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Relatório 04 - Medidas com Osciloscópio


Aluno 1 - 234205 FELIPE DE LIMA
Aluno 2 - 239243 LEONARDO RIBEIRO DE SOUZA
Aluno 3 - 194041 TARIQ ALI ABDURAHIMAN
Aluno 4 - 245284 VINÍCIUS DE GALIZA VIEIRA

1. TEXTO PRINCIPAL
O osciloscópio é um instrumento que tem como objetivo medir, registrar e mostrar medidas de tensão
elétrica que dependem do tempo. Os osciloscópios digitais contam com vários recursos para medir sinais de tensão
que variam periodicamente no tempo e podem realizar análises com base nessas medidas. Geralmente, esses
aparelhos são capazes de medir dois sinais simultaneamente, mostrados em uma tela tipicamente LCD. Um
osciloscópio possui para seu funcionamento um painel frontal que mostra os sinais medidos, botões de ajuste de
escalas, botões de ajuste do Gatilho (Trigger) e outros botões para ajustes e para medidas. Vale ressaltar que no
osciloscópio as mudanças de escalas não são automáticas, como no multímetro. Um ajuste essencial do aparelho é o
botão Trigger que serve para definir qual é o critério o osciloscópio deve levar em conta para considerar que o sinal
que ele está medindo está se repetindo. Além disso, a polaridade dos terminais é de muita importância visto que a
fonte de tensão contínua é caracterizada flutuante enquanto o osciloscópio mede valores de tensão em relação a
“terra”.
Dessa forma, para esse experimento, o material utilizado foi: um osciloscópio digital de dois canais, um
gerador de funções, um multímetro, resistores de 100 Ω, 1 kΩ, e 4,7 kΩ, diodo de Si, LED e um capacitor de 4,7 nF.
Com base nesses materiais, foram observados os sinais para seguintes situações e circuitos: divisor de tensão
resistivo (1), retificador de meia onda (2), filtro RC (3) e LED (4). Assim, o experimento em questão teve como
objetivo a compreensão dos conceitos relacionados a tensão contínua, alternada e terra, do funcionamento de um
osciloscópio - entendendo-o como um instrumento de medição, caracterização e visualização de sinais periódicos - e
de um gerador de funções, como instrumento para produzir sinais periódicos, e a realização de medições simples.
O procedimento experimental foi semelhante nos quatro casos, de modo geral, colocou-se os componentes
na protoboard conforme ilustra a figura 01; onde está a resistência R1, foram colocados os outros componentes nos
demais circuitos. Mediu-se as resistências com o multímetro. Conectou-se o gerador de funções à protoboard, e ao
osciloscópio nas chaves 01 e 02. Ajustou-se o gerador para a função seno, frequência de 100 Hz, amplitude de
pico-a-pico de 4 V, habilitou-se a saída do sinal, ajustou-se as escalas do osciloscópio e fez-se a aquisição dos dados.
No circuito 1, após essa análise, mediu-se com o multímetro os valores de tensão VRMS para as duas chaves.
No circuito 2, foi feita apenas a análise geral descrita anteriormente. Já para o circuito 3, foi feito também uma
análise do efeito da mudança da frequência de saída do gerador, nos casos de baixa frequência, usou-se o recurso das
médias para diminuir o ruído dos dados. No caso do circuito 4, observou-se o comportamento do LED diante das
diferentes funções e frequências escolhidas no gerador.
Com relação às variáveis envolvidas neste experimento, a variável independente é o sinal que sai do gerador
de funções, uma vez que é possível arbitrar o tipo de sinal, a amplitude pico-a-pico e a frequência, a variável
dependente, por sua vez, é o sinal aferido pelo osciloscópio, que registra valores de tensão em função do tempo com
relação ao sinal do gerador e aos componentes do circuito.
Na análise deste relatório, foram usados os dados apresentados nos arquivos “.html” conforme a orientação
