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UNIVERSIDADE FEDERAL DA INTEGRAÇÃO LATINO-AMERICANA

UNILA
CURSO: ENGENHARIA DE MATERIAIS
Disciplina: Laboratório de Engenharia de Materiais

Coeficiente de Dilatação Linear

Gianluca F. Presotto
Jorge H. T. Lopez
Rafael F. Carvalho
Rafael H. Tashiro
Professor Rafael Mancosu

Foz do Iguaçu – PR
Novembro de 2019
Resumo
O experimento realizado teve como objetivo fundamental a determinação do
material de três hastes metálicas através de seu coeficiente de dilatação térmica.
A determinação deste coeficiente foi realizada através de medidas de angulação
e temperatura coletadas por um software. Com tais dados, calculou-se o
coeficiente de dilatação térmica de cada barra e comparou-se com coeficientes
já determinados de três materiais, Alumínio, Cobre e Latão. Após a identificação
de cada material calculou-se o erro relativo em relação ao dado da literatura.

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Sumário
1. Teoria 3
2. Objetivos 4
3. Materiais e procedimentos 5
4. Resultados e discussões 6
5. Conclusões 9
6. Referências bibliográficas 10

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1. Teoria
Quando um sólido recebe ou cede energia na forma de calor altera-se a
agitação térmica das partículas que o compõe. Quando o calor cedido está
associado a um acréscimo na temporada do solido, aumenta-se a agitação
térmica e, em geral, aumenta não só a amplitude da vibração das moléculas,
mas também a distância média entre elas, resultando em aumento nas
dimensões do solido. Esse aumento e chamado dilatação térmica. Da mesma
forma, uma diminuição da temperatura em general, acarreta a redução das
dimensões do corpo, diminuição está relacionada contratação térmica.

A expansão térmica de um material está relacionada com a distância Inter


atômica e depende de sua energia de ligação. Os materiais com maior energia
de ligação apresentam maior resistência a separação Inter atômica à medida
que a mostras e aquecida, ou seja, materiais com maiores valores de energia de
ligação apresentam menor coeficiente de expansão térmica linear.

Vamos a analisar o comprimento de uma barra metálica de comprimento


L quando sujeita a uma variação de temperatura. A adição linear nos permite
escrever este comprimento em função da temperatura, ou seja, L = (T). A
experiencia nos mostra que a dilatação sofrida pela barra metálica e proporcional
ao seu comprimento inicial (𝐿0 ) e a variação de temperatura 𝛥𝑇 = 𝑇 − 𝑇0 como
mostrado na equação (1):

𝐿(𝑇) = 𝐿0 + α. 𝐿0 . ( 𝑇 − 𝑇0 ) (1)

Onde 𝑇0 é a temperatura inicial e α é denominada coeficiente de dilatação


linear. Este coeficiente es uma propriedade dos materiais e indica pelo qual um
material expande quando e aquecido e possui unidade de inverso da
temperatura (º𝐶 −1 ou 1 / ºC).

De modo geral, podemos escrever a equação (2) para obter o coeficiente


de dilatação linear:

𝛥𝐿/𝐿0
α= (2)
𝛥𝑇

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2. Objetivos
• Observar a expansão térmica linear de alguns materiais sólidos;
• Determinar, experimentalmente, o coeficiente de dilatação linear de
sólidos;
• Determinar o coeficiente de dilatação linear de 3 hastes de materiais
diferentes e identificá-los;
• Fazer cálculos de dilatação linear checar os dados extraídos das
medições, usar as fórmulas de física corretamente, dentro das unidades
do SI; obtendo conhecimento específico de cálculo de dilatação.

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3.Materiais utilizados
• Hastes metálicas;
• Régua;
• Mangueira;
• Recipiente de vidro (formato de prato);
• Computador É software Data Studio;
• Aparato para medir a expansão térmica.

4. Procedimentos
Primeiramente, foi medido o comprimento das três hastes metálicas
que foram usadas no experimento e colocamos uma de cada vez no aparato
para medir a expansão térmica. No lado esquerdo do aparato, temos o
aparelho que mede a rotação em função da expansão do material, no lado
direito, o gerador de vapor, que já continha água. Em seguida, conectamos a
mangueira no gerador de vapor, e este na haste.

Ligamos o gerador de vapor, e esperamos iniciar a evaporação. O


vapor em questão passa pela mangueira e percorre toda a haste por dentro,
fazendo com que tenha expansão linear uniforme. Com o aumento do
tamanho da haste, o aparelho fornece ao software dados, de rotação que o
aparelho sofreu em função da expansão do material e temperatura em função
do tempo, que geram gráficos.

