Você está na página 1de 64

INSTALAÇÕES ELÉTRICAS

Teoria e Prática

Prof.: Rennan Aquino Neri


Coordenador do curso de Engenharia de Controle e Automação
Prof. Wesley Oliveira Maia
Elaboração:
Prof. Rennan Aquino Neri
Fagner dos Santos Gomes
Revisão bibliográfica:
Síntia Meirielly Rodrigues Aguiar Dias

1ª Edição
Copyright © 2017 Rennan Aquino Neri
P UBLISHED BY R ENNAN AQUINO N ERI

“Apostila da disciplina de Instalações Elétricas do curso de Engenharia de Civil da Faculdade de


Ciência e Tecnologia de Montes Claros”
Campus I - Praça da Tecnologia, 77 - São João. Fone: (38) 2104-5777
Campus II - Avenida Deputado Esteves Rodrigues, 1637, Centro. Fone: (38) 4009-5768.

“Águas mansas não fazem bons marinheiros” Proverbio Indiano


Sumário

1 Apresentação . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 5
1.1 Prefácio 5
1.2 Manual de Segurança e Boas Práticas dos Laboratórios 6
1.2.1 Objetivos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 6
1.2.2 Normas para acesso e permanência no laboratório . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 6
1.2.3 Postura e procedimentos no interior do laboratório . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 6
1.2.4 Equipamento pessoal de proteção – geral . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 7

2 Instalações Elétricas Prediais . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 8


2.1 Linguagem Usada em Instalações 8
2.1.1 Esquema unifilar . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 10
2.1.2 Esquema multifilar . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 10
2.2 Interruptor Paralelo e Intermediário 13
2.3 Relé Fotoelétrico 15
2.4 Campainha 15
2.5 Sensor de Presença 16
2.6 Dimmer 17
2.7 Lâmpada Fluorescente 18

3 Instalações Elétricas Industriais . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 20


3.1 Dispositivo de proteção, comando e sinalização 20
3.1.1 Fusíveis . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 20
3.1.2 Disjuntores . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 23
3.1.3 Disjuntor Motor . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 23
3.1.4 Disjuntor Residual Diferencial - Disjuntores DR . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 24
4

3.1.5 Relé Térmico de Sobrecarga . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 24


3.1.6 Contator . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 25
3.1.7 Botões de Comando . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 27
3.1.8 Sinalizadores . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 28
3.1.9 Relé de Tempo - Temporizadores . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 29
3.2 Motores de Indução 30
3.2.1 Ligações dos Terminais de Motores de Indução Trifásico e Monofásicos . . . . . . . 31
3.2.2 Fechamento para Motores Monofásicos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 33

4 Circuitos e Diagramas Elétricos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 34


4.1 Qual a Importância do Diagrama Elétrico Para o Eletricista? 34
4.1.1 Diagrama Funcional . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 35
4.2 Conceitos básicos em circuitos de comandos elétricos 36
4.2.1 Selo . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 36
4.2.2 Intertravamento . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 36
4.2.3 Simbologia Gráfica . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 37

5 Sistemas de Partidas de Motores . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 39


5.1 Introdução 39
5.2 Tipos de partidas 39
5.2.1 Partida Direta . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 40
5.2.2 Partida Direta com Reversão . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 42

6 Painéis Didáticos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 44
6.1 Manual painéis didáticos acionamentos elétricos 44
6.1.1 Painel didático para acionamentos elétricos residenciais . . . . . . . . . . . . . . . . . . 44
6.1.2 Painel didático para acionamentos elétricos industriais . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 46

7 Caderno de atividades e práticas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 49


1. Apresentação

1.1 Prefácio
Acionamentos elétricos são circuitos que utilizam dispositivos elétricos destinados a comandar
e controlar o funcionamento de sistemas de instalações elétricas, tais dispositivos tem funções
definidas para proteção, controle, sinalização, conexão, comutação, temporização, etc.
Os dispositivos usados em Instalações Elétricas são dimensionados de acordo com as características
elétricas das cargas que irão acionar. O bom desempenho destes dispositivos depende de uma série
de fatores, como: condições ambientais, procedência de fabricação, tempo de uso e principalmente
de sua correta instalação e manutenção. O profissional deve estar seguro, e ser eficaz ao fazer
montagens e manutenções nos sistemas elétricos, principalmente quando se trata da substituição de
dispositivos que compõe os circuitos, onde se torna necessário estar atento quanto às características
dos componentes, para garantir a eficácia no funcionamento desses sistemas. Para que o projeto,
a montagem e manutenção dos sistemas elétricos sejam eficazes, é necessário que o profissional
conheça as principais características dos componentes dos circuitos.
Este recurso didático tem como objetivo fornecer informações tecnológicas sobre os principais
dispositivos usados nos sistemas elétricos residenciais e industriais, onde, eletricistas, técnicos e
engenheiros possam interpretar diagramas, especificar dispositivos, montar e dar manutenção nos
circuitos elétricos. Além do conteúdo teórico são propostos exercícios e atividades de pesquisa,
bem como práticas de laboratório similares às que o profissional se depara no dia-a-dia de trabalho.
A ideia essencial é proporcionar aos profissionais da área elétrica um conjunto de informações
teórico/prática que constitui o conhecimento em instalações elétricas. Salientamos que o conheci-
mento não se limita somente à elaboração das atividades aqui sugeridas, mas sim à participação
frequente em cursos de atualização, leitura de livros, catálogos e revistas especializadas. Esperamos
que este material contribua para tornar mais fácil o trabalho dos estudantes e profissionais.

Os autores.
1.2 Manual de Segurança e Boas Práticas dos Laboratórios 6

1.2 Manual de Segurança e Boas Práticas dos Laboratórios


1.2.1 Objetivos
1. Apresentar a docentes e alunos as normas básicas definidas institucionalmente para o acesso
aos laboratórios, com vistas à realização de aulas práticas ou de momentos de estudos.
2. Informar à comunidade acadêmica, sobre a postura e principais procedimentos a se adotar
nos laboratórios, visando proteger alunos e professores de riscos e acidentes.

1.2.2 Normas para acesso e permanência no laboratório


1. O acesso às chaves dos laboratório só é permitido mediante a autorização para acesso às
mesmas, conforme lista presente na portaria. O acesso será permitido somente a professores
que ministram aula no laboratório, monitores e demais coordenadores, ficando vedada a
entrega de chave aos alunos.
2. Professores e alunos somente podem ter acesso aos laboratórios usando os equipamentos de
proteção individuais (sapato fechado), atendendo às normas e apresentando boas condutas
indicadas neste Manual.
3. O manuseio de peças, modelos e simuladores deve ser sempre realizado com apoio e suporte
do professor, da equipe técnica ou do monitor da disciplina.
4. Não é permitido que pessoas não autorizadas manuseiem e retirem equipamentos existentes
no laboratório. O empréstimo de materiais e/ou equipamentos para alunos ou até mesmo
professor, só é permitida mediante a autorização de saída de bens e materiais fornecida pelo
técnico laboratório ou coordenador.
5. As pessoas que precisem utilizar os laboratórios fora do horário das aulas, não pertencentes
a equipe técnica, somente poderão fazê-lo mediante autorização do coordenador ou sob
supervisão de monitor ou professor.
6. Quando o laboratório estiver vazio, deve permanecer com a porta trancada. Isto se aplica não
somente ao final do período noturno, quando não há mais aulas, mas também durante o dia,
quando não houver nenhum técnico ou professor responsável no local.

1.2.3 Postura e procedimentos no interior do laboratório


As Boas Práticas de Laboratório exigem que cada coordenador, técnico de laboratório, professor,
aluno ou visitante observem o seguinte, ao utilizar as suas dependências:
1. Não consumir alimentos e bebidas no laboratório.
2. Usar os equipamentos do laboratório apenas para seu propósito designado.
3. Assegurar-se de que o técnico de laboratório esteja informado sobre qualquer condição de
falta de segurança.
4. Conhecer a localização e o uso correto dos equipamentos de segurança disponíveis.
5. Verificar que tanto alunos quanto visitantes estejam usando os equipamentos de segurança
apropriados.
6. Verificar ao fim da aula se os equipamentos e/ou materiais encontram-se organizados e nos
seus devidos lugares e na quantidade correta.
7. Assegurar da organização geral do laboratório, no que diz respeito a mesas, cadeiras, equipa-
mentos, materiais, janelas fechadas, quadro apagado, luzes acesas e ventiladores ligados ao
sair do laboratório.
8. Quando a aula for em laboratório de informática, ao fim da aula assegurar do desligamento
dos computadores, inclusive monitor.
9. Em caso de necessidade de manutenção em equipamentos e/ou compra de materiais, necessá-
rios para aulas em laboratórios, deve ser passado ao coordenador ou técnico responsável pelo
laboratório.
1.2 Manual de Segurança e Boas Práticas dos Laboratórios 7

1.2.4 Equipamento pessoal de proteção – geral


1. No laboratório devem ser usados os equipamento de proteção individual apropriados aos
riscos existentes.
2. Os equipamentos de proteção individual não devem ser considerados como o único meio de
proteção dos técnicos, professores e alunos, devendo também ser criteriosamente observados
os procedimentos de trabalho e equipamentos utilizados nas práticas.
3. O equipamento de proteção individual deve ser utilizado por todos aqueles que tenham acesso
ao laboratório, e não apenas pelos que estiverem trabalhando no momento.

Rennan Aquino Neri


Responsável Técnico de laboratórios
2104-5728
rennan@femc.edu.br
*Documento apresentado como proposta e aberto a sugestões.
2. Instalações Elétricas Prediais

2.1 Linguagem Usada em Instalações


Em instalações elétricas existem muitos termos importantes que são definidos conforme a NBR
5410:2004 e outras referências. Instalações elétricas é o conjunto das partes elétricas e não-elétricas
associadas e com características coordenadas entre si, que são necessárias ao funcionamento de
uma parte determinada de um sistema elétrico. A linha elétrica de sinal trata-se de uma linha
cuja finalidade permite o fluxo de sinais eletrônicos, como por exemplo: de telecomunicações, de
intercâmbio de dados, de controle, de automação, etc. O ponto de entrega é o ponto de conexão do
sistema elétrico da empresa distribuidora de eletricidade com a instalação elétrica da(s) unidade(s)
consumidora(s) e que delimita as responsabilidades da distribuidora, definidas pela autoridade
reguladora. Ponto de entrada em uma edificação é o ponto onde a linha externa penetra na edificação.
No caso de energia elétrica, a referência fundamental do ponto de entrada é a edificação. O ponto
de entrada, além do corpo da edificação, outra referência é o barramento de equipotencialização
principal (BEP), localizado junto ou bem próximo do ponto de entrada. Veja esses detalhes na
figura 2.1 :

