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UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁ

INSTITUTO DE CIÊNCIAS EXATAS E NATURAIS

FACULDADE DE FÍSICA

AMANDA KARINE DA CONCEIÇÃO LIMA

JEFERSON ALVEZ RODRIGUES

JOSÉ REINALDO FERNANDES DE SOUZA FILHO

NAYRA VARELA LEAL

MOVIMENTO RETILINEO UNIFORMEMENTE VARIADO


(MRUV)

BELÉM
2022
Relatório da disciplina de Laboratório de
Física 1, apresentado como requisito parcial
para a obtenção de aprovação em disciplina
obrigatória da faculdade de Física da
Universidade Federal do Pará.

Docente: Prof. Dr. Sérgio Vizeu Lima


Pinheiro.
Objetivo

- Compreender o movimento retilíneo uniformemente variado;


- Constatar que o movimento em um plano inclinado pode ser considerado
unidimensional e na ausência de atrito possui aceleração constante.

Introdução

A área da física que estuda o movimento dos objetos é a Mecânica. A mecânica é


dividida em duas partes: Cinemática e Dinâmica.
A Cinemática é a parte da mecânica onde utilizamos conceitos para descrever o
movimento de objetos: a velocidade, a aceleração e a trajetória sem que haja
preocupação com a causa do movimento. A Dinâmica estuda as leis do movimento,
ou seja, as forças que atuam sobre um corpo para determinar o tipo de movimento o
qual aquele corpo foi submetido.
Há vários tipos de movimentos.
O Movimento Retilíneo Uniforme (MRU) ocorre quando um corpo percorre um
trajeto retilíneo em intervalos de tempo iguais com velocidade constante, ou seja, a
aceleração é igual a 0 (zero).
O Movimento Retilíneo Uniformemente Variado (MRUV) ou Movimento Retilíneo
Uniformemente Acelerado ocorre quando um corpo percorre uma trajetória retilínea
e, ao decorrer do tempo, a velocidade varia em alguns pontos, ou seja, a aceleração
será diferente de 0 (zero). Um exemplo de MRUV é um corpo em queda livre: um
corpo, ao ser abandonado de certa altura, desprezando o atrito do ar, percorre uma
trajetória retilínea e a sua velocidade varia ao decorrer do tempo, apresentando
assim uma aceleração.
Desenvolvimento teórico

Ao analisar um movimento retilíneo uniformemente variado, os fatores mais levados em


consideração é a aceleração, o tempo, a velocidade e a posição, e como se trata de um
movimento variado o mesmo descreve espaços e intervalos de tempo diferentes, ou seja,
velocidade e o tempo variam durante todo o movimento, tendo a aceleração constante.

A aceleração se dá pela equação:


Δ𝑣
𝑎= =𝑐𝑜𝑛𝑠𝑡 .
Δ𝑡

Onde:

Δ 𝑣= variação da velocidade (( 𝑣 𝑓 − 𝑣0 ) )

Δ 𝑡 = variação de tempo (𝑡 𝑓 − 𝑡 0)

Dessa forma, sabendo-se manipular a equação da aceleração média, pode-se obter a


equação da velocidade, onde sabe-se a velocidade inicial, tempo final e a aceleração como
constante, no decorrer do movimento.
A velocidade se dá pela equação nos parâmetros relacionados:
𝑣𝑓 − 𝑣0 𝑣− 𝑣0
𝑎= = =𝑣 − 𝑣0 =𝑎𝑡 ∴ 𝑣=𝑣 0 +𝑎𝑡
𝑡 𝑓 −𝑡 0 →0 𝑡❑
O comportamento linear do gráfico determinará uma velocidade variada de forma crescente
para intervalos de tempo variados, como acelerado (positivo), e velocidade variada de forma
decrescente para intervalos de tempo variados, como retardado (negativo).
ACELERADO
RETARDADO
Fonte: Captura de tela do Google imagens Fonte: Captura de tela do Google imagens

ACELERAÇÃO CONSTANTE

Fonte: Captura de tela do Google imagens

Além disso, através da análise do gráfico, pode –se calcular as áreas das figuras
geométricas formadas pelo gráfico da função com os eixos do plano cartesiano, usando-se
geometria pela equação horária da posição.
Fonte: Captura de tela do Google imagens

Utilizando métodos matemáticos da geometria em estruturas algébricas, podemos chegar


na equação horária da posição.

