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ESTATÍSTICA E PROBABILIDADE

Generalidades; Vocabulário; Variáveis estatística

MATEMÁTICA
2.º ANO
Margarida Cardoso
ESTATÍSTICA
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I – GENERALIDADES

1
População e amostra

Vamos recordar alguns conceitos básicos, como população e amostra.

População estatística ou, simplesmente, população é um conjunto de


elementos, designados por unidades estatísticas, sobre os quais podem
ser feitas observações e recolhidos dados relativos a uma característica
comum.

Uma amostra é o subconjunto da população formado pelos elementos


relativamente aos quais são recolhidos dados. A dimensão da amostra é
o número de unidades estatísticas que lhe pertencer.

Recenseamento e sondagem

Censo ou recenseamento é um estudo estatístico de um universo de pessoas de uma instituição ou de


objetos físicos com o propósito de adquirir conhecimentos, observando todos os seus elementos, e fazer
juízos quantitativos acerca de características importantes desse universo.

A alternativa à realização de um censo ou recenseamento é uma sondagem.

Sondagem é um estudo estatístico de uma parte da população com o objetivo de melhor conhecer atitudes,
hábitos e preferências da população relativamente a acontecimentos. circunstâncias e assuntos de interesse
comum.

A economia de meios, a comodidade, a rapidez e pequeno número de elementos que pode ser necessário
estudar constituem vantagens das sondagens relativamente aos censos.
A grande dificuldade em obter resultados de confiança, a partir de sondagens, reside na necessidade de
utilizar amostras representativas da população, o que nem sempre é fácil de se conseguir
A maior parte dos estudos estatísticos é baseada em amostras e isso deve-se fundamentalmente a pelo
menos uma das seguintes razões:

• a população ser infinita;


• o estudo da população poder conduzir à sua destruição;
• estudo da população ter custos muito elevados.

Exercício 1
1.1 Para cada um dos seguintes casos, indique qual é a população.
a) Eleições para a Presidência da República.
b) Eleições para delegado de turma.
1.2 De entre os 3000 alunos de uma escola selecionaram-se
aleatoriamente 70 e inquiriram-se sobre o programa de televisão
preferido.
Os resultados obtidos foram os da tabela ao lado:
2
Neste conjunto de dados, indique:
a) a população
b) a amostra.
1.3 Entre 800 funcionários de uma empresa selecionaram-se aleatoriamente 85 e inquiriram-se sobre a
qualidade das refeições servidas na cantina.
Os resultados obtidos foram registados na tabela seguinte.

Indique a população e a amostra deste conjunto de dados.

Exercício 2
2. De entre os 2000 trabalhadores de uma empresa selecionaram-se 100 e inquiriram-se sobre a qualidade
das refeições servidas na cantina.
Os resultados obtidos foram os seguintes:
Neste conjunto de dados, indique:
2.1 a população;
2.2 a amostra.

Exercício 3
3. Para saber as intenções de voto dos portugueses nas próximas eleições, uma empresa de sondagens
entrevistou um conjunto de pessoas representativas dos eleitores portugueses, composto por 803 indivíduos
de ambos os sexos recenseados e residentes em Portugal.
Indique relativamente a este estudo:
3.1 a população;
3.2 a amostra;
3.3 a unidade estatística;
3.4 por que razão não é feita uma sondagem envolvendo todas as unidades estatísticas;
3.5 qual a diferença entre censo e sondagem.

3
Exercício 4
Supondo que ia fazer um estudo sobre cada um dos temas indicados diga, justificando, em quais deles
utilizaria uma amostra:
(1) Controlo de qualidade do azeite produzido, por mês, numa fábrica.
(2) Aproveitamento dos alunos da turma A do 10.° ano de uma escola.
(3) Análise do mercado para lançamento de uma nova pasta de dentes.
(4) Estado sanitário dos ovos existentes num armazém.
(5) Níveis de audiência dos canais de televisão de um país.

Exercício 5

"Pesaram-se" 5 pães diferentes fabricados em determinada padaria no dia 24 de dezembro e obtiveram-se os


seguintes números:

Indique:

5.1 a população; 5.2 a amostra; 5.3 a unidade estatística

II - ANÁLISE, REPRESENTAÇÃO E REDUÇÃO DE DADOS

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Exercício 1
1. Observe a informação apresentada por cada um dos gráficos seguintes. Para cada gráfico, indique a
variável em estudo e diga se se trata de uma variável contínua ou de uma variável discreta.

Exercício 2
Para recolher dados referentes aos alunos do 3.º ciclo de um agrupamento de escolas, foi feito um inquérito
a 50 dos alunos representativos desse ciclo de estudos no agrupamento de escolas em causa.
Nesse inquérito, questionavam-se os alunos sobre o nível obtido a Matemática no 3.º período do ano
anterior, o número de irmãos, a profissão do encarregado de edu cação e a disciplina preferida.
2.1 Qual é a população?
2.2 Qual é a dimensão da amostra?
2.3 Das variáveis estatísticas referidas, quais são qualitativas?
2.4 Identifique as variáveis estatísticas quantitativas e classifique-as.

Tabelas de frequencias absolutas e relativas (simples e acumuladas)

Frequência absoluta de um acontecimento é o número de vezes que esse acontecimento se repete e


representa-se por

Frequência relativa de um acontecimento é o quociente entre a frequência absoluta e o número total de


elementos e representa-se por

Frequência absoluta acumulada e frequência relativa acumulada


A frequência absoluta acumulada, que se pode representar por N i e a frequência relativa acumulada, que
se pode representar por F
i
obtêm-se adicionando as frequências absolutas e relativas, respetivamente,
até ao valor considerado da variável estatística.

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Exercício 3
3.1 Observou-se a cor dos olhos dos 20 alunos de uma turma do
11.º ano.

Com os dados construa uma tabela de frequências absolutas e


relativas simples.

3.2 Numa amostra de 24 sacos de amêndoas, contou-se o número de amêndoas em cada saco e obteve-
se o seguinte conjunto de dados:

Com os dados obtidos construa uma tabela de frequências absolutas e relativas simples e acumuladas.

Representações Gráficas
Gráficos de barras
Na elaboração de um gráfico de barras simples deve ter em atenção
que:
• penas uma das dimensões das barras varia;
• a dimensão que varia corresponde às frequências absolutas
ou às frequências relativas;
• as barras devem estar separadas umas das outras por
espaços iguais
• o gráfico deve ter um título adequado;
• os eixos devem ter legenda; as barras podem dispor-se
perpendicularmente a um
• eixo horizontal ou a um eixo vertical;
• de um modo geral, a ordem das barras é indiferente, a não
ser que se tratem de dados aos quais está associada a ideia
de ordem (por exemplo, "n.º de irmãos", "idade", "nível"......