Figura 2.1: Detalhes de uma edificação


2.1 Linguagem Usada em Instalações 9

Ponto de utilização é o ponto de uma linha elétrica destinado à conexão de equipamentos de


utilização.
1. Critérios para a classificação do ponto de utilização são:
(a) tensão da linha elétrica;
(b) natureza da carga prevista (ponto de luz, ponto para aquecedor, ponto de aparelho de
ar-condicionado, etc.); e
(c) tipo de conexão previsto (ponto de tomada, ponto de ligação direta).
2. Uma linha elétrica pode ter um ou mais pontos de utilização.
3. Um mesmo ponto de utilização pode alimentar um ou mais equipamentos de utilização.
4. Constituição de um ponto de utilização. O ponto de utilização é constituído basicamente
por dois elementos ou pontos: ponto de comando, com respectivo quadro de distribuição e
interruptores, e ponto ativo ou útil.
(a) Ponto ativo ou útil: é o ponto onde se instala um dispositivo, cuja finalidade é transfor-
mar a corrente elétrica em efeito ativo (Ex .: Receptáculo onde é instalada uma lâmpada
ou uma tomada de corrente onde se liga um aparelho eletrodoméstico).
(b) Ponto de comando: é o dispositivo por meio do qual se comanda um ponto ativo. É
constituído por um interruptor, botões ou pulsadores, disjuntores ou chaves.
5. Constituição do ponto de comando.
(a) Interruptor simples ou unipolar: tem a função de acender ou apagar uma lâmpada ou
um grupo de lâmpadas funcionando simultaneamente.
(b) Interruptor de duas seções: acende ou apaga duas lâmpadas separadamente, ou dois
grupos de lâmpadas com funcionamento simultâneo.
(c) Interruptor de três seções: acende ou apaga três lâmpadas separadamente ou três grupos
de lâmpadas com funcionamento simultâneo.
(d) Interruptor simples bipolar: acende ou apaga uma lâmpada ou um grupo de lâmpadas
com funcionamento simultâneo. Esse tipo de interruptor deve ser utilizado somente
quando a tensão entre as fases for 220V (F+ F= 220V).
(e) Interruptor paralelo: é um interruptor que, instalado com outro paralelo, acende ou
apaga uma lâmpada ou um grupo de lâmpadas de dois pontos diferentes. Utiliza-se em
escadas, corredores, etc.
(f) Interruptor intermediário: instalado entre dois interruptores paralelos, permite que se
acenda ou apague, de qualquer ponto, "o mesmo ponto ativo"que pode ser uma lâmpada
ou um grupo de lâmpadas. Utiliza-se em corredores, escadas de prédios, em ambientes
com vários acessos, etc.
(g) Botão ou pulsador: é um dispositivo de auto-retrocesso cuja finalidade é ligar um ponto
ativo por pequeno espaço de tempo ou aplicar um pulso de tensão em um dispositivo
intermediário ao ponto ativo. Utiliza-se em campainha ou cigarra, minuterias, relés de
impulso, etc.
(h) Dimmer ou variador de tensão: é um dispositivo que permite variar a luminosidade
de uma lâmpada ou de um grupo de lâmpadas incandescentes, halógenas de baixa
tensão com refletor dicróico e transformador de ferro magnético utilizando a variação
de tensão. Existem três tipos: deslizante, rotativo e digital.
Ponto de tomada é um ponto de utilização em que a conexão do equipamento ou equipamentos a
se em alimentados é feita através de tomada de corrente. Um ponto de tomada pode conter uma
ou mais tomadas de corrente. Um ponto de tomada pode ser classificado segundo os seguintes
critérios:
1. tensão do circuito;
2. número de tomadas de corrente;
3. tipo de equipamento a ser alimentado;
2.1 Linguagem Usada em Instalações 10

4. a corrente nominal da ou das tomadas de corrente nele utilizadas.


A figura 2.2 apresenta alguns modelos de tomadas utilizados por diversos países.

Figura 2.2: Diversos tipos de tomada

Fiação é a representação ou marcação dos condutores nos traçados do projeto de instalações


elétricas, para identificação do número do circuito, seção dos condutores e para orientar o trabalho
de passagem (enfiação) dos mesmos nos eletrodutos. Esquema é a representação de uma instalação
elétrica, de maneira integral ou parcial, utilizando-se símbolos gráficos normalizados. A seguir são
apresentados parcialmente uma linha elétrica ou circuito de iluminação e tomada, denominado de
ponto de utilização. Os esquemas podem ser: multifilar, unifilar e de distribuição.

2.1.1 Esquema unifilar


É a representação de uma instalação elétrica ou parte dela, em seus detalhes, onde cada traço
representa o condutor correspondente. É utilizado em pequenos circuitos, normalmente para
ensaios ou experiências. A figura 2.3 exemplifica o esquema unifilar.

Figura 2.3: Esquema unifilar

2.1.2 Esquema multifilar


É a representação simplificada de uma instalação elétrica, “que identifica o número de condutores
(fiação) e representa seus trajetos por um único traço”. A figura 2.4 exemplifica o esquema multifilar.
2.1 Linguagem Usada em Instalações 11

Figura 2.4: Esquema multifilar

A norma determina que todos os condutores de fase devem ser seccionados, ou seja, deve ser insta-
lado um dispositivo que interrompa o circuito (interruptor) neste(s) condutor(es). A exemplificação
de um ponto de utilização de lâmpada incandescente na forma de esquemas multifilar e unifilar é
mostrado na figura 2.5.

Figura 2.5: Instalação de interruptor simples com lâmpada

O número 1 que aparece no Quadro de Distribuição (QD), precedido pelas letras N e R, significa
o número do circuito e, neste caso, representa o primeiro disjuntor que tem a função de proteger,
comandar e desligar eventualmente por ocasião de manutenção. Este circuito é alimentado pelo
condutor fase R e pelo condutor Neutro exclusivo do circuito o condutor de Terra (PE), sendo
utilizado ou não deve sempre estar presente nas instalações. Para entender a execução da instalação
conforme o esquema unifilar, será usado, por exemplo, um cômodo de uma residência. Observe que
a passagem dos condutores, como as ligações dos pontos de comando e ativo (lâmpada) representam
com clareza cada detalhe do esquema, denominado de ponto de utilização. Você deve lembrar que
todos os símbolos representados no esquema da figura 2.6 representam um dispositivo, material
ou equipamento elétrico. Por exemplo: o interruptor (9) necessita de uma caixa de passagem
100x50x50mm para a sua instalação, uma lâmpada no teto (10) precisa de uma caixa octogonal
fundo móvel 100x100x100mm ou 100x100x50mm (4) para fixá-Ia e os eletrodutos (2)-(3)( 8)
representam o caminho por onde passam os condutores. Os eletrodutos servem, também para
interligar as caixas entre si. No esquema unifilar, os números estabelecem uma relação com a
instalação real ao lado, partindo do Quadro de Distribuição-QD (1).
2.1 Linguagem Usada em Instalações 12

Figura 2.6: Instalação de interruptor simples com lâmpada

Na figura 2.7 a seguir observe a representação correta do esquema unifilar e o significado de cada
símbolo. Mais detalhamentos pode ser observado na simbologia normalizada encontrada na norma
NBR 5410:2004.

Figura 2.7: Simbologia normalizada

Quando se deseja comandar duas lâmpadas separadamente ou dois grupos de lâmpadas funcio-
nando em conjunto, utiliza-se interruptores de duas seções ou duas teclas. A figura 2.8 representa
os esquemas multifilar, unifilar e funcional, que basicamente traduzem a mesma realidade, num
cômodo ou ambiente de uma planta baixa, mostrando como ficaria na elaboração de um projeto elé-
trico. O esquema funcional mostra as ligações de uma forma mais simplificada, comparativamente
aos esquemas multifilar e unifilar. Analisando as três representações podemos ver com clareza a
quantidade de condutores utilizados . A planta baixa mostra com clareza o posicionamento físico
de cada componente no ambiente da figura 2.8:
2.2 Interruptor Paralelo e Intermediário 13

Figura 2.8: Instalação de interruptor simples com lâmpada

Observamos o comando de iluminação com interruptor de uma e duas teclas ou seções. Para coman-
dar três lâmpadas separadamente ou três grupos de lâmpadas em conjunto, utiliza-se interruptores
com três teclas ou três seções.

Prática 2.1.1 Após compreender a parte teórica acima, agora você irá fazer a montagem do
esquema funcional de uma ligação de duas lâmpadas em série acionadas por um interruptor
simples, em seguida com duas lâmpadas em paralelo acionadas separadamente por um interruptor
de duas seções utilizando o lado da bancada de instalações prediais. Caso tenha alguma dúvida
sobre como montar no painel consulte o manual descritivo da bancada no anexo 1 dessa apostila
ou chame o professor.

2.2 Interruptor Paralelo e Intermediário


Os interruptores paralelos são usados para comandar uma lâmpada ou um grupo de lâmpadas
de somente dois locais diferentes, portanto necessita-se sempre de dois interruptores paralelos
para que possa efetuar o comando da(s) lâmpada(s). Esses interruptores possuem três terminais,
sendo que um deles é denominado terminal comum e os outros dois são chamados de retornos ou
paralelos. No terminal comum de um dos interruptores, ligamos a fase e no terminal comum de
outro interruptor ligamos o retorno para a lâmpada. Os outros dois terminais (retornos ou paralelos)
são simplesmente interligados entre si, ou seja, são dois condutores paralelos ligados de um a
outro interruptor. Os interruptores paralelos podem ser utilizados em diversos locais, tais como:
salas, escadarias, corredores, quartos e em outros locais onde se deseja comodidade na instalação,
evitando retornar ao mesmo ponto para apagar ou acender a lâmpada. O interruptor paralelo é
também conhecido com o nome de “thee way” (três vias ou três caminhos). A figura 2.9, ilustra o
seu funcionamento e instalação.
2.2 Interruptor Paralelo e Intermediário 14

Figura 2.9: Instalação de interruptores paralelos com lâmpada

Os interruptores intermediários são utilizados quando houver a necessidade de se comandar uma


lâmpada ou um grupo de lâmpadas de vários locais, ou melhor, de três ou mais pontos diferentes.
Esses interruptores apresentam as seguintes características:
1. Possuem quatro terminais para as ligações.
2. São sempre instalados entre dois interruptores paralelos.
3. As ligações na entrada e saída é feita pela lateral do interruptor.
Os interruptores intermediários utilizados no comando de iluminação de escadarias de vários
andares, salões e corredores de vários acessos ou quando se deseja maior comodidade na instalação
elétrica. Também são conhecidos com o nome de “fourway” (quatro vias ou quatro caminhos).
A figura 2.10 mostra os esquemas multifilar e unifilar, destacando como ligar corretamente o
interruptor intermediário.

Figura 2.10: Instalação de interruptores intermediário com lâmpada

Prática 2.2.1 Após compreender a parte teórica acima, agora você irá fazer a montagem do
esquema funcional de uma ligação do interruptor paralelo e intermediário utilizando o lado
da bancada de instalações prediais. Caso tenha alguma dúvida sobre como montar no painel
consulte o manual descritivo da bancada no anexo 1 dessa apostila ou chame o professor.
2.3 Relé Fotoelétrico 15

2.3 Relé Fotoelétrico


O relé fotoelétrico é utilizado, em grande escala, para o comando fotoelétrico automático da
iluminação de ruas e avenidas, praças e jardins, entroncamentos rodoviários e rodoferroviários,
áreas de estacionamento, iluminação externa de residências, fachada de prédios, monumentos,
áreas públicas, iluminação decorativa, placas ou painéis de publicidade e sinalização de torres e
pára-raios. Quanto ao princípio de funcionamento, existem três tipos de relés fotoelétricos: térmico;
magnético e eletrônicos. O elemento básico de funcionamento é o LDR (Light Depedent Resistor
= Resistor Dependente da Luz) que é um componente eletrônico (SCd - Sulfeto de Cádmio), que
varia sua resistência de acordo com o nível de luz incidente. Assim, durante o dia, quando a luz
é intensa, a resistência do LDR é baixa, da ordem de 100 ohms(Q), enquanto que à noite ou no
escuro, seu valor passa a ser superior a 1M ohms(MQ). Como foi visto anteriormente, a finalidade
do relé fotoelétrico é substituir o comando manual de iluminação por um comando automático.
Isso significa que a lâmpada acende ao anoitecer e apaga ao amanhecer ou ainda pode apagar em
horário predeterminado utilizando-se relés fotoelétricos temporizados.

Figura 2.11: Instalação de relé fotoelétrico com lâmpada

Prática 2.3.1 Após compreender a parte teórica acima, agora você irá fazer a montagem do
esquema funcional do relé fotoelétrico conforme diagrama colado no relé fotoelétrico no lado
da bancada de instalações prediais. Caso tenha alguma dúvida sobre como montar no painel
consulte o manual descritivo da bancada no anexo 1 dessa apostila ou chame o professor.

