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Faculdade de Ciência e Tecnologia de Montes Claros

Allison Vitor Amarante; Deivith Wender Medeiros de Jesus; Luís


Henrique Siqueira e Maia; Paulo Gabriel Figueiredo; Sintia Meirielly
Rodrigues Aguiar Dias

FILTROS DIGITAIS - SIMULAÇÃO NO MATLAB

Montes Claros - MG
2019
Allison Vitor Amarante; Deivith Wender Medeiros de Jesus; Luís
Henrique Siqueira e Maia; Paulo Gabriel Figueiredo; Sintia Meirielly
Rodrigues Aguiar Dias

FILTROS DIGITAIS - SIMULAÇÃO NO MATLAB

Trabalho apresentado ao Curso de Engenharia


de Controle e Automação, da Faculdade de
Ciência e Tecnologia de Montes Claros como
parte dos da disciplina de Meio Ambiente para
obtenção do título de Engenheiro de Controle e
Automação.

Prof.: APARECIDO JUNEO DOS SANTOS

Montes Claros - MG
2019
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1 TRABALHO AVALIATIVO

O presente trabalho tem como objetivo projetar e simular os filtros digitais com Resposta
de Impulso Finita (Finite Impulse Response - FIR) e com Resposta de Impulso Infinita (Infinite
Impulse Response - IIR), efetuando as devidas análises quanto à respostas em frequência de cada
um, respectivamente.

1.1 Filtro Digital IIR

Conforme enunciado pelo exercício, foram escolhidos os seguintes valores para a frequên-
cia angular de passagem (Wp), para a frequência angular de rejeição (Ws), o ganhos para a
frequência angular de passagem (Gp), o ganho para a frequência angular de rejeição (Gs) e
a frequência de amostragem para normalização (F𝑁 ): 700 𝑟𝑎𝑑/𝑠, 2100 𝑟𝑎𝑑/𝑠, -3dB, -40dB e
10 vezes o valor da frequência angular de maior módulo. Posto isso, foi gerado um sinal com
frequência de 100 Hertz (Hz) e um sinal com frequências de interferência em 710, 900, 1200,
1400, 1500, 1900, 3050, 3700, 4000 e 4100Hz, a fim de ser aplicado ao filtro projetado.

1.1.1 Filtro Butterworth

A Figura 1, a seguir, apresenta o diagrama de Bode composto pelos diagramas de Magni-


tude e de Fase normalizados:

FIGURA 1 – Diagrama de magnitude e de fase normalizados


Fonte: Autoria própria
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A Figura 2, a seguir, apresenta as formas de onda do sinal original, com frequência de


100Hz; do sinal de interferência; e do sinal de interferência com aplicação do filtro, o qual
apresentou um pequeno atraso de fase e uma variação imperceptível na amplitude do sinal:

FIGURA 2 – Diagrama de magnitude e de fase normalizados


Fonte: Autoria própria

Destarte, os três sinais foram ilustrados mediante a aplicação da Transformada de Fourrier


Rápida (Fast Fourier Transform - FFT) para observação de cada componente de cada frequência
no domínio da frequência, conforme pode-se observar na Figura 3 a seguir:

FIGURA 3 – Transformada de Fourrier Rápida dos sinais


Fonte: Autoria própria
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Dessarte, de acordo com a Figura 3 foi possível notar as frequências de interferência


geradas pela FFT do sinal ruidoso, bem como a retenção dessas frequências aplicando-se o filtro
Butterworth, o qual pode ser observado através do terceiro gráfico.

1.1.2 Filtro Chebyshev 1

A Figura 4, a seguir, apresenta o diagrama de Bode composto pelos diagramas de Magni-


tude e de Fase normalizados:

FIGURA 4 – Diagrama de magnitude e de fase normalizados


Fonte: Autoria própria

Conforme pode-se observar através da Figura 4, o filtro Chebyshev 1 apresenta ondulações


(ripple) antes da frequência de passagem, além de uma maior taxa de decaimento em ambos os
diagramas de Magnitude e de Fase se comparado ao filtro de Butterworth.
Abaixo, a Figura 5 apresenta as formas de onda do sinal original - com frequência em
100Hz -, do sinal de interferência e do sinal de interferência com aplicação do filtro aqui projetado,
em que este apresentou um pequeno atraso de fase e uma variação perceptível na amplitude do
terceiro sinal:
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FIGURA 5 – Diagrama de magnitude e de fase normalizados


Fonte: Autoria própria

Ainda, os três sinais foram ilustrados mediante a aplicação da FFT para observação de
cada componente de cada frequência no domínio da frequência, conforme pode-se observar na
Figura 6 abaixo:

