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Experimento - Queda livre de uma partícula


J. C. Dias
Centro Universitário Uninter
Pap Ribeirão Preto – Av. Independência, 3077 – CEP: 14052 - 235 – Ribeirão Preto – SP - Brasil
e-mail: julio.dias83@gmail.com

Resumo: Trata-se de uma atividade prática experimental a nível


universitário utilizando os conhecimentos obtidos na grade curricular de
Física Mecânica no Centro Universitário Uninter.

Palavras-chaves: Experimento; Queda Livre; MRUV (Movimento Retilíneo


Uniformemente Variado); Física Mecânica.

INTRODUÇÃO
Este é um experimento baseado pelo físico Galileu Galilei, onde realizou estudos e
mostrou na teoria e na prática o movimento de queda livre de uma partícula,
mostrando que mesmos os corpos sendo de massas diferentes, tocaria no solo ao
mesmo tempo estando estes em uma mesma aceleração gravitacional.
Este experimento será baseado na teoria do físico Galileu Galilei, onde utilizarei
duas esferas de massas diferente, sendo uma esfera menor de 7g (sete gramas),
outra esfera maior de 57g (cinquenta e sete gramas) e duas bolinhas de materiais
diferente, sendo uma bolinha de borracha e a outra bolinha de papel.

FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
Movimento de queda livre é um movimento vertical de queda de um corpo em
observação dos eixos de coordenadas X, Y; seu movimento é considerado como
MRUV – movimento retilíneo uniforme variado.
Aceleração gravitacional (g) em relação ao nosso planeta Terra é de 9,80 m/s².
Suas formulas são:

Equação para determinar a aceleração da gravidade:

2·∆
= ,

é ²

Onde é a aceleração da gravidade (m/s²); ∆ é a altura / posição inicial


do corpo (m) e é ² é o intervalo de tempo (s).

Equação para determinar a velocidade do corpo em queda livre:

= ·
Onde é velocidade de queda (m/s); é a aceleração da gravidade (m/s²) e é o
intervalo de tempo (s)
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Exemplo de situações reais de queda livre é por exemplo uma fruta caindo de sua
arvore sem galhos a frente, sendo uma queda livre sem obstáculos. Outro exemplo
um celular / smartphone caindo no chão, e/ou um copo caindo de um balcão, essas
são situações reais do dia a dia.

Nota: m* = metros / s* = segundos (Sistema Internacional de Medidas – SI).

PROCEDIMENTO EXPERIMENTAL
O experimento foi realizado em duas etapas, primeira etapa através de um
laboratório virtual, contendo uma bancada, duas esferas metálicas, sendo uma esfera
menor 12mm de diâmetro e 07g de massa e a outra esfera maior de 24mm de
diâmetro e 57g de massa; também foi utilizado um suporte contendo uma fita métrica
(trena), um eletroímã na ponta do suporte, um sensor fotoelétrico onde é possível
ajustá-lo na altura desejada para efeito do experimento, um cesto na base do suporte,
um cronômetro digital de alta precisão e resolução, uma chave liga/desliga, cabos
para interligações dos equipamentos.
Interligar os cabos aos equipamentos, onde o equipamento principal que fornece
alimentação aos demais é o cronômetro digital, sendo este tendo uma borneira
colorida referenciado os cabos (coloridos) a serem interligados, es dizer que o
eletroímã está interligado a chave liga/desliga que por sua vez está interligado no
cronometro digital que por sua vez fornece alimentação para o sensor fotoelétrico para
registro do tempo em que a partícula passa registrando no cronometro digital.
Após interligar os cabos, conectar a fonte do cronômetro digital na tomada e
pressionar o botão de ligar no próprio equipamento; observar-se acendeu o led
vermelho de status ligado na chave liga/desliga do circuito eletroímã / sensor
fotoelétrico. Caso o led de indicação da chave liga/desliga não acender, realizar o teste
chaveando de posição liga para desliga e vice-versa.
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Neste experimento foi utilizado apenas um jaleco como EPI – equipamento de