2.4 Campainha
As campainhas e as cigarras são aparelhos que podem ser acionados por um ou mais pulsadores
ou botões de campainha instalados junto às portas ou portões de acesso à propriedade. Têm por
finalidade avisar a presença de pessoas que desejam ser atendidas, pois é uma maneira simples
de enviar um sinal de aviso, evitando que a pessoa bata palmas para ser atendida. É utilizada
como meio de sinalização, podendo ser empregada como chamada geral ou sistema de alarmes.
As campainhas de tímpano, (produzem som de alta intensidade) são ideais para serem utilizadas
em grandes ambientes, por exemplo: escolas, indústrias, sítios ou chácaras, grandes armazéns e
postos de gasolina. Existem, também, modelos específicos para uso em linhas telefônicas, como
para pontos de táxi. No comércio de materiais elétricos e supermercados, é possível encontrar os
mais variados tipos e modelos de campainhas e cigarras. Quanto ao funcionamento, podem ser
eletrônicas e eletromagnéticas.
2.5 Sensor de Presença 16

As campainhas eletrônicas são as mais sofisticadas. Podem apresentar diversos tipos de sons, com
alguns modelos musicais. Existem campainhas com e sem fio. A campainha sem fio possui um
transmissor que é o botão externo, a prova de tempo, o qual envia um sinal para o receptor que
fica na parte interna. A distância entre o botão pulsador e o receptor pode chegar a 30 metros com
interferências e a 80 metros sem interferências.
As campainhas eletromagnéticas são mais simples, sendo constituídas basicamente por um eletroímã.
Este aciona um êmbolo móvel que bate num tímpano (timbre) ou em lâminas metálicas, sendo
uma de cada lado da campainha. Pode ter um eletroímã que faz vibrar uma lâmina metálica como
é o caso das cigarras. Algumas campainhas de tímpano podem produzir sons acima de 100db
(decibéis). São utilizados para grandes, áreas e podem funcionar tanto em corrente alternada como
em corrente continua. As cigarras e outros modelos de campainhas produzem um som em torno
de 80db. A figura 2.12 mostra esquemas em detalhes indicando como instalar corretamente uma
campainha ou cigarra. Instalar uma campainha é como instalar uma lâmpada. Observe a instalação
de campainha por pulsadores.

Figura 2.12: Instalação de campainha

Prática 2.4.1 Após compreender a parte teórica acima, agora você irá fazer a montagem do
esquema funcional da campanhia utilizando o lado da bancada de instalações prediais. Caso
tenha alguma dúvida sobre como montar no painel consulte o manual descritivo da bancada no
anexo 1 dessa apostila ou chame o professor.

2.5 Sensor de Presença


O sensor de presença (interruptor automático de presença) tem a função de acender a iluminação
de um determinado ambiente automaticamente ao detectar movimento (penas, animais, etc.) e
de apagá-la quando, após um tempo regulável de 10 segundos e 30 minutos aproximadamente,
não havendo qualquer tipo de movimentação no interior do recinto, em relação ao seu campo
de detecção. O tempo de regulagem, ângulo e área de cobertura varia de acordo com o tipo e o
fabricante. Na figura 2.13, é mostrado alguns exemplos de instalação utilizando-se sensores de
presença. Observe que há diferentes formas de instalação dos sensores.
2.6 Dimmer 17

Figura 2.13: Instalação de sensor de presença com lâmpada

A utilização do sensor de presença é uma solução prática, moderna e inteligente e muito utilizada
na automatização predial. Este equipamento não se destina somente a controlar a iluminação de um
determinado ambiente (garagem, circulação, halls, despensas, escadarias, câmaras frigoríficas, e
demais locais onde ocorra movimentação eventual de pessoas), pois também, é usada em grande
escala, no controle de acesso: portas automáticas e circuitos de alarmes. Proporciona grande
economia de energia elétrica, porque o circuito é acionado somente enquanto houver movimento
no seu campo de detecção.

Prática 2.5.1 Após compreender a parte teórica acima, agora você irá fazer a montagem do
esquema funcional do sensor de presença conforme diagrama colado no instrumento no lado
da bancada de instalações prediais. Caso tenha alguma dúvida sobre como montar no painel
consulte o manual descritivo da bancada no anexo 1 dessa apostila ou chame o professor

2.6 Dimmer
É um dispositivo eletrônico que tem como finalidade controlar a tensão de um circuito elétrico e
pode substituir (e com vantagens) o interruptor normal de parede. Devido às suas características,
o interruptor normal autoriza a lâmpada a acender plenamente ou a apagar completamente, sem
qualquer condição intermediária. Com a utilização do variador de tensão elétrica "Dimmer" com
apenas um toque ou o movimento da mão você é capaz de controlar, de modo linear, a tensão
do circuito desde zero até o valor da tensão nominal (127V ou 220V). Esse recurso da eletrônica
é muito utilizado na iluminação de ambientes e recebe o nome de variador de luminosidade,
dispositivo que varia a luminosidade da lâmpada, desde zero (completamente apagada) até 100
por cento (totalmente acesa), porém passando (e "parando", se assim for o desejo do usuário)
em qualquer condição intermediária, como por exemplo: "pouca luz", "meia luz"e "luz plena".
O variador de tensão elétrica pode, também, ser utilizado para o controle de motores universais
(motores com comutadores, tipo CC). Este dispositivo atende perfeitamente as necessidades do
usuário, quanto ao conforto e economia de energia elétrica, podendo também ser utilizado como
variador de velocidade em ventiladores. A figura 2.14 mostra em forma de esquema multifilar,
apresentam os detalhes quanto às ligações para instalar corretamente os variadores de tensão elétrica
“Dimmers” ou variadores de luminosidade.
2.7 Lâmpada Fluorescente 18

Figura 2.14: Instalação Dimmer com lâmpada

Prática 2.6.1 Após compreender a parte teórica acima, agora você irá fazer a montagem do
esquema funcional do dimmer utilizando o lado da bancada de instalações prediais. Caso tenha
alguma dúvida sobre como montar no painel consulte o manual descritivo da bancada no anexo
1 dessa apostila ou chame o professor.

2.7 Lâmpada Fluorescente


A lâmpada fluorescente é uma lâmpada de descarga de baixa pressão. É também conhecida como
lâmpada fria ou luz fria. Ela conta com tecnologia mais sofisticada do que as incandescentes.
O extraordinário sucesso dela como fonte de luz se deve ao fato de produzir fluxo luminoso,
em "lúmens", em grande quantidade com pequeno consumo de energia, maior qualidade para
a iluminação e, portanto, com menor custo. Tudo isso faz com que uma lâmpada fluorescente
de 40W-127V apresente uma eficiência luminosa de 80 lúmens/W, enquanto que uma lâmpada
incandescente de 60W-127V possui uma eficiência de 14 lúmens/W. Além do mais a vida útil da
lâmpada fluorescente é muitas vezes superior à das lâmpadas incandescentes, podendo ser superior
a oito vezes. A lâmpada fluorescente compacta é produzida em diversos formatos. Como a lâmpada
de descarga necessita para o seu funcionamento de um reator, em alguns modelos vem incorporado
à mesma. A fixação ao receptáculo (soquete) pode ser rosqueável, rosca E-27, semelhante à
lâmpada incandescente e, também, por soquetes com 2 ou 4 pinos. São ideais para substituição das
lâmpadas incandescentes tradicionais, pois apresentam fluxo luminosos e reprodução de cores de
ótima qualidade com uma economia em torno de 80 por cento se comparada com as incandescentes.
A representação do comando de iluminação com uma lâmpada fluorescente ficará conforme a figura
2.15. Para o comando de iluminação com duas lâmpadas fluorescentes procede-se conforme a
figura 2.16.
2.7 Lâmpada Fluorescente 19

Figura 2.15: Instalação de interruptor com lâmpada fluorescente

Figura 2.16: Instalação de interruptor com duas lâmpada fluorescente

Prática 2.7.1 Após compreender a parte teórica acima, agora você irá fazer a montagem
do esquema funcional de ligação da lâmpada fluorescente utilizando o lado da bancada de
instalações prediais. Caso tenha alguma dúvida sobre como montar no painel consulte o manual
descritivo da bancada no anexo 1 dessa apostila ou chame o professor.

Bons estudos, Prof. Rennan Aquino


3. Instalações Elétricas Industriais

3.1 Dispositivo de proteção, comando e sinalização


Os equipamentos e máquinas industriais, como por exemplo: tornos, impressoras, prensas, guilhoti-
nas entre outros, dependem fundamentalmente da eletricidade para seu funcionamento. A maior
parte desses equipamentos e máquinas é controlada por dispositivos de comando para sua correta
partida, parada, controle, proteção, etc. Os dispositivos de comando elétrico são desenvolvidos para
proporcionar novas tecnologias aos equipamentos com foco principalmente em automatizar os pro-
cessos de produção, por isso, os dispositivos de comando empregados em circuitos de baixa tensão,
são dos tipos mais variados e com características de funcionamento bem distintas, dependendo
das funções especificas que cada dispositivo efetua no circuito. Todo circuito elétrico deve possuir
proteções a fim de se evitar danos às instalações, aos equipamentos e riscos de acidentes pessoais.
Neste capítulo serão analisados os dispositivos utilizados para cada necessidade e o método mais
adequado para escolha certa em cada situação, garantindo o máximo de segurança às instalações e
usuários.

3.1.1 Fusíveis
São dispositivos usados nas instalações elétricas, cuja função é Interromper o fluxo de corrente
elétrica contra os efeitos de curto-circuito ou sobrecargas, toda vez que esta corrente for excessiva e
puder causar danos ao sistema. A figura 3.1 apresenta os tipos de fusíveis. Basicamente, os fusíveis
são compostos dos seguintes elementos:
1. Contatos;
2. Corpo isolante;
3. Elo de fusão (ou elo fusível);
3.1 Dispositivo de proteção, comando e sinalização 21

Figura 3.1: Tipos de fusíveis

Os fusíveis podem ser classificados como de ação rápida ou normal próprios para protegerem
circuitos com cargas resistivas (lâmpadas incandescentes e resistores em geral), ultra-rápida próprios
para protegerem circuitos com cargas eletrônicas, quando os dispositivos são a semi condutores
(tiristores, diodos, etc.), e retardada próprios para protegerem circuitos com cargas indutivas e/ou
capacitivas (motores, transformadores). A ação retardada ocorre onde a sobrecarga de curta duração
não deve provocar a fusão do elo. A fusão do elo, na ação retardada, só acontece quando houver
sobrecargas de longa duração ou curto-circuito. Além desses, há ainda os circuitos com cargas
eletrônicas. Quanto ao tipo, existem vários tipos de fusíveis no comércio, mas os mais empregados
em instalações industriais são: fusíveis-cartucho, fusíveis diazed, além do fusível NH, que são
detalhados na figura 3.2.

Figura 3.2: Detalhes dos fusíveis do tipo D e NH

O fusível tipo cartucho tem elo de fusão envolto por um corpo isolante em forma cilíndrica e os
contatos em forma de virola. Este conjunto dá ideia de um cartucho. Existem também fusíveis-
cartucho com contatos em forma de faca. Os fusíveis-cartucho podem ter corpo isolante de papelão,
fibra, cerâmica ou vidro. Todos eles têm a mesma forma (A diferença entre eles está no material
3.1 Dispositivo de proteção, comando e sinalização 22

isolante do corpo e no elo de fusão). Os fusíveis diazed, mostrado na figura 3.3, têm seu elo de
fusão envolto por um corpo isolante de cerâmica com formas cilíndrica e cônica, preenchido de
areia isolante de fina granulação, este fusível tem uma espoleta indicadora de queima, com a cor
que representa a sua corrente nominal (conforme a tabela de cores). Nestes tipos de fusíveis há um
fio (finíssimo), chamado de elo indicador de queima, ligado em paralelo com o elo que prende a
espoleta. Quando o elo se funde, esse fio também se funde desprendendo a espoleta, para indicar a
queima do elo.

Figura 3.3: Fusíveis do tipo "D"também conhecido como Diazed

Os fusíveis NH, mostrados na figura 3.4, (NH são as iniciais de ’Niederspannungs Hochleistungs,
que em língua alemã significa “Baixa Tensão e Alta Capacidade de Interrupção”) têm seu elo de
fusão envolto por um corpo isolante de cerâmica com forma retangular ou quadrada preenchido
de areia isolante de fina granulação, e os contatos em forma de faca. Têm também indicador de
queima, com a cor que representa a sua corrente nominal. Destinam-se a interromper a corrente do
circuito pela fusão do seu elo fusível envolto por areia. A fusão do elo dá-se pelos efeitos térmicos
da corrente. O fusível NH tem na faixa de sobrecarga uma característica de desligamento com
retardo, isto é, um tempo de atuação tão longo, que é possível ligar um motor com sua corrente de
partida, sem que se funda o seu elo fusível (curva de tempo-corrente). Esses fusíveis, em execução
especial, eles têm alta capacidade de interrupção (podem interromper correntes de curto-circuito
até 1000KA).