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Pictogramas
Os pictogramas são gráficos muito semelhantes aos
gráficos de barras. A principal diferença reside no facto
de se utilizarem símbolos mais atraentes, alusivos à
situação concreta em estudo.
Na construção de um pictograma deve ter em atenção
os seguintes aspetos:
• indicar no gráfico o significado de cada figura ou
símbolo utilizados;
• utilizar figuras ou símbolos sugestivos em
relação à variável estatística em estudo;
• utilizar sempre o mesmo símbolo ou símbolos;
• desenhar os símbolos em linhas ou colunas:
espaçar igualmente os símbolos;
• expressar as diferentes frequências através de
um maior ou menor número de símbolos, não aumentando ou diminuindo o tamanho do símbolo;
• o gráfico deve ter um título adequado e respetiva legenda

Gráficos circulares
Na construção de um gráfico circular deve ter em
conta que:
• a amplitude de cada setor é diretamente
proporcional à frequência que representa;
• a legenda pode ser dispensada, indicando os
valores da variável e as suas frequências junto
dos correspondentes setores circulares;
• deve ser usadas cores diferentes para os
diversos setores;
• o gráfico deve ter um título adequado.
Não é aconselhável construir um gráfico circular:
✓ para variáveis que tenham mais de seis
modalidades;
✓ para situações em que os setores
apresentam, aproximadamente, a mesma
amplitude;
✓ para setores com amplitudes muito pequenas.

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Tabelas de frequências de dados contínuos

Variáveis quantitativas contínuas


Para a variável de natureza quantitativa contínua ou para variáveis quantitativas discretas com
elevado número de dados diferentes, por vezes temos interesse em agrupar esses dados em
classes. As tabelas de frequência utilizadas para este tipo de variáveis são as mesmas que se
utilizam para variáveis de natureza quantitativa discreta
Os gráficos mais utilizados são:
• histogramas
• polígonos de frequências acumuladas, entre outros.
Organização de dados em classes

Regra de Sturges
Para organizar uma amostra de dados contínuos de dimensão n pode considerar-se
para número de classes o valor k , em que k é o menor número inteiro tal que 2 k  n

Exercício 4
Os alunos de um curso profissional de restauração foram estagiar para um restaurante. O gerente
pediu-lhes para registar o tempo que cada cliente ocupava a mesa. Os dados registados, em
minutos, foram os seguintes:

18 22 18 19 27 19 26 19 26 22
26 21 20 23 20 23 24 20 25 21
23 25 29 28 28 20 20 27 22 20
26 22 21 20 22 20 24 24 21 23
20 24 23 20 25 21 25 29 29 28

Para organizar os dados em classes vamos seguir o método seguinte:


1. Determinar o número de classes que vamos usar na tabela, recorrendo à Regra de Sturges.
2. Determinar a amplitude de cada classe. Calcula-se a diferença entre o valor máximo e o valor
mínimo e, em seguida, determina -se o quociente entre este valor e o número de classes.
3.Construir a tabela de frequências.

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Histograma e polígono de frequências
Os histogramas usam-se para dados agrupados em classes. A sua forma é semelhante à do gráfico
de barras. No eixo das abcissas representamos as classes e no eixo das ordenadas as frequências.
Um histograma é um gráfico de barras com as seguintes características:
• o gráfico deve ter um título adequado;
• os dados estão agrupados em classes (sejam contínuos ou discretos);
• a área da barra retangular é proporcional à frequência;
• os diferentes valores da variável estão representados no eixo horizontal que está dividido
numa escala contínua como um eixo cartesiano;
• no eixo vertical estão representadas as frequências das classes;
• as barras são desenhadas verticalmente e correspondem a cada uma das classes em que
os valores foram agrupados;
• não há espaços entre as barras...
• deve deixar em cada extremidade uma classe de frequência zero

De acordo com os dados da tabela do exercício 4 foram construídos os dois histogramas seguintes,
utilizando a frequência absoluta e a frequência relativa, respetivamente.

Unindo por uma linha poligonal os pontos médios (marca de classe) dos lados superiores das
barras obtemos o polígono de frequências absolutas.
De modo a obter uma figura fechada, juntam-se classes extras, uma de cada lado, de frequência
zero.

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Exercícios de consolidação
1. As preferências desportivas manifestadas pelos 120 alunos que se
inscreveram no Clube do Desporto Escolar estão representadas no
gráfico circular ao lado:
1
• de círculo representa a opção voleibol.
4
• 35% dos alunos preferem futebol.
• 12 alunos preferem natação.
1.1 Indique o número de alunos que preferem a modalidade de futebol.
1.2 Indique a percentagem de alunos que preferem a modalidade de andebol.
1.3 Indique a modalidade desportiva preferida pelos alunos do clube.

2. O gráfico ao lado representa as percentagens de


audiência em 5 de agosto de 1998 de alguns canais de
televisão.
Comente a veracidade de cada uma das seguintes
afirmações.
(I) A TVI alcançou maior audiência nesse dia.
(II) A audiência da SIC é superior à soma das audiências dos restantes canais.
(III) Nesse dia os canais RTP1 e RTP2, em conjunto, ultrapassaram das audiências.

(IV) Numa amostra de 2000 espectadores, escolhidos ao acaso, aproximadamente 38


assistiram a "outros canais" nesse dia.
3. Registou-se o número de bebés nascidos na maternidade de um hospital em cada um dos dias
do mês de abril, tendo-se obtido os seguintes valores.

3.1 Identifique a variável estatística em estudo e indique os seus valores.

3.2 Classifique a variável estatística.

3.3 Construa a tabela de frequências absolutas e relativas.

4. A tabela seguinte mostra as frequências absolutas acumuladas da variável estatística número de


irmãos no conjunto dos estudantes de uma turma.
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4.1 Determine as frequências absolutas dos valores da variável estatística.

4.2 Quantos estudantes têm irmãos?

4.3 Qual é a percentagem de estudantes que têm mais do que dois irmãos?

5. A tabela mostra as frequências absolutas do número de


horas de sono relativamente a 30 pessoas.
5.1 Que significado atribui à frequência absoluta 7?
5.2 Relativamente à classe [7; 7,5[, indique o limite inferior,
o limite superior e a amplitude.
5.3 Quantas pessoas dormiram menos de 8 horas?
5.4 Que percentagem de pessoas dormiram mais de 7
horas e menos do que 8 horas?

6. Considere os polígonos de frequências apresentados ao lado. Com base nestes polígonos de


frequências:
6.1 Determine o número de rapazes e de raparigas da
turma C.
6.2 Calcule a percentagem de rapazes da turma C que
dedicam às atividades desportivas menos do que 5
horas semanais.
6.3 Calcule a percentagem de raparigas da turma C
que dedicam às atividades desportivas pelo menos 4
horas semanais.
6.4 Determine o número de alunos (rapazes e raparigas) que dedicam às atividades desportivas
entre 4 e 6 horas semanais, sabendo-se que nenhum aluno da turma dedica 4 horas por semana
às atividades desportivas.

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7. A comissão organizadora de uma festa popular, que se realiza anualmente na freguesia da
Escola Profissional onde a professora Etelvina leciona, solicitou aos alunos a pintura de um painel
publicitário. Alunos de quatro turmas aderiram a esta tarefa. A comissão organizadora pagou o total
de 170 euros que foi dividido igualmente por todos os alunos participantes, tendo recebido cada
um 5 euros.
O Ambrósio, aluno de uma das turmas, elaborou um gráfico de barras para mostrar o número de
alunos de cada turma que participou no painel. Depois de construído o painel, um colega, sem
querer, entornou uma lata de tinta sobre o gráfico, como se mostra na figura.

Comente a afirmação seguinte.


"O número de alunos participantes das turmas C e D foi igual."

III - Medidas de localização


Média para dados simples e dados agrupados
A moda de um conjunto de dades numéricos é o quociente entre todos os elementos da amostra
é o número de elementos da amostra.

