Você está na página 1de 10

Universidade do Estado do Rio de Janeiro

Instituto de Física Armando Dias Tavares


Departamento de Física Teórica e Experimental I

EXPERIMENTO II

PLANO INCLINADO

Aluno:
Matrícula:
Curso: Engenharia Elétrica
Sala: 119 FISFEN
Professor: Bruno Werneck Mintz

Rio de Janeiro, 30 de Janeiro

2022

PLANO INCLINADO

1. Objetivo
Usando um trilho de ar inclinado para estimar a aceleração local da
gravidade, anotando a velocidade do planador que percorre medidas de
espaço diferentes sobre o trilho, levando em conta algumas incertezas.

2. Materiais

 Cronômetro eletrônico com sensor ótico;


 Trilho de ar graduado em mm;
 Um planador de alumínio;
 Dois cilindros de inox;
 Placa de plástico retangular medindo 10 cm;
 Microsoft Office Excel;
 Caderno de anotações.

 Imagens de alguns dos materiais utilizados no laboratório:

Figura 1: Trilho de ar graduado em mm.

Figura 2: Carrinho Planador com a placa de


plástico.

Figura 4: Cronômetro com sensor


ótico.

Figura 3: Cilindros de Inox.


3. Esquema experimental

Figura 5: Esquema Experimental no laboratório

4. Procedimento Experimental:

 O trilho foi nivelado pelos integrantes do grupo, conforme as instruções


do professor e do roteiro do experimento.
 Após ligar compressor de ar, coloca-se o planador no trilho, onde o
mesmo fica suspenso pela força do ar.
 Se o trilho estiver desnivelado, o planador irá para um dos lados do
mesmo. Para que isso não aconteça é necessário ajustar o pé do
lado do trilho para onde o planador segue, até que o planador
permaneça parado.
 Em seguida foram colocados os dois cilindros de inox em um dos pés do
trilho de ar com altura de 2,5 cm.
 Foi realizada a medição da distância entre os pés do trilho, anotando os
valores para calcular o seno (θ).
 Foi acoplada no planador uma placa de plástico de 10 cm e verificado o
comprimento útil “enxergado” pelo sensor ótico.
 Um dos integrantes do grupo manipulou o carrinho planador para soltá-
lo no início da rampa, enquanto o outro integrante anotava os valores
marcados pelo cronômetro;
 A velocidade foi verificada primeiramente na distância de 30 cm do
ponto de origem, aumentando 10 cm a cada 5 medições, chegando a
distância máxima de 120 cm;
 Quando ambos estavam prontos, planador era solto e os valores eram
anotados em cm/s;
 A partir das informações anotadas, os dados foram passados para uma
planilha no Excel para as devidas análises;

5. Coleta e Análise de Dados Experimento

 Após medir a base e realizando os cálculos através de Pitágoras, h 2 = a2


+ b2, obtivemos a medida da hipotenusa (trilho) de aproximadamente
100 cm, onde um dos catetos (base) media 100 cm e o outro (altura do
pé do trilho) media 2,5 cm.
 Aplicando a fórmula:
√ .

 A incerteza estimada e experimental anotada foi de 0,2 cm.


 Assim, encontramos o seno do ângulo (θ), calculando hipotenusa/cateto
oposto, ou seja, seno θ = h/c .

 Com a placa de plástico acoplada no planador, foi verificada uma


incerteza na sensibilidade do sensor ótico no tamanho da placa em 0,2
cm, sabendo que a mesma tinha 10 cm de comprimento (comprimento
real), obtendo o comprimento útil de 9,8 cm;
 A precisão utilizada no cronômetro foi de 0,1 ms;

 Abaixo, apresentamos alguns dados do experimento:


 Comprimento Útil da Placa: 9,8 cm.
 Incerteza δL: 0,2 cm.
 Altura H: 2,5 cm.
 Incerteza δH: 0,2 cm.
 Distância: 100 cm.
 Incerteza Instrumental: 0,0001s.
 Na tabela 1, são apresentados os dados do tempo que o planador
gastou para percorrer a distância e o tempo médio na coluna final.

