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Discussão de resultados

Inicialmente, para que sejam feitos os cálculos, foram pesquisados na literatura


os valores das densidades do fluido e sólido utilizados, que foram a água e o
carbonato de cálcio (CaCO3), respectivamente, e os valores encontrados foram de
0,997 g/cm³ e 2,71 g/cm³, respectivamente. Além disso, foi determinado o valor da
vazão de alimentação, e o valor escolhido foi de 27 m³/h ou 7506 cm³/s. Então, cada
teste de proveta foi analisado separadamente.
Teste 250 ml:
Esse teste foi feito em uma proveta de 250 ml, e ela foi alimentada com 15,06
g de CaCO3, o que dá um valor de concentração de alimentação (CA) igual a 0,06024
g/cm³, calculada com a equação 12, e altura inicial (zA) determinada sendo igual a 6,0
cm. Então o teste de proveta foi feito e com ele foram determinados os valores de
tempo (t) e altura (z), e os valores encontrados podem ser vistos na tabela abaixo
(Tabela 2).
𝐶𝐴 = 𝑚/𝑉
Equação 12 - Concentração da alimentação.

Tempo (s) Altura (cm)

0 6,0

60 4,3

120 3,1

180 1,8

240 1,2

600 1,1

840 1,0
Tabela 2 - Dados experimentais Tubo 250 ml.
Após isso, os dados experimentais demonstrados na tabela acima foram
transferidos para uma planilha excel, então foi plotado um gráfico (Figura 7) de altura
(z) vs tempo (t).
Figura 7 - Teste Proveta de 250ml
Através do gráfico foi possível fazer uma divisão entre a parte linear e a parte
curva. Então, foram feitas retas tangentes, traçadas ponto a ponto, e com isso
determinados os valores de zi (coeficiente linear) e o vi (coeficiente angular), para
cada ponto do gráfico. Com isso foram calculados os valores das concentrações (Ci),
usando a equação 2. A partir disso, foram calculados os valores das áreas
transversais (Si), usando a equação 3. Depois os valores das áreas transversais foram
passados de cm para m, e com isso foram calculados os diâmetros, usando a
equação 13. Todos esses valores podem ser vistos na tabela abaixo (Tabela 3).
𝐷𝑖 = (4𝑆𝑖/ℼ)0,5
Equação 13 - Diâmetro

t (s) z (cm) zi (cm) vi (cm/s) Ci (g/cm³) Si (cm2) Si (m2) Di (m)

0 6,0 6,0 0,0283 0,06024 221024,7 22,10 5,30

60 4,3 6,0 0,0283 0,06024 221024,7 22,10 5,30

120 3,1 5,5 0,02 0,06572 281475 28,15 5,99

180 1,8 5,7 0,0217 0,06341 270953,9 27,10 5,87

240 1,2 3,6 0,01 0,10040 325260 32,53 6,44

600 1,1 1,267 0,0003 0,28534 1112139 111,21 11,90


840 1,0 1,35 0,0004 0,26773 1094625 109,46 11,81

Tabela 3 - Dados obtidos para área e diâmetro pelo método de Kynch para Teste de
Proveta 250.
A partir disso, os maiores valores de área transversal e diâmetro foram os
valores utilizados para os cálculos da área transversal do projeto e altura do
sedimentador.
A área transversal do projeto foi calculada pela equação 4, onde o fator 1
utilizado foi de 1,1 e o fator 2 foi calculado por interpolação, já que o valor do diâmetro
está entre 4,6 e 30,5, e o valor encontrado foi de 1,39. Com isso o valor da área
transversal do projeto é de 169,7 m².
Para o cálculo da altura do sedimentador é necessário determinar os valores
de H1, H2 e H3. O valor de H1 escolhido foi de 0,6 m.
Para determinar o valor de H2 é necessário o cálculo do valor da densidade
do lodo (𝜌L) e do tempo de residência (tr). Para o cálculo da densidade de lodo,
primeiro foram calculados os valores de volume de sólido (Vs) e volume de fluido (Vf),
utilizando as equações 9 e 10, respectivamente, e os valores encontrados foram de
0,13 ml e 0,87 ml, respectivamente, e com isso calcula-se a densidade do lodo,
utilizando-se da equação 8, e o valor encontrado foi de 1,225 g/ml. Para o tempo de
residência, é necessário primeiro determinar os valores de tempo final (t f) e tempo
crítico (tc), onde o tempo final é determinado na na tabela 2 e o valor dele é igual a
840 s, e o tempo crítico é determinado pelo teste da bissetriz, figura abaixo (Figura
8), e o valor determinado foi de 230 s, e com isso calcula-se o tempo de residência,
usando a equação 11, e o valor encontrado foi de 610 s ou 0,169 h. A partir disso, o
valor de H2, calculado utilizando-se da equação 8, foi de 0,01 m.
Figura 8 - Teste da bissetriz da proveta de 250.
O H3 é calculado utilizando-se a equação 7 e o valor encontrado é de 0,87 m.
Com isso, o valor da altura do sedimentador foi determinado, utilizando-se a equação
5, como igual a 1,47 m.
Teste 500 ml:
Esse teste foi feito em uma proveta de 500 ml, e ela foi alimentada com 30,18
g de CaCO3, o que dá um valor de concentração de alimentação (CA) igual a 0,06036
g/cm³, calculada com a equação 12, e altura inicial (zA) determinada sendo igual a
14,4 cm. Então o teste de proveta foi feito e com ele foram determinados os valores
de tempo (t) e altura (z), e os valores encontrados podem ser vistos na tabela abaixo
(Tabela 4).