• Dados Simples - Representando por x1 , x2 , ... , xn os


n valores dos dados, a sua média, que se pode
representar por x , é:
Nota: O símbolo  lê-se “Somatório”

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n

x
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i
x + x2 + ... + xn
x= 1 = i =1

n n

12
Exercício 1
1.1 Na tabela seguinte estão registadas as temperaturas máximas e mínimas observadas numa
cidade junto à costa alentejana.
Temperatura máxima º C 30 27 31 28 29 32 33
Temperatura mínima º C 18 16 15 15 17 18 20
Calcule para essa semana:
a) a média da temperatura máxima;
b) a média da temperatura mínima.
1.2 Os 11 jogadores que vão entrar em campo pretendem calcular o seu "peso" médio. Sem o
guarda-redes o "peso" médio dos 10 jogadores da equipa é 81,2 kg. Quando o guarda-redes
chegou, também se "pesou" e o "peso" médio alterou-se par 80,9 kg. Quanto "pesa" o guarda-
redes?
• Dados Agrupados em tabelas de frequências - Se os dados estiverem agrupados em
tabelas de frequências em que o dado xi tem a frequência absoluta ni , aplica-se a fórmula:
n

n x + n2 x2 + ... +nk xk xn i i


x= 1 1 = i =1

n n
Onde:

• k é o número de valores diferentes que surgem na amostra;


• ni é a frequência do valor xi .

Exercício 2

2.1 Observe o gráfico ao lado.


Determine a classificação média

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2.2 Nos 12 últimos meses registou-se o número de livros
requisitados na biblioteca por cada aluno dos cursos
profissionais. Calcule a média do número de livros
requisitados.

Cálculo de um valor aproximado da média de dados agrupados em classes


No cálculo da média de dados agrupados em classes só é possível determinar um valor
aproximado. Para esse efeito, usa-se a marca de classe como representante da classe.

Exemplo 1
O João tirou um curso profissional e agora trabalha na reparação
de telemóveis.
Do registo dos tempos que demorou a reparar cada telemóvel,
durante uma semana, resultou a tabela ao lado.
Calcule em média quanto tempo levou a reparar cada telemóvel.
Apresente o resultado em minutos, arredondado às décimas.

Resolução
Para calcular um valor aproximado da média determina-se a marca da classe, ou seja, o ponto
médio de cada intervalo.

O valor aproximado da média é a média das respetivas marcas de classe.

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Exercício 3
Numa loja de um centro comercial, o responsável pelas
vendas construiu o seguinte gráfico.
O gráfico refere-se à despesa, em euros, dos clientes
que, durante uma semana, fizeram compras na loja.
Use a calculadora gráfica para determinar um valor
aproximado da média da despesa que os clientes
efetuaram na loja.

Moda.

Moda de um conjunto de dados é a categoria ou classe com maior frequência.

Para um conjunto de dados pode existir mais do que uma


moda ou até nem existir:
• Se o conjunto de dados tiver uma única moda, esse
conjunto diz-se unimodal.
• Se o conjunto de dados tiver duas modas, diz-se
bimodal; no caso de ter mais do que duas modas,
diz-se multimodal.
• Se o conjunto de dados não tiver moda, diz-se
amodal.
Exercício 4
No gráfico seguinte apresentam-se as classificações obtidas a
Matemática no 3.º período por uma turma do 10.º ano.
a) Diga qual a variável estatística e classifique-a.
b) Indique a(s) moda(s).
c) Determine a média.
Mediana

A mediana de um conjunto de dados é o valor que divide o conjunto (ordenado por ordem crescente
ou decrescente) em duas partes com o mesmo número de observações (a mediana pode, ou não,
pertencer ao conjunto de dados). A mediana representa-se por 𝒙̃.

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Mediana se n é par:

Se a dimensão da amostra é par, a mediana é a média aritmética dos dois valores centrais.

Quando o número de dados é muito grande, o método anterior não é muito prático. Nesse caso,
usa.se a seguinte processo:

𝑥𝑘 + 𝑥𝑘+1 𝑛
𝑥̃ = 𝑐𝑜𝑚 𝑘 =
2 2
Mediana se n é ímpar:

Se a dimensão da amostra é par, a mediana o valor central.

Para um número grande de dados:


𝑛+1
𝑥̃ = 𝑥𝑘 𝑐𝑜𝑚 𝑘 =
2

Exercício 5
Em dois pomares, Pomar A e Pomar B, foram plantadas árvores de fruto. No primeiro ano de
produção contou-se o número de frutos e de acordo com os dados obtidos construíram-se os
gráficos seguintes:

Determine a média, a moda e a mediana do número de peças de fruta produzidas em cada pomar.

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Exercício 6
Selecionaram-se aleatoriamente 81 alunos de uma escola e interrogaram-
se os mesmos sobre o número de vezes que utilizaram o bar.
Os resultados apresentam-se na tabela ao lado:
Determine o valor da mediana desta distribuição.

Quartis. Diagramas de extremos e quartis


Os quartis são valores que dividem a distribuição em quatro partes iguais, cada uma com,
aproximadamente, 25% dos dados.
Observe o exemplo seguinte:

Etapas para determinar os quartis de uma amostra:


1. Ordenar os dados da amostra (ordem crescente ou decrescente);
2. Localizar o 2.º Quartil (mediana da amostra);
3. Localizar o 1.º Quartil (mediana da 1.ª parte da amostra);
4. Localizar o 3.º Quartil (mediana da 2.ª parte da amostra).

Exercício 6
Considere o conjunto de dados numéricos seguinte:
18, 22, 13, 27, 16, 18, 17, 25, 12, 18, 27
Indique os valores dos primeiro, segundo e terceiro quartis.

Exercício 7
Indique o primeiro, o segundo e o terceiro quartis do seguinte conjunto de dados:
3, 9, 11, 7, 9, 4, 12, 10, 9,
3, 1, 8, 7, 11, 9, 3, 4, 9, 7, 11

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Diagrama de extremos e quartis

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Exercício 8
Use os valores que determinou no exercício 7 e construa um diagrama de extremos e quartis.
Exercício 9
Considere o conjunto de dados relativos ao número de peças defeituosas produzidas por uma
máquina em 24 dias de trabalho.

Calcule a média, a moda e os quartis e, depois, confirme os resultados com a máquina de calcular
gráfica. Desenhe o diagrama de extremos e quartis.

Exercícios de consolidação
1. Considere, no conjunto seguinte, os dados obtidos pelos alunos do 10. Um estudo efetuado
durante 10 semanas acerca do número de condutores que levavam crianças em situações de
infração relativa à segurança.

Indique:
1.1 a média; 1.2 a moda; 1.3 a mediana; 1.4 os quartis.

2. O diagrama de extremos e quartis que a seguir se apresenta


refere-se à distribuição dos "pesos", em quilogramas, de 500
alunos de uma escola secundária,
Comente, quanto à veracidade, cada uma das seguintes afirmações.
(I) Há mais alunos com "peso" entre 45 kg e 60 kg do que entre 60 kg e 67 kg.
(II) 23% dos alunos "pesam" entre 72 kg e 95 kg.
(III) Cerca de 125 alunos têm um "peso" compreendido entre 67 kg e 72 kg.
(IV) O "peso" médio dos alunos é 67 kg.

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3. Os seguintes diagramas dizem respeito aos
vencimentos, em euros, de duas equipas de futebol da
2.º Liga.
Comente, quanto à veracidade, cada uma das
seguintes afirmações. Justifique convenientemente.
(I) O jogador com salário mais elevado é da equipa B.
(II) Metade dos jogadores da equipa A ganha pelo menos 1750 euros.
(III) 75% dos jogadores da equipa B ganham 1750 euros ou mais.
(IV) Metade dos jogadores da equipa A tem um ordenado compreendido entre 1250 euros e 3000
euros.