Distância Média
t1 (s) t2 (s) t3 (s) t4 (s) t5 (s)
S (cm) <t>
30 0,2549 0,2548 0,255 0,2548 0,2547 0,25484
40 0,2196 0,2192 0,2192 0,2195 0,2195 0,2194
50 0,1962 0,1961 0,196 0,1958 0,1961 0,19604
60 0,1793 0,179 0,1787 0,1791 0,1789 0,179
70 0,1657 0,1657 0,1658 0,1661 0,1658 0,16582
80 0,1547 0,1544 0,1547 0,1546 0,1546 0,1546
90 0,1462 0,146 0,1461 0,1461 0,146 0,14608
100 0,138 0,1379 0,138 0,1381 0,1381 0,13802
110 0,1317 0,1319 0,1317 0,1318 0,1317 0,13176
120 0,1264 0,1263 0,1263 0,1263 0,1262 0,1263
Tabela 1: Coleta de dados Distância - Tempo

 Na tabela 2, são apresentados os dados dos cálculos das velocidades


obtidas nos respectivas distâncias, apresentando a velocidade média e a
incerteza da velocidade no final.

Distância
v1 (cm/s) v2 (cm/s) v3 (cm/s) v4 (cm/s) v5 (cm/s) Média <v> δest
S (cm)
30 38,4464 38,4615 38,4314 38,4615 38,4766 38,4555 0,0077
40 44,6266 44,7080 44,7080 44,6469 44,6469 44,6673 0,0170
50 49,9490 49,9745 50,0000 50,0511 49,9745 49,9898 0,0173
60 54,6570 54,7486 54,8405 54,7180 54,7792 54,7487 0,0306
70 59,1430 59,1430 59,1074 59,0006 59,1074 59,1003 0,0262
80 63,3484 63,4715 63,3484 63,3894 63,3894 63,3894 0,0225
90 67,0315 67,1233 67,0773 67,0773 67,1233 67,0865 0,0172
100 71,0145 71,0660 71,0145 70,9631 70,9631 71,0042 0,0193
110 74,4115 74,2987 74,4115 74,3551 74,4115 74,3777 0,0226
120 77,5316 77,5930 77,5930 77,5930 77,6545 77,5931 0,0194
Tabela 2: Cálculo das velocidades
 Na tabela 3, são apresentados os dados dos cálculos das velocidades
médias ao quadrado, obtidas elevando ao quadrado as velocidades médias
encontradas na tabela 2.

2 2
Distância - S (cm) 2S (cm) Média <v>² (cm /s )
30 60 1478,83
40 80 1995,17
50 100 2498,98
60 120 2997,42
70 140 3492,84
80 160 4018,22
90 180 4500,60
100 200 5041,60
110 220 5532,04
120 240 6020,68
Tabela 3: Calculando a velocidade média ao quadrado para a construção do gráfico.

 Na tabela 4, são apresentados os dados dos cálculos das acelerações,


obtidas elevando ao quadrado as velocidades médias encontradas na tabela 2,
divididas por duas vezes a distância percorrida.

Aceleração
Distância
a1 (cm/s²) a2 (cm/s²) a3 (cm/s²) a4 (cm/s²) a5 (cm/s²) Média (s)
S (cm)
<a>
30 24,6355 24,6548 24,6162 24,6548 24,6742 24,6471
40 24,8942 24,9851 24,9851 24,9168 24,9168 24,9396
50 24,9491 24,9745 25,0000 25,0511 24,9745 24,9898
60 24,8949 24,9784 25,0624 24,9505 25,0063 24,9785
70 24,9850 24,9850 24,9549 24,8648 24,9549 24,9489
80 25,0814 25,1789 25,0814 25,1138 25,1138 25,1139
90 24,9623 25,0308 24,9965 24,9965 25,0308 25,0034
100 25,2153 25,2519 25,2153 25,1788 25,1788 25,2080
110 25,1685 25,0923 25,1685 25,1304 25,1685 25,1456
120 25,0465 25,0862 25,0862 25,0862 25,1259 25,0862
Tabela 4: Calculando a aceleração
 Abaixo, apresentamos alguns dados analisados:
 Aceleração Média Total: 25,0061(cm/s2)
 Incerteza da Aceleração: 0,02
 Desvio Padrão da Aceleração: 0,02
 Velocidade média: v(s) i = L/t(s) i’ : Onde L é a distância percorrida.
 Valor experimental da velocidade do planador: v(s) = v –(s) ± δ(s)
 Aceleração: a(s)i = [v(s)i]2/(2s)
 Valor experimental da aceleração: aexp= < a> ± δa
 <g> = <a>/sen(θ)