do roteiro experimental. No circuito 1, segundo a tabela 01 e a figura 2, comparando os canais 01 e 02, o sinal do
canal 02 apresentou amplitude de pico-a-pico cerca de 5,8 vezes menor que do canal 01, frequências coincidentes
dentro da margem de erro, valores de VRMS na mesma proporção da amplitude e coerência de fase dos sinais. Os
valores de VRMS obtidos pelo multímetro coincidem com os valores calculados a partir da amplitude de pico-a-pico
na margem de erro. Portanto, vê-se que o divisor de tensão reduz a amplitude, mas preserva a frequência e a fase do
sinal.
No circuito 2, segundo a tabela 01 e a figura 3, ao comparar os dois canais, nota-se que a amplitude de
pico-a-pico medida pelo canal 02 é menor (cerca de 2,4 vezes) do que a do canal 01, é válido salientar que essa
redução se deve, principalmente, pela extinção do ramo de tensão negativa da oscilação. Além disso, os valores de
VRMS calculados seguem a mesma tendência da amplitude. Por outro lado, a frequência e a fase permanecem
inalteradas. Dessa forma, é possível perceber que o diodo de Si gera uma retificação da onda ao eliminar a parte
referente a tensão negativa, o que reduz significativamente a amplitude, contudo, os valores de frequência e de fase
da onda permanecem constantes.
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No circuito com o capacitor, conforme a tabela 02 e as figuras 4, 5 e 6, na análise, foram usados os dados
destas 3 frequências: 100 Hz, 10 kHz e 1 MHz. Para a frequência de 100 Hz, comparando os dois canais, a amplitude
e a VRMS foram reduzidas, destacando que a amplitude do canal 02 é muito baixa em relação ao 01 (visualmente, a
onda do canal 02 parece ser uma linha horizontal), e a fase do canal 02 teve atraso de (86,2 ± 0,2)°, mas a frequência
permaneceu constante. Para a frequência de 10 kHz, analisando os dois canais, a amplitude e a VRMS têm pequena
redução, a fase do canal 02 teve atraso de (7,0 ± 0,3)°, a frequência, porém, permaneceu, aproximadamente,
constante. Para a frequência de 1 MHz, ao comparar os dois canais, a amplitude e a VRMS permanecem constantes, a
fase do canal 02 não teve atraso, isto é, as ondas estão em fase e a frequência permaneceu, aproximadamente,
constante. Desse modo, percebe-se que o filtro RC, para baixas frequências, reduz a amplitude de pico-a-pico e
atrasa a fase das oscilações, mas não altera a frequência medida; ao aumentar a frequência, as ondas dos canais 01 e
02 tendem a igualdade.
No circuito com o LED, de acordo com a tabela 01 e com a figura 7, inicialmente, ao analisar os canais 01 e
02, nota-se que há redução de cerca de 6,3 vezes na amplitude de pico-a-pico, bem como a frequência e a fase
permanecem inalteradas. Na análise posterior, ao mudar o tipo de onda e a frequência de saída do gerador de
funções, nota-se, pelo vídeo, que o LED visivelmente pisca para baixas frequências, com brilho variável de acordo
com o formato da onda. No caso da onda quadrada, há instantes de máximo e de mínimo constantes; para a onda
triangular, há um aumento de brilho gradual até atingir um máximo e depois há diminuição; para o sinal senoidal,
ocorre aumento gradual com comportamento semelhante ao gráfico dessa onda. Além disso, vê-se que a partir da
frequência 40 Hz para a onda senoidal, o LED apresenta brilho contínuo aos olhos; para os casos de ondas quadradas
ou triangulares, o vídeo não mostra essa análise (apenas mostra os casos em que a frequência vai de 1 a 5 Hz, sendo
possível perceber a variação de brilho do LED, e quando ela vale 100 Hz, exibindo brilho contínuo).
Por fim, nota-se que os objetivos iniciais foram alcançados e que foi possível notar os efeitos causados pelos
diferentes dispositivos eletrônicos no sinal emitido pelo gerador de funções e captado pelo osciloscópio.

