Você está na página 1de 14

UNIVERSIDADE DO VALE DO ITAJAÍ

ANA LAURA HEINSKE DOS SANTOS

VANTUIR JORGE DE MORAIS

LUIZ FELIPE DA SILVA

RELATÓRIO DE OPERAÇÕES UNITÁRIAS:

sedimentação

Itajaí

2017

1
ANA LAURA HEINSKE DOS SANTOS

VANTUIR JORGE DE MORAIS

LUIZ FELIPE DA SILVA

RELATÓRIO DE OPERAÇÕES UNITÁRIAS

sedimentação

Relatório apresentado como requisito


parcial para obtenção da M1 da
disciplina de Operações Unitárias do
curso de Engenharia Química pela
Universidade do Vale do Itajaí do Centro
de Tecnológico da Terra e do Mar.

Prof. Simone Cavenati

Itajaí

2017

2
Sumário
Resumo..........................................................................................4
Introdução......................................................................................5
Objetivos 6
Metodologia 7
Resultados e discussões...................................................................8
Conclusão......................................................................................13
Referências....................................................................................14

3
RESUMO

A sedimentação é uma operação de separação sólido-líquido baseada na diferença


entre as concentrações das fases presentes na suspensão a ser processada,
sujeitas à ação do campo gravitacional, a qual é muito utilizada, em tratamento de
efluentes. Utilizou-se carbonato de cálcio e depois de homogeneizá-lo observou-se a
sedimentação do mesmo. Utilizou-se o método de Kynch, determinou-se as retas
tangentes aos pontos críticos da sedimentação e com as mesma foi determinada as
velocidades, concentrações e área. A maior área encontrada foi de 98,21 m2 .
Palavras-Chaves: Sedimentação, campo gravitacional, carbonato de cálcio

4
1. INTRODUÇÃO

A fim de separar uma suspenção diluída para a obtenção de um fluido límpido


e uma “lama” que contenha a maior parte dos sólidos, foi realizado um ensaio de
sedimentação em batelada, para verificar os fatores que interferem na operação de
sedimentação, assim como o dimensionamento de área de um sedimentador
contínuo, pois a partir do ensaio de proveta, que seria uma sedimentação
descontínua, é possível prever o comportamento de uma sedimentação continua.
“A sedimentação é uma operação de separação sólido-líquido baseada na
diferença entre as concentrações das fases presentes na suspensão a ser
processada, sujeitas à ação do campo gravitacional (CREMASCO, 2012)”. Os
sedimentadores são equipamentos que promovem a separação entre sólidos e
líquidos, eles partem do princípio que partículas imersas em um fluido, na maior
parte das vezes a água, tendem a se separar e “cair” pela ação da gravidade,
fazendo com que sejam depositadas no fundo dos sedimentarores, além da força da
gravidade as partículas também estão sujeitas a força de empuxo e arraste. A
mesma é muito utilizada no tratamento de água e efluentes. De acordo com
CREMASCO (2012) partículas esféricas, de maiores diâmetros e massa específica
apresentam uma velocidade de sedimentação, ou velocidade terminal, maiores que
partículas que se distanciem muito da forma de uma esfera, que tenham um
diâmetro equivalente, e massa específica menor; o que deve ser levado em
consideração principalmente na parte de dimensionamentos, para que haja uma
maior eficiência por parte dos equipamentos.

5
2. OBJETIVOS

Realizar a sedimentação em batelada de carbonato de cálcio, visando obter uma


“lama” ou “torta”, e um fluido límpido e com os dados obtidos realizar o
dimensionamento do sedimentador.

6
3. MATERIAIS E MÉTODO

3.1. Materiais

 Béquer 600ml;
 Proveta 1000ml;
 Espátula;
 Bastão de vidro;
 Carbonato de cálcio (CaCO3);
 Cronometro.

3.2. Metodologia

Primeiramente, pesou-se 40g de carbonato de cálcio em um béquer, a seguir


dissolveu-se o sólido com água destilada. Após homogeneizar a mistura transferiu-
se a mesma para uma proveta grande de 1000ml, lavando sempre o béquer para
que não restem resíduos da amostra, após isso, completar com água. Em seguida,
agitou-se a proveta e logo após a agitação iniciou-se o cronometro. Foram marcados
os tempos de sedimentação respectivos para cada 50ml.

