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PÊNDULO SIMPLES

Bruno Abreu de Souza– matrícula 2017011756


Hiago Fernandes dos Santos – matrícula 2017002603
Joâo Pedro Barbosa– matrícula 2017011200
Carlos da Silva Neto– matrícula 2017000716

Resumo. Este relatório possui como objetivo relatar as atividades realizadas pelo grupo durante a
“Experiência 1 – Pêndulo Simples”. Dispondo de instrumentos de medidas (cronômetro digital,
cronômetro analógico, transferidor e trena), esfera metálica e uma haste com barbante, os
integrantes aferiram valores de comprimento de barbantes e período de uma esfera metálica em
movimento de pêndulo simples. Os resultados obtidos entraram em concordância com o esperado
e os erros encontrados não afetaram o resultado geral do experimento, já que a equipe conseguiu
verificar a gravidade média local com clareza, bem como realizar medidas primárias e secundárias.

1. INTRODUÇÃO
O presente relatório fundamenta-se na pormenorização das atividades realizadas
durante a Experiência 01 – Pêndulo Simples, bem como analisar criticamente os dados
coletados. Acredita-se que Galileu Galilei, durante o século XVII, foi uma das primeiras
pessoas a observar que um pêndulo poderia ser usado como um medidor de tempo.
O pêndulo simples pode ser considerado como um sistema oscilador, no qual há um
peso esférico, geralmente de grande massa, suspenso por um fio de pequena massa.
Quando é colocado um ângulo de abertura inicial no pêndulo, ele irá começar a executar
um movimento circular que pode ser uniforme ou não.

Figura 1 – Abertura angular inicial

Fonte: UFPB

Caso a abertura angular seja alta, o pêndulo irá executar um movimento irregular,
mas se a abertura angular for muito pequena, o movimento passará a ser harmônico.
Como o pêndulo executa um movimento harmônico, pode-se obter o tempo através
𝐿
da fórmula 𝑇 = 2𝜋 ∗ √𝐺 ,sendo L o tamanho do fio e G a gravidade local. Ao observar a

fórmula vê-se que a amplitude do movimento não altera o tempo, então o período só
depende de variáveis fixas, sendo fácil de calcular. Hoje em dia o pêndulo simples também
pode ser usado para averiguar a gravidade local caso seja utilizado com outro dispositivo
medidor de tempo, como irá ser mostrado durante a experiência.

2. MATERIAIS E MÉTODOS
As atividades foram realizadas no dia 08/03/2018 no Laboratório Didático de Física
II da Universidade Federal de Itajubá. Todos os materiais utilizados, bem como a
metodologia empregada, serão descritos nas subseções seguintes. Cabe salientar que os
aparatos são de propriedade da própria universidade.
A seguir, encontram-se todos os materiais utilizados durante a realização dos passos
apresentados na folha “Experiência 1. Pêndulo Simples”.

2.1 Materiais
• 4 esferas metálicas de diferentes massas.
• 1 Cronômetro Analógico.
• 1 Cronômetro Digital.
• 1 Trena.
• 4 Transferidores.
• 4 Hastes com barbantes de tamanhos variados.

2.2 Modelo metodológico

Para dar início à coleta de dados da primeira bancada, mediou-se o comprimento do


barbante (início do fio até o centro da esfera metálica) que liga a haste até a esfera metálica.
Visando-se uma maior precisão na medida, duas pessoas (A e B) foram responsáveis por
realizar a medição 5 vezes cada uma. É de extrema importância evitar erros de paralaxe
durante as medidas do comprimento. Sequencialmente, obteve-se o tempo de 9 oscilações
completas do pêndulo, para isso o pêndulo foi posicionado em uma posição 𝜃 ≤ 10º em
relação ao transferidor posicionado na haste, ao soltar-se a esfera metálica duas pessoas
(A e B) uma com um cronômetro analógico e a outra com um cronômetro digital marcaram
o tempo de 9 períodos. Esse passo foi repetido 7 vezes. Após finalizar todas medições em
uma bancada, repetiu-se todo o procedimento nas outras 3 bancadas com esferas
metálicas e barbantes diferentes.

2.3 Obtenção e Análise dos dados

Os dados obtidos durante o laboratório serão apresentados nesta subseção por meio
de tabelas. A Tabela 1, apresentada a seguir, contém o comprimento do barbante de cada
bancada.

Tabela 1 – Medidas de comprimento do barbante em cada bancada

Fonte: Laboratório Didático de Física II (UNIFEI)

Já a Tabela 2 foi elaborada com os tempos de 9 oscilações do pêndulo de cada


bancada.

Tabela 2 – Medidas de tempo referentes a 9 oscilações do pêndulo simples

Fonte: Laboratório Didático de Física II (UNIFEI)

A Tabela 3, apresentada a seguir, aborda o valor médio do comprimento do barbante


e o desvio padrão de todas as medidas apresentadas na Tabela 1.

