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UNIVERSIDADE ESTADUAL DE MARINGÁ CENTRO

DE CIÊNCIAS EXATAS DEPARTAMENTO DE FÍSICA


Física Experimental 1 - 7231

ESTUDO SOBRE O M.R.U.V

ACADÊMICO(S) : ​André Henrique Marcon, Caio Kawamura


Gonçalves, Leonardo José C. Franchetti, Rodrigo Costa Rocha.
TURMA:1 RA: 117396, 118006, 117502,
118127. PROFESSOR(A): Otávio Augusto
Capeloto.
ANOTANDO OS VALORES DO
EXPERIMENTO
CÁLCULO DOS TEMPOS MÉDIOS
(ainda sem o desvio padrão)
CÁLCULO DOS DESVIOS PADRÕES
REPRESENTAÇÃO GRÁFICA

GRÁFICO LINEARIZADO EM PAPEL


DILOG
GRÁFICO Sxt NO PAPEL
MILIMETRADO
GRÁFICO Sxt​²

Quando uma equação desconhecida do tipo ​y = c . x​ⁿ​, podemos linearizá-la, isto


é, transformá-la em uma equação do primeiro grau, mudando para a equação ​Y = c .X​,
onde:

y​ = Y
c​ = c
x​ⁿ​ = X

Nesse experimento, sabemos que temos um móvel que descreve um Movimento


Retilíneo Uniformemente Variado. Ou seja, sua função horária do espaço é:

S(t) = S₀ + V₀.t + ½ at​²

Como S₀ = S(t₀) = 0
e Vo = V(t₀) = 0, temos:

S(t) = ½ at​²

Portanto, podemos linearizá-la transformando-a em Y = c . T, onde:

S(t) = Y
½ a​ = c
t​² = T

Temos então o gráfico de Y = c . T:

Pelo Método dos Mínimos Quadrados, obtemos uma equação do tipo y = a + b.x:
Então, obtemos: y = 2,04 + 25 . x
Podemos assim traçar a melhor reta que representa esse conjunto de pontos, no gráfico:
Comparando-a com a equação Y = c.X, podemos dizer que c = 25 que é o valor que nos
interessa, pois como dito antes, S₀ e V₀ são nulos.

Assim, pela linearização, obtemos:


Y = 25.X

Sabemos que ½ a​ = c. Logo:

½​ . a = 25 ​ →​ a = 25 . 2 ​→ ​ a = 50 m/s²

Portanto, podemos encontrar a função Horária do Espaço:

S(t) = ​½ at​² ​→​ S(t) = ​ ½ 50t​²

A partir da função horária do Espaço, achamos a função que descreve a velocidade


em cada ponto fazendo derivação

Agora, por último Calculando a velocidade em cada ponto, temos:


● Detalhes que diferenciam o experimento do MRUV do MRU
No MRU, o trilho está paralelo à superfície, e o carrinho não sofre a influência direta
de nenhuma força externa, visto que todas se anulam (P com N). Então, precisávamos de
um bloco suspenso por uma corda em uma distância do solo, para que ele retirasse o
carrinho da inércia. Como essa distância era menor que o comprimento da posição inicial do
carrinho ao primeiro sensor, o carrinho entrava em Movimento Uniforme, ao longo das
medições. Assim, a velocidade na primeira marcação de tempo era constante e diferente de
zero.
Já no experimento do MRUV, o trilho tem uma inclinação de 4º em relação ao solo.
Assim, uma componente da Força Peso atua sobre ele, produzindo uma aceleração e
retirando-o da inércia, não necessitando mais da massa suspensa. Como a aceleração é
diferente de zero e constante, o carrinho entra em Movimento Retilíneo Uniformemente
Variável.
Ainda, no experimento atual, a primeira marcação é feita quando o corpo ainda está
em repouso, na iminência do movimento, de modo que a velocidade inicial é igual a zero,
diferentemente do experimento anterior.

● O que é ajuste linear e o que é linearização

Ajuste Linear é uma técnica que permite a representação de um conjunto de pontos


em um gráfico, na melhor reta possível, ou na reta que mais se adequa à linearidade destes
pontos, podendo ser feito pelo Método dos Mínimos Quadrados.
Linearização é a ação de transformar uma função não linear em uma função linear.
Pode ser feita pela transformação da variável que está elevada ao quadrado em uma nova
variável de primeiro grau, ou pela aplicação da função logaritmo nos dois lados da equação
inicial (ou simplesmente jogando os pontos no papel dilog).

● Com a inclinação de 4º, qual deveria ser o valor teórico da aceleração? Calcule
o erro percentual. Se der diferença, por que isso aconteceu?

m.g.sen​ θ​ = m.a ​→ ​ g.sen ​θ​ = a


Note que:
Py = N
Px = P.sen​ θ (1)
P = m.g (2)
Fr = m.a (3)

Como Py se cancela com N, a Força


Resultante sobre o carrinho é Px.

Substituindo ​(1) ​em ​(2)​, tem-se:


Px = m . g . sen​ θ (4)
Igualando ​(4) ​a ​(3)​, tem-se:
m . g . sen​ θ​ = m . a ​ → ​ g . sen​θ​ = a
Adotando ​g = 9,80 ​m/s²​ ​e ​θ = 4º​, tem-se:

9,80 . sen 4º = a ​ → ​a ​≅ 0,68 m/s² = 68,4 cm/s²

DESVIO PERCENTUAL
D% = ( | Valor teórico - Valor Experimental | ) / ( | Valor Experimental | ) * 100%

D% = ( | 68,4 - 50 | ) / ( | 50 | )
D% = 36,8%

A diferença entre o valor da aceleração teórica e a experimental pode ocorrer por vários
motivos:
● Falta de prática do experimentador (Erro Grosseiro);
● Erros ao ler alguma medida (Erros Grosseiros);
● Erro de calibração: Ângulo do trilho pode não ser exatamente 4º, cronômetro pode
estar descalibrado, distâncias entre sensores podem não ser exatamente 8cm (Erros
Sistemáticos);
● falha conceitual: Podemos ter nos equivocado ao aplicar algum conceito da
Mecânica, ao utilizar alguma equação, ao calcular algum valor (Erros Sistemáticos);
● Fatores externos : Atrito ( mesmo desconsiderado no experimento, ainda há uma
pequena influência sobre o carrinho, gerando pequenas diferenças) ; Atuação de
uma pequena resistência do ar contra o carrinho em movimento , a qual é
desprezada no cálculo teórico; e condições ambientes que fogem do controle do
experimentador.

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