O vapor no final do percurso começa a condensar, e para que não


danifique nenhum equipamento, foi colocado um recipiente de vidro para
conter a água. Os procedimentos acima foram feitos para todos os três tipos
de barras diferentes.

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5. Resultados e discussão

Com os equipamentos citados anteriormente e com ajuda do software, foi


possível obter seguintes gráficos:

Figura 1: gráfico de “Temperatura x tempo” e “Ângulo x tempo”.

Figura 2: gráfico de “Temperatura x tempo” e “Ângulo x tempo”.

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Figura 3: gráfico de “Temperatura x tempo” e “Ângulo x tempo”.

Com estes gráficos, com dados obtidos das hastes e utilizando a equação
(2), é possível construir uma tabela, que pode ser vista em seguida:

Tabela 1: Dados obtidos das hastes.


Haste 1 Haste 2 Haste 3
𝐿0 (cm) 41,5 cm 41,5 cm 41,5cm
R (mm) 1,35 mm 1,35 mm 1,35 mm
𝜃 (rad) 0,327 0,515 0,188
ΔL (mm)= 𝜃. 𝑅 0,4414 0,6952 0,2538
𝑇𝑖 (ºC) 25 29,3 61,4
𝑇𝑓 (ºC) 88,2 90,4 89,1
𝛥𝑇 (ºC) 63,2 61,1 27,7

10−6 16,8 27,42 22,08


α (× )
°C

Sendo 𝐿0 : comprimento inicial; R: raio; 𝜃: ângulo de rotação; ΔL: variação


do comprimento; 𝑇𝑖 : temperatura inicial; 𝑇𝑓 : temperatura final e α: coeficiente de
dilatação linear.

Com coeficiente de dilatação linear de cada haste obtido, é possível


determinar material que é composto cada haste, comparando com os valores já
tabelados. Portanto haste 1 é feito de cobre, haste 2 é feito de alumínio e haste
3 feito de Latão.

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Com as comparações dos valores tabelados e valores experimentais dos
coeficientes de dilatação linear, é possível determinar as diferenças percentuais,
que pode ser vista na seguinte tabela:

Tabela 2: comparação entre os coeficientes de dilatação térmica.


10−6
α em (× )
°C
Material Valor Valor Diferença
Tabelado experimental percentual (%)
Alumínio 23 27,42 +19%
Cobre 17 16,8 -1,18%
Latão 19 22,1 +16,32

Com esta tabela, podemos notar que houve uma diferença percentual,
porém não tão distinto em comparação ao valor tabelado, sendo que para
alumínio houve uma diferença percentual de 19% a mais em comparação, 1,18%
a menos para cobre e por fim, 16,32% para latão.

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6. Conclusões

Neste experimento, foram aquecidas 3 hastes metálicas através de vapor,


e esse aquecimento provocou uma diferente dilatação térmica em cada haste
como dito anteriormente. A prática teve como objetivo fundamental, determinar
o coeficiente de dilatação térmica de cada barra metálica através dos dados
coletados no software e interpretados pelos alunos.

Após a realização das medidas, obteve-se através de cálculos já


explicitados, o coeficiente de dilatação linear de cada haste metálica.

A primeira haste, foi a haste de Cobre, que apresentou um coeficiente de


dilatação linear de valor surpreendentemente próximo do valor teórico, seu erro
percentual foi de 1,18% em relação ao valor determinado pela literatura.

A segunda haste apresentou coeficiente de dilatação de 27,42°C−1 , o que


permite inferir que o material em questão seja o Alumínio. O erro percentual foi
de 19%, um valor aceitável apesar da divergência com o valor proposto pela
teoria.

O terceiro material, o latão, apresentou um coeficiente de dilatação igual


a 22,1°C−1 , que demonstra uma variação percentual de 16,32% em relação ao
valor teórico que, semelhante ao alumínio é acima do valor proposto
anteriormente.

A ocorrência de um erro percentual acentuadamente maior nas duas


últimas hastes pode ser explicada pelo aquecimento do sensor térmico, pois o
sistema não é fechado e seus componentes foram expostos por um período
consideravelmente longo a um ambiente aquecido pelo calor emanado da haste
e pelo vapor liberado pelo equipamento.

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7. Referências Bibliográficas:
https://www.ifi.unicamp.br/~lunazzi/F530_F590_F690_F809_F895/F809/F809_
sem2_2008%20ate%2090413/FelipeMB-Marcos_RP-2.pdf. Acessado em
Novembro de 2019.

http://www.cepa.if.usp.br/energia/energia2000/turmaA/grupo6/coeficiente_dilata
cao.htm. Acessado em Novembro de 2019.

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