Tabela 3 – Valor médio e desvio padrão do comprimento do barbante

Fonte: Laboratório Didático de Física II (UNIFEI)


Sequencialmente, encontra-se a Tabela de 4, obtidas a partir dos dados da Tabela
2, ela apresenta o valor médio e o desvio padrão dos tempos referentes a 9 oscilações do
pêndulo simples.

Tabela 4 – Valor médio e desvio padrão do tempo

Fonte: Laboratório Didático de Física II (UNIFEI)

Através dos valores médios de comprimento e tempo, pode-se calcular a gravidade


4𝜋 2
local média para cada pêndulo utilizando-se da fórmula 𝑔 = ∗ 𝐿, vale lembra que “ T “ é
𝑇2

referente a uma oscilações, sendo assim os dados obtidos na tabela 4 foram divididos por
9 para se adequar a equação, os valores de gravidade mostram-se na Tabela 5.

Tabela 5 – Gravidade local média em cada pêndulo

Fonte: Laboratório Didático de Física II (UNIFEI)

Na Tabela 6 fez-se a média e desvio padrão propagado das gravidades contidas na


Tabela 5.

Tabela 6 – Gravidade local média

Fonte: Laboratório Didático de Física II (UNIFEI)

Utilizando-se dos dados da Tabela 3 e 4 também é possível elaborar um gráfico afim


4𝜋 2
de se adquirir a gravidade local média, tendo em vista a fórmula 𝑔 = ∗ 𝐿 , ao se colocar
𝑇2

T² no eixo das ordenadas e L no eixo das abcissas, veremos que o coeficiente angular da
4𝜋 2 4𝜋 2
reta será 𝛼 = , consequentemente 𝑔 = .
𝑔 𝛼
Gráfico 1 – T² x L

Fonte: Laboratório Didático de Física II (UNIFEI)


Função ajustada:
A*x + B
Coeficientes:
A = (4,33 ± 1,67)
B = (4,78 ± 1,75)
Chi^2 = 3,77

A função linear ajustada entregou um coeficiente angular de 4,33, ao se jogar na


4𝜋 2
fórmula 𝑔 = 4,33, obtém-se uma gravidade média local de 𝑔 = 9,12 ± 3,51 𝑚/𝑠 2 .

Ao analisar a gravidade local média obtida pela equação e a obtida pelo gráfico, nota-
se uma diferença significativa de 11,54% entre um valor e outro. Porém ambos valores
estão aproximados do valor da gravidade ao nível do mar e à latitude 45º 𝑔 = 9,8 𝑚/𝑠 2 ,
como o experimento utilizado para obter a gravidade não é muito preciso, e foram
executados vários cálculos, já se era esperado uma pequena diferença entre os valores.
3. CONCLUSÕES

Observou-se que ao se utilizar pequenos ângulos de abertura realiza um movimento


harmônico, do qual é possível extrair tempo e gravidade local.
O processo de obtenção dos dados para verificação experimental, fundamentou-se
na utilização de instrumentos do próprio laboratório. O método consistiu basicamente em
medir o comprimento dos fios e registrar o período dos movimentos harmônicos. Após o
primeiro ensaio, repetiu-se o mesmo para mais 3 bancadas a fim de obter maior precisão
no resultado final.
Os resultados obtidos concordaram com o esperado. Pôde-se observar, com
segurança, a proximidade dos valores obtidos com os reais. As medidas apuradas e sua
posterior organização em tabelas foram fundamentais para a análise consistente dos
padrões descritos pelo movimento. É importante ressaltar que os fatores externos e alguns
empecilhos em relação ao barbante e a esfera metálica geraram pequenas variações nos
valores, sem, contudo, afetar significativamente o resultado final do experimento.
Para resultados ainda melhores, o grupo julgou interessante a adição de sensores
fotoelétricos conectados a um cronômetro digital para medição automática e precisa dos
tempos de cada oscilação.
Salienta-se, por fim, a variedade de competências exercidas ao longo das atividades.
Conhecimentos acerca de medidas, propagação de erros, estatística, movimentos
harmônicos, utilização de trena, cronômetros digitais e analógicos, além de conceitos
fundamentais de Metodologia Científica, foram requisitados para a realização dos passos
propostos.
5. REFERÊNCIAS

UFPB (Paraíba). VI - Pêndulo Simples. Disponível em:


<http://www.fisica.ufpb.br/~mkyotoku/texto/texto6.htm>. Acesso em: 19 mar. 2018.
EDUCAÇÃO.
USP (São Paulo). O PÊNDULO SIMPLES. Disponível em:
<http://www.cepa.if.usp.br/e-fisica/mecanica/universitario/cap13/cap13_35.htm>. Acesso
em: 19 mar. 2018

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