Tempo (s) Altura (cm)

0 14,4

60 13,2

120 9,2

180 8,1

240 5,8

300 3,5

360 2,9

420 2,3

800 2,1
1500 2,0
Tabela 4 - Dados experimentais Tubo 500 ml.
Após isso, os dados experimentais demonstrados na tabela acima foram
transferidos para uma planilha excel, então foi plotado um gráfico (Figura 9) de altura
(z) vs tempo (t).

Figura 9 - Teste Proveta 500ml


Através do gráfico foi possível fazer uma divisão entre a parte linear e a parte
curva. Então, foram feitas retas tangentes, traçadas ponto a ponto, e com isso
determinados os valores de zi (coeficiente linear) e o vi (coeficiente angular), para
cada ponto do gráfico. Com isso foram calculados os valores das concentrações (Ci),
usando a equação 2. A partir disso, foram calculados os valores das áreas
transversais (Ai), usando a equação 3. Depois os valores das áreas transversais foram
passados de cm para m, e com isso foram calculados os diâmetros, usando a
equação 13. Todos esses valores podem ser vistos na tabela abaixo (Tabela 5).

t (s) z (cm) zi (cm) vi (cm/s) Ci (g/ml) Si (cm2) Si (m2) Di (m)

0 14,4 14,4 0,02 0,06036 323175 32,32 6,41

60 13,2 14,4 0,02 0,06036 323175 32,32 6,41

120 9,2 17,2 0,0667 0,05053 118785,6 11,88 3,89

180 8,1 11,4 0,0183 0,07624 267745,9 26,77 5,84

240 5,8 15 0,0383 0,05795 176925,6 17,69 4,75


300 3,5 15 0,0383 0,05795 176925,6 17,69 4,75

360 2,9 6,5 0,01 0,13372 234562,5 23,46 5,46

420 2,3 6,5 0,01 0,13372 234562,5 23,46 5,46

800 2,1 2,5211 0,0005 0,34476 543246,8 54,32 8,32

1500 2,0 2,2143 0,0001 0,39253 1117039 111,70 11,93


Tabela 5 - Dados obtidos para área e diâmetro pelo método de Kynch para Teste de
Proveta 500.
A partir disso, os maiores valores de área transversal e diâmetro foram os
valores utilizados para os cálculos da área transversal do projeto e altura do
sedimentador.
A área transversal do projeto foi calculada pela equação 4, onde o fator 1
utilizado foi de 1,1 e o fator 2 foi calculado por interpolação, já que o valor do diâmetro
está entre 4,6 e 30,5, e o valor encontrado foi de 1,39. Com isso o valor da área
transversal do projeto é de 170,4 m².
Para o cálculo da altura do sedimentador é necessário determinar os valores
de H1, H2 e H3. O valor de H1 escolhido foi de 0,6 m.
O de H2 é necessário o cálculo do valor da densidade do lodo (𝜌L) e do tempo
de residência (tr). Para o cálculo da densidade de lodo, primeiro foram calculados os
valores de volume de sólido (Vs) e volume de fluido (Vf), utilizando as equações 9 e
10, respectivamente, e os valores encontrados foram de 0,16 ml e 0,84 ml,
respectivamente, e com isso calcula-se a densidade do lodo, utilizando-se da
equação 8, e o valor encontrado foi de 1,272 g/ml. Para o tempo de residência, é
necessário primeiro determinar os valores de tempo final (tf) e tempo crítico (tc), onde
o tempo final é determinado na na tabela 2 e o valor dele é igual a 1500 s, e o tempo
crítico é determinado pelo teste da bissetriz, figura abaixo (Figura 10), e o valor
determinado foi de 360 s, e com isso calcula-se o tempo de residência, usando a
equação 11, e o valor encontrado foi de 1149 s ou 0,317 h. A partir disso, o valor de
H2, calculado utilizando-se da equação 6, foi de 0,01 m.
Figura 10 - Teste da bissetriz da proveta de 500.
O H3 é calculado utilizando-se a equação 7 e o valor encontrado é de 0,87 m.
Com isso, o valor da altura do sedimentador foi determinado, utilizando-se a equação
5, como igual a 1,47 m.
Teste 1000 ml:
Esse teste foi feito em uma proveta de 1000 ml, e ela foi alimentada com 60,02
g de CaCO3, o que dá um valor de concentração de alimentação (CA) igual a 0,06002
g/cm³, calculada com a equação 12, e altura inicial (zA) determinada sendo igual a
28,8 cm. Então o teste de proveta foi feito e com ele foram determinados os valores
de tempo (t) e altura (z), e os valores encontrados podem ser vistos na tabela abaixo
(Tabela 6).