Figura 3.4: Fusíveis do tipo NH


3.1 Dispositivo de proteção, comando e sinalização 23

3.1.2 Disjuntores
É um equipamento de comando e proteção de circuitos elétricos, cuja finalidade é conduzir
continuamente a corrente de carga sob condições nominais, interromper correntes anormais de
sobrecarga e de curto circuito e destinado a estabelecer ou interromper corrente, em um ou mais
circuitos elétricos. Alguns modelos estão representados na figura 3.5

Figura 3.5: Disjuntores

Define-se sobrecarga como uma corrente superior a corrente nominal que durante um período
prolongado pode danificar o cabo condutor e/ou equipamento. No Disjuntor Termomagnético esta
proteção baseia-se no princípio da dilatação de duas lâminas de metais distintos, portanto, com
coeficientes de dilatação diferentes. Uma pequena sobrecarga faz o sistema de lâminas deformar-se
(efeito térmico) sob o calor desligando o circuito.

3.1.3 Disjuntor Motor


È um dispositivo de manobra mecânico utilizado para estabelecer, conduzir e interromper correntes
sob condições normais do circuito, e interromper correntes sob condições anormais do circuito,
como: curto-circuito, sobrecarga ou subtensão. A figura 3.6 mostra esse tipo de disjuntor.

Figura 3.6: Disjuntor Motor

Esses dispositivos são as melhores soluções para proteção elétrica de motores (normalmente, até
60cv). E possuem alta capacidade de interrupção, permitindo sua utilização mesmo em instalações
com elevado nível de corrente de curto-circuito. Também podem ser dotados de mecanismos
3.1 Dispositivo de proteção, comando e sinalização 24

diferenciais com sensibilidade a falta de fase) e magnético (calibrado para proteção contra curtos
circuitos). Para fins de proteção o Disjuntor Motor deve exercer 4 funções básicas:
1. Seccionamento;
2. Proteção contra curto-circuitos;
3. Proteção contra Sobrecargas;
4. Comutação.

3.1.4 Disjuntor Residual Diferencial - Disjuntores DR


Você já levou um choque alguma vez? Nunca é bom levar choque, não é? Ele traz várias
consequências ao ser humano e, inclusive, pode ser fatal. Mas como se proteger de choques
elétricos? Essa e outras formas de proteção são o que vamos estudar a seguir. Os disjuntores
DR são dispositivos que, além de ter a proteção contra curto-circuito, também possuem proteção
contra choque elétrico, ou proteção dos equipamentos contra incêndio. A figura 3.7 apresenta esse
dispositivo.

Figura 3.7: Disjuntor Residual Diferencial - Disjuntores DR

A representação T indica o botão de teste de corrente de fuga, que deverá ser usado após a instalação
para testar o funcionamento da instalação elétrica e do mecanismo interno do disjuntor DR. Uma
dica de instalação de dispositivos DR é nunca conectar o condutor de aterramento com o condutor
neutro depois que este passou pelo disjuntor DR, pois se isto ocorrer, ao energizar o circuito, o DR
se desligará imediatamente. Para que o DR funcione corretamente, é fundamental um aterramento
de boa qualidade com bom contato elétrico nas conexões, e baixa resistência elétrica de aterramento.

3.1.5 Relé Térmico de Sobrecarga


O relé térmico ou de sobrecarga é um dispositivo de proteção elétrica aplicado a motores elétricos.
Este dispositivo de proteção visa evitar o sobreaquecimento dos enrolamentos do motor quando
ocorre uma circulação de corrente acima da nominal. O relé térmico são dispositivos que atuam
pelo efeito térmico provocado pelas sobrecorrentes de longa duração, ou quando ocorre sobrecarga
que superaquecem o circuito ou partes do circuito a níveis inadmissíveis. Este superaquecimento
pode ocorrer, por exemplo, em função das seguintes causas de sobrecarga:
1. Sobrecarga mecânica na ponta do eixo;
2. Tempo de partida muito alto;
3. Rotor bloqueado;
4. Partidas consecutivas;
5. Reversões em plena carga;
6. Falta de uma fase;
7. Auterações de tensão da rede.
A figura 3.8 mostra um modelo de relé térmico de sobrecarga disponível no mercado.
3.1 Dispositivo de proteção, comando e sinalização 25

Figura 3.8: Relé Térmico de sobrecarga

3.1.6 Contator
Contator é um dispositivo eletromecânico com a finalidade de abrir ou fechar circuitos. O acio-
namento deste dispositivo é feito eletromagneticamente. Esse equipamento é projetado para uma
elevada frequência de operação. O contator tem duas funções básicas em comandos elétricos; lógica
de contatos e acionamento de motores. Para o acionamento de motores, os contatos são abertos ou
fechados simultaneamente, energizando ou desernegizando o motor respectivamente. A figura 3.9
mostra modelos de contatores disponíveis.

Figura 3.9: Contatores

Os contatores são muito utilizados no comando de motores trifásicos das máquinas industriais, por
apresentarem uma série de vantagens em relação às chaves de acionamento manual. Dentre as
muitas vantagens, podemos destacar as seguintes:
1. Possibilitam o comando à distância;
2. Possibilitam comandar um motor elétrico de diversos locais diferentes;
3. Possibilitam montar os mais variados tipos de comandos elétricos solicitados pelos equipa-
mentos em geral;
4. Possibilitam a montagem de comandos semi-automáticos e automáticos;
5. Possibilitam o acoplamento de uma série de dispositivos de segurança;
6. No caso de faltar energia elétrica, o motor desliga-se e não volta a ligar-se sem a intervenção
3.1 Dispositivo de proteção, comando e sinalização 26

do operador;
7. Possuem câmara para extinção do arco elétrico;
8. Exigem pequenos espaços para montagem;
9. Resistem a elevado número de manobras (de 10 a 30 milhões).
Os contatos dos contatores podem ser classificados como principais e auxiliares. Os contatores
auxiliares são menos robustos e são utilizados para a lógica de comando, tem corrente máxima de
10A e possuem de 4 a 8 contatos, podendo chegar a 12 contatos. Os contatores principais são mais
robustos e tem corrente máxima de até 600A. De uma maneira geral possuem 3 contatos principais
do tipo NA, para manobra de cargas trifásicas a 3 fios.
A figura 3.10 representa a simbologia de um contator com seus contatos principais, 02 contatos
auxiliares NA e 01 contato auxiliar NF.

Figura 3.10: Diagrama esquemático de um contator

A identificação dos terminais de um contator é utilizada para facilitar a execução de projetos de


comandos e a localização e função desses elementos na instalação. As bobinas são identificadas de
forma alfanumérica com A1 e A2. Os terminais dos contatos principais devem ser identificados
por números unitários e por um sistema alfanumérico. Os terminais 1, 3 e 5 são ligados na
rede (fonte) e os terminais 2, 4 e 6 devem ser conectados na carga. Os terminais dos circuitos
auxiliares são identificados com dois números, onde: a unidade representa a função do contato e
a dezena representa a sequência de numeração. Os contatos auxiliares são dimensionados para a
comutação de circuitos de comando, sinalização e intertravamento elétrico, entre outras aplicações.
O formato dos contatos auxiliares está de acordo com a função: normalmente aberto (NA) ou
normalmente fechado (NF). Quanto ao Número de Função, os números 1 e 2 são próprios de
contatos normalmente fechados e 3 e 4 próprios de contatos normalmente abertos. A figura 3.11
mostra um sistema de identificação de contatos auxiliares, onde cada contato contém um par de
números.
3.1 Dispositivo de proteção, comando e sinalização 27

Figura 3.11: Identificação de contatos auxiliares

3.1.7 Botões de Comando


São dispositivos destinados a estabelecer ou interromper momentaneamente, no local ou à distância
e de forma indireta, o comando de equipamentos de manobra e/ou de operação. As botoeiras, chaves
fim de curso, botões de emergência, comutadores, são elementos de comando, e são utilizados
no ligamento e desligamento de circuitos elétricos, suas características, especificações técnicas
e cores ajudam na identificação de processos. Possui contatos NA e NF que se invertem ao
acionar manualmente e retornam a posição de repouso através de molas. Basicamente, a botoeira é
formada pelos blocos de contato e pelo botão para botoeiras. Alguns modelos de botoeiras estão
representadas na figura 3.12

Figura 3.12: Tipos de botoeiras

O botão de comando, fabricado com diversos tipos de acionamentos para atender à enorme faixa de
aplicação das botoeiras.
Tipos de elemento frontal de comando:
1. Normal;
2. Saliente;
3. Cogumelo;
4. Comutador de posições;
5. Comutador com Chave.
Os botões de comando são fabricados segundo um código internacional de cores, o que facilita a
identificação do regime de funcionamento das máquinas comandadas por esses botões. A tabela 3.1
3.1 Dispositivo de proteção, comando e sinalização 28

mostra as cores e a indicação de suas funções.

Tabela 3.1: Código de cores e funções de botões


Cor padronizada Regime de Funcionamento
• Parar/desliga;
Vermelho
• Parada de emergência.
• Acionamento;
Verde ou Preto
• Inicio do ciclo de operação de máquina
• Atenção, cuidado;
Amarelo • Partida de retrocesso fora das condições normais de operação;
• Partida em movimento para evitar condições de perigo.
• Qualquer função para a qual as cores mencionadas não têm validade;
Branco ou Azul Claro
• Informações especiais.

3.1.8 Sinalizadores
Para a sinalização de eventos usam-se lâmpadas, buzinas e sirenes. São dispositivos que indicam
através de sua cor, as condições na qual o motor está submetido. As lâmpadas, são usadas para
sinalizar tanto situações normais quanto anormais, tendo uma cor referente a cada tipo de ocorrência.
A figura 3.13 mostra alguns desses dispositivos.

Figura 3.13: Sinalizadores luminosos e sonoros

As cores indicadas são:


1. Vermelho fixo: Máquina operando energizada - perigo; são reservadas para indicações o
estado de alimentação elétrica geral ou equipamento ligado;
2. Verde: Máquina pronta para operar - desligada; é a cor usada para caracterizar “segurança”
e é utilizada para indicar máquinas em estado seguro, ou desligada;
3. Vermelho Piscante ou Alaranjada: é a cor empregada para indicar “falha”; são reservadas
para indicações estado crítico ou falha;
4. Amarela: indica situação importante, porém sem perigo, bem como alarme de nível baixo,
ou máquina aguardando;
5. Branco: Máquina em movimento;
6. Azul: Comando remoto ou preparação de máquina.
Os indicadores acústicos fornecem sinais audíveis indicativos de estado, falha e emergência. São as
sirenes e buzinas elétricas. Utilizados em locais de difícil visualização (para indicadores luminosos)
e quando se deseja atingir um grande número de pessoas em diferentes locais. Outras cores são
definidas pelo projetista, ou conforme a padronização que cada empresa adota para indicações. A
tabela 3.2 lista o código de cores e funções de sinalizadores.
3.1 Dispositivo de proteção, comando e sinalização 29

Tabela 3.2: Código de cores e funções dos sinalizadores luminosos e sonoros


Cor Condição de operação Exemplos de aplicação
Indicação de que a máquina está paralisada por
atuação de um dispositivo de proteção.
Vermelho Condição anormal
Aviso para a paralisação de máquina devido a
sobrecarga por exemplo.
O valor de uma grandeza (corrente, temperatura)
Amarelo Atenção ou cuidado
aproxima-se de seu valor-limite.
Partida normal: todos os dispositivos auxiliares
funcionam e estão prontos para operar. A pressão
Maquina pronta
Verde hidáulica ou a tensão estão nos valores especifi-
para operar
cados. O ciclo de operação está concluído e a
máquina está pronta para operar novamente
Circuitos sob tensão chave principal na posição
Branco Circuitos sobtensão LIGA. Escolha da velocidade ou do sentido de
(incolor) em operação normal rotação, Acionamentos individuais e dispositivos
auxiliares operando. Máquina em movimento
Azul Todas as funções para as quais não se apliquem as cores acima

3.1.9 Relé de Tempo - Temporizadores


Os relés de tempo, mostrados na figura 3.14, são dispositivos empregados nos circuitos de comandos
elétricos, com o objetivo de fazer a temporização de manobras, em circuitos auxiliares de comando,
circuitos de proteção, etc. Os relés de tempo são largamente utilizados, quando se faz necessária a
presença de circuitos de comando elétrico automatizados. O relé é um dispositivo de comando, local
ou à distância, cujos contatos auxiliares comandam outros dispositivos individuais, ou componentes
de dispositivos de manobra. O relé de tempo para comando elétrico é um dispositivo elétrico que
possui um ajuste de tempo para operar com retardamento, no acionamento ou no desligamento de
comando. Os relés temporizados ou relés de atraso de tempo podem ser classificados em relé de
on-delay ou de off-delay.