4.

5. Nos gráficos seguintes apresentam-se os níveis obtidos a Matemática por 2 turmas do 11.º ano.

Para cada turma:


a) indique a(s) moda(s);
b) determine a média e a mediana.

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IV - Medidas de dispersão
A variância e o desvio - padrão são usados em situações em que grupos com médias iguais têm
comportamentos diferentes.

Exemplo
No final do 2.º período, a Miquelina e o Belmiro analisaram as classificações finais de seis
disciplinas, as quais se apresentam nos gráficos de pontos seguintes.

Miquelina Belmiro

Calculando a média, a mediana e a moda destes dados, tem-se que:

Miquelina
Belmiro

Apesar de estas três medidas serem iguais, por simples observação dos gráficos conclui-se que
existe maior variabilidade, ou seja, maior dispersão dos dados relativamente à média no caso da
Miquelina.
Para medir a variabilidade dos dados pode ser usada a amplitude e a amplitude interquartis (𝑄3 −
𝑄1). No entanto, a medida de dispersão mais usada é o desvio-padrão, que se representa por s.
Para calcular o desvio-padrão pode recorrer-se à calculadora.
Relativamente ao conjunto de dados correspondente às classificações da Miquelina e do Ambrósio,
determinando o desvio-padrão (s), a amplitude interquartis e construir os respetivos diagramas de
extremos e quartis.

Miquelina

Belmiro

Os valores do desvio-padrão, da amplitude interquartis, bem como a análise do diagrama de


extremos e quartis, confirmam a maior variabilidade das classificações da Miquelina.
21
Variância
A variância não é geralmente utilizada como medida de dispersão, mas é o suporte para o cálculo
do desvio-padrão.
Existem duas expressões para representar a variância. Ambas são obtidas a partir das somas
dos quadrados dos desvios relativamente à média.

Quando se utiliza s²?


Quando x1, x2, ..., xn, representam uma amostra.

Quando se utiliza 𝜎²?


Quando x1, x2, ..., xn, representam a população.
As duas fórmulas dão valores muito próximos quando o número de dados é relativamente grande.

Desvio-padrão
A interpretação do significado de variância, em situações concretas, levanta problemas. Por
exemplo, se estivermos a estudar a altura de um grupo de pessoas em centímetros, a média dessas
alturas exprime-se em centímetros, mas a variância surge em centímetros quadrados.
Por isso, seria vantajoso ter-se uma medida de dispersão que se exprimisse na mesma unidade de
medida em que se exprimem os dados. O desvio-padrão é a medida de dispersão que responde a
essa exigência.

O desvio-padrão representa-se por s ou 𝝈 o conforme a variância seja s ou 𝝈² e é igual à raiz


quadrada positiva da variância.
Assim:

1. O desvio-padrão é sempre não negativo.


2. Quanto maior for o desvio-padrão maior é a dispersão dos dados em relação à média.
3. Se o desvio-padrão é igual a 0, não existe variabilidade, isto é, os dados são todos iguais.

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Exercício 1. No supermercado compraram-se cinco sacos de maçãs, cada um com 2 kg.
Contaram-se as maçãs que tinha cada saco e obtiveram-se os seguintes resultados:

1.1 Calcule a média do número de maçãs por saco;


1.2 Calcule o desvio-padrão usando a fórmula:

Exercício 2. O Sr. Gervásio é o presidente da associação dos bombeiros voluntários e pretende


ter uma ideia acerca do número de chamadas que recebe por semana.
Escolheu aleatoriamente uma semana e anotou o número de chamadas que recebeu em cada dia:

Determine:
2.1 a média;
2.2 o desvio-padrão, usando a fórmula

Exercício 3. A Miquelina registou as temperaturas mínimas, em °C, durante


30 dias no mês de agosto, numa cidade do interior. Os resultados foram os
que se apresentam na tabela (note que a frequência absoluta de cada dado é
diferente de 1):

3.1 Copie e complete a tabela seguinte:

3.2 Calcule Apresente o resultado aproximado às centésimas.


3.3 Calcule o desvio-padrão. Apresente o resultado aproximado às centésimas.

23
Propriedades da média e do desvio padrão
Vamos usar a calculadora para confirmar duas propriedades da média e do desvio-padrão.
Propriedade 1

Por exemplo, consideremos o tempo de espera pelo autocarro, em minutos, que de uma semana
para outra sofre um aumento de 2 minutos.

Consideremos agora que cada elemento do conjunto de dados é multiplicado por 2.


Propriedade 2

Consideremos agora que cada elemento do conjunto de dados é multiplicado por dois.

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Exercício 4. Considere o gráfico de barras apresentado:
Observando os resultados, o professor pensou numa das
seguintes hipóteses:
1.ª aumentar 2 valores a cada classificação;
2.ª aumentar 20% à classificação de cada aluno;
Para cada hipótese, calcule, relativamente às classificações:
4,1 a média;
4.2 a mediana;
4.3 o desvio-padrão.
Exercícios de consolidação
1. Uma certa balança pesa sempre mais 5 g do que o peso real.
Pesaram-se quatro laranjas nessa balança, uma de cada vez, e registou-se o peso em gramas.
Obtiveram-se os seguintes dados.

1.1 Determine a média dos dados obtidos.


1.2 Determine a média dos pesos reais de cada uma das quatro laranjas.
1.3 Compare o desvio-padrão dos dados obtidos pela balança com o desvio-padrão dos pesos
reais.
_
2. O desvio-padrão e a média de um conjunto de dados são, respetivamente, s=1,4 e x = 2,5 .

Se adicionar 2 unidades a cada um dos valores do conjunto de dados, indique o valor do desvio-
padrão e da média da nova distribuição.

3. Utilizaram-se duas balanças diferentes para efetuar cinco “pesagens”, em quilogramas, de uma
mesma pessoa, tendo-se obtido os resultados seguintes.
3.1 Calcule a média e o desvio-padrão para cada
um dos grupos de dados.

3.2 Escolha, justificando, das duas balanças


aquela que lhe parece mais fiável.

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PROBABILIDADE
I – Introdução ao estudo das probabilidades
Introdução
Depois de lançarmos três vezes uma moeda de 1 euro e sair sempre face europeia (E), podemos
pensar que, ao fazermos o quarto lançamento, é mais provável sair face nacional (N) do que sair
outra vez face E. De facto, isso não é verdade, pois a moeda não tem memória e o quarto
lançamento funciona da mesma forma que o primeiro.
O mesmo acontece ao jogarmos no Euromilhões. Temos, por vezes, a sensação de que uma
aposta é mais provável do que outra, quando, de facto, todas as apostas têm a mesma
probabilidade de êxito.

Considere-se as duas experiências seguintes:


1.ª experiência
Atirar uma pedra a um lago e verificar se ela vai flutuar.
2.ª experiência
Lançar um dado equilibrado e verificar qual das faces fica voltada para cima.
Na primeira situação está descrita uma experiência determinista. O conjunto de resultados é um
conjunto com apenas um caso possível: a pedra vai ao fundo.
Na segunda situação está descrita uma experiência aleatória.