Tempo (s) Altura (cm)

0 28,8

60 27,6

120 25,3

180 23,3

240 21

300 19

360 17,3

420 15

480 13
540 10,9

600 9,2

660 7,5

720 6,9

780 6

840 5,8

900 5,5

960 5,2

1020 4,9

1440 4,6
Tabela 6 - Dados experimentais Tubo 1000 ml.
Após isso, os dados experimentais demonstrados na tabela acima foram
transferidos para uma planilha excel, então foi plotado um gráfico (Figura 11) de altura
(z) vs tempo (t).

Figura 11 - Teste Proveta 1000ml


Através do gráfico foi possível fazer uma divisão entre a parte linear e a parte
curva. Então, foram feitas retas tangentes, traçadas ponto a ponto, e com isso
determinados os valores de zi (coeficiente linear) e o vi (coeficiente angular), para
cada ponto do gráfico. Com isso foram calculados os valores das concentrações (Ci),
usando a equação 2. A partir disso, foram calculados os valores das áreas
transversais (Ai), usando a equação 3. Depois os valores das áreas transversais foram
passados de cm para m, e com isso foram calculados os diâmetros, usando a
equação 13. Todos esses valores podem ser vistos na tabela abaixo (Tabela 7).

t (s) z (cm) zi (cm) vi (cm/s) Ci (g/ml) Si (cm2) Si (m2) D (m)