Figura 3.14: Tipos de Relé de Tempo - Temporizadores

3.1.9.1 Relê de Tempo com Retardo na Ligação - On-delay


Este relê comuta seus contatos após um determinado tempo, regulável em escala própria. O início
da temporização ocorre quando energizamos os terminais de alimentação do relê de tempo. Quando
3.2 Motores de Indução 30

a bobina de um relé temporizado on-delay é energizada, os contatos mudam os estados depois de


um tempo predeterminado. Por exemplo, o timer foi ajustado para 10 segundos e o contato é NA.
Quando a bobina é energizada no relé on-delay, o contato continua aberto durante 10 segundos e
depois fecha. Quando a bobina for desligada, o contato volta imediatamente para a posição NA. A
figura 3.15 mostra um exemplo que exemplifica o seu funcionamento.

Figura 3.15: Temporizador tipo On-Delay

3.1.9.2 Relê de Tempo com Retardo no Desligamento - Off-delay


Este relê mantém os contatos comutados por um determinado tempo, regulável em escala própria,
após a desenergização dos terminais de alimentação. Quando a bobina de um relé temporizado
off-delay é energizada, os contatos mudam imediatamente os estados e depois de um tempo
predeterminado voltam para a posição original. A operação do timer off-delay é oposta a do timer
on-delay.
Para o exemplo do timer ajustado para 10 segundos e o contato NA, quando a bobina do relé
off-delay for energizada, o contato imediatamente muda para fechado. Quando a bobina for
desenergizada, porém, o contato permanece fechado por 10 segundos e depois abre. A figura 3.16
ilustra o seu funcionamento.

Figura 3.16: Temporizador tipo Off-Delay

3.2 Motores de Indução


Os motores elétricos de indução podem ser monofásicos ou trifásicos, mostrados nas figuras
3.17(a) e 3.17(b), respectivamente. Os motores de indução monofásicos são mais utilizados para
o acionamento de pequenas cargas, como ventiladores, pequenas bombas e aparelhos de uso
doméstico, enquanto os trifásicos são mais usualmente utilizados na indústria para aplicações mais
específicas e com tensões diferentes das usuais. O motor elétrico é uma máquina que tem a função
de transformar a energia elétrica em energia mecânica, por meio do movimento rotativo de um eixo,
quando é aplicada em seus enrolamentos uma tensão elétrica alternada que proporciona o efeito
eletromagnético.
3.2 Motores de Indução 31

(a) Motor trifásico (b) Motor monofásico

Figura 3.17: Motor de indução trifásico e monofásico

É composto de uma parte fixa (estática), que transforma a energia elétrica em efeito eletromagnético
e uma outra que gira (rotor), devido a este efeito. Em outras palavras:
1. A parte estática do motor chama-se estator.
2. A parte que gira chama-se rotor.
3. O estator é ligado a uma fonte de corrente elétrica, para transformá-la em efeito eletromagné-
tico.
4. O efeito eletromagnético faz o rotor girar.
5. O rotor tem uma polia, por fora, para ser acoplado a uma máquina e fazê-la movimentar-se.
O motor de indução trifásico, ou simplesmente MIT, é o motor mais utilizado na indústria
em virtude de sua robustez, baixo custo, vida útil e facilidade na manutenção.
A figura 3.18 um motor trifásico em corte, destacando as partes constituintes na legenda.

Figura 3.18: Motor de Indução Trifásico em corte

3.2.1 Ligações dos Terminais de Motores de Indução Trifásico e Monofásicos


3.2.1.1 Fechamento para Motores Trifásicos
Os mais conhecidos são os de 6 e 12 terminais (Bornes de ligação). Em cada um desses casos
existem diferentes tipos de fechamentos (ligações dos terminais) para determinados níveis de tensão.
O motor de seis terminais ou popularmente conhecido como motor 6 pontas elétrico é um motor
trifásico de corrente alternada, com grande aplicabilidade industrial. Seu surgimento se deu nas
mãos de Nicola Tesla e o avanço tecnológico nos permite possuir hoje motores elétricos para todas
as aplicações e seguimentos industriais. Partindo da premissa que você conhece o motor elétrico
trifásico de indução por meio de pesquisa realizada por você, nessa seção será abordado sobre os
tipos de fechamentos dos enrolamentos de motores elétricos trifásicos com seis terminais (motor
3.2 Motores de Indução 32

6 pontas). Lembre-se que o motor fornece a opção de seis terminais para permitir a alimentação
através de dois níveis distintos de tensão, por exemplo 220V e 380V. Existem portanto dois tipos de
fechamentos para este tipo de motores, são eles: fechamento em triângulo e fechamento em estrela.
3.2.1.1.1 O Fechamento em Triângulo
Proporciona o fechamento na menor tensão suportada, por exemplo: um motor que suporte 380V e
220V o fechamento em triângulo será para a tensão de 220V. Analisando a figura 3.19 será possível
como realizar o fechamento em triângulo do motor elétrico trifásico, observe que os terminais
1-6, 2-4 e 3-5 são interligados entre sí e estas pontas são interligadas com a rede de alimentação
trifásica.

Figura 3.19: Fechamento triangulo motor de indução trifásico de 6 terminais

3.2.1.1.2 O Fechamento em Estrela


É basicamente o mais simples de ser desenvolvido, observe que o fechamento se dá com a realização
do curto circuito dos terminais 4-5-6 e realiza-se a alimentação trifásica utilizando os terminais 1, 2
e 3. Veja na figura 3.20 como é feito esse tipo de fechamento.

Figura 3.20: Fechamento em estrela de motor de indução trifásico de 6 terminais


3.2 Motores de Indução 33

3.2.2 Fechamento para Motores Monofásicos


São assim chamados porque os seus enrolamentos de campo são ligados diretamente a uma fonte
monofásica. Os motores monofásicos de indução são a alternativa para locais onde não se dispõe de
alimentação trifásica, como residências, escritórios, oficinas, zonas rurais etc. Sua utilização pode
ser justificada apenas para baixas potências. Entre os vários tipos de motores elétricos monofásicos
existentes, os motores com rotor tipo gaiola destacam- se pela simplicidade de fabricação e,
principalmente, pela robustez e manutenção reduzida. Estes motores partem com enrolamentos
auxiliares, que são dimensionados e posicionados de forma a criar uma segunda fase fictícia,
permitindo a formação do campo girante necessário para a partida. Com o motor monofásico com
seis terminais pode-se efetuar a ligação em dois tipos de tensão de alimentação diferentes. Além
disso, pode-se inverter o sentido de giro desse motor. É necessário ressaltar que não é possível fazer
a inversão com o motor em movimento. Deve-se desligá-lo para que possa ser dada a partida em
outra direção. O enrolamento principal é representado por duas bobinas, sendo os seus inícios os
números 1 e 3 e os seus finais 2 e 4 respectivamente. O enrolamento auxiliar é representado pelos
bornes numerados com início da bobina em 5 e final em 6.

Figura 3.21: Fechamento motor de indução monofásico de 6 pontas


4. Circuitos e Diagramas Elétricos

4.1 Qual a Importância do Diagrama Elétrico Para o Eletricista?


Imagine uma caçada ao tesouro sem um mapa! É mais ou menos essa a sensação quando você
precisa realizar uma intervenção em uma instalação elétrica/circuito sem ter um diagrama elétrico
ou quando você tem um diagrama e não sabe fazer a leitura e interpretação deste. Neste capítulo
irá mostrar a importância da presença deste documento em uma instalação elétrica, seja ela qual
for. A necessidade de criar este conteúdo partiu da dificuldade dos meus alunos nas aulas que
ministro, que a leitura e interpretação do diagrama elétrico normalmente é uma barreira para os
profissionais iniciantes. Este material irá trazer uma realidade um tanto quanto desagradável, isto
mesmo, hoje muitas pessoas estão se formando na área elétrica mas poucas, muito poucas saem
com capacidade de realizar um leitura e interpretação de diagramas elétricos. O diagrama elétrico
permite a você algo espetacular que é a rastreabilidade de sua instalação, sabe o que isso significa?
Não importa o tipo de intervenção que você venha fazer você saberá exatamente onde e como fazer.
A identificação de uma possível falha/defeito e respectivamente a solução deste se torna muito mais
rápida e eficiente. Um exemplo simples e muito comum de um problema de rastreabilidade dentro
de uma instalação elétrica residencial é quadro de disjuntores não identificado com o s números
dos circuitos. Como ter certeza que um circuito foi corretamente desligado se eu não sei qual é a
sua fonte de alimentação? Pense em como este problema “simples” pode intervir diretamente em
seu tempo de execução, na qualidade de seu serviço e principalmente em sua segurança. Não ter
certeza de qual disjuntor deve ser seccionado para efetuar a desenergização pode e vai implicar
diretamente na sua segurança. Eletricidade não é brincadeira, costumo dizer que é o perigo que não
se vê e tenho certeza absoluta que você há de concordar comigo. O Projeto de Instalação Elétrica
é um termo abrangente que envolve não somente o diagrama unifilar, é um equivoco pensar que
outros documentos e instruções não façam parte do projeto elétrico. Possuir um projeto elétrico
para sua instalação é muito mais do que manter mais um documento guardado é ter segurança e
possibilidades de uma manutenção mais rápida e precisa. Dentro da NR10 o projeto elétrico irá
compor o PIE, Prontuário da Instalação Elétrica, portanto previsto com documentação relativa
a segurança. Previsto na NR10 o Prontuário da Instalação Elétrica (PIE) é um acervo que irá
conter todos os documentos relevantes relativos a instalação elétrica, o próprio projeto da instalação
4.1 Qual a Importância do Diagrama Elétrico Para o Eletricista? 35

elétrica é parte importante do PIE, em se tratando do projeto d e instalação elétrica o mesmo deve
conter:
1. Plantas;
2. Esquema unifilares, multifilares e outros quando aplicável;
3. Detalhes de montagem, quando necessário;
4. Memorial descritivo da instalação;
5. Especificação de componentes (descrição, características nominais, e normas que de atender);
6. Parâmetros de projeto (corrente de curto circuito, queda de tensão, fatores de demanda
considerados, temperatura ambiente, etc).
Manter esta documentação atualizada e precisa garante que uma possível manutenção irá ser
precisa e localizada no ponto de defeito garantindo uma melhor segurança para quem realiza. A
facilidade ao realizar uma manutenção fará com que o preço da manutenção seja reduzido devido
as facilidades em se encontrarem os problemas sendo guiado pelos diagramas corretos. Por fim,
Diagramas elétricos consistem nos símbolos gráficos que identificam uma instalação elétrica ou
parte dela. Essa representação é universal e o eletricista que sabe ler um diagrama elétrico aqui no
Brasil saberá ler também em qualquer outro país!