7
4. RESULTADOS E DISCUSSÕES

Durante a prática mediu-se o tempo gasto para o sólido percorrer a distância


equivalente a 50ml da proveta (Tabela 1). Mediu-se também o tamanho da proveta
desde a base e o equivalente a 50 ml e assim, calculou-se o tempo gasto para
percorrer cada distância (z) (Tabela 2).

z(ml) t(s) t(s) z(cm)


1000 0 0 35
950 83 83 33,3
900 120,9 120,9 31,6
850 204 204 29,9
800 285 285 28,2
750 360,6 360,6 26,5
700 456 456 24,8
650 540,9 540,9 23,1
600 646 646 21,4
550 756 756 19,7
500 876 876 18
450 1047 1047 16,3
400 1371 1371 14,6
350 1969 1969 12,9
300 2870 2870 11,2
250 4026 4026 9,5
200 5676 5676 7,8
TABELA 2. Tempo (s) e Distância(cm)

150 8090
TABELA 1. Distância (ml) e tempo 8090 6,1 (s).

A partir do método de Kynch, utilizou-se quatro pontos da curva para traçar as retas
tangentes (Gráficos abaixo), assim obtendo-se o Zi a partir do ponto onde a reta
intercepta o eixo y. De modo que se construiu a tabela abaixo (Tabela 3):

8
Gráfico 1. Tangente do primeiro ponto

Gráfico da Posição x Tempo


40

35

30

25

20

15

10

0
0 1000 2000 3000 4000 5000 6000 7000 8000 9000

Gráfico 2. Tangente no ponto 2.

9
Gráfico da Posição x Tempo
40

35

30

25

20

15

10

0
0 1000 2000 3000 4000 5000 6000 7000 8000 9000

Gráfico 3. Tangente no ponto 3.

Gráfico da Posição x Tempo


40

35

30

25

20

15

10

0
0 1000 2000 3000 4000 5000 6000 7000 8000 9000

Gráfico 4. Tangente no ponto 4.

Gráfico Zi (cm) Z (cm) t (s)


Gráfico 1 27 18 876
Gráfico 2 24,9 16,3 1047
Gráfico 3 21 14,6 1371
Gráfico 4 17,7 12,9 1969
Tabela 3. Valores de Zi a partir do gráfico

Lembrando que cada ponto onde foi traçada a tangente possui seus valores
de t e z já estabelecidos.

10
Obtendo-se os valores de distância (zi), calcula-se a velocidade por:

z i−z
v=
t

Obtendo-se a seguinte tabela:


Velocidade
(cm/s) Ponto
0,01027397
3 1
0,00821394
5 2
0,00466812
5 3
0,00243778
6 4
Tabela 4. Valores de velocidade em pontos críticos.

Tendo a velocidade e a concentração inicial (40 g/l), calcula-se a


concentração da suspensão na zona limite (C) e obtêm-se os valores mostrados na
tabela 5:

Z 0∗C0
C=
Z1

Concentração (kg/m³) Ponto


51,85185185 1
56,2248996 2
66,66666667 3
79,0960452 4
Tabela 5. Valores de concentração nos pontos críticos

Com isso, realiza-se o cálculo da área:

A=
Q0∗C 0∗
( C1 − C1 )
s

Onde:

Q0 = vazão volumétrica de alimentação (m3/s)

Cs= concentração de sólidos na lama espessada (kg/m 3)

v = velocidade de sedimentação na zona limite (m/s)

11
Foram utilizados os valores de Q0 = 50 m3/h e Cs = 120 g/l. Calculando os
dados de área para cada velocidade, obtemos a tabela a seguir (Tabela 6).

Área (m2) Ponto


59,22398589 1
63,9318014 2
79,34027778 3
98,21125441 4
Tabela 6. Valores de área nos pontos críticos.

Admite-se o maior valor de área, pois o mesmo compreende todos os outros


valores.

Observou-se durante a prática que não houve formação de espuma na parte


superior do líquido, ou seja, não haviam contaminantes presentes na amostra. Fica
evidente a variação da velocidade ao longo do processo, sendo que a velocidade
diminui com o aumento do depósito de material ao fundo. Atribui-se esse fenômeno
ao fato de que conforme as partículas se sedimentam elas oferecem maior
resistência por estarem mais próximas.

12
5. CONCLUSÃO

A prática foi bem sucedida, pois a velocidade diminuiu conforme aumentou o


nível de partículas depositadas, como era o esperado, e enquanto a concentração
tendia ao máximo, a velocidade tendia a zero. Além disso, obtivemos um fluido
límpido e uma “lama” e os dados nos possibilitaram o cálculo da área através do
método de Kynch, que resultou em uma área de 98,21 m 2, que seria a área mínima
para um sedimentador com estas especificações. Os resultados apresentam
confiabilidade por serem valores próximos à valores reais de sedimentadores.

13
REFERÊNCIAS

CREMASCO, M. A. Operações unitárias em sistemas particulados e


fluidomecânicos. São Paulo: Bluthcer, 2012. 423p.

14

Você também pode gostar