Experiência Aleatória. Espaço de resultados. Acontecimentos


A teoria das probabilidades ocupa-se do estudo das leis que regem os fenómenos cujo resultado
depende do acaso e não dos fenómenos físicos com leis deterministas, pois nestes já se conhece
o resultado mesmo antes da sua realização, desde que sejam repetidas sob as mesmas condições.
Por isso, só as experiências aleatórias interessam ao estudo das probabilidades.

26
Experiências aleatórias são experiências cujo resultado, apesar de se encontrar
entre um conjunto de resultados conhecidos à partida, não se conhece antes de se
realizar a experiência, ainda que as experiências sejam realizadas sob as mesmas
condições.

Ao conjunto S= {1, 2, 3, 4, 5, 6} chama-se espaço amostral, universo de resultados ou espaço


de resultados associados à 2.ª experiência descrita na página anterior.
Os elementos de S, 1, 2, 3, 4, 5 e 6, designam-se por casos possíveis.
Considerando ainda a mesma experiência, podemos definir acontecimentos. Por exemplo:
A: “Sair um número par.” Assim, temos 𝐴 = {2, 4, 6}. A  S . 𝐴 é um acontecimento.

• Acontecimento associado a uma experiência aleatória é qualquer um subconjunto do


espaço de resultados.
• Acontecimento elementar associado a uma experiência aleatória é todo o acontecimento
que consta de um só elemento do espaço de resultados.
• Acontecimento certo é aquele que consta de todos os elementos do espaço de resultados.
O acontecimento certo verifica-se sempre.
• Acontecimento impossível é aquele que não tem qualquer elemento do espaço de
resultados. O acontecimento impossível nunca se verifica.

1. Observe a roda da sorte representada na figura ao lado.


Considere a experiência de rodar a roda da sorte apresentada e anotar o
número correspondente ao setor onde o ponteiro para.
2.1 Defina o espaço de resultados.
2.2 Defina em extensão cada um dos seguintes acontecimentos:
A: "Sair múltiplo de 8." B: "Sair número par.' C: "Sair número primo."
D: "Sair o número 15." E: "Não sair o número 9"
2.3. Classifique os acontecimentos anteriores utilizando as expressões:
• acontecimento impossível
• acontecimento certo,
• acontecimento composto
• acontecimento elementar

2. Numa caixa há nove bolas numeradas de 1 𝑎 9.


Considere a experiência aleatória que consiste em retirar, ao acaso, uma bola
da caixa e registar o número que tem inscrito.

2.1. Qual é o espaço de resultados, 𝑆?

27
2.2. Defina em extensão e classifique cada um dos seguintes acontecimentos.
A: “Sair um número par.” B: “Sair um múltiplo de 9.” C: “Sair um divisor de 1.”
D: “Sair um quadrado perfeito.” E: “Sair um número inferior a 10.” F: “Sair número 0,”

Regra ou Lei de Laplace

Regra ou lei de Laplace (definição clássica de probabilidade)


Se os acontecimentos elementares forem equiprováveis, a probabilidade de um
acontecimento A é igual ao quociente entre o número de casos favoráveis à ocorrência do
acontecimento A e o número de casos possíveis. Ou seja
número de casos favoráveis à ocorrência do acontecimento A
𝑃(𝐴) =
número de casos possíveis

3. De uma caixa com quatro bolas verdes, três bolas vermelhas e três bolas azuis, retirou-se
aleatoriamente uma bola. Determine a probabilidade de:
3.1 a bola retirada ser vermelha;
3.2 a bola retirada não ser verde. Apresente o resultado sob a forma de fração irredutível e sob a
forma de percentagem.
4. Numa caixa colocaram-se 10 porta-chaves vermelhos e 5 porta- chaves azuis indistinguíveis ao
tato.
4.1 Ao acaso, tirou-se um porta–chaves da caixa. Qual é a probabilidade de ser vermelho?
4.2 Novamente ao acaso, tirou-se outro porta–chaves da caixa sem colocar o primeiro. Determine
a probabilidade de o segundo porta–chaves ser azul se o primeiro tiver sido vermelho.

28
Operações com acontecimentos. Acontecimentos incompatíveis
e acontecimentos complementares. Nota:

𝑺 = {𝟏, 𝟐, 𝟑, 𝟒, 𝟓}

Como B  C =  e B  C  S , diz-se que 𝐵 e 𝐶 são acontecimentos


incompatíveis ou disjuntos.

Nota: Há várias maneiras e


métodos que nos ajudam

 organizar a informação e/ou a
A B  S determinar, com mais
facilidade, o número de casos
possíveis e favoráveis a um
determinado acontecimento:
• Diagramas de árvore;
• Tabelas de dupla entrada;
• Diagramas de Venn;
• Esquemas;
entre outros. Até valem sinais
de fumo!
C

29
5. Num teste há três questões para as quais a resposta é Verdadeiro ou Falso. O Anacleto resolveu
responder ao acaso às três questões.
5.1 Construa um diagrama de árvore descrevendo o espaço de resultados associado a esta
experiência aleatória que consiste em verificar o resultado (C: certo ou E: errado) obtido nas três
questões.
5.2 Considere os acontecimentos:
A: " O Anacleto acerta em pelo menos duas questões."
B: " O Anacleto acerta, no máximo, em duas questões."
Exprima A e B em extensão e verifique se se tratam de acontecimentos contrários.
5.3 Qual a probabilidade do Anacleto acertar todas as questões?

6. Num saco foram colocadas seis bolas numeradas de 1 a 6.


Considere a experiência aleatória que consiste em tirar ao acaso uma bola do saco e registar o
respetivo número. Considere os acontecimentos:
A= {1, 3, 5} B= {2, 4, 6} C= {1, 2} D= {3,5}
6.1 De entre estes acontecimentos indique dois que sejam:
a) disjuntos, mas não complementares;
b) complementares.
4.2 Defina C e D em extensão.

Lei de Laplace e regra do produto


Exemplo resolvido – Uso de um diagrama de árvore Nota:
Um saco tem cinco fichas verdes e três fichas vermelhas. Retiramos uma ficha, “e” corresponde a " × "

ao acaso, do saco e tomamos nota da sua cor. Seguidamente, depois de “ou” corresponde a " + "

reposta no saco a primeira ficha, retiramos uma nova ficha.


Recorrendo ao uso de um diagrama de árvore, determine a probabilidade de as duas fichas extraídas
serem vermelhas. Apresente o resultado na forma de fração irredutível.

30
Resolução
Vamos agora calcular essa probabilidade indicando, num
diagrama de árvore, as probabilidades correspondentes a cada
uma das tiragens.
Para determinarmos a probabilidade de as duas fichas retiradas
serem vermelhas podemos aplicar a regra do produto,
pensando do seguinte modo:

3 3 3
"Em dos casos a 1.ª ficha retirada é vermelha e em dos
8 8 8
dos casos a 2.ª ficha retirada também é vermelha."

3 3 9 9
Como × = a probabilidade pedida é
8 8 64 64

De forma análoga tem-se:


3 5 15
Probabilidade de retirar uma ficha vermelha seguida de uma ficha verde: × =
8 8 64
5 3 15
Probabilidade de retirar uma ficha verde seguida de uma ficha vermelha: × =
8 8 64
5 5 25
Probabilidade de retirar duas fichas verdes: × =
8 8 64

7. Duas caixas contêm bolas coloridas. A caixa C tem quatro bolas azuis (A)
e uma bola cor de laranja (L). A caixa D tem três bolas azuis (A) e três bolas
cor de laranja (L). Tira-se, ao acaso, uma bola de cada caixa.
7.1 Copie e complete o diagrama de árvore representado na figura ao lado.
7.2 Determine a probabilidade de saírem duas bolas da mesma cor

8. De uma caixa que contém seis bolas vermelhas e três bolas verdes tiraram-
se sucessivamente duas bolas, sem repor a primeira. Determine a probabilidade, sob a forma de
fração irredutível, de as duas bolas extraídas serem:
8.1 as duas vermelhas; 8.2 as duas verdes; 8.3 da mesma cor; 8.4
de cores diferentes.