FIGURA 6 – Transformada de Fourrier Rápida dos sinais


Fonte: Autoria própria

Destarte, de acordo com a Figura 6 foi possível notar as frequências de interferência


geradas pela FFT do sinal ruidoso, bem como a retenção dessas frequências, de forma efetiva,
aplicando-se o filtro Chebyshev 1, o qual pode ser observado através do terceiro gráfico.
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1.1.3 Filtro Chebyshev 2

A Figura 7, a seguir, apresenta o diagrama de Bode composto pelos diagramas de Magni-


tude e de Fase normalizados do filtro Chebyshev 2:

FIGURA 7 – Diagrama de magnitude e de fase normalizados


Fonte: Autoria própria

Conforme pode-se observar através da Figura 7, o filtro Chebyshev 2 apresenta ondulações


antes da frequência de passagem, além de uma menor taxa de decaimento em ambos os diagramas
de Magnitude e de Fase quando comparado aos filtros anteriores.
Abaixo, a Figura 8 apresenta as formas de onda do sinal original - com frequência em
100Hz -, do sinal de interferência e do sinal de interferência com aplicação do filtro projetado,
em que este apresentou ineficiência na retenção das frequências de interferência do sinal ruidoso,
bem como pequenos atrasos de fase e de variação na amplitude do terceiro sinal:
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FIGURA 8 – Diagrama de magnitude e de fase normalizados


Fonte: Autoria própria

Ainda, os três sinais foram ilustrados mediante a aplicação da FFT para observação de
cada componente de cada frequência no domínio da frequência, conforme pode-se observar na
Figura 9 abaixo:

FIGURA 9 – Transformada de Fourrier Rápida dos sinais


Fonte: Autoria própria

Destarte, de acordo com a Figura 9 foi possível notar as frequências de interferência


geradas pela FFT do sinal ruidoso, bem como a ineficiência quanto à retenção delas, após
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aplicado o filtro Chebyshev 2 no presente sinal, o qual pode ser observado através do terceiro
gráfico.

1.1.4 Filtro Elíptico

A Figura 10, a seguir, apresenta o diagrama de Bode composto pelos diagramas de


Magnitude e de Fase normalizados do filtro Elíptico:

FIGURA 10 – Diagrama de magnitude e de fase normalizados


Fonte: Autoria própria

Conforme pode-se observar através da Figura 10, o filtro Elíptico apresenta ondulações
antes da frequência de passagem, além de uma menor taxa de decaimento em ambos os diagramas
de Magnitude e de Fase quando comparado aos filtros anteriores.
Abaixo, a Figura 11 apresenta as formas de onda do sinal original - com frequência em
100Hz -, do sinal de interferência e do sinal de interferência com aplicação do filtro projetado,
em que este apresentou eficiência na retenção das frequências de interferência do sinal ruidoso,
assim como pequenos atrasos de fase e de variação na amplitude do terceiro sinal:
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FIGURA 11 – Diagrama de magnitude e de fase normalizados


Fonte: Autoria própria

Ainda, os três sinais foram ilustrados mediante a aplicação da FFT para observação de
cada componente de cada frequência no domínio da frequência, conforme pode-se observar na
Figura 12 abaixo:

FIGURA 12 – Transformada de Fourrier Rápida dos sinais


Fonte: Autoria própria

Destarte, de acordo com a Figura 12 foi possível notar as frequências de interferência


geradas pela FFT do sinal ruidoso, destacando-se a eficiência quanto à retenção delas após
aplicado o filtro Elíptico no presente sinal, o qual pode ser observado através do terceiro gráfico.
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1.1.5 Resultados e discussões

A resposta em frequência do filtro Butterworth é plana entre as bandas passante e de


rejeição, em que não apresenta oscilações e aproxima-se do zero na banda de rejeição.
Por sua vez, o filtro Chebyshev 1 apresenta maiores ondulações na banda passante e queda
mais acentuada quando comparado ao Butterworth, porém menos acentuada que o filtro Elíptico.
Ainda, o filtro Chebyshev 2 demonstra características semelhantes ao Chebyshev 1, porém
apresenta ondulações na banda de rejeição, dependendo da ordem do filtro projetado.
Por último, o filtro Elíptico demonstra ondulações na banda passante e na banda de rejeição
- o que minimiza o erro em ambas as bandas, ao contrário dos filtros Chebyshev, que apresentam
ondulações apenas na banda passante ou na banda de rejeição. Ainda, esse filtro apresenta
a melhor queda acentuada quando comparado a todos os outros filtros, em contraste com as
ondulações ao longo da banda de rejeição e antes da banda passante.