4.1.1 Diagrama Funcional


Este tipo de diagrama representa com clareza os processo e o modo de atuação dos contatos,
facilitando a compreensão da instalação e o acompanhamento dos diversos circuitos na localização
de eventuais defeitos. Além de conhecer e especificar componentes, o eletricista deve interpretar
diagramas de força e controle, ou diagrama de potência e comando para utilizá-lo nas montagens
e executar manutenções. Os diagramas de força e controle são divididos, como o próprio nome
sugere, em circuitos de força e circuitos de controle. Um projeto de força e controle pode possuir
dezenas de páginas, por isso a correta interpretação dos símbolos e métodos de organização e
estruturação de um projeto é fundamental. Basicamente o Diagrama Funcional é composto por 2
circuitos:
1. Circuito Principal, Potência ou de Força: Onde estão localizados todos os elementos que
tem interferência direta na alimentação da máquina, ou seja, aqueles elementos por onde
circula a corrente que alimenta a respectiva máquina. Os diagramas de força apresentam os
circuitos de potência, com os motores instalados, bancos de capacitores, transformadores, ou
qualquer outra carga ligada ao sistema de potência. Temos informações sobre os dispositivos
de proteção, corrente e tensões nos barramentos principais do painel. Neste diagrama podem
ser observados também a instrumentação para medição de grandezas em painéis, como
voltímetros e amperímetros, e os transformadores de potencial e de corrente associados a
esses instrumentos.
2. Circuito Auxiliar ou de Comando: Onde estão todos os elementos que atuam indiretamente
na abertura, fechamento e sinalização dos dispositivo utilizados no acionamento da máquina,
em condições normais e anormais de funcionamento. Nos diagramas de controle temos a
lógica que rege o acionamento das cargas instaladas. A sequência de funcionamento é definida
no sistema de controle. A lógica de controle pode ser desenvolvida com a lógica de relés
(contatos de contatores e relés), ou com a utilização de controladores lógicos programáveis
(CLP).
Os diagramas funcionais são os mais importantes do ponto de vista de projeto, permitindo obter
uma ideia de conjunto sobre o sistema de comando adotado, que é a base de partida, proporcionando
os dados fundamentais para a posterior realização dos diagramas de interligação, nos trabalhos de
montagem como também a preparação da lista de materiais. A figura 4.1 mostra um exemplo de
diagrama funcional.
4.2 Conceitos básicos em circuitos de comandos elétricos 36

Figura 4.1: Diagrama Funcional

4.2 Conceitos básicos em circuitos de comandos elétricos


Para ler e compreender a representação gráfica de um circuito elétrico, é imprescindível conhecer os
componentes básicos dos comandos elétricos e também suas finalidades. Alguns destes elementos
são descritos a seguir.

4.2.1 Selo
O contato de selo é sempre ligado em paralelo com o contato de fechamento da botoeira. Sua
finalidade é de manter a corrente circulando pelo contator, mesmo após o operador ter retirado o
dedo da botoeira.

4.2.2 Intertravamento
Processo de ligação entre os contatos auxiliares de vários dispositivos, pelo qual as posições de
operação desses dispositivos são dependentes umas das outras. Através do intertravamento, evita-se
a ligação de certos dispositivos antes que os outros permitam essa ligação. Observando a figura
4.2 onde apresenta a técnica selo através dos contatos 13/14 de K2. Essa técnica como dito acima
consiste em colocar um contato auxiliar de K2 em paralelo com a botoeira, de modo que ao dá um
pulso na botoeira S2 irá energizar a bobina de K2, com isso fecha-se os contatos auxiliares de K2
(13/14) com isso mantem a bobina de K2 energizada após retirar o dedo da botoeira. A técnica
de intertravamento pode ser observada pelos contatos 21/22 de K1 e 21/22 de K2. Essa técnica
consiste em evitar que os dois contatores sejam energizados ao mesmos tempo. Ao pressionar a
botoeira S1 energiza a bobina de K1 e fecha os contatos NA e abre os contatos NF, nesse caso abre
os contatos 21/22 de K1 na linha da bobina de K2, com isso mesmo pressionando a botoeira S2 a
bobina de K2 não será energizada, da mesma forma acontece ao inverso, se pressionar a botoeira
S2 primeiro, pressionando S2 em seguida não ira energizar K1.
4.2 Conceitos básicos em circuitos de comandos elétricos 37

Figura 4.2: Técnica de Selo e Intertravamento

4.2.3 Simbologia Gráfica


Até o presente momento mostrou-se a presença de diversos elementos constituintes de um painel
elétrico. Em um comando, para saber como estes elementos são ligados entre si é necessário
consultar um desenho chamado de esquema elétrico. No desenho elétrico cada um dos elementos é
representado através de um símbolo. A simbologia é padronizada através das normas NBR, DIN e
IEC. Nas figuras 4.3 e 4.4 apresenta-se alguns símbolos referentes aos elementos estudados nos
parágrafos anteriores.

Figura 4.3: Simbologia empregada em um sistema de acionamento em Partida Direta


4.2 Conceitos básicos em circuitos de comandos elétricos 38

Figura 4.4: Simbologia em acionamentos elétricos


5. Sistemas de Partidas de Motores

5.1 Introdução
Sempre que a instalação permitir, o tipo de partida deve ser direta, já que o motor foi projetado para
estas condições (corrente e tensões nominais). As maneiras de ligar um motor são basicamente
divididas em dois grupos: partida direta e partida indireta. Já as formas de comandar os motores são
variadas, e não existe um esquema definido, somente padrões (normas) de instalação. A corrente
elevada de partida do motor ocasiona as seguintes consequências prejudiciais:
1. Acentuada queda de tensão no sistema de alimentação da rede, o que ocasiona interferências
em equipamentos instalados no sistema;
2. Exigência de superdimensionamento de condutores e componentes, pois se não feito isto,
ocorre à redução drástica da vida útil destes;
3. A imposição das concessionárias de energia elétrica, que limitam a queda de tensão na rede;
Existem limites de potência para cada tensão de rede, conforme determinação da concessionária
local, sendo na maioria dos casos de 5 cv nas redes de 220/127 V e de 7,5 cv nas redes de 380/220
V. Existem vários sistemas de partidas de motores, cada qual com sua peculiaridade. O sistema de
partida indica a forma como o motor deve iniciar sua marcha (partida) e em alguns casos o sentido
de rotação. Os sistemas de partidas podem ser manuais ou automáticos.

5.2 Tipos de partidas


Caracteriza-se como partida de motor elétrico trifásico a forma pela qual é concebida a alimentação
elétrica ao motor de forma direta ou indireta para que este venha a iniciar seu funcionamento. São
divididas em dois grupos: as Partida direta de motores elétricos trifásicos que recebem alimentação
diretamente no motor no momento da partida e as Partida Indireta de motores elétricos trifásicos
que utilizam de manobras afim de reduzir a corrente no momento da partida. Todo sistema de
partida de motores será representada a partir de um diagrama elétrico multifilar e um diagrama
elétrico funcional. Sendo que o diagrama elétrico funcional recebe o nome de diagrama de comando
e é responsável pela lógica de acionamento dos e o diagrama multifilar também é conhecido como
diagrama de potência ou diagrama de força, este receberá as cargas que serão acionadas pelo
5.2 Tipos de partidas 40

sistema trifásico, por exemplo, os motores elétricos trifásicos.

5.2.1 Partida Direta


A tradicional partida direta de motores elétricos trifásicos pode ser considerada como recurso ideal
quando deseja-se usufruir do desempenho máximo nominais de um motor elétrico trifásico, como
por exemplo o torque de partida (uma das principais características do motor elétrico). No entanto,
este sistema de partida é recomendado para motores que possuam no máximo 7,5/10cv de potência.
A partida direta implica diretamente no desempenho do motor e principalmente na infraestrutura da
rede de alimentação desta máquina elétrica. A partida direta consiste em aplicar ao motor elétricos
toda a tensão, que ele necessita para funcionar em 100 por cento.

Figura 5.1: Elementos de uma partida direta

A tabela 5.1 lista as principais vantagens e desvantagens da partida direta e a figura 5.1 mostra os
diagramas de potência e comando.
5.2 Tipos de partidas 41

Tabela 5.1: Vantagens e desvantagens de partida direta



Pode-se partir o motor com carga;

Facilidade na execução do circuito de partida e de comando

Vantagens Baixo custo de componentes para executar o acionamento;

Simples funcionamento e baixa manutenção;

Alto torque na ponta do eixo, ou seja, potência máxima;

Alta corrente de partida no momento do acionamento podendo ser de 5 a 9
vezes da corrente nominal;

Desvantagens Existem limitações a potência dos motores a serem realizadas as partidas
diretas, de preferência partir esses motores com baixa carga ou em vazio.

Dispositivos de acionamento (contatores, disjuntores), mais robustos.

5.2.1.1 Funcionamento do Diagrama de Potência


A finalidade deste diagrama de potência de uma partida direta é acionar o motor elétrico trifásico
disponibilizando a ele 100 por cento da tensão de alimentação fornecida pelo sistema trifásico de
alimentação. Para isto se faz necessário que seja acionado o contator K1 para que este disponibilize
a alimentação ao motor elétrico trifásico, no entanto é importante observar que os fusíveis devem
estar íntegros permitindo a circulação da corrente e o relé térmico também deverá estar em seu
estado normal de trabalho (não acionado).
O sistema de partida direta em relação ao diagrama de potência, têm os seguintes elementos:
1. Rede de Alimentação: A rede de alimentação será responsável por disponibilizar, neste
caso, uma alimentação trifásica (3 fases + Terra) para atender a necessidade do motor elétrico
utilizado.
2. Fusíveis: Para a proteção do circuito, como os cabos, componentes (contatores, etc. . . ) e
curto circuito, normalmente, do tipo retardado.
3. Contator: Componente que tem a responsabilidade de fornecer ao motor as três fases dos
sistema de alimentação. Sua robustez varia em função da corrente do motor.
4. Relé Térmico: Dispositivo que se encarrega de realizar a proteção do motor elétrico trifásico
em função de corrente de sobrecarga.
5. Motor Elétrico Trifásico: Máquina elétrica responsável por transformar energia elétrica em
mecânica. Neste caso, trifásica e depende, basicamente do acionamento do contator K1 para
entrar em funcionamento.
Como podemos observar, o diagrama de potência da partida direta expressa o motor elétrico como
sendo a carga que será acionada e o acionamento é realizado através do componente contator.
O diagrama de comando desta partida direta representa a lógica de contatos que será responsável
por acionar os componentes que serão responsáveis por comandar as cargas presentes no diagrama
de potência (neste caso o motor elétrico trifásico).
5.2.1.2 Funcionamento do Diagrama de Comando
Estando os contatos NF do relé térmico (F7), botão de emergência e do botão desliga em condição
de normal, ou seja, fechados, pressionando o botão Liga teremos a alimentação da bobina do
contator K1 que por sua vez irá fechar seus contatos de potência acionando o motor elétrico
trifásico e ira realizar o também o fechamento de seus contatos auxiliares, neste caso o contato
de selo que tem o objetivo de manter a bobina do contator alimentada. Somente será realizada a
desenergização da bobina caso seja pressionado o botão de emergência, o botão desliga ou o contato
auxiliar do relé térmico seja acionado (esta ultima hipótese somente ocorrerá quando houver uma
falha no motor em função de sobrecarga).
O sistema de partida direta em relação ao diagrama de comando têm os seguintes elementos:
5.2 Tipos de partidas 42

1. Contato Auxiliar do Relé Térmico: O contato normalmente fechado protege o circuito de


comando caso houver acionamento do relé térmico.
2. Botão de Emergência: Contato normalmente fechado de botão retentivo (com trava) que
visa a parada emergencial do motor. Normalmente tipo cogumelo
3. Botão Liga + Selo: Contato normalmente aberto de botão pulsante que tem o objetivo de
alimentar a bobina do contator, necessita de contato de selo para manter o contator acionado
4. Botão Desliga: Contato normalmente fechado de botão pulsante que possui como objetivo
desenergizar a bobina do contator desligando-a.
5. Bobina do contator: Parte do contator que após energizada realiza o acionamento dos
contatos aberto e fechado do mesmo possibilitando acionar cargas (contatos de potência) e
comandar as lógicas de comandos (contatos auxiliares.

Nota 5.1. O motor de indução trifásico de 6 terminais fornece a opção de seis terminais para
permitir que o mesmo motor possa ser alimentado através de dois níveis de tensões distintos, por
exemplo 220V e 380V.