0 28,8 28,8 0,02 0,06002 315356,3 31,54 6,34

60 27,6 28,8 0,02 0,06002 315356,3 31,54 6,34

120 25,3 29,9 0,0383 0,05781 172162,2 17,22 4,68

180 23,3 29,3 0,0333 0,05900 193316,4 19,33 4,96

240 21 30,2 0,383 0,05724 17420,37 1,74 1,49

300 19 29 0,0333 0,05961 190968,5 19,10 4,93

360 17,3 27,5 0,0283 0,06286 210894,4 21,09 5,18

420 15 31,1 0,0383 0,05558 180328 18,03 4,79

480 13 29 0,0333 0,05961 190968,5 19,10 4,93

540 10,9 29,8 0,035 0,05801 187650 18,77 4,89

600 9,2 26,2 0,0283 0,06598 198922,3 19,89 5,03

660 7,5 26,2 0,0283 0,06598 198922,3 19,89 5,03

720 6,9 14,1 0,01 0,12259 247593,8 24,76 5,61

780 6 17,7 0,015 0,09766 227612,5 22,76 5,38

840 5,8 8,6 0,0033 0,20100 315909,1 31,59 6,34

900 5,5 10 0,005 0,17286 281475 28,15 5,99

960 5,2 10 0,005 0,17286 281475 28,15 5,99

1020 4,9 10 0,005 0,17286 281475 28,15 5,99

1440 4,6 5,6286 0,0007 0,30711 382969,8 38,30 6,98


Tabela 7 - Dados obtidos para área e diâmetro pelo método de Kynch para Teste de
Proveta 1000.
A partir disso, os maiores valores de área transversal e diâmetro foram os
valores utilizados para os cálculos da área transversal do projeto e altura do
sedimentador.
A área transversal do projeto foi calculada pela equação 4, onde o fator 1
utilizado foi de 1,1 e o fator 2 foi calculado por interpolação, já que o valor do diâmetro
está entre 4,6 e 30,5, e o valor encontrado foi de 1,46. Com isso o valor da área
transversal do projeto é de 61,6 m².
Para o cálculo da altura do sedimentador é necessário determinar os valores
de H1, H2 e H3. O valor de H1 escolhido foi de 0,6 m.
Para determinar o valor de H2 é necessário o cálculo do valor da densidade do
lodo (𝜌L) e do tempo de residência (tr). Para o cálculo da densidade de lodo, primeiro
foram calculados os valores de volume de sólido (Vs) e volume de fluido (Vf), utilizando
as equações 9 e 10, respectivamente, e os valores encontrados foram de 0,14 ml e
0,86 ml, respectivamente, e com isso calcula-se a densidade do lodo, utilizando-se
da equação 8, e o valor encontrado foi de 1,235 g/ml. Para o tempo de residência, é
necessário primeiro determinar os valores de tempo final (tf) e tempo crítico (tc), onde
o tempo final é determinado na na tabela 2 e o valor dele é igual a 1440 s, e o tempo
crítico é determinado pelo teste da bissetriz, figura abaixo (Figura 12), e o valor
determinado foi de 700 s, e com isso calcula-se o tempo de residência, usando a
equação 11, e o valor encontrado foi de 710 s ou 0,206 h. A partir disso, o valor de
H2, calculado utilizando-se da equação 6, foi de 0,02 m.

Figura 12 - Teste da bissetriz da proveta de 500 mL.

O H3 é calculado utilizando-se a equação 7 e o valor encontrado é de 0,51 m.


Com isso, o valor da altura do sedimentador foi determinado, utilizando-se a equação
5, como igual a 1,13 m.

Conclusão
Os Valores de área encontrada para o teste de proveta em 250mL, 500mL e
1000mL foram respectivamente: 169,7 ; 170; 61,6 m 2. Os valores de altura
encontrados nos testes de proveta de 250mL, 500mL e 1000mL foram
respectivamente: 1,47; 1,47; 1,13m. Concluímos que a diferença entre os tamanhos da
proveta pode alterar significativamente os valores de altura e de área do projeto.

Questões:

1) Quais as fontes de erro desse experimento? Quais as principais?

A principal fonte de erro do experimento é a dificuldade de visualização do momento


exato em que a interface clarificado-sedimento passa pelas marcações previamente
definidas. Outros fatores que ocasionam erros são a medição do tempo de
sedimentação, perda de sólido retido nas paredes da proveta e suspensão parcial do
sólido durante borbulhamento.

2) Quais diferenças foram observadas nos experimentos com provetas de


tamanhos diferentes?

Os valores da deposição da massa ao longo do tempo é uma variável que pode


ser levemente relacionada ao tamanho da proveta. É possível perceber que a
velocidade de sedimentação para provetas menores é também menor. Podemos
relacionar esse efeito ao fenômeno de parede. Paredes mais largas influenciam
menos sobre a velocidade de escoamento. Por isso é recomendado o uso de provetas
de 2L para evitar efeitos de paredes consideráveis. Em nosso experimento o uso da
proveta menor influenciou bastante o resultado do escoamento quando comparado a
proveta de 1L.
3) Como este experimento poderia ser melhorado?

As concentrações locais de sólidos de suspensões muito diluídas podem ser


determinadas através de técnicas de simples amostragem. Entretanto, a extensão de
tal técnica para suspensões mais concentradas não conduz a resultados satisfatórios
uma vez que provoca perturbações no sistema. Uma alternativa para o
monitoramento de concentrações é a utilização de técnicas mais elaboradas
baseadas em medidas não invasivas.

Referências

AROUCA, Fábio de Oliveira et al. Uma contribuição ao estudo da sedimentação


gravitacional em batelada. 2007.
SILVA, T. A. Estudo teórico-experimental da operação de sedimentadores
divergentes. Dissertação de Mestrado, FEQ/UFU, Uberlândia, Brasil, 2004.
AZEVEDO, Claudia Gonçalves de et al. Simulação da operação de sedimentadores
contínuos. 2009.
PECANHA, Ricardo Pires. Sistemas particulados: operações unitárias envolvendo
partículas e fluidos. 1. Ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2014.
SILVA, Vânia Queiroz da; CARVALHO, Rosilanny Soares; DIAS, Lorena Lopes;
VELOSO, Stephanie Froes. Dimensionamento de sedimentadores contínuos com
base na modelagem matemática da sedimentação em proveta. Revista Mundi
Engenharia, Tecnologia e Gestão. 2018
MAIA, Juliana Ferreira; SILVA, Otávio Henrique de Amorim. Verificação dos métodos
de dimensionamento de espessadores. Faculdade Santa Rita.

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