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INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO CIÊNCIA E

TECNOLOGIA DO NORTE DE MINAS GERAIS

CAMPUS JANUÁRIA

CLÁUDIO NOVAIS

GABRIEL SANTOS LIMA

LAUREN LORRANNE B.

MATHEUS RODRIGUES

RELATÓRIO MOVIMENTO EM PLANO INCLINADO SEM


ATRITO

EXPLORANDO O TRILHO DE AR

JANUÁRIA – MG

2022
CLÁUDIO NOVAIS

GABRIEL SANTOS LIMA

LAUREN LORRANNE B.

MATHEUS RODRIGUES

RELATÓRIO DA AULA PRÁTICA

Física experimental I

Aula ocorrida no laboratório, diante à


disciplina de Física experimental I com
orientação do professor Mário da
Silva Araújo.

JANÚARIA – MG

2022
Sumário
Resumo: .................................................................................................................... 4
Objetivos: ................................................................................................................... 4
Fundamentação teórica: Movimento em um plano inclinado sem atrito: Explorando o
trilho de ar .................................................................................................................. 4
Materiais utilizados:.................................................................................................... 5
Procedimento experimental: ....................................................................................... 5
Regressão Linear: ...................................................................................................... 6
Resultados e discursão: ............................................................................................. 9
Conclusão: ............................................................................................................... 10
Bibliografia: .............................................................................................................. 12
Resumo:

No dia 01 de setembro de 2022, foi apresentado aos alunos da disciplina de


física experimental I, um experimento baseado no estudo movimento em um plano
inclinado sem atrito, com o propósito de explorar o trilho de ar e medir a aceleração
de um objeto. Este experimento foi realizado em laboratório com a orientação do
professor Mário Araújo. A utilização de alguns equipamentos foi essencial para
encontrar a aceleração do objeto no plano inclinado sem atrito.

Objetivos:

▪ Medir a aceleração de um objeto que se move em um plano inclinado sem atrito


de forma experimental;
▪ Medir a aceleração de um objeto que se move em um plano inclinado sem atrito
de maneira teórica;
▪ Construir os gráficos de d versus t e d versus t² e interpretá-los;
▪ Linearização das curvas de acordo com os resultados obtidos;

Fundamentação teórica: Movimento em um plano inclinado sem


atrito: Explorando o trilho de ar

Quando um objeto se movimenta em um plano inclinado sem atrito, as forças


presentes nesse objeto são: A força normal que é perpendicular a superfície do plano
e também a força peso que é uma força vertical para baixo. Diante isso, podemos
perceber que a força normal e a força peso possuem sentidos e direções diferentes.

Para se tornar possível a execução do experimento, utilizou-se o trilho de ar. O


trilho de ar é um dispositivo desenvolvido com o propósito de estudar o movimento
com a ausência de atrito. Este equipamento consiste em um tubo retangular com
vários orifícios em suas faces. O dispositivo é constituído por um gerador de fluxo de
ar, cronômetro digital, bobina de retenção e disparo, escala milimetrada, sensores
ópticos e um carrinho.
Materiais utilizados:

Nesse experimento, com o propósito de medir a aceleração de um objeto que


se move em um plano inclinado sem atrito, utilizou-se os seguintes materiais:

▪ Trilho de ar;
▪ Carrinho;
▪ Turbina de ar;
▪ Sensores fotoelétricos;
▪ Fita métrica;
▪ Cronômetro digital.

Itens complementares também utilizados:

▪ Calculadora científica;
▪ Software Excel.

Procedimento experimental:

O experimento foi montado de acordo a figura 1. Após montado, foram


ajustados os sensores fotoelétricos de modo que um sensor ficou fixo no local em que
o carrinho era abandonado e o outro sensor foi posicionado após um deslocamento
do carrinho ao longo do trilho de ar. Para realizar este experimento, foram utilizados
cinco deslocamentos diferentes ao longo do trilho de ar.