Ao analisar o circuito mostrado na figura 5.2 teremos a seguinte situação: Acionando o botão
pulsante S1, a bobina do contator K1 energiza e aciona (fecha) os contatos principais que estão em
série com o motor M fazendo-o girar para a direita ou para a esquerda. No mesmo instante o contato
auxiliar NA (13 e 14), denominado contato de “selo”, também se fecha permitindo que se tire o
dedo de S1 e o contator se mantenha energizado. As lâmpadas H1 irá apagar devido os contatos
21/22 se abrirem e a lâmpada H2 irá ascender através dos contatos 43/44 que se fecharam. A
lâmpada H3 irá acender em caso de sobrecarga quando os contatos auxiliares do relé térmico 95/96
abrirem indicando sobrecarga. Ao pressionar o botão pulsante S0, interrompe-se a alimentação da
bobina de K1 que desliga e consequentemente abre os contatos principais e auxiliar. Nesta condição
o motor será desligado. Qualquer problema que houver no circuito de carga ou de comando, o
motor será desligado. Caso o relé de sobrecarga F2 atuar, por exemplo, por falta de fase, seus
contatos principais e auxiliar (95/96) se abrirão, desligando o motor e o comando simultaneamente.

Figura 5.2: Elementos de uma partida direta

5.2.2 Partida Direta com Reversão


A partida direta com reversão é utilizada em aplicações nas quais se deseja inverter o sentido de
giro do motor. Para inverter o sentido de giro, basta inverter as ligações de duas fases que se ligam
ao motor. A inversão de fases é feita automaticamente pelos contatores. Observar e analisar as
ligações dos contatos principais de k1 e k2 na figura abaixo. O funcionamento deste circuito é
semelhante ao circuito da partida direta. Porém, neste tipo de acionamento é possível direcionar
o sentido de giro do motor. K1 faz o motor girar por exemplo, à direta e k2 faz o motor girar em
sentido contrário.
Analisando o diagrama mostrado na figura 5.3 teremos: O botão S1 quando acionado liga o contator
k1 que se mantém energizado através de seu contato auxiliar NA (13 e 14). Os contatos principais
de K1 que estão em série com o motor se fecham e o motor gira. Ao energizar k1, o contato auxiliar
NF(21 e 22) se abre impedindo que k2 energize caso S2 seja pressionado acidentalmente ou de
propósito. Análise semelhante se dá ao pressionar S2. Neste caso, o motor girará em sentido
contrário ao anterior. Quando k2 estiver energizado, k1 é impedido de ligar. Esta técnica na qual
um contator energizado impede a ligação de outro contator é denominada de intertravamento por
contato de contatores. Nesta técnica de comando a inversão de rotação só é possível quando o motor
for desligado, no caso em análise, por S0. Neste sistema de partida não há inversão instantânea
de rotação. Quando for necessário fazer inversão instantânea de rotação, coloca-se em série com
5.2 Tipos de partidas 43

as bobinas de k1 e k2 contatos fechados dos botões S1 e S2 em substituição aos contatos NF dos


mesmos contatores.

Figura 5.3: Partida Direta com Reversão


6. Painéis Didáticos

6.1 Manual painéis didáticos acionamentos elétricos


Para a disciplina de acionamentos elétricos serão utilizados os painéis de acionamentos elétricos
industriais e residenciais entre outras montagens em bancada.

6.1.1 Painel didático para acionamentos elétricos residenciais


1. Alimentação geral do painel: Alimentação trifásica 220V obtida pela rede.
2. Disjuntor motor.
3. Disjuntor geral da parte de acionamentos elétricos.
4. Disjuntor geral da parte de acionamentos prediais.
5. Disjuntores: Utilizados para diversas aplicações.
6. Interruptor Simples, duplo e triplo.
7. Interruptor Four way: É um sistema onde é possível acionar uma lâmpada de três ou mais
locais sem muita dificuldade.
8. Lâmpadas
9. Interruptor Three way: Sistema que controla uma lâmpada por dois interruptores.
10. Dimmer Rotativo: Permite a variação de tensão. Com o uso deles é possível regular a
luminosidade de lâmpadas.
11. Pulsador;
12. Campainha;
13. Buzzer: Sinalizador sonoro e luminoso.
14. Tomada: Ponto alimentação de 127V em que equipamentos são conectados.
15. Sensor de presença: Dispositivo utilizado para detectar movimento com a função de acender
a iluminação de um determinado ambiente.
16. Relé fotoelétrico: Possui a finalidade de substituir o comando manual por um comando
automático em sistemas de iluminação e sinalização.
17. Bornes lateral: Neutro do painel.
6.1 Manual painéis didáticos acionamentos elétricos 45

Figura 6.1: Painel didático para acionamentos elétricos residenciais


6.1 Manual painéis didáticos acionamentos elétricos 46

6.1.2 Painel didático para acionamentos elétricos industriais

Figura 6.2: Painel didático para acionamentos elétricos industriais


6.1 Manual painéis didáticos acionamentos elétricos 47

1. Botoeiras:
(a) S1 e S2 (verde): botoeiras NA usadas para acionar o circuito.
(b) S0 (vermelha): botoeira NA(3/4) e NF(1/2).
2. Sinaleiras:
(a) L1 (vermelha): sinaleira vermelha.
(b) L2 (verde): sinaleira verde. Possuem um ponto de ligação em comum, X2.
3. Voltímetro e Amperímetro analógico:
(a) Voltímetro analógico: a diferença de potencial é indicada pela posição de um ponteiro,
após ter-se escolhido uma escala adequada de leitura. A sua variação de medida é de
0V a 250V.
(b) Amperímetro Analógico: Usado para medir correntes. Sua escala vai de 0A a 5A
4. 4,5 e 6: Bornes de alimentação dos circuitos de força e comando:
5. R,S e T (vermelho): alimentação trifásica para motor. O N é o neutro.
6. R e S (verde): alimentação para circuito de comando.
7. Sistema de retificação para frenagem CC.
8. Contatores:
(a) 1,2,3 e 4,5,6: Contatos principais ou contatos de força.
(b) A1, A2 ou A, B: alimentação da bobina.
(c) 11/12 e 21/22: contatos NF.
(d) 13/14 e 23/24: contatos NA.
9. Temporizadores ON-DALAY: São utilizados para determinar um tempo para acionar ou
desacionar algo.
(a) A1, A2 ou A, B: alimentação da parte de comando.
(b) 15/16: contato NF.
(c) 15/18: contato NA.
10. Motor Trifásico
11. autotransformador

Bons estudos, Prof. Rennan Aquino


Referências Bibliográficas

CERVELIN, S.; CAVALIN, G. Instalações Elétricas Prediais Conforme Norma NBR 5410:2004.
14. ed. Curitiba: Editora Érica, 2006.

CERVELIN, S.; CAVALIN, G. Instalações Elétricas Prediais Teoria & Prática. Curitiba: Base de
Livrso Didáticos, 2008. v. 1. Curso Técnico em Eletrotécnica.

FARIAS, G. C. de. Comandos Elétricos. SENAI. Centro de formação profissional - José Ignacio
Peixoto.

GOMES, P. S. Resumo de aulas de comandos elétricos. 2017.

INSTITUTO FEDERAL DE SãO PAULO. Práticas de Acionamentos Eletrônicos. São Paulo.

LIMA, R. Acionamentos Elétricos. Senai. Notas de aula Prof. Reinaldo Lima/SENAI.

NASCIMENTO, G. Comandos Elétricos - Teoria e Atividades. 1ª. ed. São Paulo: Editora Érica
LTDA, 2013. v. 1.

PEREIRA, E. D.; OLIVEIRA, R. J. de. Comandos elétricos. Belo Horizonte, 2010.

SENAI. Elétrica: Desenho Elétrico. Espirito Santo, 1996. CPM - Programa de Certificação de
Pessoal de Manutenção.

SENAI-RJ. Elementos de Comandos elétricos. 2. ed. Rio de Janeiro, 2008. Material para fins
didáticos SENAI-RJ.
PRÁTICAS INSTALAÇÕES PREDIAIS
1- Observe o desenho em perspectiva abaixo e complete o diagrama multifilar e unifilar.
2- Montar um diagrama unifilar e multifilar para a ligação de duas lâmpadas independentes através de um
interruptor de duas seções (duplo) e uma tomada bifásica.

3- Completar as ligações do comando de uma lâmpadas incandescentes 1OOW/127V por um interruptor


simples de uma tecla e a ligação de 2 tomadas e desenhar o diagrama unifilar ao lado.

4- Observe o diagrama funcional abaixo e represente o diagrama unifilar.

5- Indique a tensão de alimentação das 3 lâmpadas indicadas na figura abaixo:

6- Coloque V ou F para as afirmativas relacionadas com as instalações elétricas prediais.

a) ( ) Todo equipamento ou dispositivo elétrico necessita, no mínimo, de duas ligações para o seu funcionamento.
b) ( ) O neutro é sempre ligado no dispositivo que interrompe o circuito, ou seja, no interruptor.
c) ( ) O retorno é o condutor que serve de interligação de dois componentes; é aquele que não é nem neutro nem
fase.
d) ( ) Quando temos duas ou mais lâmpadas em um circuito de iluminação, comandadas por um interruptor simples,
elas sempre devem estar ligadas em série.
e) ( ) O uso do interruptor paralelo permite o comando de uma lâmpada de dois pontos diferentes.
f) ( ) O disjuntor é um dispositivo de proteção contra curto-circuito e sobretensão.
g) ( ) O uso do interruptor “Four-way”paralelo permite o comando de uma lâmpada de apenas três pontos diferentes.
h) ( ) O condutor retorno interliga interruptor com a lâmpada.
i) ( ) O Dimmer é utilizado para o controle de luminosidade em lâmpadas fluorescentes.
j) ( ) O condutor neutro pode ser ligado diretamente ao condutor fase.
k) ( ) Para a ligação de um chuveiro, devem ser passados os fios neutro, fase e fase em 220 V.
l) ( ) O condutor fase é sempre ligado no interruptor;
m) ( ) O condutor neutro nunca deve ser interrompido.
n) ( ) Uma tomada deve ser ligada com os condutores retorno e terra.
o) ( ) O condutor terra pode ser ligado diretamente ao condutor fase.
p) ( ) Para a ligação de um chuveiro, devem ser passados os fios neutro, fase e terra;
q) ( ) Pelo condutor neutro não circula corrente elétrica.

7- Faça a correção das afirmativas falsas da questão anterior de modo a torna -las verdadeiras.

8- Na perspectiva cônica abaixo vemos o posicionamento físico de cada componente da instalação. Representar
a fiação correspondente em cada trecho, conforme indicado.

9- Observe o diagrama funcional abaixo e represente o diagrama multifilar e o diagrama unifilar.


10- Completar as ligações do comando de duas lâmpadas incandescentes 1OOW/127V por um interruptor
simples de uma tecla e a ligação de 2 tomadas e desenhar o diagrama unifilar ao lado.

11- Indique a tensão de alimentação das 3 lâmpadas indicadas na figura abaixo:

12- No traçado de eletrodutos da perspectiva cônica abaixo, representar corretamente a fiação, partindo do QD.
Baseando-se na perspectiva cônica, completar o traçado de eletroduto, partindo do QD, bem como a fiação
respectiva.

13- Representar corretamente as ligações nos diagramas multifilar e unifilar de uma instalação elétrica, contendo
três lâmpadas incandescentes 100W-220V, comandadas por um interruptor bipolar e duas tomadas bifásicas.
14- Observe o diagrama unifilar e represente o diagrama multifilar, em seguida faça uma lista de materiais
necessários para a montagem dessa ligação elétrica.

15- Observe a figura abaixo e complete as questões abaixo conforme a legenda na figura:

( ) lâmpada Incandescente no teto.


