Você está na página 1de 7

FACULDADES OSWALDO CRUZ

QUÍMICA INDUSTRIAL – 1IX – 19/09/2005


LABORATÓRIO DE FÍSICA 1

Relatório de Física

Movimento em Meio Viscoso

1. Objetivo

Através de medidas simples da velocidade que um corpo tem num Movimento Retilíneo
Uniforme, em queda, vamos procurar obter a viscosidade de um líquido.

2. Materiais utilizados

- Tubo com óleo de silicone;


- Esferas de aço de diferentes diâmetros;
- Régua milimetrada;
- Cronômetro.

3. Introdução Teórica

No nosso dia-a-dia, observamos muitas situações que vão além do MRU e do MRUV. Uma
folha de papel solta no ar não cai em MRUV, como seria comum supor a qualquer corpo,
mas sim ela descreve um complicado movimento, que depende da força exercida pelo ar.
Esta força dificulta a queda da folha. O movimento ocorre em um meio viscoso.
Meio viscoso é aquele que, devido a características próprias, provoca uma força de
resistência em corpos que se movimentam no seu interior. Esta força contrária ao
movimento, devido ao meio, é conhecida como força de atrito viscoso.
Uma esfera caindo dentro de um fluido viscoso está sujeita a ação de três forças: o peso da
esfera, o empuxo do líquido sobre a esfera e a força de atrito viscoso, oposta à velocidade
da esfera.
Como a força de atrito viscoso é proporcional a velocidade, é de se supor que em dado
instante, com o aumento da velocidade, a força de atrito, juntamente com a força de
empuxo, vai se igualar em módulo à força peso, fazendo com que a resultante das forças
agindo sobre o corpo se anula e este passa a descrever um MRU. Nestas condições,
dizemos que o corpo está em regime estacionário, ou seja, tem velocidade constante. Em
um regime estacionário, a resultante das forças que atuam sobre a esfera é nula.

Como o peso , pode ser escrito como sendo o produto entre a densidade da esfera, seu
volume e a intensidade do campo gravitacional g, podemos escrever:

O empuxo pode ser escrito na forma:

E a força de atrito viscoso é dada pela lei de Stokes

Usando as equações acima, temos no regime estacionário,

E Fat

V P
4. Procedimento

Um detalhe importante é determinar o trecho em que


a esfera está descrevendo o MRU para ali medir a
velocidade.
Escolheu-se um trecho de 30 cm para a medição.
Com três tamanhos de esferas, cronometrou-se o
tempo que as esferas levavam para preencher o
trecho. Foram realizadas três medições para cada
S = 30 cm
tamanho de esfera.
Com o tempo médio de queda para cada diâmetro de
esfera, calculou-se a velocidade média de queda para
cada grupo de esfera e transportou-se este valor para
a tabela. De imediato, já pudemos calcular a
viscosidade do óleo de silicone.
5. Resultados

Esfera (tipo) 1 2 3
Diâmetro (mm) 6,036 7,542 9,520
Diâmetro (mm) 6,035 7,543 9,510
Diâmetro (mm) 6,034 7,543 9,530
Diâm. Médio (mm) 6,035 7,543 9,520
Raio (mm) 3,017 3,771 4,760

Esfera (tipo) 1 2 3
Tempo (s) 13,62 9,28 6,81
Tempo (s) 13,80 9,36 6,87
Tempo (s) 13,64 9,50 6,90
Tempo Médio (s) 13,69 9,38 6,86

Esfera Diâmetro V (cm/s) n (cm/g . s)


1 6,035 2,191 62,591
2 7,543 3,198 66,990
3 9,520 4,373 78,678
Gráfico: r2 x V

5
4,5
4
3,5
3
2,5
2
1,5
1
0,5
0
0,0000 0,0500 0,1000 0,1500 0,2000 0,2500

6. Comparação

Viscosidade do óleo de silicone (teo.) : 50,70 cm/g.s


Viscosidade média encontrada (exp : 69,42 cm/g.s

teo.exp
 teo.

50,70 – 69,42 0,384


50,70
7. Conclusão

Efetuamos a medição da viscosidade do óleo de silicone. Com este experimento,


verificamos o quanto a viscosidade influi no movimento dos corpos, no caso, das esferas de
metal, que chegaram ao fundo do tubo a uma baixa velocidade. Com isso, voltamos ao
exemplo da folha de papel que, se aberta e solta no ar, vai sofrer o efeito da viscosidade do
ar, caindo lentamente.

8. Referências Bibliográficas

- Apostila de física.
- Anotações em sala de aula.
- http://www.fis.unb.br
Rafael Toreli RM: 22.05.027

Escola Superior de Química


1IX – Química Industrial
19/09/2005

Você também pode gostar