proteção individual.
Após bancada montada, iniciou o procedimento do experimento; onde após
energizado o cronômetro digital, posicionando a chave seletora (liga/desliga) na
posição ligada (led de indicação aceso) energizando o eletroímã, foi selecionando a
esfera menor (12mm – 7g) e posicionando-a no topo do suporte da fita métrica
(eletroímã), ajustado a posição (altura) do sensor fotoelétrico de acordo com o
experimento proposto (100/200/300/400/500mm), dando o comando de desliga na
chave seletora, a esfera menor fixada no topo do suporte (eletroímã) inicia sua queda
livra iniciando a contagem de tempo no cronômetro digital, e ao passar pelo sensor
fotoelétrico, o cronômetro digital registra o tempo de queda livre da esfera, onde a
mesma cai no cesto fixado na base do suporte da fita métrica. Foi tomado nota do
tempo de queda livre da esfera menor, resetado o registro do tempo no cronômetro
digital, energizado o eletroímã no topo do suporte através da chave seletora na
posição de ligado e repetido novamente o procedimento por 05 vezes para cada altura,
es dizer que, foram tomando registro de tempo de 05 quedas livres em cada altura
(100/200/300/400 e 500mm) posicionando o sensor fotoelétrico.
Realizado este mesmo procedimento para a esfera maior (24mm – 57g) e
formulado uma tabela das leituras de tempo de acordo com a altura / posicionamento
do sensor fotoelétrico no suporte da fita métrica.
NOTA: Foram descontados no posicionamento do sensor fotoelétrico o diâmetro da
esfera no momento de realizar os testes.

Na segunda etapa, experimento prático, foi realizado na sala de jantar de minha


residência, utilizando uma fita métrica (trena) para inserir as alturas propostas para
realização do experimento, lápis para anotações, cronometro (celular) para registro
de tempo e uma bolinha de borracha e uma bolinha de papel.

Após definidas alturas / posicionamento inicial (2,00/1,75/1,50/1,25/1,00m) de


acordo com o proposto, iniciou-se o experimento partindo de 2,00 metros de altura
com a bolinha de borracha, nessa posição foi soltado a bolinha em movimento de
queda livre e cronometrado o tempo no momento de toque ao piso (chão), anota o
tempo de queda livre e realizado mais quatros vezes, totalizando cinco vezes para
cada altura e repetido o mesmo experimento com a bolinha de papel. Es dizer que, o
mesmo experimento realizado no laboratório virtual tomando notas, foi realizado no
experimento prático, notando a diferença do tipo de massa do corpo para o movimento
de queda livre.
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ANÁLISE E RESULTADOS

Segue abaixo os dados obtidos no experimento.

Experimento realizado no laboratório virtual com a esfera menor tanto no tamanho


quanto a massa do corpo.

Experimento realizado no laboratório virtual com a esfera maior tanto no tamanho


quanto a massa do corpo.

Aceleração gravitacional média no experimento laboratório virtual com a esfera


menor foi de 9,83 m/s² e aceleração gravitacional média no experimento laboratório
com a esfera maior foi de 9,85 m/s². É dizer que os valores da aceleração gravitacional
são constantes e a velocidade da partícula é variada, pois ambas esferas foram
colocadas em uma certa altura e com a mesma aceleração gravitacional do local.
A equação utilizada foi = 2 · ∆ / é ²

Esfera Menor m=7g


600

500

400

300

200

100

0
0 0,14224852 0,2016495 0,24755076 0,28540236 0,31926298

Gráfico da posição em função do tempo médio (y x t médio) – Esfera Menor


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Esfera Maior m=57g


600

500

400

300

200

100

0
0 0,14223674 0,20115584 0,24708574 0,28520146 0,31913022

Gráfico da posição em função do tempo médio (y x t médio) – Esfera Maior

Esfera Menor m=7g


3,5

2,5

1,5

0,5

0
0 0,05 0,1 0,15 0,2 0,25 0,3 0,35

Gráfico da velocidade em função do tempo médio (v x t médio) – Esfera Menor

Esfera Maior m=57g


3,5

2,5

1,5

0,5

0
0 0,05 0,1 0,15 0,2 0,25 0,3 0,35

Gráfico da velocidade em função do tempo médio (v x t médio) – Esfera Menor


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Graficamente no experimento laboratório virtual, é notório a curva gráfica linear