9. Uma senhora tem três blusas (uma azul, uma verde e uma branca), duas saias (uma azul e uma
verde) e dois casacos (um azul e outro verde). Admita que a senhora escolhe ao acaso, para se vestir,
uma blusa, uma saia e um casaco. Qual é a probabilidade de a senhora ficar vestida:
9.1 toda de verde? 9.2 de uma só cor?
31
Modelos de probabilidade
Definir um modelo de probabilidade consiste em associar a todos os possíveis resultados de
uma experiência aleatória a respetiva probabilidade.

Um modelo de probabilidade é, normalmente, definido através de uma tabela.


Por exemplo, vamos considerar a seguinte experiência aleatória:
“Lançam-se duas vezes consecutivas um dado equilibrado com as faces de 1 a 6 e observa-se a
soma das pintas obtidas nos dois lançamentos.”

Na tabela de dupla entrada registaram-se todos os casos possíveis:

Como se verifica, são 36 os casos possíveis. Contando os casos favoráveis a cada um dos
possíveis resultados, construiu-se o seguinte modelo de probabilidade (note que as probabilidades
são apresentadas sob a forma de fração irredutível):

10. Dispõe-se de uma roda da sorte, dividida em três setores iguais


(igualmente prováveis), numerados de 1 a 3, e de um dado perfeito, com a
forma de um tetraedro, com as faces numeradas de 1 a 4, como se pode
observar na figura ao lado.
Considere a experiência que consiste em girar a roda da sorte, lançar o dado e registar a soma do
número saído na roda da sorte com o número da face que fica voltada para baixo no dado. Construa
o modelo de probabilidade associado a esta experiência aleatória (sugestão: recorra a uma tabela
de dupla entrada para organizar a informação e fazer a contagem de casos possíveis e favoráveis.)

11. Uma caixa contém 10 bolas, indistinguíveis ao tato, sendo quatro pretas e seis
brancas.
Considere a experiência que consiste em extrair sucessivamente duas bolas, sem reposição, e
anotar as suas cores. Construa o modelo de probabilidade associado a esta experiência aleatória
(sugestão: recorra a um diagrama de árvore para organizar a informação e fazer as contagens).

32
Exemplo resolvido – Uso de um diagrama de Venn na resolução de um problema
Numa região são publicados dois jornais locais: A Manhã e A Tarde. Perguntou-se a 240 habitantes
dessa região se liam algum dos jornais e, em caso afirmativo, qual deles.
Obtiveram-se os seguintes resultados:
72 indivíduos leem A Manhã;
84 indivíduos leem A Tarde;
102 indivíduos não leem qualquer um dos dois jornais.
Deste conjunto de pessoas é escolhida uma, ao acaso. Apresentando o resultado na forma de
percentagem, determine a probabilidade de o indivíduo selecionado:
a) ler os dois jornais: b) ler apenas o jornal A Manhã; c) ler apenas um dos jornais.
Resolução
Seja M o conjunto dos leitores de A Manhã e T o conjunto dos leitores de A Tarde.

#𝑀 = 72 𝑒 #𝑇 = 84

240 − 102 = 138 138 indivíduos leem pelo menos um dos jornais.
72 + 84 − 156 > 138 156 leem os jornais.
156 − 138 − 18 18 indivíduos leem os dois jornais.

a) Número de casos favoráveis: 18


18
𝑃(𝐿𝑒𝑟 𝑜𝑠 𝑑𝑜𝑖𝑠 𝑗𝑜𝑟𝑛𝑎𝑖𝑠) = = 0,075 = 7,5% 240
240
b) Número de casos favoráveis: 54
54
𝑃(𝐿𝑒𝑟𝑎𝑝𝑒𝑛𝑎𝑠𝑜𝑗𝑜𝑟𝑛𝑎𝑙𝐴𝑀𝑎𝑛ℎ𝑎) = = 0,225 = 22,5% 240
240
c). Número de casos favoráveis: 54 +66=120
120
𝑃(𝐿𝑒𝑟 𝑎𝑝𝑒𝑛𝑎𝑠 𝑢𝑚 𝑑𝑜𝑠 𝑗𝑜𝑟𝑛𝑎𝑖𝑠) = = 0,5 = 50%
240

33
12. Uma empresa com laboração contínua tem 320 trabalhadores. A cantina desta empresa serve
almoços e jantares. Num determinado dia, relativamente às refeições servidas na cantina aos
trabalhadores da empresa, verificou-se que:
• 264 trabalhadores tomaram pelo menos uma das refeições;
• foram servidos 198 almoços e 120 jantares.
Escolhe-se ao acaso um trabalhador dessa empresa.
Determine a probabilidade de, no referido dia:
12.1 ter almoçado na cantina;
12.2 ter almoçado e jantado na cantina;
12.3 ter jantado, mas não almoçado, na cantina;
12.4 não ter almoçado nem jantado na cantina.

Exercícios de consolidação

1 Lançam-se dois dados equilibrados, de cores diferentes e com as faces numeradas de 1 a 6 e


registaram-se os números correspondentes às faces que ficam voltadas para cima.
1.1 Relativamente a esta experiência aleatória, defina:
a) um acontecimento elementar; b) um acontecimento composto;
c) um acontecimento impossível; d) um acontecimento certo.
1.2 Represente em extensão os seguintes acontecimentos:
E: "A soma dos números saídos é superior a 9”;
F: "Um dos números saídos é o quadrado do outro."

2. Numas termas estão 200 pessoas a fazer um


tratamento. Um inquérito a que responderam teve os
resultados registados na tabela ao lado:
Encontrou-se ao acaso uma destas 200 pessoas. Determine a probabilidade, sob a forma de fração
irredutível e sob a forma de percentagem, de que essa pessoa:
2.1 seja um homem; 2.2 seja uma mulher;
2.3 tenha peso a mais; 2.4 seja mulher e não tenha peso a mais.

34
3 A Laurentina tem no bolso dois berlindes verdes, três berlindes azuis e um berlinde amarelo.
Calcule a probabilidade de a laurentina tirar ao acaso do seu bolso um berlinde:
3.1 verde; 3.2 verde ou amarelo;
3.3 que não seja verde; 3.4 que não seja azul.

4 Num saco temos três fichas de cores diferentes, uma azul com o número 1, outra vermelha com
o número 2 e uma verde com o número 3.
Considere as seguintes experiências:
1.ª experiência: "Extrair sucessivamente duas fichas, repondo a 1.ª ficha antes da 2. extração."
2.ª experiência: "Extrair sucessivamente duas fichas, sem reposição."
4.1 Construa um diagrama de árvore para indicar todos os casos possíveis da 1.ª experiência e
outro para indicar todos os casos possíveis da 2.ª experiência.
4.2 Relativamente à 1.ª experiência, defina os acontecimentos:
C: "Extrair dois números ímpares." D: "Extrair um múltiplo de 3."
4.3 Relativamente à 2.ª experiência, defina os acontecimentos:
E: "Extrair o número 2." F: "Não extrair o número 3."