● Referências:
[1] David, HALLIDAY,, RESNICK, Robert, WALKER, Jearl. Fundamentos de Física. - Vol. 3 -
Eletromagnetismo, 10ª edição. LTC, 06/2016.

2. FIGURAS E TABELAS

Fig. 1: Arranjo experimental base


3

Fig. 2: Gráfico “.html” do circuito 01

Fig. 3: Gráfico “.html” do circuito 02

Fig. 4: Gráfico “.html” do circuito 03 (frequência 100 Hz)


4

Fig. 5: Gráfico “.html” do circuito 03 (frequência 10 kHz)

Fig. 6: Gráfico “.html” do circuito 03 (frequência 1 MHz)

Fig. 7: Gráfico “.html” do circuito 04


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Tab. 1: Dados dos circuitos 01, 02 e 04

Circuito 01 Circuito 02 Circuito 04


Canal 01 Incerteza Canal 02 Incerteza Canal 01 Incerteza Canal 02 Incerteza Canal 01 Incerteza Canal 02 Incerteza
Amplitu
de p-a-p
(V) 4,04 0,08 0,70 0,01 7,8 0,1 3,3 0,1 7,1 0,1 1,12 0,04
Frequênc
ia (Hz) 100 2 97 2 97 2 96 3 100 3 100 4
Período
(s) 0,0100 0,0002 0,0103 0,0002 0,0103 0,0002 0,0104 0,0003 0,0100 0,0003 0,0100 0,0004
VRMS (V) 1,43 0,01 0,246 0,002 2,77 0,02 1,15 0,01 2,52 0,02 0,396 0,006
Vmáx (V) 2,04 0,06 0,35 0,01 3,8 0,1 3,28 0,1 3,1 0,1 1,12 0,04
Vmín (V) -2,00 0,06 -0,35 0,01 -4,0 0,1 0,02 0,003 -4,0 0,1 0,00 0,02
Δφ (°) 0,0 0,2 - - 0,1 0,2 - - 0,1 0,2 - -
VRMS
multímetro
(V) 1,41 0,01 0,242 0,007 - - - - - - - -

Tab. 2: Dados do circuito 03

Frequência 100 Hz Frequência 10 kHz Frequência 1 MHz


Canal 01 Incerteza Canal 02 Incerteza Canal 01 Incerteza Canal 02 Incerteza Canal 01 Incerteza Canal 02 Incerteza
Amplitu
de p-a-p
(V) 4,04 0,08 1,29 0,06 3,96 0,08 3,68 0,08 3,88 0,08 3,84 0,08
Frequênc
ia (Hz) 100 3 97 4 395*101 1*101 402*101 3*101 100*104 3*104 111*104 5*104
Período
(s) 0,0100 0,0003 0,0103 0,0004 253*10-6 1*10-6 249*10-6 2*10-6 100*10-8 3*10-8 90*10-8 4*10-8
VRMS (V) 1,43 0,01 0,456 0,07 1,40 0,01 1,30 0,01 1,37 0,01 1,36 0,01
Vmáx (V) 2,04 0,06 0,64 0,04 2,00 0,06 1,84 0,06 1,96 0,06 1,92 0,06
Vmín (V) -2,00 0,06 -0,65 0,04 -1,96 0,06 -1,84 0,06 -1,92 0,06 -1,92 0,06
Δφ (°) 86,2 0,2 - - 7,0 0,3 - - 0,2 0,4 - -

3. INCERTEZAS
Sobre as incertezas relacionadas a este experimento, pode-se dizer que há muitas prováveis fontes de incerteza,
todavia nem todas são relevantes para a incerteza combinada, bem como nem todas podem ser calculadas
precisamente dado o procedimento realizado ou a falta de informações. As principais fontes de incerteza são o
osciloscópio e o multímetro, ambos com imprecisões na leitura e na calibração, e, no caso específico do
osciloscópio, há a incerteza associada à digitalização dos dados. A incerteza de calibração de ambos equipamentos
é calculada de acordo com o manual de instruções, a qual foi combinada com a incerteza de leitura da medida,
calculada a partir de uma função de densidade de probabilidade retangular. No caso dos dados obtidos pelo
osciloscópio, além dessas incertezas, combinou-se também a incerteza ligada a discretização dos dados, que afeta a
determinação dos pontos de máximo e mínimo, a qual foi calculada pela fórmula: σp = Δp/3. A partir do período e
dos potenciais máximo e mínimo foi possível calcular os outros valores (frequência, amplitude pico-a-pico, VRMS, e
Δφ) de acordo com as orientações do roteiro experimental e pela equação Δφ = 360*(tcanal 01 - tcanal 02)/T, com o
resultado da diferença de fase expresso em graus, t é o tempo medido nos canais e T é o respectivo período, De
posse desses valores, calculou-se as suas incertezas propagadas. Todos os dados foram colocados numa planilha do
Google para os respectivos cálculos, cujos resultados estão nas tabelas 01 e 02.

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