tanto para função altura por tempo médio, quanto a velocidade em função do
tempo médio. O tempo de queda de ambas esferas são os mesmos devido a
aceleração gravitacional serem a mesma no experimento movimento de queda
livre.
As principais características do MRUV que pode ser observada no experimento
é que de acordo com a altura a velocidade do corpo em queda livre é aumentada,
porém a aceleração gravitacional é constante, não muda.

Experimento prático realizado com bolinha de borracha.

Experimento prático realizado com bolinha de papel.

Aceleração gravitacional média no experimento prático com a bolinha de borracha


foi de 15,90 m/s² e aceleração gravitacional média no experimento prático com a
bolinha de papel foi de 16,37 m/s². O valor médio encontrado através de cálculo é
divergente da aceleração gravitacional de 9,81 m/s² que é a da Terra.
A equação utilizada foi = 2 · ∆ / é ²

Bolinha de Borracha
2,25
2,00
1,75
1,50
1,25
1,00
0,75
0,50
0,25
0,00
0,598 0,494 0,394 0,384 0,336

Gráfico da posição em função do tempo médio (y x t médio) – Bolinha de Borracha


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Bolinha de Papel
2,25
2,00
1,75
1,50
1,25
1,00
0,75
0,50
0,25
0,00
0,602 0,514 0,4 0,378 0,306

Gráfico da posição em função do tempo médio (y x t médio) – Bolinha de Papel

Bolinha de Borracha
7,7
7,5
7,3
7,1
6,9
6,7
6,5
6,3
6,1
5,9
0 0,1 0,2 0,3 0,4 0,5 0,6 0,7

Gráfico da velocidade em função do tempo médio (v x t médio) – Bolinha de Borracha


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Bolinha de Papel
7,6

7,4

7,2

6,8

6,6

6,4
0 0,1 0,2 0,3 0,4 0,5 0,6 0,7

Gráfico da velocidade em função do tempo médio (v x t médio) – Bolinha de Papel

A MRUV é dizer que os valores da aceleração gravitacional são constantes e a


velocidade da partícula é variada.
O tempo médio para cada altura encontrada no experimento tanto com a bolinha
de borracha quanto a bolinha de papel são praticamente os mesmos.
O valor das acelerações gravitacionais médias da bolinha de borracha e bolinha de
papel encontrado no experimento são próximas.
Não podemos afirmar que a massa da bolinha de borracha é igual a massa da
bolinha de papel, pois são materiais diferentes e pelo que foi visto no experimento
houve a interferência da força de resistência do ar no experimento da bolinha de papel.
Podemos afirmar que há interferência da massa no experimento de acordo com o
tipo de material pois aceleração gravitacional não foi constante onde houve variações
tanto na aceleração quanto na velocidade das partículas do experimento.

CONCLUSÃO

É de grande valia o trabalho proposto, pois com o experimento houve assimilação


das aulas teórica com o prático desenvolvido, onde foi colocado habilidade,
criatividade, discernimento e desenvolvimento do experimento de queda livre. Tabelas,
gráficos, fórmulas e cálculos deram a notoriedade de que, de fato o movimento
retilíneo uniformemente variado existe e é comprovado.
Uma nova possibilidade de experimento seria aplicar uma bolinha de EPS (isopor)
e bolinha de borracha, ambas com o mesmo diâmetro, onde acredito que devido a
massa da bolinha de isopor, a resistência do ar talvez irá interferir nos resultados finais.

REFERÊNCIAS

YOUNG & FREEDMAN; SEARS & ZEMANSKY. Física I – Mecânica.14 Ed. Pearson,
2016

FONSECA, F. Me.; CRUZ, C. Me. Física Mecânica. AVA UNINTER, 2020.


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