 Assim obtivemos os seguintes resultados:


 Incerteza estatística da aceleração:
 Fórmula Excel: =DESVPAD.A(C42:G51)/(RAIZ(50))
 Resultado: 0,0216
 sen(θ):
 Fórmula Excel: =SEN(2,5/100)
 Resultado: 0,024997
 Incerteza estatística da média:
 Fórmula Excel: =SEN(2,5/100)
 Resultado: 0,024997
 Valor da aceleração local da gravidade:
 Fórmula Excel: = (aceleração média total)/sen(θ)
 Resultado: 1000,348323
 Forma padrão da gravidade: 10,003m/s2

 Fórmulas utilizadas:
 Cálculo da velocidade: v² = v0 + 2as
 Cálculo da aceleração: a = v²/2s
 Incerteza: aexp = (25,00 ± 0,02)cm/s2

 Análises gráficas:
 v² = <a> x 2s  v² = 25 x 2(s)
 Eixo vertical: y = v2 | Eixo horizontal: x = <a> x (2s)
 Limites: a- = [<a> - δ] e a+ = [<a> + δ]
6. Gráfico

 Para a construção dos dados foram utilizados os dados da tabela 3,


colunas 2 e 3.
7. Interpretação dos resultados experimentais

a. Sua estimativa de g é compatível (ao nível de 2-sigma) com o valor


divulgado pelo Observatório Nacional para a aceleração da gravidade no
Rio de Janeiro (gref = 9,788 m/s2)?
R: Não é compatível, em verdade acho que o valor está muito
acima do valor divulgado, pode ser que tenhamos subestimado as
incertezas do experimento.

b. No seu gráfico, quantos dos dez pontos estão dentro da área


compreendida pelas retas y = (a ± σa)*x? Esse número é o esperado?
Por quê?
R: A construção do gráfico foi feita com os dados coletados e os
pontos estão entre a área compreendida pelas retas traçadas,
pois houve diferença muito pouca entre as velocidades coletadas,
deixando os pontos muito próximos entre si.

c. Na nossa análise gráfica, adotamos a hipótese de que as retas partem


da origem. Porém, isto não precisa ser assim, necessariamente. O que
significaria, fisicamente, se a equação da reta tivesse um coeficiente
linear não nulo?
R: No experimento, significaria que o planador partiria com
velocidade do ponto de origem.

d. A estimativa utilizada para a velocidade do planador em cada posição do


cronômetro foi à velocidade média. Entretanto, isso é uma aproximação
(pois o movimento é uniformemente variado). De que forma seria
possível melhorar a estimativa da velocidade?
R: Coleta simultânea de dados em diferentes pontos do trilho,
dessa forma, o cálculo das incertezas que influenciam no
experimento seria mais confiável.
8. Conclusões

A qualidade do experimento foi boa, mas talvez, tenhamos


subestimado a incerteza instrumental, ou tenhamos calibrado de maneira
falha o cronometro, ou até mesmo o cronômetro estivesse com problemas na
medição, contribuído com o cálculo muito acima do encontrado pelo
Observatório Nacional da aceleração da gravidade no Rio de Janeiro que é
de 9,788 m/s2.

O experimento nos deu uma perspectiva de como executar tarefas


em laboratório para análise de dados para cálculo da velocidade e
aceleração de um objeto em movimento, aprendizado único de como
organizar os dados coletados em planilha Excel, utilizar fórmulas específicas
para o cálculo das incertezas estatísticas, além do aprendizado de como
construir um gráfico utilizando as informações coletadas. Foi uma experiência
bem proveitosa e que deu uma ideia de como experimentos tirados da vida
real são realizados em laboratório. Um ponto a melhorar seria a realização de
manutenção nos equipamentos utilizados no laboratório por pessoas
especialistas a ponto de garantir a confiança nos aparelhos.

Você também pode gostar