5. Na figura ao lado encontra-se a planificação da superfície de um dado


equilibrado, cujas faces têm uma numeração especial. Lança-se este dado duas
vezes consecutivas e regista-se a soma dos números das faces que ficam
voltadas para cima.
5.1 Construa o modelo de probabilidade associado a esta experiência aleatória.
5.2 Justifique que os acontecimentos A e B são incompatíveis, mas não contrários, sendo:
A: "A soma obtida é um número negativo."
B: "A soma obtida é um número positivo."

6. Uma caixa contém duas bolas brancas. Fora da caixa encontram-se duas bolas pretas.
Lança-se duas vezes uma moeda equilibrada com as faces F e V.
Em cada lançamento, se sair a face F retira-se uma bola branca da caixa, se sair a face V introduz-
se uma bola preta na caixa. Terminada a experiência regista-se o par (𝑏, 𝑝) que representa o

número, 𝑏, de bolas brancas e, o número, 𝑝, de bolas pretas que ficam na caixa.


6.1 Construa o modelo de probabilidade associado a esta experiência aleatória.
6.2 Qual é a probabilidade de a caixa ficar com uma bola de cada cor?

35
7. Futsal e atletismo são as principais modalidades praticadas pelos sócios do Clube Desportivo de
Areias de Cima (CDAC).
A partir dos registos dos 180 associados concluiu-se que:
• 90 praticam futsal;
• 84 são praticantes de atletismo;
• 42 não praticam nem futsal nem atletismo.
Escolhe-se ao acaso um sócio do CDAC. Relativamente às modalidades de futsal e atletismo,
calcule a probabilidade de esse associado ser praticante:
7.1 das duas modalidades:
7.2 de pelo menos uma das modalidades:
7.3 de uma única modalidade.

8. Numa escola secundária colocaram-se as seguintes questões aos 54 alunos dos cursos
profissionais que frequentam a disciplina de Matemática:
1.ª questão: "Gosta de Matemática?"
2.ª questão: "Tem livro de Matemática?"
3.ª questão: "Não gosta nem tem livro de Matemática?"
O número de alunos que respondeu afirmativamente a cada uma das três questões foi o seguinte:
1.ª questão: 26 alunos
2.ª questão: 36 alunos
3.ª questão: 8 alunos
8.1. Complete, justificando a sua resposta com os cálculos necessários, o seguinte diagrama de
Venn que contempla o número de respostas dadas às questões colocadas, sendo que:
• A é o conjunto de alunos desta escola que gosta de Matemática;
• B é o conjunto de alunos desta escola que tem livro de Matemática;
• S é o conjunto de todos os alunos da escola.

36
8.2. Escolhendo, ao acaso um aluno desta escola, calcule a probabilidade, em percentagem
arredondada às unidades, de:
a) gostar de Matemática, mas não ter livro de Matemática;
b) gostar de Matemática e ter livro de Matemática.

9. Para angariar fundos destinados à organização de uma viagem de


estudos, os alunos dos Cursos Profissionais promoveram um sorteio em
que cada apostador compra um boletim como o da figura.
Para efetuar uma aposta é selecionado um círculo (um número de 1 a 10) e
uma estrela (uma letra de A a E).
Depois de feitas as apostas, a comissão organizadora procede ao sorteio selecionando
aleatoriamente um número e uma letra do boletim de apostas.
Neste jogo existem três possibilidades de se obter prémio.
• o primeiro premio é atribuído aos apostadores que acertam no número e na letra que saiam;
• o segundo prémio é atribuído aos apostadores que só acertam no número;
• o terceiro prémio é atribuído aos apostadores que apenas acertam na letra.

9.1 Defina os acontecimentos:

e complete o diagrama de árvore representado na figura ao lado.

9.2 Usando a informação que organizou na alínea anterior, determine a probabilidade de um


apostador:
a) obter o primeiro premio
b) obter o segundo premio:
c) obter o terceiro prémio.
d) não ser premiado

37
Variável aleatória e distribuição de probabilidade de uma
variável aleatória discreta
Variável aleatória
O resultado de uma experiência aleatória não é, necessariamente um
resultado numérico, No entanto, em muitas situações é vantajoso atribuir
um número 𝑥 a todos os elementos do espaço amostral 𝑆. Por exemplo,
considere-se a experiência que consiste em lanças três vezes uma
moeda de um euro e verificar a face que fica voltada para cima (F ou V).
O espaço de resultados tem 8 elementos (23) e é:
𝑆 = { (𝑉𝑉𝑉), (𝑉𝑉𝐹), (𝑉𝐹𝑉), (𝑉𝐹𝐹), (𝐹𝑉𝑉), (𝐹𝑉𝐹), (𝐹𝐹𝑉), (𝐹𝐹𝐹)}
Consideremos agora a função X que a cada elemento de 𝑆 faz corresponder o número de vezes
que sai a face F. Como em cada repetição da experiência não se sabe qual vai ser o resultado, à
função X chamamos variável aleatória.
𝑋(𝑉𝑉𝑉) = 0 (um acontecimento elementar com 0 face F)
𝑋(𝑉𝑉𝐹) = 𝑋(𝑉𝐹𝑉) = 𝑋(𝐹𝑉𝑉) = 1(três acontecimentos elementares com 1 face F)
𝑋(𝑉𝐹𝐹) = 𝑋(𝐹𝑉𝐹) = 𝑋(𝐹𝐹𝑉) = 2 (três acontecimentos elementares com 2 face F)
𝑋(𝐹𝐹𝐹) = 1 (um acontecimento elementar com 3 face F)
Então 𝑋 = {0, 1, 2, 3}
Chama-se variável aleatória a toda a função qua associa a cada
elemento do espaço amostral S um número real.

Distribuição de probabilidade
À função X que faz corresponder a probabilidade dos
acontecimentos associados a esse valor, designa-se
por distribuição de probabilidade da variável aleatória
X é representada pela tabela apresentada ao lado.

Chama-se distribuição de probabilidade de uma variável aleatória


discreta X à aplicação que a cada valor 𝑥𝑖 , da variável X faz
corresponder a respetiva probabilidade 𝑝𝑖

De um modo geral. tem-se que

(A soma das probabilidades é igual a 1)

38
Exercício 1 Num saco estão cinco bolas sendo três azuis (A) e duas brancas (B). Seja a experiência
aleatória que consiste em retirar, ao acaso, sucessivamente e sem reposição, duas bolas do saco.
Seja X a variável aleatória "número de bolas azuis retiradas".
1.1. Defina o espaço de resultados
1.2. Construa a tabela de distribuição de probabilidade da variável aleatória X.
1.3. Determine a probabilidade de sair bola azul pelo menos uma vez.

Exercício 2 Na figura está representada uma roleta formada por cinco


setores de igual amplitude, sendo dois coloridos a vermelho e os restantes
três a amarelo.
Considere a experiência aleatória que consiste em girar a roleta duas
vezes registando-se a cor que sai. Considere a variável aleatória X:
número de vezes que sai um setor vermelho",
2.1. Construa a tabela de distribuição de probabilidade da variável aleatória X
2.2. Determine probabilidade de saírem setores com cores diferentes.

Valor médio e desvio padrão de uma distribuição de probabilidades

Exercício 3
Nas tabelas apresentam-se as distribuições de probabilidade das
variáveis aleatórias X e Y.
Determine o valor médio de cada uma das variáveis aleatórias.