( 𝑣 −𝑣 0 ) 𝑡
∆ 𝑥=𝑣 0 𝑡 +
2
Assim, tomando-se
𝑣 − 𝑣 0=𝑎𝑡

Temos,

( 𝑎𝑡 ) 𝑡
𝑥 − 𝑥 0=𝑣 0 𝑡 +
2
( 𝑎𝑡 ) 𝑡
𝑥=𝑥 0 +𝑣 0 𝑡+
2
O gráfico da posição em função do tempo, descreve uma curva, pois a partícula está sob a
ação de uma aceleração constante.

Fonte: Captura de tela do Google imagens

Além disso, com a equação horaria da posição, pode-se realizar manipulações algébricas para a
verificação da velocidade, sem que seja necessária saber o tempo.

Por esse formato,


2 2
𝑣 =𝑣 0 +2 𝑎∆ 𝑥
Portanto, nesse procedimento experimental sobre movimento retilíneo uniformemente
variado, foi marcado o tempo que uma esfera de aço (marcando a posição de 0 cm à 400
cm) que percorrem um trilho (marcando o tempo do objeto da posição inicial para cada
posição diferente), e com os dados coletados é montada uma tabela para a realização dos
métodos matemáticos.

Esfera

o →Δ 𝑥1 Δ 𝑥2 Δ 𝑥3 Δ 𝑥4

_____|_____|_____|_____|_____|_____→
0 100 200 300 400
Δ𝑡1 Δ𝑡2 Δ𝑡3 Δ𝑡4

∆ 𝑥=100
∆ 𝑡 1,1 ∆ (∆ 𝑡 1,1)
∆ 𝑡 1,2 ∆ (∆ 𝑡 1,2)
. .
. .
. .
∆ 𝑡 1,10 ∆ ( 𝑡 1,10)

❑𝑡 ❑
∆ ( 𝑡 1)
∆ 1 ∆
❑𝑡 ±∆
(∆ 𝑡 1)
∆ 1
∆ 𝑥1
𝑣 1=
∆𝑡 1
∆ 𝑣1
𝑎 1=
∆ 𝑡1

Procedimento Experimental

Para o experimento, a classe foi separada em equipes, onde cada equipe


mediu 10 vezes as mesmo processo que foi proposto pela atividade, as quais foram
medir os intervalos de tempo que a esfera de aço percorre os trilhos de um plano
inclinado, em posições definidas em laboratório a partir do seu repouso. Feita as
medidas, as medições repetidas do processo diferiram umas das outras. Onde é
possível garantir resultados mais precisos a partir do cálculo das medidas. Logo, ao
unir a prática com a teoria, é possível compreender como surgem as diferenças e
lidar com elas obtendo o resultado desejado.
Materiais:

-Plano inclinado

-Esfera de aço

-Cronometro

Metodologia

Procedimento experimental, partir do repouso soltamos a esfera, e cronometramos


o tempo deslocamento da esfera nos intervalos de espaço ∆x1=100mm,
∆x2=200mm, ∆x3=300mm e ∆x4=400mm. Repetimos este procedimento 10
vezes, por 04 (quatro) posições.

-Plano inclinado

Fontes: Captura de câmera autoral

Uma esfera de aço foi utilizada, de forma que a mesma percorreu os trilhos
do plano inclinado, onde o movimento a esfera parava na posição definida.

-Esfera de aço
Fontes: Captura de câmera autoral

Foi realizada a medida dos intervalos de tempo utilizando um cronometro

- Cronometro

Fonte: Captura de tela do Google imagens

Dessa forma, através dos dados coletados foi realizada a parte teórica
usando os artifícios matemáticos como:

-Média da massa

❑ = 𝑀 1 + 𝑀 2 + …+ 𝑀 𝑛
𝑀 𝑛

-Desvio absoluto
∆ 𝑀 =𝑀 𝑖 − ❑
𝑀

-Média do desvio absoluto

∆ 𝑀 1+ ∆ 𝑀 2 +…+ ∆ 𝑀 𝑛
∆ ❑=
𝑀 𝑛

Em seguida, o cálculo da velocidade e da aceleração.