Figura 1: EXPERIMENTO MONTADO – Fonte: Autoria própria


Após a coleta das medidas no experimento, preenchemos a tabela 1 diante aos
resultados obtidos.
Medida (N) t (s) Y= d(m) X= (t²) XY X² Y²
1 1,15 ± 0,01 0,30 ± 0,05 1,32 ± 0,01 0,39 ± 0,06 1,74 ± 0,03 0,090 ± 0,009
2 1,40 ± 0,01 0,40 ± 0,05 1,96 ± 0,01 0,7 ± 0,1 3,8 ± 0,07 0,16 ± 0,01
3 1,66 ± 0,01 0,50 ± 0,05 2,75 ± 0,02 1,3 ± 0,1 7,5 ± 0,1 0,25 ± 0,02
4 1,85 ± 0,01 0,60 ± 0,05 3,42 ± 0,03 1,9 ± 0,1 11,6 ± 0,2 0,36 ± 0,03
5 2,01 ± 0,01 0,70 ± 0,05 4,04 ± 0,04 2,8 ± 0,2 16,3 ± 0,3 0,49 ± 0,04
Média 1,61 ± 0,01 0,50 ± 0,05 2,69 ± 0,02 1,4 ± 0,1 8,1 ± 0,1 0,27 ± 0,02
Soma 8,07 ± 0,01 2,50 ± 0,05 13,4 ± 0,1 7±1 40 ± 3 1,3 ± 0,1
TABELA 1: RESULTADOS OBTIDOS NAS MEDIÇÕES

Regressão Linear:
Após realizarmos o experimento e preenchermos a tabela 1 diante aos
resultados obtidos, iremos agora, efetuar os cálculos necessários utilizando os
princípios de regressão linear com o propósito de determinar a aceleração do carrinho
utilizado em experimento.

Modelo: Y = A + BX

• Coeficiente angular:

𝐀 = 𝟎, 𝟏𝟒𝟒𝟓

• Coeficiente linear:
̅ − AX
B=Y ̅

𝐁 = 𝟎, 𝟏𝟎𝟕
• Cálculo das incertezas:
Medida (N) X= t (s) Y= d (m) (Y - B - AX) ²
1 1,322 0,3 0,0002
2 1,96 0,4 0,0007
3 2,755 0,5 0,0002
4 3,422 0,6 0,0004
5 4,04 0,7 0,0012
Soma 13,499 2,5 0,0027
TABELA 3: CÁLCULO DAS INCERTEZAS

• Incerteza em Y:

1
σy = √ (0,0027)
5−2

𝛔𝐲 = 𝟎, 𝟎𝟎𝟎𝟗

• Incerteza em A:

𝛔𝐚 = 𝟎, 𝟎𝟎𝟎𝟐
• Incerteza em B:

𝛔𝐛 = 𝟎, 𝟎𝟎𝟏
• Cálculo do coeficiente de determinação ou de ajustamento:

𝑁 × (∑ 𝑋𝑌) − ∑ 𝑋 ∑ 𝑌
r2 =
√𝑁 ∑ 𝑋 2 − (∑ 𝑋)² × √√𝑁 ∑ 𝑌 2 − (∑ 𝑌)²

𝐫 𝟐 = 0,99

Portando, diante aos coeficientes angular e linear e os valores das incertezas


encontrados acima, podemos determinar uma equação linear que melhor define o
movimento em um plano inclinado sem atrito.


𝑌 = 𝐴𝑋 + 𝐵

𝒀 = 𝟎, 𝟏𝟒𝟒𝟓𝑿 + 𝟎, 𝟏𝟎𝟕

𝐴 = 0,1445 ± 0,0002

𝐵 = 0,107 ± 0,001

Desse modo, os resultados obtidos na regressão linear são A= 0,1445 ±


0,0002; B= 0,107 ± 0,001; r²= 0,99.

• Gráfico de d versus t:

Gráfico d versus t
0,800
0,700 y = 0,1748x2 - 0,0956x + 0,1822
R² = 0,9985
valores de y= d(m)

0,600
0,500
0,400
0,300
0,200
0,100
0,000
0 0,5 1 1,5 2 2,5
valores de x= t(s)
• Gráfico de d versus t²:

Gráfico de d versus t²
0,800
0,700 y = 0,1448x + 0,1093
R² = 0,9984
valores de y= d(m)
0,600
0,500
0,400
0,300
0,200
0,100
0,000
0 0,5 1 1,5 2 2,5 3 3,5 4 4,5
valores de x= t²(s)

O gráfico acima d versus t tem um comportamento de uma equação polinomial


de grau dois. O gráfico descreve uma parábola concavidade para cima devido ao
número que multiplica o x² ser positivo.