( ) Interruptor de comando da lâmpada.
( ) Tensão de alimentação de 127 V, Neutro e Fase.
( ) Lado de onde vem a alimentação da instalação.
( ) Potencia da lâmpada incandescente.
( ) Indica na instalação o interruptor que vai comandar a lâmpada. A lâmpada e o interruptor têm a mesma letra.
( ) Indica a bitola dos condutores.
( ) Número do circuito.
( ) Eletrodutos que interligam as caixas de passagem.
( ) Condutor de proteção terra.
Observe os circuitos abaixo e numere os contatos auxiliares, em seguida monte no painel de comandos
conforme ensinado pelo professor.
ATIVIDADE ELEMENTOS DE PROTEÇÃO E COMANDO
Nome: Aproveitamento
FACIT Curso ENG. CIVIL PERÍODO: 6 Data:
Professor Rennan Aquino Neri E-mail rennanaquino@yahoo.com.br

1- Em um motor trifásico, se invertemos as fases, o 4- Qual a função do relé térmico na partida do motor?
motor: (A) proteger contra curto circuito
(A) queimará (B) inverterá o sentido de rotação (B) proteger contra falta de fase
(C) não funcionará (D) o motor travará (C) proteger contra sobrecarga
(E) funcionará normalmente, não importando a ligação das (D) proteger contra choque.
fas es (E) B e C estão corretas

2- Qual á função do um fusível de efeito retardado (NH) 5– Quanto a ligação do botão liga e desliga na partida
na ligação de motores? de motores, é correto afirmar que:
(A) Abrir o circuito caso ocorra aquecimento dos fios (A) A botoeira vermelha deve ligar e a verde desligar o
(B) Abrir o circuito caso ocorra aquecimento do motor motor
(C) Abrir o circuito caso ocorra curto circuito (B) A botoeira verde deve ligar e a vermelha deve desligar
(D) Abrir o circuito caso a corrente aumente um pouco o motor
(E) Pode ser um de efeito rápido e o motor funcionará da (C) Podemos usar qualquer cor, pois depende do gosto do
mesma forma cliente.
(D) Para a botoeira liga devemos usar o contato normal
3- Sobre o contator podemos dizer que: fechado
(A) é um dispositivo de manobra mecânica (E) Para a botoeira desliga devemos usar o contato normal
(B) é dispositivo de proteção abre em caso de curto circuito aberto
(C) é dispositivo de proteção abre em caso de sobre
cor rente
(D) é dispositivo de sinalização mecânica
(E) é dispositivo de proteção térmica

6- Defina a função de cada elemento de comando abaixo:


a. Botoeira;

b. Rele fotoelétrico;

c. Relé térmico;

d. Relé temporizador;

e. Contator;

f. Fusível;

g. Disjuntor;

h. Motor;
7- Explique o princípio de funcionamento do fusível.

8- No fusível de 10 A circula uma corrente de 30 A. Em quanto tempo o elo fusível irá abrir?

9- Qual fusível suporta 200 A em 10 s?

10- O fusível de 6 A abriu em aproximadamente 200 ms. Qual o valor da corrente que passou pelo elo fusível?

11- Um fusível de 50 A é percorrido por uma corrente elétrica de 300 A. Em quanto tempo o elo fusível irá abrir?

12- Qual fusível suporta 1KA em 20 ms?

13- O fusível de 25 A abriu em aproximadamente 20 s. Qual o valor da corrente que passou pelo elo fusível?

14- Um fusível de 20 A foi usado para proteção de um forno elétrico de 8,8 KW ligado em 220 V. O que
acontecerá com o forno? Explique.

15- Com relação aos fusíveis “NH”, o que significa as letras que compõe a sua identidade?
a- ( ) alta corrente e baixa capacidade de fusão. c- ( ) baixa tensão e alta capacidade de ruptura.
b- ( ) baixa corrente e alta capacidade de fusão. d- ( ) alta tensão e baixa capacidade de ruptura.

16- Nomeie as figuras seguintes, relacionadas com os tipos de fusíveis e seus acessórios.
17- Um Técnico de Manutenção ao realizar uma corretiva no circuito de força da questão 11, identifica que o relé térmico
está danificado, apresentando descontinuidade em uma das fases. Durante o procedimento de substituição do relé
térmico, o Técnico detecta que o relé sobressalente é completamente diferente do modelo utilizado. Sendo assim, por
diversos motivos, o Técnico suprimiu o relé térmico e liberou o motor para a operação. Pergunta-se: Qual proteção
do motor perdeu confiabilidade, quando o Técnico de Manutenção decidiu por suprimir o relé térmico?
Explique.

18- Explique o funcionamento do botão RESET, nas posições M (H) e A, explique também qual a função dos
seus contatos auxiliares como mostra a figura abaixo.

19- Observando a figura abaixo, explique o princípio de funcionamento relé térmico.

20- Coloque V ou F para as afirmativas relacionadas aos dispositivos usados na proteção das instalações
elétricas industriais.
a- ( ) O disjuntor termo-magnético não possui proteção contra sobrecarga.
b- ( ) O elemento bimetálico, dispositivo interno do disjuntor, é aplicado na proteção somente contra curto-circuito.
c- ( ) Uma eficiente proteção contra sobrecarga é conseguida quando se usa o relé térmico.
d- ( ) O disjuntor-motor é um dispositivo com características técnicas adequadas a proteção dos motores trifásicos.
e- ( ) O fusível é largamente aplicado na proteção contra sobrecarga.
f- ( ) O relé térmico possui atuação somente no circuito de força.
g- ( ) Uma eficiente proteção contra curto circuito é conseguida quando se usa o fusível.
h- ( ) O disjuntor atua indiretamente na proteção de um circuito.
i- ( ) O disjuntor é utilizado comumente para ligar e desligar as cargas.
21- Qual a finalidade do disjuntor nas instalações elétricas?

22- Qual a finalidade do disjuntor DR nas instalações elétricas?

23- Qual a aplicação do disjuntor abaixo, denominado “Guarda Motor” ou Disjuntor Motor?

24- Observando a figura acima, nota-se a presença de um dial para o ajuste da corrente. Explique a função
desse ajuste.

25- Cite duas vantagens do contator frente às chaves manuais?

26- Qual a função do contator de força ou contator de potência?

27- Desenhe o símbolo dos seguintes componentes do contator:

a- Bobina b- Contatos Principais c- contato auxiliar NA d- contato auxiliar NF

28- Quais as duas principais diferenças entre os contatos principais e os contatos auxiliares?

29- Explique o princípio de funcionamento do contator, baseando-se na figura da apostila.

30- Sendo a figura ao lado os componentes de um contator auxiliar, numere seus contatos e identifique os
terminais da sua bobina.
31- Coloque o nome de cada símbolo dos componentes do circuito de força abaixo, usado para a proteção e
comando da carga M1.

32- Analise as formas de onda abaixo, que dizem respeito aos dois principais tipos de temporizadores usados nos
comandos elétricos industriais e, em seguida, responda as questões de nº 1 e 2.

O temporizador X é conhecido como um temporizador:


a- ( ) off-delay (retardo na desenergização). c- ( ) on-delay (retardo na energização).

b- ( ) latch-delay (retardo na alimentação). d- ( ) set-delay (retardo na desenergização).

O temporizador Y é conhecido como um temporizador:


a- ( ) off-delay (retardo na desenergização). c- ( ) on-delay (retardo na energização).

b- ( ) latch-delay (retardo na alimentação). d- ( ) set-delay (retardo na desenergização).

33- Qual a finalidade do potenciômetro em um temporizador?

34- Coloque o nome dos símbolos representados abaixo:

35- Explique, resumidamente, o funcionamento dos circuitos seguintes.


36- Desenhe a simbologia dos seguintes dispositivos:

a- Disjuntor-motor (trifásico) b- Relé térmico

c- Fusível d- Botoeira NA com Trava e NF sem trava

37- Os dispositivos de proteção como fusíveis e disjuntores, devem ser ligados em:
a- ( ) estrela ou triângulo, de acordo com a carga.
b- ( ) sentido direto com a carga.
c- ( ) série com a carga.
d- ( ) paralelo com a carga.

38- Analise o gráfico seguinte e marque a opção que representa o nome do funcionamento do temporizador.

( ) retardo cíclico.
( ) retardo na desenergização.
( ) retardo na energização.
( ) retardo bi-estável.

39- Identifique as simbologias dos dispositivos abaixo.

40- Numere as bobinas dos MITs de 6 e 12 pontas.


41- Usando as bobinas seguintes, numere e faça os fechamentos de menor e maior tensão, identificando na tabela, o
nome, símbolo e tensão nominal de cada fechamento.

Nome

Símbolo

Tensão

Nome

Símbolo

Tensão

PARTIDA DIRETA
Nome: Aproveitamento
FACIT Curso ENG. CIVIL PERÍODO: 6 Data:
Professor Rennan Aquino Neri E-mail rennanaquino@yahoo.com.br

Observe o diagrama apresentado abaixo e responda:

1. Qual o nome do tipo de partida apresentado? 3. Qual a desvantagem de aplicação desse sistema de
partida?

2. Qual a vantagem de aplicação desse sistema de


partida? 4. Qual a sequência de ligação das lâmpadas?
5. Qual aplicação do sistema apresentado? 14. Qual a função dos contatos ½, ¾, 5/6 de F2?

15.Qual a função da botoeira S1 e S0?


6. Qual a função dos contatos NF 21/22 de K1?

7. Qual a função dos contatos NA 43/44 de K1?


16. Explique porque a botoeira S0 o contato é fechado e a
S1 o contato é aberto.

8. Qual a função dos contatos NA 13/14 de K1?

9. Qual a função dos contatos NA ½, ¾, 5/6 de K1? 17. Caso não ocorra o fechamento do contato 13/14 de K1,
o que ocorrerá no circuito?

10. Qual a função dos fusíveis ½, ¾, 5/6 de F1? 18. O que sinaliza as lâmpadas H1,H2 e H3?

19. Qual a especificação do motor utilizado na partida


11. Qual a função dos fusíveis ½, ¾ de F3? acima?

20. O que representa as letras L1, L2, L3 e PE?


12. Qual a função dos contatos NF 95/96 ?

13. Qual a função dos contatos NA 97/98? 21. Represente a sequência dos contatos NA e NF do
contator K1 do esquema anterior.

22. Identifique a simbologia e os acessórios abaixo.

Um MIT possui corrente nominal (In) de 32 A. Caso esse motor seja acionado pelo método de partida direta, a corrente de
partida do MIT será de:

a. ( ) 124 A. c- ( ) 224 A.
b. ( ) 32 A. d- ( ) 354 A.
23. Descreva o funcionamento passo a passo do circuito acima, com o acionamento apenas da botoeira S1.
PARTIDA DIRETA COM REVERSÃO
Nome: Aproveitamento
FACIT Curso ENG. CIVIL PERÍODO: 6 Data:
Professor Rennan Aquino Neri E-mail rennanaquino@yahoo.com.br
Analise o circuito de força e comando abaixo, relativo ao método de partida direta com reversão e, em seguida,
responda as questões

1- Nesse circuito, K1 e K2 podem operar simultaneamente (juntos)? Explique.

2- Qual a aplicação e a finalidade do dispositivo Q1?

3- Qual a finalidade do contato K1(13-14)? Explique.

4- Se o contato 13,14 de K1 não fechar quando S1 for acionado, o que acontece com o funcionamento do circuito?

5- Identifique no comando o contato de intertravamento de K2 e explique qual a função do mesmo?

6- Caso ocorra o acionamento dos contatores K1 e K2 simultaneamente, o que ocorrerá no circuito de potência?

7- Após ser acionado um sentido de giro pela botoeira S1, o que deve ser feito para que seja feito a reversão do
sentido de rotação do MIT?
8- No circuito de comando acrescente as lâmpadas para indicar motor parado, outra para motor girando em
sentido de giro horário, outra anti-horário e uma para indicar sobrecarga?

9- Como funciona o contato F2 (95-96) no circuito de comando?

10- Qual a função do contato NF 21/22 de K1?

11- Descreva o funcionamento passo a passo do circuito acima, com o acionamento da botoeira S1.

12- Havendo a necessidade de se inverter o sentido de rotação de um MIT é preciso:

a- ( ) inverter três fases. c- ( ) inverter duas fases.

b- ( ) inverter as bobinas. d- ( ) inverter o fechamento.

Você também pode gostar