-Velocidade

∆𝑥
𝑉 𝑚=
∆𝑡

-Aceleração

∆𝑣
𝑎 𝑚=
∆𝑡

Tratamento de dados

Com o experimento, obtemos os seguintes resultados e calculamos a média através da


fórmula.

❑ = 𝑀 1 + 𝑀 2 + …+ 𝑀 𝑛
𝑀 𝑛

Com

𝑀 1=Δ𝑡 1

𝑀 2=Δ𝑡 2

𝑀 3=Δ𝑡 3

Tempo em (s) 0-100 0-200 0-300 0-400

Δt1 1,04 1,75 2,43 2,85

Δt2 1,16 1,57 2,37 2,72


Δt3 1,03 1,81 2,47 2,71

Δt4 1,03 1,78 2,37 2,88

Δt5 1,18 1,87 2,47 2,97

Δt6 1,19 1,72 2,29 2,72

Δt7 1,09 1,53 2,34 3,00

Δt8 1,06 1,75 2,31 2,91

Δt9 1,21 1,81 2,16 2,65

Δt10 1,10 1,72 2,38 2,82

MÉDIA 1,11 1,73 2,36 2,82

DESVIO ABSOLUTO DE CADA MEDIDA E MÉDIA DO DESVIO ABSOLUTO


Para calcular o desvio de cada medida utilizamos a fórmula

❑∆ 𝑀= 𝑀 − ❑
𝑖
𝑀
E para calcular a média do desvio absoluto utilizamos
∆ 𝑀 1+ ∆ 𝑀 2 +…+ ∆ 𝑀 𝑛
∆ ❑=
𝑀 𝑛
Com
∆ 𝑀 1=∆ 𝑡 1

∆ 𝑀 2=∆ 𝑡 2

∆ 𝑀 𝑛=∆ 𝑡 𝑛

Tempo em (s) 0-100 0-200 0-300 0-400

Δt1 0,07 0,02 0,07 0,03

Δt2 0,05 0,16 0,01 0,10


Δt3 0,08 0,08 0,11 0,11

Δt4 0,08 0,05 0,01 0,06

Δt5 0,07 0,14 0,11 0,15

Δt6 0,08 0,01 0,07 0,10

Δt7 0,02 0,02 0,02 0,18

Δt8 0,05 0,02 0,05 0,09

Δt9 0,10 0,08 0,20 0,17

Δt10 0,01 0,01 0,02 0

MÉDIA DO 0,06 0,06 0,07 0,1


DESVIO
ABSOLUTO

VELOCIDADE
Para o cálculo da velocidade utilizamos
∆𝑥
𝑉 𝑚=
∆𝑡

Assim temos:

0-100
100
=90,170 ± 4,869
1,11± 0,06

0-200
200
=115,540 ± 4,009
1,73± 0,06

0-300
300
=127,172± 3,770
2,36 ±0,07

0-400
400
=141,693 ±5,029
2,82± 0,10

ACELERAÇÃO
Para a aceleração utilizamos a seguinte fórmula
∆𝑣
𝑎 𝑚=
∆𝑡

Obtemos:
0-100
90,170 ± 4,869
=81,234 ± 8,777
1,11± 0,06

0-200
115,540± 4,009
=66,786 ± 4,633
1,73± 0,06

0-300
127,172± 3,770
=53,886 ±3,195
2,36 ± 0,07

0-400
141,693± 5,029
=50,245 ±5,453
2,82± 0,10

Conclusão

Em conclusão para o processo de experimentação, orientado pelo professor, com o


uso de instrumentos que auxiliassem a medição precisa da trajetória, do tempo, da
velocidade e da aceleração, concluímos que a velocidade varia com o passar do
tempo em um plano inclinado, enquanto a aceleração mantém-se quase constante.
Dessa forma, aplicando os objetivos da aula obtém-se uma análise criteriosa do
experimento observado.

Referências

[1]

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