Por outro lado, o gráfico de versus t², pode-se concluir que o mesmo tem
característica de valores diretamente proporcionais. À medida que o deslocamento
aumenta, consequentemente o tempo também cresce. Uma outra peculiaridade do
gráfico é que o mesmo tem um comportamento análogo a uma equação linear
crescente.

Perante os resultados obtidos na regressão linear, podemos compreender que


o A= 0,1445 ± 0,0002 é o coeficiente angular (responsável pela inclinação da reta) e
o B= 0,107 ± 0,001 é o coeficiente linear (onde a reta corta o eixo y) da equação linear
encontrada. O coeficiente de determinação ou de ajustamento r²= 0,99, indicia que os
resultados encontrados na tabela 1 tem uma forte correlação com a equação linear
encontrada através da regressão linear.

Resultados e discursão:

Desse modo, após finalizar o experimento, conseguimos compreender o estudo


do movimento em um plano inclinado sem atrito. Através deste estudo, conseguimos
medir a aceleração de um carrinho ao longo de um trilho inclinado e também
interpretar os parâmetros obtidos perante os resultados experimentais e teóricos.
Durante a execução do experimento, possíveis erros podem ter interferido nos
resultados obtidos. Como exemplo destes erros, podemos citar o tempo calculado
pelos sensores fotoelétricos. Com o intuito de minimizar estes erros, utilizamos a
propagação de erros de acordo com a orientação do docente Mário Araújo.

Conclusão:

Portanto, diante ao experimento executado na aula prática de física


experimental 1, observou-se que é possível determinar a parti dos dados extraídos a
aceleração de um objeto que se move em um plano inclinado sem atrito.

Com o auxílio da regressão linear, podemos determinar a parti da equação


linear encontrada a aceleração do carrinho ao longo do trilho de ar: 𝑎 = 0,1445 ±
0,0002 m/s².

Como proposto pelo roteiro do experimento, é possível obter a aceleração do


carrinho ao longo do trilho de ar de maneira teórica, utilizando o ângulo de inclinação
do sistema. Através do teorema de Pitágoras, conseguimos medir o ângulo de
inclinação do trilho de ar, sendo θ = 0,9°.

Uma vez encontrando o ângulo de inclinação do trilho de ar, podemos utilizar a


relação 𝑎 = 𝑔. 𝑠𝑒𝑛(θ ) e encontrar a aceleração do carrinho:

Considerando 𝑔 = 9,78 ± 0,05

𝑎 = 𝑔. 𝑠𝑒𝑛(θ )

𝑎 = 9,78. 𝑠𝑒𝑛(0,9 )

𝒂 = 𝟎, 𝟏𝟓 ± 𝟎, 𝟎𝟗 𝒎/𝒔²

Portanto, diante os cálculos acima a aceleração do carrinho sobre o trilho de ar


encontrada de maneira teórica foi a = 0,15 ± 0,09 m/s². Por outro lado, a aceleração
deste mesmo carrinho encontrada de forma experimental foi 𝑎 = 0,1445 ±
0,0002 𝑚/𝑠². Perante a estas duas acelerações encontradas, podemos verificar que
as mesmas podem adotar os mesmos valores de aceleração do carrinho quando a
propagação de erros é considerada. Sendo assim, a execução desse experimento foi
de suma importância para compreendermos a aceleração de um carrinho ao longo de
um trilho inclinado sem atrito.
Bibliografia:

HALLIDAY, D.; RESNICK, R.; WALKER, J.; Fundamentos de Física I: Mecânica. Rio
de Janeiro: LTC, 1996. 1º v.

BONJORNO, J. R., BONJORNO, R. A., BONJORNO, V., RAMOS, C. M. Física


Fundamental. Volume Único. São Paulo. Ed. FTD. 1999.

RAMALHO, F. J.; FERRARO, N. G.; SOARES, P. A. T. Os Fundamentos da Física.


São Paulo: Moderna, pp.1-300,2003

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