1.2 Filtro FIR

O filtro FIR, é uma categoria de filtro digitais que tem resposta finita ao impulso. Sua
equação é:
𝑃
∑︁
𝑦(𝑛) = ℎ𝑖 𝑥(𝑛 − 𝑖) , (1)
𝑖=0

onde 𝑃 é a ordem do filtro, 𝑥(𝑛) o sinal de entrada, 𝑦(𝑛) o sinal de saída e ℎ𝑖 são os coeficientes
do filtro.

1.2.1 FIR Janela Hamming

Para a construção dos filtros FIR, com janela Hamming passa baixas, foram utilizados
como parâmetros as frequências de corte de 300Hz e 6000Hz, com 51 coeficientes de Hamming.
Sua resposta em frequência pode ser vista logo abaixo:
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FIGURA 13 – Filtro FIR Janela de Hamming com frequência de corte em 300Hz


Fonte: Autoria própria

FIGURA 14 – Filtro FIR Janela de Hamming com frequência de corte em 6000Hz


Fonte: Autoria própria

Pode-se notar que o filtro tem uma resposta em frequência que satisfaz as frequências
de corte. Após a montagem do filtro foi aplicado um sinal ruidoso no mesmo para testar sua
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eficiência.

FIGURA 15 – Sinal original representado no domínio do tempo


Fonte: Autoria própria

O sinal mostrado acima foi gerado utilizando somas de senos.

FIGURA 16 – Sinal original representado no domínio da frequência


Fonte: Autoria própria

A figura acima demonstra, o algoritmo FFT que dispõe das frequências do sinal utilizado,
sendo possível observar que existem diversas componentes, tanto de frequências baixas quanto
de frequências altas.
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FIGURA 17 – Sinal filtrado pelo filtro FIR utilizando Janela Hamming no


domínio do tempo
Fonte: Autoria própria

A Figura 17 demonstra o sinal resultante após a filtragem pelo filtro passa baixas de 300Hz
do sinal original ruidoso, sendo possível notar que o mesmo se encontra mais limpo e com menos
componentes ruidosas.

FIGURA 18 – Sinal filtrado pelo filtro FIR utilizando Janela Hamming


no domínio da frequência
Fonte: Autoria própria

Utilizando a FFT fica claro que o filtro com janela Hamming cumpriu seu papel na filtragem
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das frequências altas, deixando apenas uma componente de baixa frequência no sinal resultante.

1.2.2 Filtro FIR Janela Kaiser

Para a construção dos filtros FIR com janela Kaiser passa baixas foram utilizados como
parâmetros a frequência de passagem em 100Hz e a frequência de parada em 500Hz para o
primeiro filtro; enquanto que para o segundo foram utilizados a frequência de passagem em
2000Hz e a frequência de parada de 4000Hz, cuja ordem de ambos os filtros foram em torno de
50. A resposta em frequência destes filtros pode ser vista a baixo.

FIGURA 19 – Filtro FIR Janela Kaiser com frequência de passagem 100Hz e frequência de parada de 500Hz
Fonte: Autoria própria
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FIGURA 20 – Filtro FIR Janela Kaiser com frequência de passagem 2000Hz e


frequência de parada de 4000Hz
Fonte: Autoria própria

Como pode ser visto, a resposta em frequência dos filtros foi satisfatória, porém, foi
utilizado o mesmo sinal ruidoso da Figura 15 para testar sua capacidade de filtragem.

FIGURA 21 – Sinal filtrado pelo filtro FIR utilizando Janela Kaiser no


domínio do tempo
Fonte: Autoria própria
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Nota-se que o sinal parece mais limpo, mas apenas uma análise utilizando a FFT poderá
nos dizer que se a filtragem foi bem-sucedida.

FIGURA 22 – Sinal filtrado pelo filtro FIR utilizando Janela Kaiser no


domínio da frequência
Fonte: Autoria própria

Nota-se que o filtro FIR, utilizando a janela Kaiser, também cumpriu com seu papel de
filtrar as frequências altas.

1.2.3 Resultados e discussões

Como visto anteriormente, os filtros foram bem-sucedidos em seus determinados papeis,


ao passo que ambos conseguiram filtrar as frequências altas, conforme esperado. Entretanto,
o filtro Kaiser demonstrou uma resposta em fase do sinal pior, quando comparado ao filtro
Hamming; fato este que pode comprometer se o mesmo for entregue a um sistema, cuja fase do
sinal seja um fator importante.

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