39
Exercício 4 Na tabela apresenta-se a distribuição de
probabilidade da variável aleatória X
𝟏
4.1 Mostre que 𝒃 = .
𝟖

4.2 determine o valor de 𝒂 sabendo que o valor médio de X é 𝜇 = 2.

Exercício 5 Na tabela ao lado apresenta-se a distribuição de


probabilidade de uma variável aleatória X.
Que valores tem 𝒂 e 𝑏, sabendo que o valor médio de X é 𝜇 = 1,4?

Exercício 6 Determine o desvio-padrão das variáveis aleatórias X e Y a seguir definidas (apresente


o resultado arredondado às décimas e, em cálculos intermédios, conserve 3 casas decimais.):
6.1 6.2

Jogo equitativo e risco


Em qualquer jogo de sorte pode-se sempre associar ao resultado de uma jogada um valor que é o
lucro ou o prejuízo obtido nessa jogada. Assim, considere-se a variável aleatória X cujos valores
são os lucros ou prejuízos correspondentes aos possíveis resultados.
O valor médio de X ou a esperança matemática de X, 𝜇, representa o lucro médio em cada jogada,
quando se considera um número muito elevado de jogadas.
• Se 𝜇 >0, diz-se que o jogo é favorável ao jogador;

• Se 𝜇 <0, diz-se que o jogo é favorável à casa (desfavorável ao jogador);

• Se 𝜇 =0, diz-se que o jogo é equitativo;


• Quanto maior for o desvio-padrão 𝜎 maior é a variabilidade e, por isso, maior é o risco

40
Exercício 7
Um saco tem bolas de três cores diferentes: duas vermelhas, quatro verdes e três azuis.
Um jogo consiste em extrair, ao acaso, uma bola do saco. Ganha-se um euro se sair uma bola
vermelha: perdem-se dois euros se sair uma bola verde e não se ganha nem se perde se sair
uma bola azul.
7.1 Represente por uma tabela e por um gráfico a função massa de probabilidade da variável X
que a cada jogada faz corresponder o valor do prémio
7.2 Averigue se o jogo é ou não equitativo.
7.3 Calcule o desvio-padrão, apresentando o resultado com duas casas decimais, da
distribuição de probabilidade e interprete o resultado no contexto da experiência descrita.

Exercícios de consolidação

1. Num saco há bolas de 3 cores diferentes: verdes, azuis e vermelhas. Extrai-se ao acaso uma
1
bola do saco. Sabe-se que a probabilidade de sair uma bola verde é de 𝑒 𝑑𝑒 sair uma bola azul
5
1
é . Sabe-se também que há 38 bolas vermelhas no saco. Quantas bolas há no saco?
6

2. Uma caixa contém quatro bolas numeradas: duas com o número 6, uma com o número 5 e outra
com o número 0.
Considere a experiência: "Tirar simultaneamente duas bolas da caixa e calcular a soma obtida."
2.1 Calcule todas as somas possíveis.
2.2 Indique a probabilidade correspondente a cada soma.

3. Uma caixa contém bolas numeradas: cinco com o número 1, sete com o número 2 e oito com o
número 3. Extrai-se, ao acaso, uma bola da urna e verifica-se o seu número.
Considerando a variável aleatória X "Número da bola extraída", determine:
3.1 a probabilidade de cada um dos valores da variável aleatória X;
3.2 o valor médio e o desvio-padrão da variável aleatória X. Apresente o resultado do desvio-padrão
com duas casas decimais.

4.. Num saco estão bolas vermelhas e bolas azuis. Extraem-se ao


acaso, e em simultâneo, três bolas do saco. Seja X a variável
aleatória: "Número de bolas azuis saídas". Na tabela ao lado
apresenta-se a distribuição de probabilidade da variável X.
4.1 Determine a probabilidade de se extraírem menos que três bolas azuis.
4.2 Determine P(X=2).

41
5. Na figura 1 está representado um dado equilibrado, cuja planificação
da superfície se apresenta na figura 2. Lança-se o dado duas vezes
consecutivas.
Determine a distribuição de probabilidade para a variável
X: “Produto dos números saídos nos dois lançamentos. “

6.

7. Num saco estão quatro bolas numeradas: uma com o número 10, outra com o 20, outra com o
30 e outra com o 40.
Extraem-se, simultaneamente, duas bolas do saco e toma-se nota dos números saídos. Seja X a
variável aleatória que corresponde ao maior número que saiu.
Justifique que a distribuição de probabilidade da variável X é:

8. 1No jogo do lançamento de um dardo sobre um alvo, como o representado na


figura ao lado, obtêm-se 10 pontos por acertar na zona A, quatro pontos por acertar
na zona B e um ponto por acertar na zona C.
Sabe-se que os atiradores 1 e 2, em todos os lançamentos, atingem o alvo. A seguir
apresentam-se as tabelas de distribuição de probabilidade correspondentes a cada
um dos atiradores:
Atirador 1 Atirador 2
Zona A B C Zona A B C
Probabilidade 0,4 0,3 0,3 Probabilidade 0,35 0,45 0,2

42
8.1 Calcule o valor médio e o desvio padrão dos pontos obtidos por cada um dos atiradores.
Apresente o resultado do desvio-padrão com duas casas decimais.
8.2 Qual será o melhor jogador? Justifique a resposta.

9.
9.1 Num parque de diversões existe um jogo cujas regras são as seguintes:
• cada jogada custa 2,50 euros; uma jogada consiste no lançamento de
• dois dados equilibrados de cores diferentes com as faces numeradas de 1 a 6 e do apuramento
da diferença entre o maior e o menor valor obtidos. O jogador recebe, em euros, o valor
correspondente ao resultado apurado. É evidente que se os valores obtidos forem iguais a
diferença é zero.
• entende-se por resultado de uma jogada o lucro, ou prejuízo, que dela resultou.
Considere a variável aleatória X que representa o resultado obtido numa jogada.

9.1.1 Quais são os possíveis valores que X pode tomar?


9.1.2 Defina, através de uma tabela, a distribuição de probabilidade da variável aleatória X
9.1.3 Qual é a probabilidade de uma jogada dar lucro?
9.1.4 Um jogador investiu 25 euros neste jogo. Qual deve ser o resultado esperado?

9.2 Numa segunda modalidade deste jogo, cada jogada custa 3 euros No entanto, se sair a mesmo
número nos dois dados, aquele montante é devolvido ao jogador. Nos restantes casos são válidas
as regras anteriores.

Considere a variável aleatória Y que representa o resultado obtido numa jogada.

Numa pequena composição, não deixando, nos dois casos, de recorrer ao cálculo da média e do
desvio-padrão, justifique qual das modalidades mais favorável ao jogador e em qual das duas o
risco é maior.
Bibliografia e Webliografia

Matemática B (vol. 2), 12.º ano, Costa, B.; Rodrigues, E.; Edições ASA;
Matemática B, 10.º ou 11.º( ano1), Neves, Maria Augusta; Pereira, Albino; Guerreiro, Luís, Porto Editora
Matemática B, 12.º( ano2), Neves, Maria Augusta; Pereira, Albino; Guerreiro, Luís, Porto Editora
Matemática Estatística – Módulo A3, Porto Editora
Matemática, Probabilidade – Módulo A7, Porto Editora
www.educação.te.pt; www.edusurfa.pt; www.portoeditora.pt;
www.escolavirtual.pt; www.pordata.pt ;www.ine.pt

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