/

BWrd=R/L

b) Circuito LC paralelo

L/R=BWrd/

BWrd=RC

5. Filtros activos passa-faixa


Os filtros rejeita faixa são circuitos que não permitem a passagem dos sinais cujas frequências
estão situadas na faixa delimitada pela frequência de corte inferior (fi) e pela frequência de
corte superior (fs). A resposta em frequência é caracterizada pelo gráfico a seguir:

Figura 15: filtro rejeita baixa

Frequências de corte
15

A frequência de corte inferior (fi) é aquela abaixo da qual quase não há atenuação. A
frequência de corte superior (fs) é aquela acima da qual quase não há atenuação.

5.1.Frequência de ressonância (f0)


É a frequência central do filtro, onde o ganho é mínimo, i.e a atenuação é máxima, e
corresponde a média geométrica de fi e fs portanto:

f0=√ ou w0= √

5.2. Banda de rejeição ou Faixa de rejeição (BW)


A BW é a faixa de frequência na qual os sinais são atenuados pelo filtro.

BW=fs – fi ou BW RD=ws-wi

Ordem do filtro (n)

A ordem mínima de um filtro PF é de dois.

Factor de Qualidade (Q)

Indica o grau de selectividade do filtro, isto é, quanto maior o valor de Q mais selectivo é o
filtro (tem resposta em frequência mais aguda.

Função de Transferência (H(w))

Para filtro rejeita faixa de 2a ordem temos

H(w)=

Filtros rejeita faixa passiva.

Os circuitos utilizados são os mesmos dos filtros PF, sendo a saída complementar utilizada.

a) Circuito LC série
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Comparando esta função de transferência com a forma padrão podemos observar que os
valores da frequência de ressonância e largura de banda são os mesmos do filtro PF.

b) Circuito LC paralelo

Comparando esta função de transferência com a forma padrão podemos observar também que
os valores da frequência de ressonância e largura de banda são os mesmos do filtro PF.

Figura 16:
17

6. Conclusão
O presente trabalho abordou o estudo, dos filtros de frequência com aplicação a fundamentos
de comunicação. A partir das pesquisas bibliográficas entendemos que, existem filtros comb
2D e 3D implementados em hardware (e ocasionalmente em software) em decodificadores
NTSC de televisão. O filtro trabalha de modo a reduzir problemas como chiados na imagem.

Outras versões do filtro COMB podem ser encontradas em sistemas de telecomunicações em


redes terrestres. Entretanto, os filtros COMB não são encontrados em sistemas de
comunicações no espaço profundo devido às suas considerações de projecto de sistema
separadas.

Os filtros COMB podem ser utilizados para a produção de efeitos de eco. Por exemplo, se o
atraso é ajustado para alguns milissegundos, e o filtro é utilizado em sinais de áudio, ele
modela o efeito de uma cavidade cilíndrica. Isto ocorre, pois uma cavidade amplifica as
frequências que correspondam às frequências estacionárias passando através de seu
comprimento.
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7. Referências Bibliográficas
DE LA VEJA, Alexandre S. Apostila de Teoria para Processamento Digital de Sinais.

HAYES, Monson H. Processamento Digital de Sinais. Tradução de Anatólio Laschuk. Porto


Alegre: Bookman, 2006.

HAYKIN, Simon S. VEEN, Barry V. Sinais e Sistemas. Tradução de José Carlos Barbosa do
Santos. Porto Alegre: Bookman, 2001.

HAYKIN, Simon; MOHER, Michael. Sistemas modernos de comunicações wireless. [S.l.]:


Bookman, 2008.

HEWITT, Paul G. Física conceitual. 12ª. ed. Porto Alegre: Bookman, 2015. HIGUTI,
Ricardo T. Filtros Digitais Tipo FIR. UNESP. São Paulo: [s.n.].

JESZENSKY, Paul J. E. Sistemas Telefónicos. Barueri: Manole, 2004.

Marcos Moecke São José - SC, 2006, Princípios de Sistemas de Telecomunicações:


Unidades de medidas logarítmicas em telecomunicações.

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